Terça-feira, 28 de Março de 2023
«Este acordo ortográfico, que ninguém pediu, é desde o início uma comédia e um erro. Foi uma tentativa meio lunática de unir a língua por parte de alguns espíritos, tanto académicos como políticos. O inglês, por exemplo, não precisa de nenhum acordo, o caso de Portugal devia ser exactamente o mesmo. A língua em Portugal, no Brasil e nos países africanos pode ter variações e grafias diferentes. Achar que a escrita é uma transcrição fonética é de absolutos loucos. O melhor a fazer seria pedir desculpa aos Portugueses e voltar à grafia vigente antes desta loucura.»
João Pereira Coutinho, Cronista e escritor
«[…] eles olham, mas não vêem; escutam, mas não ouvem nem entendem.»
Mateus, 13:13-16
«A reforma ortográfica não enriquece em nada o idioma, mas alguém enriquecerá com ela.»
João Ubaldo Ribeiro, Escritor brasileiro
Nos nossos últimos textos, temos vindo a dar conta da caterva de ocorrências da palavra corrução. Hoje, trazemos até vós mais algumas dessas recolhas, mostrando que a estupidez é verdadeiramente transversal.
- a) «”Acabar com a corrução instalada e generalizada é, por isso, o grande desígnio deste partido que quer ser governo já nas próximas eleições legislativas, sejam elas quando forem”, conclui André Ventura na moção que apresenta esta tarde aos congressistas.» Rádio Renascença, 28-03-2023;
- b) «”Falta aqui um elemento. Para haver crime de corrupção tem que haver benefício, e para haver benefício tem que haver um responsável pelo benefício e esse responsável não poderia nunca ser o meu cliente, mas sim o juiz relator que elaborou o o [sic] acórdão absolutório. Faltando este elemento não se percebe como cabe aqui o crime de corrução", argumenta o advogado Miguel Matias.» Rádio Renascença, 22-12-2022;
- c) «O novo senador do estado do Paraná também teve divergências com Bolsonaro, com quem trabalhou como ministro da Justiça nos dois primeiros anos de Governo. Moro deixou o cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir na polícia para favorecer familiares e aliados envolvidos em investigações de corrução, mas vinha nos últimos meses tentando uma reaproximação para conquistar votos do eleitorado conservador ligado ao chefe de Estado.» RTP, 04-10-2022;
- d) «Portugal é o país europeu que menos cumpre as recomendações contra a corrução, segundo o Conselho da Europa. A organização Transparência Internacional diz que somos, em 180 países, o 30º mais corrupto.» RTP, Sociedade Civil, episódio 161;
- e) «Por fim, pelo CDS-PP, João Gonçalves Pereira considerou que a atual revisão "justifica-se porque está em causa o que pode ser ou não o bom aproveitamento dos fundos comunitários". Contudo, disse, havia pontos críticos na proposta inicial (valor elevado na contratação simplificada, distorção da concorrência, limitação de mercado) e com "risco ao nível da transparência e medidas cautelares em prevenção da corrução".» RTP, 14-10-2020;
- f) «Para Manuel Guimoar, antigo quadro da REFER, a juíza emitiu mandado de detenção para a execução da pena de 6 anos e 6 meses de cadeia por crimes de corrução passiva para ato ilícito e burla qualificada.» RTP, 14-01-2019;
- g) «Pelo segundo ano a iniciativa é apoiada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e as declarações do líder leonino contra a corrução no futebol português foram decisivas para estar num lote restrito de personalidades da sociedade civil como o Major Henrique Gouveia e Melo, responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, ou o juiz Carlos Alexandre. » O Jogo, 14-10-2022;
- h) «O juiz tornou pública parte de um acordo de colaboração premiada de Antônio Palocci, ministro poderoso nos Governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, que mencionava uma suposta participação dos dois ex-chefes de Estado 'petistas' em esquemas de corrução.» O Jogo, 01-11-2018;
- i) «A legislação brasileira proíbe que se candidatem a cargos públicos os condenados em segunda instância por um tribunal coletivo, como é o caso do ex-Presidente, uma medida de combate à corrução criada pelo próprio Lula da Silva em 2010.» O Jogo, 04-09-2018.
Ilustrativa, ainda, do caos ortográfico é a recente reportagem do Expresso, https://expresso.pt/sociedade/ensino/2023-02-11-Nao-paramos-milhares-de-professores-protestaram-em-Lisboa-poucos-tem-esperanca-no-Governo-com-fotogaleria-3f8cda8bde 11-02-22, sobre a manifestação de professores, onde se pode ler: «“O Governo vem dizer que não há dinheiro quando já se investiu milhões na TAP, nos bancos e a situação dos professores permanece igual. Há dinheiro para tudo que fica “cá para trás” quando comparado com a “restante carreira técnica” e o “serviço cada vez mais burocrático”. “Em vez de estarmos a leccionar, estamos perdidos entre burocracia”. O somar destas situações levam a um “descontentamento generalizado” entre o setor.» e: «A diretora de turma garante que a sua classe vive “mergulhada em burocracia” e lembra “pequenos benefícios” que podiam fazer a diferença na satisfação do setor da educação. “Não consegui arranjar vaga para os meus filhos na escola onde leciono e fui obrigada a colocá-los no privado”. Tal como os colegas de profissão, Cláudia Carvalho queixa-se das “horas letivas” que nunca são “realmente reduzidas” porque é necessário “prestar apoio aos alunos”.» Como o leitor facilmente detecta, as duas formas do verbo leccionar, ora surge com cê, ora sem cê. Será que um dos professores entrevistados segue a ortografia anterior ao AO90, utilizando o cê, privilegiando a etimologia, como se prova na imagem do dicionário, e o outro docente utiliza a nova ortografia?


João Esperança Barroca
Sexta-feira, 17 de Março de 2023
Não sei se já repararam que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa que mais aparece nas televisões, a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, e se houvesse um Óscar para o protagonista deste “filme” à portuguesa, Marcelo recebê-lo-ia com certeza absoluta.
Numa entrevista recente, Marcelo referiu-se ao “costismo” como uma “maioria requentada", "uma maioria cansada". Porém, esqueceu-se de olhar para si mesmo, com olhos de ver. Se olhasse, veria que a sua actuação como presidente da República, peca pelos mesmos defeitos: uma conduta egocêntrica requentada, cansada e que esgota quem o vê, todos os dias, a todas as horas, em todos os telejornais, a meter-se em tudo, EXCEPTO no que JAMAIS lhe trará algum prestígio, ainda que fuja do assunto como o diabo foge da Cruz.
O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Não o fazendo, o DESPRESTÍGIO, que tal atitude irracional trará, será inevitável.
Marcelo sabe disso, mas ainda assim, espera um milagre (?), e RECUSA-SE a responder às mensagens que, ultimamente, um grupo de cidadãos portugueses (eu incluída), preocupados com a destruição, cada vez mais evidente, da Língua Oficial de Portugal, obviamente, a NOSSA Língua Portuguesa, usando-a como moeda de troca, para a introdução da sua Variante Brasileira, em Portugal, que lá por ser falada e escrita por milhões, NÃO significa que esses milhões tenham de USURPAR a Língua que outros milhões falam e escrevem, por esse mundo fora.
Desta destruição, que está a desqualificar o ENSINO em Portugal, os governantes portugueses, inclusive o presidente da República actual, terão de prestar contas aos Portugueses, até porque o acordo ortográfico de 1990, responsável pela mixórdia ortográfica vigente, foi imposto através de uma ilegalidade e de uma inconstitucionalidade, fazendo isto parte de um pacote luso-brasileiro anti-linguístico, mais brasileiro do que luso, uma vez que o tal pacote só interessa ao Brasil.
Não sei se já repararam que o PR assenta a sua INDIFERENÇA para com os Portugueses Pensantes, que DEFENDEM o que lhe competia a ele defender - a Língua Portuguesa - na BAJULICE dos órgãos de comunicação social, que andam sempre a pô-lo num pedestal, se bem que num pedestal de barro. Ele NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que está a seguir o caminho errado, e que já não tem a noção do que faz e do que diz?
Vou dar apenas dois exemplos, a propósito da polémica gerada em torno da vinda de Lula da Silva ao Parlamento, discursar no 25 de Abril: Marcelo afirmou que «com o Brasil as relações são sempre doces», descartando que tal polémica tenha afectado as relações diplomáticas entre os dois países. Hoje, com o reacender desta polémica, ouvi-o dizer o seguinte, num dos canais das nossas muito subservientes televisões: «[a presença de Lula da Silva] é uma presença óbvia, tão natural como respirar».
Se eu não tivesse ouvido isto, não teria acreditado.
A presença de Inácio Lula da Silva - o impulsionador-mor do malfadado AO90 - nas celebrações do “25 de Abril” «é uma presença óbvia, tão natural como respirar», só porque ele é o Chefe de Estado de um País, com quem Portugal mantém relações amistosas, tão amistosas que como ex-presidente do Brasil, Lula da Silva foi fazer um discurso a Madrid, e nele culpou os colonizadores portugueses pelos atrasos [monumentais] da educação no Brasil, conforme pode ser recordado no link da imagem?
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb

A presença de amigos da onça, numa cerimónia oficial, será assim tão óbvia e natural como respirar?
Em que medida é que o “25 de Abril” foi assim tão importante para os brasileiros, como já li algures na Internet?
Então e a presença dos restantes presidentes das Repúblicas da CPLP, a cujos países o “25 de Abril” trouxe a descolonização? Não serão também óbvias e naturais como respirar?
*
Brasil e Portugal, dois países tão “irmãos” que o primeiro quer subjugar o segundo, através de um engodo, que apenas os cegos mentais não o vêem como tal: o engodo da Variante Brasileira do Português, que milhões de brasileiros falam e escrevem, e que irreversivelmente NÃO é mais a Língua Portuguesa; não é mais a “Última Flor do Lácio”, de que falava Olavo Bilac; não é mais o “o balanço doce das palavras de Vinícius de Morais”. É uma Língua feita de retalhos de outras Línguas, nomeadamente do Português, do “Americano”, do Francês, do Italiano, do Castelhano, e das Línguas Indígenas e Africanas.
Marcelo NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que ele está a ir por caminhos onde lhe estão a estender passadeiras vermelhas, para o bajular? O PR vai nu, mas ninguém se atreve a dizer-lhe isto. Os amigos NÃO existem para bajular. Os amigos existem para serem sinceros com os amigos.
O PR NÃO é só para andar por aí a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, EXCEPTO do AO90. O PR também é para RESPONDER às questões que os Portugueses lhe põem, relativamente a esse acordo, criado pelos brasileiros, o qual está a retirar-nos a NOSSA identidade.
Um presidente da República tem Obrigações e Deveres tão óbvios e naturais como respirar, para com o País e com o Povo que diz representar, e aqui sim, o ÓBVIO e o NATURAL como RESPIRAR encaixa-se na perfeição.
E é em nome deste ÓBVIO e deste NATURAL como RESPIRAR que solicitamos a Marcelo Rebelo de Sousa que convoque todos os canais televisivos, rádios, jornais, enfim, todos os órgãos de comunicação social portugueses, para que, em direCto, possa explicar RACIONALMENTE aos Portugueses, por que motivo Portugal, que tem uma Língua com mais de 800 anos, uma das mais antigas da Europa, anda a rastejar aos pés do Brasil, com o intuito de, ilegalmente e inconstitucionalmente, fazer dela moeda de troca, para impor uma Variante, composta por um léxico, fruto de um cocktail de palavras americanizadas, italianizadas, castelhanizadas, afrancesadas, e por acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas.
É que isto NÃO é uma atitude normal, num País livre e soberano, como Portugal. Ou Portugal, em nome da brasilidade que nos querem impor, já não será um País livre e soberano?
Isabel A. Ferreira
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Comentários na Página do Facebook:
PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90

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Terça-feira, 14 de Março de 2023
... e isto é um fenómeno que só acontece quando a IGNORÂNCIA se instala à porta do cérebro humano e não deixa entrar o SABER.
É por esta e por outras iguais a esta ou ainda muito piores do que esta, que apelamos a Marcelo Rebelo de Sousa, que diz ser o presidente de todos os Portugueses, que saia da bolha opaca que o afasta da REALIDADE do nosso País, e venha a público DEFENDER como é do seu DEVER a Cultura, a História e a Língua Portuguesas. Ou então que entre no primeiro avião que houver, e vá ao Brasil consultar psicólogos que tratem da adiCção provocada por uma DROGA que dá pelo nome de AO90, porque a ESTUPIDEZ que esta droga destila, já ultrapassou todos os limites que podiam ser ultrapassados.
A Língua Portuguesa está moribunda, e a sua morte iminente deve-se não só aos governantes portugueses que CEGAMENTE rastejam aos pés de quem propositadamente a destruiu, com um objectivo dos mais abjectos, como também à INACÇÃO daqueles que dizem ser contra este incompreensível, inacreditável e inútil acordo, mas não passam das palavras às acções.
E nós, que NÃO somos seres rastejantes, EXIGIMOS que providências sejam tomadas, urgentemente, para que a Língua Portuguesa regresse ao seu PEDESTAL da mais Bela Flor do Lácio.
Isabel A. Ferreira

in NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90

Fonte da imagem e texto:
https://www.jm-madeira.pt/regiao/ver/198791/Regiao_precisa_de_mais_psicologos_no_tratamento_de_adicoes_defende_o_bastonario?fbclid=IwAR3l74bMfcpttofvvQKOdZNcn49wkDKlDXJWT0J4qP1L6oxUkjp5G376Cx8


in Dicionário Priberam
Segunda-feira, 6 de Março de 2023


CAPÍTULO I
Disposição geral
Artigo 1.º
(Línguas oficiais)
1. As línguas chinesa e portuguesa são as línguas oficiais de Macau.
2. As línguas oficiais têm igual dignidade e são ambas meio de expressão válido de quaisquer actos jurídicos.
3. O disposto nos números anteriores não prejudica a liberdade de escolha, por cada indivíduo, da sua própria língua e o direito de a utilizar na sua esfera pessoal e familiar, bem como de a aprender e ensinar.
4. A Administração deve promover o ensino das línguas oficiais, bem como a sua correcta utilização.
Decreto-Lei n.º 101/99/
Muito se tem falado da CPLB, sempre torcendo a realidade para dar a entender que aquilo serve para mais alguma coisa além de encobrir politicamente o expansionismo brasileirista, mas na verdade essa fictícia “comunidade” de homens de negócios e caciques sortidos jamais fez fosse o que fosse além daquilo que identifica os dois tipos de sócios, ou seja, negócios para alguns e caciquismo para os restantes.
A Comunidade dos Países de Língua Brasileira, essa espécie de entidade especializada em efabulações — cuja eficácia apenas pode ser comprovada por alucinada estimativa, isto é, especulando sobre o número de débeis mentais que tais patranhas engolem — mas apenas interessada em cumprir à risca o plano de a) linguicídio, b) aculturação e c) anexação, nunca mexeu uma palha que escapasse à “lógica” imediatista do lucro.
A Guiné Equatorial, um pequeno país de língua espanhola (Castelhano) governado pelo ditador Obiang, aderiu à confraria sem a menor dificuldade ou sequer um assomo de dignidade (e muito menos de indignação) por parte do 28.º Estado ou da “metrópole” federal.
Timor-Leste, um Estado-membro “exótico” onde menos de 10% entendem, 5% falam e 1% escrevem Português, recebeu o PR tuga pelo 20.º aniversário da independência e o dito convidou os timorenses para “irem mais a Portugal” (ver/ouvir reportagem, a partir dos 3m26s). À excepção dos professores de Português (portugueses, eu próprio fui um deles) e dos brasileiros que por lá já vão parando (a Austrália é logo ali), a CPL”P” não mete o bedelho na Terra do Sol Nascente.
Quanto a Cabo Verde, basta dizer, a respeito do CPLB, isto: Cabo Verde adoptou a sua Língua nacional, o Crioulo.
Se o Brasil é o “gigante” que tantos pategos tugas admiram, então Angola e Moçambique são dois grandes matulões que os mesmos pategos menosprezam. Assinaram ambas as fantochadas, CPL”P” e #AO90, mas não participam de forma alguma em qualquer dos acordos inventados pelo Brasil com a conivência de alguns mercenários portugueses. Nem Angola nem Moçambique ratificaram ou sequer dão sinais de pretenderem sujeitar-se à língua brasileira.
Por fim, Macau. Apesar de recentemente ter havido algumas incursões exploratórias, a armar à “difusão e expansão” da língua brasileira, Macau ainda conserva algum tipo de imunidade tanto ao vírus do enriquecimento súbito (e brutal) como em relação a febres demagógicas e hemorragias de palavras ocas. Trata-se de uma região autónoma com Governo próprio, e ainda bem — no caso — que a China é um verdadeiro gigante ao pé do qual o Brasil (mais de seis vezes menor) terá de provar do seu próprio veneno supremacista. Resguarda-se assim Macau de contaminações, aquele belíssimo enclave, preservando em pleno viço o idioma de Camões.
Até quando se queixam de alguma coisa relacionada com a Língua Portuguesa, aos macaenses — honra lhes seja feita — apenas interessa resolver de imediato qualquer problema. Não fazem queixinhas a ninguém e nem lhes ocorre, decerto porque não são parvos, esperar que a CPLB vá lá impor-lhes a “língua universau”.
A este deputado Che Sai Wang não condecora o outro, o brasileirista-mor, o fulano dos “afetos”.

Criticada falta de meios e traduções tardias – Hoje Macau
Português | Criticada falta de meios e traduções tardias
João Santos Filipe
“Hoje Macau”, 2 Mar 2023
Che Sai Wang considera que os órgãos executivo, legislativo e judicial são maus exemplos da utilização da língua portuguesa. O deputado recorda aos governantes que o idioma de Camões também é oficial e pede medidas face à sua desvalorização
Apesar de o português ser uma língua oficial do território, os órgãos executivo, legislativo e judicial caracterizam-se por constantes limitações na utilização do idioma. A crítica é feita pelo deputado Che Sai Wang, ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), numa interpelação escrita em que pede medidas para contrariar esta tendência.
Uma das principais críticas de Che, tem a ver com o tempo que as autoridades demoram a fazer traduções do chinês para o português. E o deputado destaca o caso dos tribunais. “É necessário muito tempo para carregamento dos acórdãos dos diferentes tribunais no website. A publicação mais recente do Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base foi no dia 28 de Abril de 2022, e a publicação mais recente do Juízo Laboral foi no dia 21 de Janeiro de 2021. Não obstante a publicação mais recente do Juízo Criminal ter sido no dia 18 de Janeiro de 2023, a data da publicação anterior foi no dia 8 de Outubro de 2021, ou seja, registou-se um intervalo de dois anos”, apontou Che.
O Governo também não se livra de críticas, principalmente devido à suposta promoção da governação electrónica. Para Che é uma implementação a duas velocidades, em que a língua portuguesa é sempre descurada.
“O Governo não tem parado de realçar a necessidade de se continuar a promover o governo electrónico, mas a não divulgação atempada de informações impossibilita o respectivo acesso por parte do público, impedindo a implementação do governo electrónico e prejudicando o direito à informação dos residentes”, acusa.
Vamos lá “optimizar”
Num contexto em que a língua portuguesa está cada vez mais de marcha-atrás engatada, Che quer saber o que vai ser feito para “assegurar a utilização simultânea das duas línguas”. “De que medidas dispõe para o efeito?”, questiona. “O Governo deve ainda recrutar mais tradutores e actualizar, atempadamente, as informações em ambas as línguas, para evitar prejudicar os direitos e interesses dos residentes ao nível da respectiva consulta. Vai considerar fazê-lo?”, pergunta.
Ao mesmo tempo, Che WaiSang questiona o número de serviços do Governo com capacidade efectiva para cumprir as leis em vigor, no que diz respeito à utilização do português.
“Nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º101/99/M, ‘[t]odos têm o direito de se dirigir numa das línguas oficiais, oralmente ou por escrito, a qualquer órgão da Administração, bem como às entidades concessionárias no exercício de poderes de autoridade, e a receber resposta na língua oficial da sua opção.’ Actualmente, quantos serviços públicos cumprem e põem em prática, com rigor, esta norma?”, interroga.
Posted in Manchete, Política
Temas che sai wang, tradução
[Transcrição integral de artigo publicado no jornal “Macau Hoje de 02.03.23. Destaques meus. Imagem de topo de: semanário “Ponto Final” (também de Macau e também em Português)]
[Nota: não é mera coincidência o padrão da calçada portuguesa em Macau ser igual ao da imagem de cabeçalho do Apartado 53. Trata-se, evidentemente, de um traço cultural sui generis que se encontra em todos os países e territórios que foram outrora colónias portuguesas. Incluindo o Brasil.]

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Domingo, 5 de Março de 2023
Este texto não tem a ver directamente com o AO90 ou com a Língua Portuguesa, mas como tem a ver com a “missão” do professor, a ligação é inevitável.
Uma vez que os professores portugueses “andam na berra” (*) convido os meus leitores a dar atenção à definição de professor, que o Juiz brasileiro Eliezer Siqueira de Souza Júnior apresentou na sentença dada num processo judicial, movido por um aluno ao professor que lhe confiscou o telemóvel, por estar a ouvir música, com auscultadores, dentro da sala de aula.
Trata-se de um acontecimento bastante difundido na altura, e que pode ser consultado neste link:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/aluno-brasileiro-que-processou-630893
O aluno brasileiro, que processou o professor por lhe ter apreendido o telemóvel, na sala de aula, perdeu a causa na justiça, e o Juiz Eliezer deixou-nos uma lição do que deve ser observada por todos os professores, pais e governantes deste nosso País, que fazem do ENSINO uma desaprendizagem.
«O professor é o indivíduo vocacionado para tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe.»
Diz o Juiz que o autor é estudante. O demandado, professor. Neste contexto, já se deveria asseverar que o docente, jamais, traria algum abalo moral àquele ser que lhe foi confiado a aprender. Pelo contrário! O professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão (alumno: sem luz), para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”.
E o magistrado prosseguiu tecendo considerações sobre o ENSINO no Brasil: “O que temos no Brasil? Uma completa inversão deste valor, explicável se levarmos em conta que, no século passado, ficamos aproximadamente 40 anos em duas ditaduras que entenderam o valor da Educação como ferramenta de tirania e alienação, transformando professores em soldados de ideologias totalitaristas, perfilados em salas de aula em que sua disposição espacial dá toda esta directriz: o professor em pé, discursando; os alunos sentados, indefesos, recebendo toda carga do ‘regime’”.
O que proponho é reescrever este excerto da sentença do magistrado brasileiro, e transpô-la para a actualidade portuguesa:
E o que temos em Portugal? Temos uma completa inversão deste valor, explicável se levarmos em conta que, desde o 25 de Abril, os sucessivos governos ditos democráticos entenderam o valor da Educação como ferramenta de tirania e alienação, transformando professores em soldados de ideologias totalitaristas, perfilados em salas de aula em que a sua disposição espacial dá toda esta directriz: o professor em pé, despejando matéria, e utilizando uma linguagem truncada, abrasileirada, amixordizada, enfim, um TUGUÊS (**) imposto ditatorialmente por governantes ignorantes e servilistas, e os alumnos, coitados, sentados, indefesos, recebendo toda esta carga de um ‘regime’ que rasteja aos pés de uma ex-colónia, que usurpou a Língua Portuguesa, e a fez introduzir em Portugal através de trafulhices entre políticos brasileiros e políticos portugueses, desvirtuando-se, deste modo, a MISSÃO de tirar os alumnos (os sem luz) das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe. O que temos é as trevas da ignorância a reinar nas escolas, porque é IMPOSSÍVEL ter um ensino de qualidade, assente numa linguagem TÃO desqualificada.
Os alumnos portugueses, que tiveram a desdita de apanhar o combóio do TUGUÊS em andamento a partir de Janeiro de 2012 [algo que aos acordistas não interessa dissecar] porque as crianças do ensino básico do ano lectivo 2010/2011 que aprenderam a escrever direCtor com CÊ, e a partir de Janeiro de 2012, tiveram de desaprender a escrever a LÍNGUA MATERNA delas, e, sem saberem porquê, começaram a escrever “diretor” [dir’tôr”] sem Cê, começaram a escrevinhar uma inconcebível mixórdia ortográfica, imposta por ignorantes, com a CUMPLICIDADE de quem? Isso mesmo: dos PROFESSORES, que tinham a MISSÃO de os tirar das trevas e da ignorância, e atiraram-nos para uma escuridão ainda maior. [Salvaguardo aqui os professores que se recusaram a ser servilistas].
E quem diz os alunos do ano lectivo de 2010/2011, diz de todos os alunos dos anos lectivos anteriores. E se esses alumnos foram obrigados a desaprender 0 que aprenderam numa LINGUAGEM CORRECTA, mais facilmente podem desaprender o que aprenderam na LINGUAGEM “INCORRETA” (“INCURRÊT”) que estão a impingir-lhes.
E o magistrado Eliezer disse mais, na sua sentença:
«Julgar procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra-educação, as novelas, os reality shows, a ostentação, o ‘bullying intelectual', o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectualmente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira»
Transponhamos este parágrafo para Portugal e temos o seguinte:
Continuar a enganar os alumnos [os sem luz] portugueses, impingindo-lhes uma ortografia que NÃO pertence à Cultura Linguística Portuguesa, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional de Portugal, privilegiando a alienação e a contra-educação, as telenovelas brasileiras e luso-brasileiras, os reality shows, o futebol [ainda hoje ouvi na televisão um homem dizer que o futebol era a coisa mais importante na sua vida] a ostentação, o ‘bullying intelectual', o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectualmente improdutiva que vem assolando os lares portugueses, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação portuguesa.
Está na hora de dizer BASTA! a este INSULTO.
(*) Gosto de usar as expressões portuguesas que o nosso Orlando Neves compilou num Dicionário de Frases Feitas, e “andar na berra” é uma delas, e para quem não sabe, significa “estar na moda; ser falado”.
(**) “TUGUÊS” é a novilíngua grafada em Portugal, e consiste numa mistura da Língua Portuguesa, do Acordês e da Língua Brasileira, algo que está a ser impingido pelo actual sistema de ensino, com a cumplicidade da classe docente [salvaguardo aqui os Professores que NÃO aceitaram ser servilistas] que anda por aí a proclamar que quer uma “escola com qualidade”, mas impingem o “TUGUÊS” e o “TUGUÊS” não rima com qualidade, rima com ESTUPIDEZ.
Isabel A. Ferreira

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Quarta-feira, 1 de Março de 2023
Fiquei completamente siderada com a imagem que ilustrou um texto publicado, ontem, neste Blogue, sob o título «Requiem pela Língua Portuguesa» [por Francisco João da Silva]
onde consta algumas Línguas Europeias, entre elas o PORTUGUÊS. Todas as outras Línguas vêm assinaladas com as respectivas bandeiras do seu País de ORIGEM. Excepto o PORTUGUÊS, que veio assinalado com a bandeira do Brasil.
Por alma de quem? Com autorização de quem?
Portugal é um País europeu, tem a SUA Bandeira e o SEU Idioma. Já NÃO será um País livre e soberano??????
O Brasil NÃO é um País europeu, para ter a sua bandeira a assinalar uma LÍNGUA EUROPEIA, pertencente a Portugal.
Quem seria o IGNORANTE que, além de não saber que o PORTUGUÊS é a Língua de Portugal, e a bandeira de Portugal NÃO É a bandeira brasileira, não sabe que Français é escrito com Ç, e que o “espanhol” NÃO existe?
Fiquei a remoer nestas ignorâncias expostas ao mundo, e na ingerência ilegítima nos símbolos maiores da IDENTIDADE PORTUGUESA: a sua Língua e a sua Bandeira.
Daí que venha repor a verdade, para que não se ande por aí a tirar proveito INDEVIDO dos símbolos do MEU País, uma vez que, em Portugal, quem devia defender a Constituição da República Portuguesa, Portugal e os INTERESSES dos Portugueses, anda por aí a fazer-de-conta que é o presidente da República de Portugal.
E isto é absolutamente INTOLERÁVEL.
Isabel A. Ferreira
REPONDO A VERDADE:


Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2023
Requiem pela Língua Portuguesa
Ao CAVALO DE TRÓIA (1) que é o “acordo” ortográfico (1ª tentativa em 1986 e a 2ª em 1990) seguiu-se (2) em 2000 o chamado TRATADO de AMIZADE entre PORTUGAL e o BRASIL, dois actos eminentes políticos implementados concomitantemente (3) com o REPOVOAMENTO POPULACIONAL de Portugal, eufemisticamente chamado “CRÉDITO MIGRATÓRIO”!
Continuar a lutar e a bater unicamente na tecla “vertente linguística” não levou até hoje a nenhum resultado tangível, desde 1990 até 2023, isto é, há já 33 anos!
Versão condensada publicada no blogue Apartado 53
Versão completa disponível nesta hiperligação:
https://docs.google.com/document/d/1U4QIc1YZONehtN1m_jRf7zGMV4ERowRpx7C8PtnsjD4/edit
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A estratégia das castas políticas, misturada de trafulhices no que respeita às datas dos respectivos instrumentos de ratificação do Tratado Internacional AO-1990 enviados ao país depositário, ainda não foi bem compreendida por muitos portugueses incluindo aqueles que lutam pela RESTAURAÇÃO da LÍNGUA PORTUGUESA em Portugal! Só depois dessa estratégia política ter sido bem assimilada e estar perfeitamente clara para todos os portugueses é que os três pontos acima referidos, serão apreendidos pelo que são na realidade: são decisões políticas que estão relacionadas estreitamente entre elas e a única maneira de serem derrubadas é combatê-las doravante da mesma maneira que foram impostas: politicamente!
A casta política detém todas as alavancas do poder, ela apoderou-se do aparelho de Estado há já muito tempo e o regime consequentemente instaurado é claramente também o de uma ditadura ortográfica. O regime dispõe até da sua própria língua, um dialecto estatal , uma “novlíngua” orweliana, que lhe é própria e é, apenas praticada em Portugal, é o tal “acordo “ortográfico AO-1990! A sua revogação só pode ser feita, evoluindo da luta linguística contra o acordês, para outras formas de luta política, complementando-as com acções judiciais.
Esses três elementos principais são os que constituem a Agenda Oculta a ser implementada pelas duas castas políticas cúmplices, dos dois lados do Atlântico, cujo objectivo a médio prazo é o de eliminar a LÍNGUA PORTUGUESA internacionalmente (já actualmente com algum sucesso, linguística e culturalmente falando) para que possa ser substituída pela sua variante brasileira (a futura língua brasileira). Para evidenciar o que precede, citarei José Manuel Diogo, Director da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira que afirma públicamente numa entrevista no dia 8 de Fevereiro de 2023, à Folha de São Paulo «(Brasil) que o “ Português do Brasil “ é verdadeiramente uma língua oficial de Portugal “, o que dispensa qualquer comentário.
Mais pormenores nestas hiperligações :
https://zap.aeiou.pt/portugues-brasil-lingua-oficial-portugal-521192
https://apartado53.com/2023/02/18/connect-the-dots/
https://apartado53.com/2023/02/17/que-lhes-faca-bom-proveito/
Segue mais abaixo outra prova sobre a eliminação em curso da LÍNGUA PORTUGUESA substituída a nível internacional pela sua variante brasileira. Há inúmeros exemplos destes. Até a Bandeira Nacional de Portugal foi substituída pela do Brasil. O mesmo NÃO sucedeu com a Bandeira da Espanha. Comprovem aqui: https://www.stopworldcontrol.com/?inf_contact_key=b8e264d08599f0daecad25d1009d5f06d18a532c4142cb79caf2b269de1401fa

O vídeo é igualmente falado na variante brasileira do português, assim como a redacção do texto, comprovem aqui: https://stopworldcontrol.com/pt-br/dellasuno/
Na versão completa deste artigo, que estão agora a consultar podem inteirar-se de como as duas castas políticas cúmplices estão a tentar transformar ( já com algum sucesso, linguística e culturalmente falando) a NAÇÃO PORTUGUESA, com quase 1.000 anos de existência, no 28º Estado da República Federativa do Brasil!
Uma das formas, dito melhor, um dos mecanismos políticos muito bem encapotado é o tal Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil”, igualmente conhecido pelo nome de “Estatuto de Igualdade, ou de Amizade“ e que revoga o de 1972.
Uma outra dessas formas, efectuada de maneira bem disfarçada é o REPOVOAMENTO de Portugal através de uma substituição populacional, ou seja uma “COLONIZAÇÃO INVERTIDA” sobre a qual até já se fala subtilmente em público, como se pode constatar neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=UgySUABfWmU e aqui igualmente.
A terminologia usada pela união dita “europeia” como já referido acima, é uma horrorosa metáfora quando se fala de “CRÉDITO MIGRATÓRIO”, que é igualmente uma política mundialista. Na versão completa deste meu artigo, faço apenas duas perguntas.
A primeira pergunta que ocorre é: como é que foi possível que o Tratado, assinado em 2000, ou seja há mais de 22 anos seja tão pouco conhecido dos portugueses, pouco ou nada citado pela Imprensa (que eu saiba) e que eu, como decerto milhares ou mesmo milhões de portugueses, nunca ouvimos falar desse tal Tratado, com imensas implicações e consequências que estão muito longe de serem boas ou favoráveis para Portugal?
A segunda pergunta deriva da constatação de uma discriminação feroz, primeiramente de Portugal (leia-se do regime actual) que, cobardemente (será?) aceitou vergar-se aos interesses do Brasil, agindo consequentemente contra os outros 6 (seis) países membros da CPLP, que aparentemente não reagiram (tanto quanto eu saiba).
O silêncio destes países é, portanto, ensurdecedor! E porquê? O que é que isto esconde ou significa? Não será a continuação da lenta agonia da Matriz da Língua Portuguesa?
Convida-se, portanto, o Povo Português a enviar os seus pêsames e participar no já longo VELÓRIO em BELÉM. A IRONIA nem sempre faz sorrir, por vezes é triste.
As castas políticas são apátridas, por definição. Quando a maioria dos portugueses compreender isso já será demasiado tarde, mas nem tudo estará perdido. A liberdade, a justiça, a resistência fazem parte da dignidade humana e jamais foram vencidas definitivamente. Quanto à substituição da LÍNGUA PORTUGUESA pela sua variante brasileira, é-me difícil continuar a ser optimista, se a hipnose colectiva do Povo Português não for também eliminada!
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Artigo da autoria de Francisco João DA SILVA, Membro Fundador do Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP).
Contacto: restauracaolingua.portuguesa2011@yahoo.com
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Versão completa disponível nesta hiperligação:
https://docs.google.com/document/d/1U4QIc1YZONehtN1m_jRf7zGMV4ERowRpx7C8PtnsjD4/edit
A transcrição deste texto, remetido por e-mail pelo autor, reproduz exacta e integralmente o original, incluindo imagem, pontuação, destaques a “bold”, realces em maiúsculas, sublinhados e links.
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Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2023
Pela primeira vez, vi uma fala de António Costa, ser legendada no ecrã de uma estação televisiva, em Portugal, em Português.
Fiquei surpreendida. E então ocorreu-me questionar o porquê desta legenda, uma vez que o primeiro-ministro NÃO estava no Brasil, a falar para Brasileiros.
Bem sabemos que a dicção de António Costa não é perfeita, o que não é um defeito assim por aí além, até porque quase ninguém dos que falam nas televisões têm uma dicção perfeita, incluindo a classe jornalística (salvaguardando aqui as raras excepções). Se bem que o primeiro-ministro de um País, deva usar a sua Língua Materna com mestria, para não fazer má figura e não dar mau exemplo às crianças que têm na Televisão, no YouTube, no Tik-Tok e noutros sítios que tais, uma verdadeira escola de mal-falar, de mal-escrever e de mal-pensar.
Por outro lado, pode perguntar-se: mas que Língua Materna é essa que a Isabel mencionou? Ora essa!!!! A Língua de Portugal, obviamente.
Então, se António Costa estava em Portugal, a falar a Língua de José Saramago, porquê, as legendas?
Pelas imagens, que ilustram este texto, vemos que não foi para que os cidadãos com défice auditivo, pudessem perceber o que Costa estava a dizer, porque está lá uma senhora a acompanhá-lo em Língua Gestual.
Também não seria para os Portugueses, porque estes já estão habituados ao falar de António Costa, e percebem-no mesmo quando come as sílabas.
Uma vez que o assunto era sobre “um ano de guerra na Ucrânia”, as legendas seriam para os Ucranianos que se encontram em Portugal? Não me parece, pois os que já cá estão há mais tempo, já se entendem com a Língua Portuguesa, e até a falam muito bem, e este muito bem é um muito bem quase sem sotaque estrangeiro, melhor até do que muitos portugueses, de todos os sexos, que vêem demasiadas telenovelas brasileiras. Se as legendas se dirigiam aos refugiados ucranianos, que Portugal recebeu, estes, não sabendo Português, de nada lhes serviria as ditas cujas.
E como nunca ninguém se incomodou em legendar em Inglês, Língua que quase todos dominam, as falas dos políticos portugueses, para que os muitos imigrantes, de todas as partes do mundo, que vêm para Portugal à procura de uma vida melhor, e NÃO sabem Português, pudessem perceber o que os políticos dizem sobre as políticas que a eles lhes dizem respeito, mais estranho me pareceram aquelas legendas em Português, na fala de António Costa.
Foi então que me ocorreu o seguinte: puseram aquelas legendas para que os Brasileiros percebessem o que António Costa estava a dizer? Assim como se faz no Brasil, que se tem de legendar as falas dos Portugueses ou dobrar as falas dos actores portugueses em novelas luso-brasileiras ou em filmes portugueses, para que os Brasileiros possam entender a Língua que eles NÃO falam? Sim, porque nos tempos que correm, quem manda na Língua e exige que se imponha a Variante Brasileira do Português, nas escolas portuguesas, são os Brasileiros. Como se alguma vez, no Brasil, os Portugueses, ou qualquer outra nacionalidade, impusessem a sua Língua Materna, aos Brasileiros!
Bem, talvez não fossem os Brasileiros o motivo da loegendagem. Talvez fosse por outro motivo qualquer, que NÃO me passa pela cabeça.
Fiquei apenas surpreendida pelo inédito da situação. Gostaria de saber exactamente o porquê daquelas legendas em Português, de uma fala portuguesa.
Contudo, tudo é possível. Há pouco tempo veio para Portugal uma senhora brasileira, que me foi recomendada para que eu a ajudasse no que pudesse. Como sempre faço, com todos os que vêm para Portugal, procurar uma vida melhor, sejam brasileiros ou outra nacionalidade qualquer. Se vêem por bem, o meu DEVER é ajudar.
Só que essa senhora tem muita dificuldade em perceber o meu falar, que é um falar coimbrão, martelando todas as sílabas, e que aprendi com aprumo, para poder dar AULAS de Português e de História, e os meus alunos perceberem o que eu dizia. Nunca tive dificuldades em fazer-me entender com ninguém, nem com nenhuma outra nacionalidade. E embora essa senhora seja uma brasileira dos quatro costados, neta de uma avó indígena, instruída, frequentou uma Universidade brasileira, e fale a Língua que o Brasil chama erradamente “Português do Brasil” não me entende, quando falamos pelo WhatsApp.
Como ainda não é possível pôr legendas no WhatsApp, a nossa comunicação tem de ser feita através de mensagens escritas, grafadas por mim, à portuguesa, e grafadas por ela, à brasileira.
Eu podia comunicar-me com ela, falando à brasileira, porque a Variante Brasileira do Português é a minha segunda Língua, com a qual aprendi a ler e a escrever (repito), a seguir à Portuguesa, Inglesa e Castelhana. Mas não o faço. Se vou ao Brasil, comunico-me em Brasileiro. Se vou a Inglaterra, em Inglês. Se vou a Espanha, em Castelhano. No meu país comunico-me em Português, com quem o entende. Se os estrangeiros com quem lido não souberem Português, comunico em Inglês ou Castelhano, conforme for. Com os Brasileiros, que dizem que Portugal e Brasil falam a mesma Língua, mas não entendem o Português, e precisam de legendas ou dobragens, se calha de não me entenderem, não me ocorre falar noutra Língua a não ser em Português. Nem que se seja apenas através de mensagens escritas.
Isabel A. Ferreira



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Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2023
Isto de quererem INTEGRAR pessoas (ou devo dizer "pessoes", como "iles" querem), através das palavras, é de uma infinita estupidez.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) REVOGOU a lei que proibia o uso da dita "linguagem neutra": "todes", "amigues", "iles", "brasileires"...
Hoje, a imagem que ilustra este texto, publicada no Facebook, há cinco anos, está desactualizada.
Porém, não posso actualizá-la, porque, na verdade, não sei como hei-de neutralizar as palavras "cidadãos/cidadãs" e "portugueses/portuguesas". Talvez chamando-lhes simplesmente "lusitanes".
"Amigues" já referi. Mas temos os nossos "deputades" que, por serem "polítiques" muito "modernaces", rastejam atrás da linguagem que vem do Brasil, não se incomodando com o facto de estarem a ser voluntariamente "manipulades" e a deixar que a Língua, a que chamam "portuguesa", escorra pelo esgoto. E só "parves" é que se prestarão a adoptar este tipo de linguagem.
Então, meus "amigues compatriotes" deixo aqui este apelo: PONHAM-SE A PAU, porque "iles", que nos (des)governam, «não êstão neim áí» para o facto de que a Variante Brasileira do Português se implante em Portugal apenas porque os "brasileires" assim o QUEREM. E, como os "nosses polítiques" não têm vergonha na cara, deixam-se tomar por lorpas.
Não tardará muito que "todes", em Portugal, se verguem a "iles", como o faziam os "vassales" , no tempo dos "monarques lusitanes".
Bem, eu como combato, ferozmente, este tipo de subserviência - não me calo, recuso-me a ser politicamente correCta, não pactuo com os "pérfides" - não estarei, com toda a certeza, na lista dos "noves escraves lusitanes".
Querem saber mais sobre esta matéria? Cliquem no link:
https://www.sinprodf.org.br/linguagem-neutra-decisao-do-stf-deve-ser-considerada-em-sala-de-aula/
Isabel A. Ferreira

Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2023

O que está entre aspas no título desta publicação, é o título de um artigo publicado na ZAP Notícias que INSULTA os Portugueses Pensantes, e pior do que isso, envereda por um caminho que DESAUTORIZA as autoridades portuguesas, e estas, muito servilmente, como se fossem capachos do Brasil, são incapazes de repelir tal afirmação.
Bem sabemos que, em Portugal, os Portugueses Pensantes não estão em maioria, a começar pelos governantes que, a rastejar, permitem que nos ROUBEM a NOSSA Soberania, assim, tão descaradamente.
Antes de continuar esta minha contestação, aviso já, que vou transcrever para a Língua Portuguesa, as palavras escritas em Brasileiro, assinalando-as a azul, até porque o dito “português do Brasil” NÃO existe, e a Língua Portuguesa é a LÍNGUA OFICIAL de Portugal, não estando SEQUER em vigor o malfadado acordo brasilortográfico de 1990, que só veio lançar o desacordo, o caos ortográfico, o desentendimento, e infiltrar-se na vida dos Portugueses como uma praga.
Este artigo da ZAP, assinado pelo articulista Daniel Costa, começa por afirmar o seguinte: «O direCtor da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, José Manuel Diogo, diz que o português do Brasil “é verdadeiramente uma língua oficial de Portugal”.»
Poderia justificar esta infeliz declaração de José Manuel Diogo apresentando o facto de Nuno Rebelo de Sousa, filho de Marcelo Rebelo de Sousa que, por mero acaso, é o actual presidente da República Portuguesa (?) representar actualmente a Câmara Portuguesa de São Paulo, e ser Presidente da Federação das Câmaras de Comércio Portuguesas no Brasil.
Mas não vou por aí.
Contudo, justifica-se esta ingerência na soberania portuguesa, com esta afirmação gratuita e disparatada, com base nestas estatísticas, conforme o texto em causa:
«O número de brasileiros que imigra [?] para Portugal continua a aumentar. Em 2022, viviam em Portugal 233.138 brasileiros, mais 28.444 (13%) do que em 2021.»
«Nos últimos 12 anos mais de 391 mil brasileiros obtiveram a nacionalidade portuguesa. Trata-se da principal comunidade estrangeira residente no país.»
«Portugal é um país com pouco mais de 10 milhões de habitantes, dos quais 400 mil ainda não falam português — por serem bebés ou crianças demasiado pequenas.»
O número de Brasileiros, que imigram para Portugal, continua a aumentar, porque Portugal e a aquisição da nacionalidade portuguesa são uns excelentes trampolins para os restantes países da Europa. Estas estatísticas não interessam?
Eu não sei de números, mas sei de muitos, mesmo muitos brasileiros que já estão de pedra e cal em vários países europeus, onde os salários são mais apetitosos, do que os magros cêntimos que ganhavam em Portugal. Aliás, também há milhares de portugueses que fazem o mesmo. Isto é ou não é verdade? Eu conheço muitos que já partiram para a Europa.
Até os refugiados, que Portugal recebe, FOGEM para a Europa.
Portugal é apenas um muito conveniente trampolim. E o passaporte português dá muuuuuuito jeito. Por enquanto.
Eu fiquei muito estarrecida com o facto de meterem as crianças portuguesas, que ainda não falam, nas estatísticas, para justificarem o minoritarismo da Língua Portuguesa, como se todas essas crianças nascessem MUDAS, e nunca viessem a falar.
Além disso, há um pormenor muito importante: na Europa são vários os países com Línguas minoritárias, que os Países preservam como jóias preciosas.
A Língua Portuguesa é uma dessas jóias preciosas, e apenas os que gostam de se enfeitar com pingentes de bolotas feitos, rejeitam adornar-se com pérolas.
E o texto assinado por Daniel Costa, continua num registo de alucinação:
«É com base nestes dados demográfico [??] que, num texto publicado na Folha de S. Paulo, o direCtor da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, José Manuel Diogo, escreve que “sem compromisso com o erro, o português do Brasil é verdadeiramente uma língua oficial de Portugal”.»
Dados demográficos? Que dados demográficos entram para esta avaliação? As 400 mil crianças que ainda não falam? Além disso, NÃO existe um “português do Brasil”. Existe uma Variante Brasileira do Português, que NÃO é Portuguesa, uma vez que DESLUSITANIZARAM o Português.
E o texto diz mais:
«O também fundador da Associação Portugal Brasil 200 anos sublinha que “simplesmente caminhando nas ruas”, o número de falantes de português do Brasil parece bem maior do que é na realidade.»
Pode parecer, mas NÃO é. Caminhando-se nas ruas, por exemplo, de Lisboa, ouve-se uma babilónia de línguas, e entre as mais variadas línguas, ouve-se também a Brasileira.
NÃO é verdade que a Variante Brasileira do Português se sobreponha ao Português. Pode parecer, porque se formos ao Google consultar alguma matéria, aparece a Variante Brasileira, que nos convida a passarmos para o Inglês, porque a Língua vem correctamente escrita, e as traduções são impecáveis. Também parece que as televisões portuguesas estão instruídas para mostrarem MAIS brasileiros a dar palpites em várias situações, do que portugueses ou outras nacionalidades. Para darem a ideia de que os Brasileiros são em numero maior do que os portugueses juntos com as outras nacionalidades, que ultrapassam a centena. A isto chama-se fazer batota.
Eu quando caminho na rua ouço falar Brasileiro, mas também Mandarim, Ucraniano, "indiano" (*) e outras línguas asiáticas, que não domino, mas maioritariamente, ouço falar PORTUGUÊS, se juntarmos as vozes dos Portugueses às dos Africanos de expressão portuguesa.
E o texto continua num registo alucinatório:
«“O balanço doce do português de Vinicius [???] de Moraes sobrepõe-se à frigidez sonora dos conterrâneos de Pessoa e Saramago”, escreve José Manuel Diogo. “A vida acontece cada vez mais em ônibus que nos autocarros, e a frescura mata-se cada vez mais na geladeira que no frigorífico”.»
Como está enganado o Sr. José Manuel Diogo! Esqueceu-se de que em Portugal vivem milhares de portugueses fiéis à Língua de Luiz de Camões, de Fernando Pessoa, de José Saramago, de Eça de Queiroz, de Camilo Castelo Branco, entre outros, os quais [portugueses] NÃO se venderam ao Brasil?
Os Brasileiros, em Portugal, andam de autocarro e guardam os seus mantimentos no frigorífico. Se querem andar de ônibus ou guardar os víveres na geladeira, terão de optar por regressar ao Brasil.
Quanto à frigidez sonora, essa eu deixo para os ouvidos mal lavados, cheios de cera, que não conseguem captar a sonoridade das Línguas Românicas. Sabiam que os tchis (T) e os djis (D) e os iu (L) e a supressão dos érres finais, cansa os ouvidos com tanta tilintação? É que actualmente já não se ouve o «balanço doce do Português de Vinícius», porque o Português de Vinícius já NÃO existe mais. Hoje é oi, ah tá, né, a torto e a direito. A prosa já não é a mesma, e a oralidade foi desvirtuada.
O texto em causa continua assim:
«Crianças e jovens usam cada vez mais expressões brasileiras, impulsionadas por influencers brasileiros do YouTube e outras redes sociais.»
«“A exponencialidade do aumento da ‘demografia brasileira’ em Portugal antecipa uma nova era normativa para a língua portuguesa”, prevê o português natural de Castelo Branco. “A nova proporcionalidade na convivência de falantes no território português confronta a língua e os seus estudiosos com uma necessidade de reinvenção —será esta a palavra certa?”.»
Não, não é a palavra certa.
Portugal e os Portugueses Pensantes não estão disponíveis para se renderem à Variante Brasileira do Português, por um simples motivo: a Língua Portuguesa está VIVA. Querem enterrá-la, mas ela ainda NÃO morreu. Não precisa de novas normativas, porque as novas normativas só são válidas para o Brasil, e em mais nenhum país da mal denominada lusofonia.
Quanto à afirmação de que as crianças e jovens portugueses usam cada vez mais expressões brasileiras, impulsionadas por influencers brasileiros do YouTube e outras redes sociais, como o Tik-Tok, que apresenta verdadeiros atentados à inteligência humana, e as crianças NÃO são as parvas que querem fazer delas, é mera ilusão de quem pretende impor à força, em Portugal, a Variante Brasileira do Português. As crianças e jovens podem até repeti-las, mas por lhes acharem piada. Mas é só.
Há que dizer, porque é verdade, que os influencers brasileiros do YouTube e Tik-Tok estão muito mal cotados em Portugal, e penso que pelo mundo fora, porque além de NÃO passarem nada que se aproveite, a linguagem é da mais rasteira que há. Nem pouco mais ou menos é «o balanço doce do Português de Vinícius», que nunca cansou os seus ouvintes. Ao passo que a sonoridade restolhenta da linguagem que os brasileiros incultos andam a disseminar no YouTube e outras redes sociais, envergonha a Cultura Culta Brasileira.
Que nenhum brasileiro, instruído e culto, se regozije com o tipo de linguagem brasileira que anda por aí a ser disseminado nas redes sociais, porque tal linguagem envergonha as pedras das calçadas portuguesas, deixadas pelos portugueses, em muitas ruas do Brasil.
E o texto termina:
«Segundo o historiador e analista político brasileiro José Murilo de Carvalho, os estudantes e imigrantes do país sul-americano vêm para Portugal “em busca de emprego e de formação académica”.»
No fim de Julho do ano passado, o SEF informou que tinha atribuído 133 mil novos vistos de residência a cidadãos estrangeiros nos primeiros seis meses do ano.
Os números avançados revelam que 47.600, mais de um terço, são imigrantes brasileiros. A fila de espera para novos vistos andará por volta dos seis meses.»
Sim, tudo isto é verdade, mas quantos destes 47.600 brasileiros estão interessados em fixar-se em Portugal definitivamente? Ou esperam que Portugal se transforme no 28º Estado da República Federativa do Brasil, como já se ouve por aí, e nenhum governante português DESMENTE?
A quem Portugal está entregue? Quem manda em Portugal? Quem souber que me responda.
E porque aprendi a ler e a escrever no Brasil e vivi lá vários anos, e conheço a Cultura Culta Brasileira (actualmente tão desprezada) que faz parte da MINHA Cultura, tenho toda a legitimidade de escrever o que escrevi, o que não faz de mim, nem xenófoba, nem racista, até porque a maioria da minha família é brasileira, já na terceira geração. Como poderia menosprezar essa parte de mim?
Mas não tolero este tipo de IMPOSIÇÃO de uma cultura linguística, e não só, que nada tem a ver com os Portugueses. Isto não é coisa que um país livre e soberano, faça a outro país livre e soberano. Ou será que Marcelo Rebelo de Sousa entregou Portugal ao Brasil, por interesses alheios aos interesses de Portugal, e Portugal já não é um país soberano?
Fonte do texto publicado na ZAP Notícias:
https://zap.aeiou.pt/portugues-brasil-lingua-oficial-portugal-521192
(*) De facto, o "indiano" não existe. Mencionei a Língua, que ouço os Indianos falar, por "indiano", porque desconhecendo eu as 22 línguas oficiais da Índia, mas reconhecendo eu os Indianos, (e também os Paquistaneses) que se diferenciam, fisicamente, dos Africanos, dos Chineses, dos Portugueses, dos Ucranianos, dos Brasileiros (a estes últimos, até os topo-os à distância, e nem sequer precisam de abrir a boca para falar), para mim, e penso que para muita gente, falam “indiano”, porque fica mais fácil de "identificar" a Língua. Só por isso.
Isabel A. Ferreira