Cartas ao Director – Jornal Público
Tal como José Sousa Dias (Ourém), eu também não «entendo a teimosia da classe política em não querer discutir o assunto, insistindo numa ortografia cuja prática se vem revelando desastrosa (…)
Cartas ao Director – Jornal Público
«Li uma carta ao director (do leitor António Pena), da qual discordo em absoluto, porquanto advoga o abandono duma marca que vos define, a saber, a oposição ao espúrio acordo ortográfico de 1990. Sou leitor compulsivo do PÚBLICO desde o primeiro número, apesar de ter vivido vários anos no estrangeiro. Uma das razões que me prendem ao PÚBLICO é precisamente o facto de o jornal constituir um exemplo de grande coragem e combatividade no que à resistência ao dito acordo. Aliás nem entendo a teimosia da classe política em não querer discutir o assunto, insistindo numa ortografia cuja prática se vem revelando desastrosa, semeando o caos ortográfico, desde o Diário da República aos escritos dos vários ministérios e comunicados da própria Presidência da República. A maioria dos escritores vivos rejeita esta confusa e abstrusa ortografia.
Aproveitando o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de Maio), a quarta mais falada como língua materna, é tempo de reflectir e actuar com determinação. Se outras mais faladas nunca tiveram qualquer tipo de acordo ortográfico, mau grado tantas variantes, por quê teimar num acordo cuja prática demonstrou “ad nauseam” ser impossível? E, ironia das ironias, o único país que mais ou menos o vai cumprindo é apenas Portugal.
Cientificamente constitui uma manta de retalhos, está carregado de ilogicidades e recebeu parecer negativo de 25 linguistas e académicos num total de 27 recebidos. Espalhou o caos ortográfico.
José Sousa Dias, Ourém
Fonte:
. «Acordo ortográfico e o D...