Não sei se já repararam que quando falamos do ACORDO ORTOGRÁFICO de 1990 falamos também e somente de como se escreve (neste caso é o que interessa) no Brasil, e não em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste ou São Tomé e Príncipe onde a Língua Portuguesa é oficial e mantém-se no registo europeu.
(Excluo aqui o disparate da Guiné Equatorial cuja língua oficial é a Língua Castelhana, mas também a Francesa, e só em 2010, incluiu a Portuguesa, por motivos obscuros, a qual ninguém fala).
Pois encontrei esta imagem que aqui reproduzo, com a palavra percePção escrita correCtamente na linguagem do Brasil.
Os Brasileiros não só escrevem como PRONUNCIAM aquele P de percePção, que tanta falta faz para “percebermos” o que queremos “compreender”. Então, por que carga d’água os Portugueses que oPtaram por seguir cega e servilmente o aborto ortográfico de 1990, hão-de escrever PERCEÇÃO (que se lê perc'ção) como a torto e a direito se vê, por aí, sobretudo nas legendas das nossas estações televisivas acordistas, ao serviço do Poder, onde se lê os maiores disparates escritos na língua acordizada?
Por outro lado, não entendo por que hão-de os Brasileiros mutilar a palavra faCtor (certo, não se lê o C, e daí?). O que será um F(Â)TOR ? (porque é assim que se deve ler esta palavra).
Procurando a etimologia desse “fÂtor” em dicionários brasileiros encontra-se que: «Ela deriva do Latim FACTOR, “criador, aquele que faz”, de FACERE, “fazer”».
Não, não deriva do Latim faCtor, nem de faCere. Deriva da necessidade de simplificar a escrita, para diminuir o analfabetismo, o que resulta num enorme erro, tão-só porque, em vez de diminuir o analfabetismo, aumenta-o consideravelmente. E eis que ficamos com milhares de analfabetos funcionais. Analfabetos escolarizados: que conhecem as letras, mas juntam-nas aleatoriamente, sem sequer saber porquê?
No seguimento desta busca, encontrei um outro “vocábulo” que desconhecia, por completo: «FATORAR» (lê-se fâturar) que os Brasileiros dizem que em Aritmética significa, «decompor (um número) em todos os seus f(Â)tores», e em Álgebra, é decompor um polinómio em f(Â)fores.
E isto circula na Internet como sendo Língua Portuguesa…
Então apercebi-me de que a minha ignorância é infinita…
***
Dar uma no cravo, outra na ferradura… porquê?
Entretanto, descobri que vale a pena COMENTAR OS ERROS ortográficos e gramaticais nos jornais portugueses online, onde se escreve muito mal…
São logo corrigidos… nos títulos....
E assim podemos chamar a atenção para o tratamento DESLEIXADO que, por conta do AO/1990 e de um Ensino bastante DEFICIENTE, estão a dar à Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Não sei se já repararam que quando falamos do ACORDO ORTOGRÁFICO de 1990 falamos também e somente de como se escreve (neste caso é o que interessa) no Brasil, e não em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste ou São Tomé e Príncipe onde a Língua Portuguesa é oficial e mantém-se no registo europeu.
(Excluo aqui o disparate da Guiné Equatorial cuja língua oficial é a Língua Castelhana, mas também a Francesa, e só em 2010, incluiu a Portuguesa, por motivos obscuros, e a qual ninguém fala).
Pois encontrei esta imagem que aqui reproduzo, com a palavra percePção escrita correCtamente na Língua do Brasil.
Os Brasileiros não só escrevem como PRONUNCIAM aquele P de percePção, que tanta falta faz para “percebermos” o que queremos “compreender”. Então, por que carga d’água os Portugueses que oPtaram por seguir cega e servilmente o aborto ortográfico de 1990, hão-de escrever PERCEÇÃO (que se lê p'rc'ção) como a torto e a direito se vê, por aí, sobretudo nas legendas das nossas estações televisivas acordistas, ao serviço do Poder, onde se lê os maiores disparates escritos na língua acordizada?
Por outro lado, não entendo por que hão-de os Brasileiros mutilar a palavra faCtor (certo, não se lê o C, e daí?). O que será um F(Â)TOR ? (porque é assim que se deve ler esta palavra).
Procurando a etimologia desse “fÂtor” em dicionários brasileiros encontra-se que: «Ela deriva do Latim FACTOR, “criador, aquele que faz”, de FACERE, “fazer”».
Não, não deriva do Latim faCtor, nem de faCere. Deriva da necessidade de simplificar a escrita, para diminuir o analfabetismo, o que resulta num enorme erro, tão-só porque, em vez de diminuir o analfabetismo, aumenta-o consideravelmente. E eis que ficamos com milhares de analfabetos funcionais. Analfabetos escolarizados: que conhecem as letras, mas juntam-nas aleatoriamente, sem sequer saber porquê?
No seguimento desta busca, encontrei um outro “vocábulo” que desconhecia, por completo: «FATURAR» (lê-se fâturar) que os Brasileiros dizem que em Aritmética significa, «decompor (um número) em todos os seus f(Â)tores», e em Álgebra, é decompor um polinómio em f(Â)fores.
E isto circula na Internet como sendo Língua Portuguesa…
Então apercebi-me de que a minha ignorância é infinita…
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Dar uma no cravo, outra na ferradura… porquê?
Entretanto, descobri que vale a pena COMENTAR OS ERROS ortográficos e gramaticais nos jornais portugueses online (onde se escreve muito mal) porque são logo corrigidos… nos títulos....
E assim podemos chamar a atenção para o tratamento DESLEIXADO que, por conta do AO90 e de um Ensino bastante DEFICIENTE, estão a dar à Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
. QUE ACORDO SERÁ O ACORDO ...
. Que acordo será o Acordo ...