Este é o APELO de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, descontentes com os atropelos à Constituição da República Portuguesa, no que à Língua Materna dos Portugueses – a Língua Portuguesa – diz respeito.
O APELO foi redigido por um Jurista, que presta apoio a este Grupo Cívico.
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico – a Língua Portuguesa – da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna – aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a ser acordizadas, num manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas também ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que deixe à posteridade, como SEU legado, a reposição da Língua Portuguesa, a nossa Língua, aquela que fixa o Pensamento de um Povo, escrita e falada escorreitamente, com elegância visual, com beleza, com estilo, seguindo o exemplo dos nossos Grandes Clássicos, antigos e modernos, atrás já referidos, para que a nossa Língua, a nossa Cultura e a nossa História, de quase nove séculos, não se percam nas brumas do tempo.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos
(Nomes dos subscritores)
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Porque Língua Portuguesa só há UMA. Nem a verdadeira, nem a falsa. Somente a Língua Portuguesa. A única, e poderá estar em extinção, não, daqui a décadas, mas já amanhã, se se continuar a assobiar para o lado.
Preservá-la é uma tarefa de todos, não pode ser apenas tarefa de alguns.
Para subscrever o APELO ao PRl basta enviar o Nome e a Profissão para o e-mail do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa»: isabelferreira@net.sapo.pt
Isabel A. Ferreira
Como havemos de livrar Portugal desta peste negra, a que deram o nome acientífico de AO90, sigla para «acordo ortográfico de 1990»? Algo inusitado, imposto a Portugal por uma sucessão de políticos, que, não sendo da área das Letras, e de letras nada percebendo, deixaram-se levar pelo aceno dos milhões sul-americanos, que lá por serem milhões, não significa que um Povo livre e soberano tenha de se subjugar aos seus desígnios, não significa que eles sejam os "donos" da Língua Portuguesa, porque isso JAMAIS serão. Serão donos da VARIANTE Brasileira do Português. Mais nada. Os norte-americanos também são milhões em relação aos Ingleses, e não são os donos da Língua Inglesa, até porque JAMAIS os Ingleses permitiriam tal ingerência num património que lhes pertence, por direito histórico.
A nossa Língua chegou à caverna onde políticos servilistas servidos por escravos, a puseram.
Não é, com certeza, continuando a escrever artigos, atrás de artigos, a malhar no AO90, e a repetir até à exaustão o que todos já sabem – fato, em Portugal, significa peça de vestuário, e, no Brasil, significa acontecimento – que nos livraremos desta peste negra. Todos já sabemos que o AO90 assenta na grafia brasileira, é inconstitucional e ilegal, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais.
Temos de partir para o ataque às bases. Cortar o mal pela raiz. Onde estão as bases? Onde está o mal? É por aí que devemos ir.
A Língua Portuguesa está entranhada há séculos em todas as gerações, desde Dom Diniz, que teve a brilhante visão política de dotar Portugal de uma Língua Portuguesa, desligada do Galaico-Português que partilhávamos com a Galiza. Afinal já éramos um País independente. Já não pertencíamos à Galiza.
Mais de oito séculos passaram, sobre uma das Línguas mais antigas da Europa, e não podemos admitir que uns poucos políticos, não tão esclarecidos como o era Dom Diniz, os quais aceitaram acriticamente o AO90, substituam essa herança, por um arremedo de linguagem , que se apressaram a impingir nas escolas portuguesas, com a cumplicidade dos professores, com o abjecto objectivo de infundirem nas novas gerações o compromisso de escreverem incurrêtâmente a sua Língua Materna, ad infinitum.
Hoje, não há visão política alguma. Deixámos de ser o País independente que éramos no tempo de Dom Diniz? Parece que sim.
Sobre o AO90 passaram-se apenas uns escassos 11 anos de aplicação (desde 2012). Será que este tempo é suficiente para fazer entranhar numa geração, ainda a ser, esta aberração? Obviamente, NÃO É.
Por isso, vamos muito, muito a tempo de reverter o malfeito AO90. Errar é humano. Mas manter o erro, com o argumento de que já há uma geração (que ainda não é) a escrever em acordês, ou mais precisamente em mixórdês, é completamente INSANO. Ou acharão (porque não têm capacidade de pensar) os acordistas que os Portugueses da presente geração, pertencem à geração mais estúpida que já existiu em Portugal?
Aos que me dizem que é impossível reverter o AO90, eu digo que Portugal não precisa de derrotistas. Precisa de LUTADORES. Só a morte é irreversível (repito-me!).
Ou quando me dizem que esta luta é uma luta perdida, eu respondo que uma luta só está perdida quando se deixa de lutar. E quem não luta está a alimentar o AO90 e a dar trunfos aos acordistas.
Passámos séculos a escrever correCtamente a Língua Portuguesa. A geração dos meus netos, que ainda vão nos 11 e 14 anos, escrevem-na incurrêtâmente, e a isto chama-se um regresso às cavernas, até porque escrevem correCtamente o Inglês e o Castelhano, que andam a aprender. E isto é algo surrealista, algo que só acontece num País como Portugal, que anda à deriva, sem rei, nem roque, com um governante que, em cerimónias oficiais, fala à brasileira, e outro até gostaria de falar à brasileira, como nas novelas que impingem umas a seguir às outras, com que fazem lavagem cerebral a um Povo ainda pouco esclarecido.
E isto é das coisas mais degradantes, mais mesquinhas, mais servis que já vi em toda a minha vida.
A Língua Portuguesa evoluiu desde Dom Diniz. As Línguas até podem evoluir e modernizar-se, como o Português, o Inglês, o Francês, o Castelhano, entre muitas outras Línguas, que evoluíram e se modernizaram, mas modernizar não é sinónimo de MUTILAR as palavras, de lhes retirar os hífenes, de as desacentuar. E a mutilação das palavras, nada tem a ver com acompanhar a evolução dos tempos, como ouço por aí, mas com RECUO, reduzindo as palavras à sua forma mais básica: ao patoá dos que não têm capacidade de PENSAR a Língua. E apenas os não-pensantes é que usam o AO90.
A nossa Língua chegou à caverna onde a puseram, porque temos políticos servilistas servidos por escravos.
Existem por aí quem já se dê por vencido, mas os vencidos nunca fizeram avançar o mundo. O problema maior desta questão é existirem derrotistas a dizer que esta "é uma luta perdida", e só há lutas perdidas quando se deixa de lutar, repito. E o que vejo é um comodismo incompreensível, por parte da intelectualidade portuguesa. O que vejo são servilistas que aceitam a imposição ilegal do AO90, sem ripostar. Um dia, as editoras que estão a fomentar esta peste negra, irão todas à falência, e eu aplaudirei.
Posto isto, caros leitores, em 20 de Março de 2023, foi lançado um REPTO para angariação de subscritores para um APELO a enviar ao Presidente da República, e que pode ser consultado aqui, iniciativa que já conta com 277 cidadãos portugueses e alguns brasileiros.
Por que penso que, desta vez, o Presidente da República dará ouvidos a este Grupo Cívico de Cidadãos? Simplesmente porque estou convicta de que Marcelo Rebelo de Sousa não quererá ficar para a História como o Chefe de Estado que permitiu que destruíssem a Língua, que o Rei Dom Diniz deixou de legado ao Povo Português, e que ele (Marcelo,) por sua vez, deixará como seu legado, aos vindouros, um vergonhoso arremedo de Língua, porque nada fez para a defender, como a CRP o exige, e ele jurou defender. Tal coisa jamais será perdoada pelo Futuro e pela História.
Isabel A. Ferreira
Conheço crianças que querem escrever correCtamente a sua Língua Materna e não lhes permitem fazê-lo, acenando-lhes com penalizações.
Conheço gente adulta, a fazer mestrado, que quer escrever correCtamente a sua Língua Materna e não lhes permitem fazê-lo, acenando-lhes com penalizações.
E, no entanto, NÃO há lei alguma que as obrigue a escrever incurrêtamente a sua Língua Materna.
Isto só acontece num País que tem um PR, um PM e um PAR a defender interesses que não interessam a Portugal e aos Portugueses.
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo?fbid=612068260948294&set=a.592015392953581
Dia Mundial da Lingua Portuguesa|05 mai. 2023
Filomena Crespo conversou com Carlos Rocha, coordenador executivo da plataforma Ciberdúvidas, e também com Manuel Monteiro, revisor linguístico e autor dos livros "Por Amor à Língua" e "O Mundo Pelos Olhos da Língua"
Para ouvir o debate clicar no link:
https://www.rtp.pt/play/p2803/e689929/pecas-culturais
Ouvi este debate com muita atenção, e o que tenho a dizer sobre ele é que o único que esteve bem e não disse disparates foi Manuel Matos Monteiro. E isto não é para o bajular, até porque sou das que diz o que tem a dizer, seja a quem for, sem papas na língua.
Manuel Matos Monteiro defendeu bem o seu ponto de vista e apontou a fraqueza de um acordo que só veio APODRECER a Língua Portuguesa.
Ao contrário, como é possível a Filomena Crespo dizer que «há letras que não estão lá a fazer nada»? referindo-se às consoantes não-pronunciadas de uma infinidade de vocábulos, as quais o Brasileiros decidiram suprimir, apenas porque sim, sem ter em conta as regras das Ciências da Linguagem, no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943, cuja Base IV serviu para engendrar o AO90.
Filomena Crespo demonstrou um desconhecimento que não esperava dela. Pareceu-me que, para ela, o AO90 só veio facilitar uma escrita que ela não conseguia PENSAR.
O Carlos Rocha, esse então, esteve péssimo, ao defender o AO90, achando (foi o que espremi das palavras dele) que a Língua Portuguesa estava mais pobre antes da introdução deste abortográfico que nos impingiram, e que o AO90 só veio enriquecer a nossa Língua, reduzindo-a à mais básica grafia. E quando disse que desde 2012 já há muita gente, até nas universidades, a aplicar o AO90, como poderia este sair de cena?
Este é o argumento mais parvo que já ouvi na minha vida, e que anda por aí disseminado, pelos acordistas, com o objectivo de impedir que se mande às malvas algo que os Portugueses não pediram, não querem e é irracional: o AO90.
Em 2012, já havia muita gente, incluindo crianças do 1º ciclo, que escreviam correCtamente a sua Língua Materna. E o que aconteceu? De um dia para o outro, tiveram de a escrever "incorretamente" (que sem o C, obviamente, lê-se incurrêtâmente). E tão incurrêtâmente que, nas Línguas que também andam a estudar (Inglês e Castelhano) escrevem diretor (lê-se dir'tôr) em vez de direCtor (tanto em Inglês como em Castelhano) porque se, em Português, ao escreverem direCtor marcam erro, as crianças ficam com dúvidas e, pelo sim ou pelo não, escrevem em Inglês ou em Castelhano "diretor" sem o C.
Disto tenho provas concretas, porque tenho netos no 5º ano e no 8º ano, e a mixórdia ortográfica que lhes ensinam é a mesma mixórdia que o PR, o PM e o PAR também usam nas suas escrevinhações públicas.
Esta foi a leitura que fiz sobre este programa, que em vez de celebrar a NOSSA Língua, desprezou-a, até porque no dia 05 de Maio NÃO se celebra o dia mundial da Língua Portuguesa, mas dá voz à mixórdia ortográfica portuguesa, que apenas os acordistas celebram, nesse dia.
Com gente assim, em lugares-chave de divulgação da Língua, Portugal virá a ser (ou até já é) o único país do mundo que tem por Língua Oficial um patoá, mais conhecido por Patoá dos Tugas, indo-se do 80 para o 08 sem o mínimo pejo.
Isabel A. Ferreira
Os leitores deste Blogue devem recordar-se da proposta que fiz, no passado dia 20 de Março aqui com o seguinte conteúdo:
- O que proponho é que se estiverem de acordo com o texto/apelo, dirigido a Marcelo Rebelo de Sousa, conforme a imagem, o subscrevam, enviando os vossos nomes e profissões, para o e-mail do Blogue isabelferreira@net.sapo.pt e quando tivermos um número considerado razoavelmente suficiente de subscritores encaminhá-lo-emos para o site da Presidência da República. Podem dar outras sugestões para o texto, ou para a acção, porém, o fundamental é que façamos alguma coisa, se quisermos salvar a Língua Portuguesa. Ela está a correr perigo de morte, mas ainda vamos a tempo de a salvar. É só querer e agir.
Venho dar-vos conta do que, entretanto, se passou.
1 - Algumas pessoas enviaram sugestões, com as quais concordei e, por isso, reformulei o Apelo, que deixo aqui à vossa consideração.
2 – Agradeço que me enviem as vossas observações acerca da reformulação do texto: se concordam, se discordam, ou mais sugestões, pois o objectivo é fazer algo que dê certo.
3 - Temos, neste momento, 55 subscritores. O que, convenhamos, entre tantos os que se dizem ser contra a destruição da Língua Portuguesa, é uma ninharia, contudo, desta lista, constam apenas os que verdadeiramente contam.
4 – Daí que renove a proposta para os que ainda não subscreveram, que se estiverem de acordo com o texto/apelo reformulado, que mais abaixo transcrevo, dirigido a Marcelo Rebelo de Sousa, o subscrevam, enviando os vossos nomes e profissões, para o e-mail do Blogue isabelferreira@net.sapo.pt
5 - Por fim, se alguém, que tenha mais conhecimentos jurídicos e diplomáticos do que eu, quiser substituir-me nesta iniciativa, fico muito agradecida. E se alguém quiser desistir da subscrição, não levarei a mal, se bem que quem perderá é a Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
***
Nova versão do Apelo a enviar a Marcelo Rebelo de Sousa, da autoria de um jurista, para apreciação e subscrição.
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico -- a Língua Portuguesa -- da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem na sua Língua Materna - naquela em que escreveram Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos, tantos outros -, ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, que também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas, também, ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que recuse deixar às gerações futuras, como legado para a posteridade, a renúncia da nossa Língua, da nossa Cultura, da nossa História, de quase nove séculos.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos,
(Nome dos subscritores)
Pela primeira vez, vi uma fala de António Costa, ser legendada no ecrã de uma estação televisiva, em Portugal, em Português.
Fiquei surpreendida. E então ocorreu-me questionar o porquê desta legenda, uma vez que o primeiro-ministro NÃO estava no Brasil, a falar para Brasileiros.
Bem sabemos que a dicção de António Costa não é perfeita, o que não é um defeito assim por aí além, até porque quase ninguém dos que falam nas televisões têm uma dicção perfeita, incluindo a classe jornalística (salvaguardando aqui as raras excepções). Se bem que o primeiro-ministro de um País, deva usar a sua Língua Materna com mestria, para não fazer má figura e não dar mau exemplo às crianças que têm na Televisão, no YouTube, no Tik-Tok e noutros sítios que tais, uma verdadeira escola de mal-falar, de mal-escrever e de mal-pensar.
Por outro lado, pode perguntar-se: mas que Língua Materna é essa que a Isabel mencionou? Ora essa!!!! A Língua de Portugal, obviamente.
Então, se António Costa estava em Portugal, a falar a Língua de José Saramago, porquê, as legendas?
Pelas imagens, que ilustram este texto, vemos que não foi para que os cidadãos com défice auditivo, pudessem perceber o que Costa estava a dizer, porque está lá uma senhora a acompanhá-lo em Língua Gestual.
Também não seria para os Portugueses, porque estes já estão habituados ao falar de António Costa, e percebem-no mesmo quando come as sílabas.
Uma vez que o assunto era sobre “um ano de guerra na Ucrânia”, as legendas seriam para os Ucranianos que se encontram em Portugal? Não me parece, pois os que já cá estão há mais tempo, já se entendem com a Língua Portuguesa, e até a falam muito bem, e este muito bem é um muito bem quase sem sotaque estrangeiro, melhor até do que muitos portugueses, de todos os sexos, que vêem demasiadas telenovelas brasileiras. Se as legendas se dirigiam aos refugiados ucranianos, que Portugal recebeu, estes, não sabendo Português, de nada lhes serviria as ditas cujas.
E como nunca ninguém se incomodou em legendar em Inglês, Língua que quase todos dominam, as falas dos políticos portugueses, para que os muitos imigrantes, de todas as partes do mundo, que vêm para Portugal à procura de uma vida melhor, e NÃO sabem Português, pudessem perceber o que os políticos dizem sobre as políticas que a eles lhes dizem respeito, mais estranho me pareceram aquelas legendas em Português, na fala de António Costa.
Foi então que me ocorreu o seguinte: puseram aquelas legendas para que os Brasileiros percebessem o que António Costa estava a dizer? Assim como se faz no Brasil, que se tem de legendar as falas dos Portugueses ou dobrar as falas dos actores portugueses em novelas luso-brasileiras ou em filmes portugueses, para que os Brasileiros possam entender a Língua que eles NÃO falam? Sim, porque nos tempos que correm, quem manda na Língua e exige que se imponha a Variante Brasileira do Português, nas escolas portuguesas, são os Brasileiros. Como se alguma vez, no Brasil, os Portugueses, ou qualquer outra nacionalidade, impusessem a sua Língua Materna, aos Brasileiros!
Bem, talvez não fossem os Brasileiros o motivo da loegendagem. Talvez fosse por outro motivo qualquer, que NÃO me passa pela cabeça.
Fiquei apenas surpreendida pelo inédito da situação. Gostaria de saber exactamente o porquê daquelas legendas em Português, de uma fala portuguesa.
Contudo, tudo é possível. Há pouco tempo veio para Portugal uma senhora brasileira, que me foi recomendada para que eu a ajudasse no que pudesse. Como sempre faço, com todos os que vêm para Portugal, procurar uma vida melhor, sejam brasileiros ou outra nacionalidade qualquer. Se vêem por bem, o meu DEVER é ajudar.
Só que essa senhora tem muita dificuldade em perceber o meu falar, que é um falar coimbrão, martelando todas as sílabas, e que aprendi com aprumo, para poder dar AULAS de Português e de História, e os meus alunos perceberem o que eu dizia. Nunca tive dificuldades em fazer-me entender com ninguém, nem com nenhuma outra nacionalidade. E embora essa senhora seja uma brasileira dos quatro costados, neta de uma avó indígena, instruída, frequentou uma Universidade brasileira, e fale a Língua que o Brasil chama erradamente “Português do Brasil” não me entende, quando falamos pelo WhatsApp.
Como ainda não é possível pôr legendas no WhatsApp, a nossa comunicação tem de ser feita através de mensagens escritas, grafadas por mim, à portuguesa, e grafadas por ela, à brasileira.
Eu podia comunicar-me com ela, falando à brasileira, porque a Variante Brasileira do Português é a minha segunda Língua, com a qual aprendi a ler e a escrever (repito), a seguir à Portuguesa, Inglesa e Castelhana. Mas não o faço. Se vou ao Brasil, comunico-me em Brasileiro. Se vou a Inglaterra, em Inglês. Se vou a Espanha, em Castelhano. No meu país comunico-me em Português, com quem o entende. Se os estrangeiros com quem lido não souberem Português, comunico em Inglês ou Castelhano, conforme for. Com os Brasileiros, que dizem que Portugal e Brasil falam a mesma Língua, mas não entendem o Português, e precisam de legendas ou dobragens, se calha de não me entenderem, não me ocorre falar noutra Língua a não ser em Português. Nem que se seja apenas através de mensagens escritas.
Isabel A. Ferreira
Não há escolas de qualidade, sem um ensino de Português de QUALIDADE. Os professores exigem respeito, mas NÃO respeitam os alunos, ao ministrar-lhes uma MIXÓRDIA ORTOGRÁFICA, gerada pelo AO90, única no mundo.
Concebo que lutem pelos direitos a que têm direito, contudo, acrescentem a esses direitos o DEVER de ENSINAR com QUALIDADE. Não é andar a enganar os alunos, vendendo-lhes gato por lebre, algo que eles, não sendo parvos, reconhecem de imediato.
Que RESPEITO para com os professores que assim agem?
Se para os professores SÓ contam os seus "direitos", NÃO merecem o RESPEITO de ninguém.
Um PROFESSOR não existe apenas para ter uma CARREIRA, mas também, e PRIMORDIALMENTE, para exercer a sua sagrada missão de ENSINAR com aquela QUALIDADE à qual os alunos têm DIREITO, consignado na Constituição da República Portuguesa.
Os professores não se façam de vítimas, porque as principais vítimas dos ACTUAIS professores, que se estão nas tintas para o ENSINO da Língua Portuguesa, optando pela mixórdia que NÃO SÃO obrigados a ministrar, são os alunos.
Uma escola de qualidade é aquela em que os alunos recebem um ENSINO de QUALIDADE.
Exijam os vossos direitos, mas PENSEM também no DIREITO dos ALUNOS.
Um professor só é Professor se somar o seu DEVER ao DIREITO dos alunos. E a LUTA dos professores só será VÁLIDA se estes aliarem os seus DIREITOS aos DIREITOS dos alunos.
O que se passa nas escolas portuguesas, hoje em dia, é uma vergonha, que desqualifica a profissão de professor. E aqui refiro-me a TODOS os professores, e NÃO SÓ aos de Português.
A mediocridade assentou arraiais nas escolas públicas portuguesas. Desventurados alunos que tiveram o AZAR de ter de estudar nos tempos que correm... Os mais afortunados vão para o estrangeiro estudar.
A escola é procurada para se ir aprender, não, para se ir DESAPRENDER.
Os que, com formação académica superior, têm filhos e netos a estudar, podem comprovar o caos em todas as disciplinas e em todos os graus de ensino, devido ao uso incorreto (TF: “incurrêtu”) da Língua Portuguesa.
Os alunos escrevem correCtamente as línguas estrangeiras: o Inglês (obrigatório), o Castelhano (NÃO existe língua espanhola), o Francês e o Alemão (opcionais). No entanto, a própria Língua Materna é grafada de um modo absolutamente IDIOTA, porquanto esvaziada da sua GENETRIZ.
Já é tempo de regressar à RACIONALIDADE, senhores professores!!!!!!
Isabel A. Ferreira
«***RESPEITO*** pela carreira profissional, exigem os professores em intensas manifestações. Legítimo, sim! Mas e o RESPEITO pela Língua? Não seria também importante aproveitar o momento para exigir RESPEITO pela Língua, a "ferramenta" principal de qualquer pessoa, em especial dos professores?! »
Paulo Teixeira
Fonte da imagem e comentário:
Sei que que os professores que estão a fazer greve, não gostarão que se lhes diga isto, mas esta é a mais pura verdade.
Por exemplo, os Enfermeiros fazem greve por melhores salários e melhores condições de trabalho, e têm esse direito, porque NÃO tratam os doentes com instrumentos enferrujados, obsoletos ou não adequados às suas funções. Exercem a sua profissão/missão com dignidade, com probidade, com BRIO profissional, conforme o juramento que fizeram, quando iniciaram a sua carreira.
O que se passa com os professores? Especialmente com os de Português? Tratam os seus alunos como se fossem muito estúpidos, vendendo-lhes gato por lebre, como se eles não se dessem conta disso. Qualquer criança do Ensino Básico, que ande a estudar Inglês, Francês, ou Castelhano, sabe que direCtor se escreve com um cê.
O instrumento de trabalho dos professores é a Língua Portuguesa, com a qual transmitem os seus saberes aos alunos, que vão frequentar as escolas. Para quê? Para aprenderem, obviamente. Para receberem instrução, educação escolar.
E o que acontece? Os professores, na sua generalidade, e particularmente os de Português, usam uma escrita esfarrapada, deturpada, abrasileirada e sem sentido algum: aspeto, receção, exceto, respetivo, infeção [estas são palavras esfarrapadas, deturpadas e sem sentido algum para o mundo]; ação, teto, correto, direto, setor, afeto, Egito [e estas são palavras brasileiras sem sentido algum para os Portugueses] - tudo lido com os és fechados, se quiserem seguir as regras gramaticais – Egito, quando no mundo inteiro se escreve EgiPto, por ser o país dos EgíPcios e dos egiPtólogos, e apenas os Brasileiros escrevem Egito, porque italianizaram a palavra (os italianos escrevem Egitto) aliás como fizeram com muitas mais. E elas são mais que muitas, mutiladas, afastadas da sua Genetriz, e é este tipo de grafia, preconizada pelo AO90, que os professores impingem aos alunos, sem o mínimo espírito crítico, sem o mínimo conhecimento das leis, que obrigam a escrever correCtamente a Língua Oficial dos países.
Portugal é o ÚNICO país do mundo onde se ensina a escrever incurrêtamente.
Os professores estão a desensinar os alunos a desescrever a sua Língua Materna, com base numa Resolução do Conselho de Ministros (RCM), que não tem valor de lei. E mais, se um aluno diz que NÃO quer escrever à brasileira, ou seja, não quer usar o AO90, por ser português e a sua língua ser a Língua Portuguesa, o professor recusa, e diz que lhe marca erro e baixa a nota, se o fizer (digo isto com conhecimento de causa). E isto é um aviltamento. E anda Marcelo Rebelo de Sousa a dizer pelo Brasil, que em Portugal o AO90 NÃO é obrigatório. Como poderia ser, se NÃO existe lei que a tal obrigue? Mas os professores, mais comodistas do que profissionais, não sabem que em Portugal NÃO é obrigatório usar o AO90.
Isto NÃO é prestar um serviço de QUALIDADE nas escolas, e querem aumentos salariais, para andarem a desensinar os alunos, que saem das escolas sem saberem escrever correCtamente? Porque à conta do AO90, o que anda a ser ensinada nas escolas é uma vergonhosa mixórdia ortográfica. Numa mesma folha, um professor tanto escreve ação como acção. E as crianças perguntam: «Afinal, como é que se escreve isto?» Já me perguntaram a mim. Por isso sei dessa mixórdia. Disse-lhes a verdade: «A professora não consegue atinar com a novilíngua [expliquei-lhes o que é a novilíngua] e acabam por não saber escrever, nem ensinar a escrever correCtamente a Língua Materna de TODOS os Portugueses – a Língua de Portugal.
Os professores, ao menos, poderiam ser mais profissionais, e aproveitar esta greve para informarem o actual ministério da deseducação que não mais iriam ser cúmplices da ilegalidade, porque daqui em diante iriam exercer a sua profissão com DIGNIDADE, abandonando o AO90, e ministrariam um ENSINO DE QUALIDADE, daí merecerem melhores salários. E se isto não fosse concretizado, a greve manter-se-ia indeterminadamente…
Queria ver se o ministério da deseducação tinha a coragem de prolongar indeterminadamente esta situação, e prejudicar milhares de alunos, e despedir toda a classe docente, ou de lhe instaurar processos disciplinares.
Para lutar por uma causa mais do que justa é preciso NÃO ser cobarde. Para cobardes basta os políticos envolvidos nesta trafulhice ortográfica, porque erraram, e agora não têm CORAGEM política para desfazerem o erro, porque errar até pode ser humano, mas insistir no erro é completamente INSANO.
Isabel A. Ferreira
Comentário no Grupo do Facebook NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90
O presidente Jair Bolsonaro, respondendo a um jornalista português da RTP (porque agora, em Portugal, também os há brasileiros), disse não ter entendido a pergunta que ele lhe fez, apor não falar «espanhol, nem portunhol».
O certo é que Bolsonaro não fala nem espanhol, nem portunhol, nem sequer Português. Bolsonaro só sabe falar (e muito mal) o Brasileiro. Daí não surpreender que não tivesse percebido a pergunta do jornalista da RTP, que falou em Português, não, em Castelhano (que Bolsonaro chama "espanhol"). E, só por isso, é que ele não percebeu. Mas diz-se por aí que Brasil e Portugal falam a mesma língua. Só se for quando se está calado.
No entanto, o seu opositor, Lula da Silva, também não lhe fica atrás, no que respeita ao falar o que eles dizem ser (ilegitimamente) o "Português do Brasil". Ambos pouco ou nada sabem de Gramática, de concordância, e falam um Brasileiro muito capenga. Para quem não sabe, a palavra "capenga" tem uma origem controversa no Brasil, mas faz parte do léxico brasileiro, e significa "aquele que coxeia (coxo)”, e também “defeituoso”.
Ambos os candidatos, nos debates televisivos, utilizaram uma linguagem "afavelada" que não fica nada bem a quem pretende ser presidente da República Federativa do Brasil: "tu acabou de dizer", "você não sente que carrega nas costa", "três milhão" (Lula); "tu não pagou", "nóis vamo" (Bolsonaro), e por aí fora…
E quem esteve atento aos debates, os tropeções na linguagem foram mais que muitos, o que só diz da falta de instrução linguística no Brasil, alo mais alto nível. Isto nada tem a ver com Português, e muito menos, com Castelhano (para Bolsonaro, espanhol).
Não queiram que Portugal aceite, de ânimo leve, este tipo de linguagem, com o epíteto de PORTUGUÊS. Porque NÃO é.
Vejam e ouçam Bolsonaro, e o seu desconhecimento do tal “portunhol”. E andam os governantes portugueses a quer impingir-nos a Língua grafada, e até a falada, dos Brasileiros! Por alma de quem?
Mas entre os governantes brasileiros e portugueses, no que ao falar diz respeito, estão quase ao mesmo nível, uma vez que em Portugal, a oralidade está quase tão caótica quanto a escrita. E a escrever, os governantes portugueses levam a palma, porque os brasileiros escrevem à brasileira, e os Portugueses escrevem também à brasileira, mas para muito pior.
Isabel A. Ferreira
Comentário a este texto no Grupo do Facebook: NOVO MOVIMENTO CONTRA O AO90
Faço minhas as palavras do Pedro Henrique:
Uma troca de ideias, com o Professor A. Vieira, que torno pública, para que elas circulem, pois pode ser que alguém mais atento ou interessado nesta questão do AO90 (há milhares a dizerem-se contra, mas é talvez uma escassa dezena de pessoas que estão na linha da frente a lançar torpedos – bem fundamentados, é preciso sublinhar isto - para manter a luta activa, até aparecer alguém que reúna todas as condições para ser candidato a Herói da Exterminação do AO90.
Nós, desacordistas, não temos nada a ver com esta invenção, porque nós não desistimos e, para nós, a palavra IMPOSSÍVEL não existe.
Dr.ª Isabel, como está? vou alinhavar em traços gerais aquilo que eu penso ser o "estado da arte" actual da nossa luta; assim, e em poucas linhas:
- Enquanto o "lobby" das Editoras de manuais escolares (e dicionários) continuar a "mamar" do M. E. é para esquecer qualquer possibilidade de operar um volte-face na nossa luta. Facto é que hoje em dia os jovens já quase não lêem livros (só quando são a isso obrigados), as mensagens que trocam (redes sociais, telemóveis, etc.) só as sabem fazer com abreviaturas (é mais rápido...e cómodo..!) são os tb. (também) pk (porque), etc., por vezes "trazem" para a nossa Língua termos tirados do Inglês, pela via informática (quantas vezes eu lia "contracto"!!), e só dão prova que o nosso índice de literacia é cada vez mais baixo!! os argumentos que imputavam à "Outra Senhora" as causas do nosso atraso, o obscurantismo (!!) a falta de sentido crítico "imposto" não passam de balelas, nada mais.
- Quando a Dr.ª Isabel critica a Classe dos Professores por nada fazerem para acabar com o AO 90, está a ser demasiado dura; não é que eu não deva ser solidário para com a minha antiga Classe Profissional, mas sei muito bem (e por um imperativo de consciência) que tanto a segurança do posto de trabalho como a garantia do salário no final do mês é que contam; para além disso, nenhum profissional do Ensino pode fazer o que quer que seja individualmente. E aqui, torno a trazer à baila aquilo que li há tempos atrás, quando a Associação de Professores de Português assumiu a posição de repensar o AO90 - e até torno a trazer à colação a célebre frase: dar um passo atrás para de seguida caminhar dois em frente (seria uma citação da célebre frase do Lenine?) “. Disto tenho eu a CERTEZA: só que depois ficou-se com a impressão de que "foi passada uma esponja" rápida sobre o assunto e nunca se ouviu falar mais no assunto. O que é que TERÁ ACONTECIDO?
Assim é de perguntar: quem "mexeu" os cordelinhos e barrou o caminho? quem é que por detrás da cortina "puxou o tapete”? A Dr. ª Isabel tem algum dado sobre este assunto? eu não tenho! é que lá estranho, muito estranho, isso foi! Houve forças "muito estranhas", garantidamente "tocadas" por interesses (todos imaginamos quais é que serão!) que não perderam tempo e mexeram-se logo.
- Torno a "martelar" na mesma tecla de sempre (e as vezes necessárias): só com um grande interesse ECONÓMICO ou um grande interesse a nível de PROTAGONISMO INDIVIDUAL" é que algum volte-face poderá ocorrer. pela via do primeiro, nada há a fazer, já concluímos (e as empresas não ligam "peva" ao assunto, têm outras prioridades); quanto ao segundo, só estou a ver qualquer intervenção NA ESFERA POLÍTICA. E já houve precedentes! duas: a proposta do candidato às presidenciais de 2017 Sampaio da Nóvoa (por puro eleitoralismo ??) e a iniciativa legislativa do PCP de Fev. de 2018 (por puro protagonismo?). Assim sendo, só vejo que em próximos actos eleitorais o assunto possa ser relançado. Mas só com um esforço colectivo, sendo que para isso, a criação de uma base de dados de indefectíveis anti-AO 90 é crucial, e por exemplo nas próximas eleições autárquicas, se houver um número substancial de candidatos aderentes a esta causa, a coisa poderá ser viável. Mas sempre com aderentes-entusiastas da ordem dos milhares, nunca menos. Para tanto, a criação da referida base de dados através do Facebook) é o passo a tomar. basta ser um tomar a iniciativa e em moldes convincentes. Como os Portugueses funcionam sempre em espírito de "Maria vai com as outras" é a única via possível.
Tirando isto eu não estou a ver o que mais se possa fazer DE CONCRETO. Contudo, faz todo o sentido que as duas iniciativas, o "Acordo Zero" e os autocolantes sigam em frente. Despeço-me, aguardando os desenvolvimentos respectivos.
Um abraço do
A. Vieira
***
Boa tarde, Professor A. Vieira,
Respondendo à sua mensagem:
- Concordo consigo, quanto ao lobby das Editoras mercenárias. Deviam ir todas à falência. Para tal, as Associações de PAIS deviam reclamar junto às escolas da mediocridade dos manuais, no conteúdo e na forma. Uma vergonha. E queimá-los todos à porta da escola. Se eu tivesse um filho a estudar, não permitiria que usasse tais manuais.
- Os jovens já não lêem livros porque o que lhes dão para ler é de uma pobreza e mediocridade gritante. A literatura infantil e juvenil está abaixo de zero, acrescentando-lhe a mixórdia ortográfica para a piorar. Mas a intenção dos governantes e dos que, hoje em dia, se dedica a traduzir e a escrever para crianças será a de formar os analfabetos funcionais do futuro.
- Que as nossas crianças e jovens aprendam Inglês, Castelhano, Francês, porque, ao menos, saberão grafar correctamente essas Línguas.
- A sociedade portuguesa está transformada num bando de tansos e mansos (a expressão não é minha) que não contribuem em nada para a evolução cultural do País.
- Critico e continuarei a criticar a classe docente, sabe porquê? Porque se se revoltassem, em BLOCO, contra a situação, até porque NÃO SÃO obrigados a aplicar o AO90, não haveria como instaurar processos disciplinares ou despedir tantos professores, porque seria irracional deixar milhares de crianças sem escola. O posto de trabalho NÃO estaria em causa, nem sequer o salário. E é óbvio que nenhum profissional, seja de que profissão for, não pode fazer uma revolução INDIVIDUALMENTE. Existem Associações de Professores que poderiam, SE QUISESSEM, fazer essa revolução, necessária e urgente, para acabar, de uma vez por todas, com esta fraude ortográfica, que impuseram aos inocentes alunos e aos que, muito servilmente, se apressaram a usar, sem o mínimo sentido crítico. Quando estamos diante de um absurdo deste calibre, a primeira pergunta a fazer é a seguinte: sou obrigado a fazer figura de parvo? E a resposta é: obviamente, NÃO! Mas como cada um sabe de si, optam por fazer o que mais condiz com a personalidade deles.
- Quanto ao que diz sobre a ANPROPORT - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS, é bem provável que “alguém” mexesse cordelinhos para que tivessem desistido de dar um passo em frente. Mas ainda assim, deveriam ter dado esse passo, até porque não acredito que estivessem a ser dissuadidos sob a ameaça de uma metralhadora. E quando assim é, vai-se para a frente, porque ninguém poderá barrar uma multidão que tem como arma a RAZÃO. Até porque o mundo nunca avançou com gente que se esconde debaixo da mesa, quando alguém os intimida, fazendo de bicho-papão. Há que enfrentar os bichos-papões, e apontar certeiro para o calcanhar de Aquiles de cada um, porque todo os bichos-papões têm um calcanhar de Aquiles. É só QUERER.
- Quanto ao que diz sobre o aparecimento de um outro grande interesse ECONÓMICO, é preciso ir mais além das palavras: é preciso uma ideia concreta sobre isso.
- Quanto a um grande interesse a nível de PROTAGONISMO INDIVIDUAL é pouco provável, devido à actual inexistência de BRIO. Tudo é feito sem profissionalismo, sem o mínimo interesse pelo requinte, sem o mínimo gosto em apresentar uma ideia inteligente, sem a mínima vontade de serem competentes no que fazem. O que interessa é o PODER, ainda que exercido mediocremente. Vivemos numa época em que predomina uma mediocridade extravagante, ociosa, apalermada. Já não há vergonha na cara, porque a cara transformou-se em careta. Não há palavra de honra, porque não há honra. Não há dignidade porque foi substituída pela falta de respeito por eles mesmos. Sampaio da Nóvoa, por interesses óbvios, transformou-se num defensor do AO90. O PCP não tem quórum para poder eliminar mostrengo.
- Posto isto, há várias vias para acabar com o AO90, tendo algumas de passar pelo QUERER dos que se dizem anti-AO90, mas, também dizem, que são obrigados! São obrigados a quê? A serem servis e submissos?
Uma outra via, e talvez a mais provável, é a de a Solução Final vir de fora para dentro, quando o AO90 estiver ainda mais podre do que já está, e os intervenientes estiverem falidos e os políticos, envolvidos nisto, totalmente na mó de baixo.
Entretanto, iremos continuar a lutar e a pôr em prática várias ideias.
Espero que nestas próximas eleições autárquicas, os anti-AO90 façam muita mossa àqueles que não pugnam pelos interesses de Portugal e dos Portugueses, no que à Cultura Linguística diz respeito.
E, meu caro Professor, para que esta nossa troca de palavras não seja completamente inútil (como foram todas as outras) vou dar-lhe publicidade, porque só assim as ideias circulam, e pode ser que alguém mais atento ou interessado nesta questão do AO90 (há milhares a dizer-se contra, mas são talvez uma escassa dezena de pessoas que estão na linha da frente a lançar torpedos – bem fundamentados, é preciso dizer isto - para manter a luta activa, até aparecer alguém que reúna todas as condições para ser candidato a Herói da Exterminação do AO90.
Com as minhas saudações desacordistas,
Isabel A. Ferreira
Uma vergonhosa subserviência de Portugal ao Brasil, porque quem está interessado em ter o "brasileiro" na ONU é o Brasil. Sempre foi, e não fosse isso, entre outros motivos, o AO90 não tinha sido parido. E para tal o Brasil e Portugal contam com António Guterres um aliado de peso, nesta tentativa de impingir à ONU, não uma LÍNGUA, mas uma VARIANTE da Língua.
Portugal continua a ser o capacho da ex-colónia, porque os Portugueses andam a dormir. Se não andassem a dormir, e se os Professores não se acobardassem, isto não estaria a acontecer.
Jamais a Língua Portuguesa será Língua da ONU, se não se mandar às malvas o AO90.
O que o Brasil e o muito servilista governo português, na pessoa do dono e carcereiro da Língua Portuguesa, Augusto Santos Silva, pretendem é que na ONU se abanque a VARIANTE BRASILEIRA do Português. O objectivo é tão-só este. Basta navegar pela Internet, para comprovarmos que “português” é que anda por aí a tentar sobrepor-se à Língua Portuguesa. E só os cegos mentais não vêem isto, que é tão óbvio!
Leiam a notícia (com espírito crítico) e ACORDEM Portugueses!
Isabel A. Ferreira
De acordo com a notícia que saiu a público, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios DOS Estrangeiros, afirmou que Portugal mantém o objectivo de instalar o “Português” [BR] como língua oficial das Nações Unidas (ONU), porém, admitiu que o caminho para lá chegar ainda é longo.
[E mais longo será quanto menos português for o que se quer impor].
Esta afirmação foi feita durante uma conferência de imprensa para apresentar a programação das “comemorações” oficiais do Dia Mundial da Língua Portuguesa [na sua variante brasileira] instituído em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que este ano incluirá 150 actividades em 44 países, ou seja, irá celebrar-se o Dia Mundial da Mixórdia Ortográfica Portuguesa, que anda por aí disseminada como uma praga, porque a Língua Portuguesa será celebrada pelos Portugueses no dia 10 de Junho.
Augusto Santos Silva admitiu que parte desse caminho está feito porque o “português” [BR] já é língua de trabalho em algumas organizações do sistema das Nações Unidas, [quais?] dando como exemplo a própria UNESCO, que se vergou à campanha realizada em torno da VARIANTE BRASILEIRA do Português, que os restantes países ditos lusófonos, não aplicam, tendo-se violado a Convenção de Viena, de 23 de Maio de 1969.
Para o percurso restante, o ministro dos Negócios DOS Estrangeiros apontou a necessidade de prosseguir com a promoção global do valor da Língua Portuguesa [leia-se MIXÓRDIA PORTUGUESA] considerando muito importante que, ao trabalho do instituto Camões [predador da Língua Portuguesa] se alie o trabalho de outros países que têm instituições congéneres no universo de Língua Portuguesa nomeadamente [e APENAS] a rede Brasil Cultural, e o [inútil] Instituto Internacional de Língua Portuguesa (ILLP).
Santos Silva, referiu ainda que esse trabalho permite ir codificando as diferentes variedades da língua [???] estender a rede internacional de ensino e também de criação cultural com base na nossa língua, como se isto não fosse a maior falácia de todos os tempos.
Por outro lado, acrescentou, que é indispensável trabalhar no próprio sistema das Nações Unidas, apontando, neste contexto, que Português [brasileiro] está já a ser ensinado, há três anos, na Escola Internacional de Línguas das Nações Unidas, em Nova Iorque, num esforço conjunto de Portugal e do Brasil.
[Note-se que aqui só entra BRASIL e PORTUGAL, os restantes países, ditos lusófonos, estão de fora].
«À medida que formos afirmando a centralidade da Língua Portuguesa [brasileira] em escolas internacionais, maior é a projecção», disse Santos Silva, apontando igualmente a importância para este esforço da rede das escolas portuguesas no estrangeiro, quer no ensino em “português” [do Brasil], quer na formação de professores de Língua Portuguesa [amixordizada] ou na "valorização internacional" das culturas e das literaturas feitas em “Português” [do Brasil].
«Isso somaria a um caminho que também estamos a desbravar e de que o primeiro grande exemplo ocorre em Londres com a primeira escola bilíngue “Português” [brasileiro] e Inglês", disse Santos Silva.
Questionado pela agência Lusa sobre os progressos na implantação do Português como uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial, um dos compromissos do país na sua adesão à CPLP, Santos Silva disse que Portugal continua a apoiar os esforços deste país, que tem também o Castelhano e o Francês como línguas oficiais, [o que é uma falácia, pois na Guiné Equatorial a inclusão do Português, como Língua Oficial, foi apenas para cimentar negociatas que nada têm a ver com o uso da Língua Portuguesa.]
«Portugal não só tem recebido e formado funcionários da administração pública equatorial-guineense para garantir que os documentos oficiais da Guiné Equatorial se publiquem também na língua que soberanamente escolheu como as suas línguas oficiais, como também tem assegurado a presença de docentes em apoio à formação de professores e às instituições locais", disse Santos Silva, [para “inglês ver”].
O ministro disse ainda que Portugal é acompanhado neste esforço por outros países da CPLP, designadamente o Brasil [e apenas o Brasil] e pela própria organização lusófona [quem mais?]
«Esperamos que, em resultado desse esforço, o compromisso que a Guiné Equatorial assumiu seja cumprido», concluiu Santos Silva.
[Bem podem esperar sentados, porque a Guiné Equatorial está-se nas tintas para a mixórdia linguística que lhes querem impingir.]
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