O artigo caiu mal, muito mal, porque não passa de uma sucessão de ignorâncias, na pena de alguém que nada sabe da Língua Portuguesa, e atreveu-se a divagar sobre ela. Normalmente estas pessoas até podem saber muito do seu ofício, mas do ofício dos outros nada sabem. E então fazem má figura.
Se existe alguém ignorante a Física Quântica, sou eu.
Já alguém me viu navegar por águas quânticas alguma vez?
Não podemos aceitar, de ânimo leve, que alguém com altos estudos universitários, que já foi o mais conceituado especialista de Direito Constitucional, ande por aí a dizer disparates. Isto é inconcebível. Jorge Miranda não terá um amigo que lhe diga isso mesmo?
A Língua Portuguesa chegou ao nível mais básico a que chegou devido à ignorância dos políticos e dos seus acólitos, envolvidos no processo fraudulento do AO90.
Não podemos calar-nos perante este abuso, este insulto à nossa inteligência.
Estas pessoas NÃO têm o direito de impingir ao Povo Português a ignorância delas. Estão a prestar um péssimo serviço a Portugal, e a dar um ainda mais péssimo exemplo a quem não teve a oportunidade de estudar. Estão a enganá-las.
Ninguém tem o direito de propagar disparates para enganar o Povo menos instruído. Destas pessoas, que ocupam altos cargos, é de esperar Saber, NÃO, ignorâncias.
Destas pessoas, que ocupam altos cargos, é de esperar Saber, NÃO, Ignorância.
E eles reinam, porque os que poderiam fazer-lhes frente, encolhem-se a um canto, talvez com medo de melindrarem quem não merece o nosso respeito, simplesmente por NÃO nos respeitarem, ao tentarem fazer-nos de idiotas.
Não podemos permitir que nos insultem, deste modo.
Eu senti-me insultada com este artigo de Jorge Miranda. Daí a minha indignação, além disso, tenho o direito cívico de defender a minha integridade intelectual.
Este artigo nada mais é do que a repetição da mesma cassete, que eu, há uns anos, recebi do Ministério dos Negócios DOS Estrangeiros, no tempo em que Augusto Santos Silva era ministro dessa pasta, cassete essa que serve de lavagem cerebral àqueles que se prestam a servir, acriticamente e cegamente, o Regime político vigente. A mesma cassete que outro (in)constitucionalista, Vital Moreira, também me enviou como se eu fosse de engolir cassetes ou me prestasse a que me fizessem uma lavagem ao cérebro, para depois andar por aí a papaguear a léria institucional.
Por que chamo (in)constitucionalista a Jorge Miranda, que já foi tido como o Pai da Constituição da República Portuguesa, algo que ele repudia, e faz muito bem em repudiar, dadas as circunstâncias de ver a Constituição Portuguesa a ser violada e ser cúmplice dessa violação. Considero-o um (in)constitucionalista porque além de ser um "yes-man", ao serviço do regime político vigente e uma espécie de joguete do PR, deixou de ser especialista em Direito Constitucional, no dia em que não conseguiu atinar com a fraude que envolve o inconstitucional e ilegal AO90, e muito menos sabe das coisas da Língua Portuguesa, da sua história e da sua evolução. Aliás, desconhece, por completo, o significado de “evolução”.
De tudo isto, a primeira questão que se põe é se o AO90 está a cumprir o objectivo oficial -- unir grafias. Não está. Algo apenas possível se o Brasil começasse a grafar à portuguesa, como os Países das costas de África, e Timor. Por que motivo sete países haveriam de mudar a sua grafia em prol do único país que deslusitanizou a Língua Portuguesa herdada do ex-colonizador, da qual mantiveram o nome, apenas por motivos políticos e não linguístico?
A segunda questão é se o AO90 está a cumprir o objectivo obscuro -- criar o caos para destruir a Língua Portuguesa e impor a Variante Brasileira do Português. Está, obviamente. Com o aval dos “yes-men” dos poderes legislativo, executivo e judicial (porque este nada faz para condenar a inconstitucionalidade e ilegalidade do AO90) e pelo Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o defensor-mor de um acordo ilegal e inconstitucional.
Albert Einstein dizia que todos somos ignorantes, a diferença é que nem todos somos ignorantes nas mesmas coisas. Isto para dizer que Jorge Miranda, no seu tempo áureo de Constitucionalista era, de facto, especialista em Direito Constitucional, mas nada sabia, nem sabe, da Língua Portuguesa, da sua história e da sua evolução. Por isso, NÃO devia atrever-se a enveredar por uma matéria que não domina, tendo como resultado escrever os disparates que escreveu, em que além de se ter rendido à grafia brasileira e com ela à política obscura que está por detrás desta imposição do AO90 a Portugal, não parece ver
inconstitucionalidade no que TODOS os juristas, que NÃO servem o Regime, dizem ser inconstitucional, ilegal, uma farsa, uma falácia e juridicamente nulo.
Mas nada melhor do que ler os comentários que este vergonhoso texto provocou.
Isabel A. Ferreira
***
Sendo subscritor do Público online e tendo lido o artigo em causa, enviei o seguinte comentário:
"Jorge Miranda, o seu artigo revela que sabe pouco da língua portuguesa. Então permita-me que o esclareça: a língua portuguesa, como todas as línguas vivas, evolui ao longo dos anos. Tal evolução torna conveniente que seja feita uma alteração periódica, onde se incluirá a ortografia, após análise profunda, a ser efectuada por instituições com competência para o efeito.
A penúltima alteração da ortografia no referido contexto, ocorrida em meados do século passado, não originou substanciais controvérsias, nomeadamente porque as alterações propostas já eram de uso corrente.
Infelizmente o AO90 não resultou da evolução da língua portuguesa em Portugal, mas sim de uma tentativa de introduzir no nosso país uma ortografia baseada no brasileiro, para fins meramente políticos."
Cumprimentos,
José Gomes Ferreira
***
Por quê Grupo Cívivo de Cidadãos Portugueses Pensantes?
Porque os há simplesmente não-pensantes.
Eles são bastantes, e ocupam cargos de topo.
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Mais abaixo apresenta-se a lista dos nomes dos Cidadãos Portugueses e alguns Brasileiros, no activo ou já reformados, descontentes com a sistemática destruição da Língua Portuguesa, através da imposição ilegal do AO90, e decepcionados com o estrondoso silêncio que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, o mais alto magistrado da Nação, o qual jurou defender e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, e ser o presidente de todos os Portugueses, votou a este Grupo Cívico, desprezando o APELO que lhe foi enviado, por quatro vezes.
Perante esta atitude inadequada a um Chefe de Estado, daqui em diante, este Grupo tomará parte em acções também junto a organismos, partidos políticos e individualidades influentes na vida activa da sociedade portuguesa, que possam, de algum modo, chamar à atenção os decisores políticos para o gravíssimo erro que foi a imposição ilegal do AO90 aos Portugueses, e, quiçá, aconselhá-los a elininar um acordo que não foi acordado pelos oito países lusógrafos, para que possa ser válido na ordem jurídica internacional.
Língua Portuguesa só há UMA. Nem a verdadeira, nem a falsa. Somente a Língua Portuguesa. A única, e poderá estar em extinção, não, daqui a décadas, mas já amanhã, se se continuar a assobiar para o lado, permitindo que seja usurpada com má-fé, por toda a parte, sem que os decisores políticos tomem uma posição de defesa dos interesses de Portugal.
Preservá-la é uma tarefa de todos, não pode ser apenas de alguns.
Na escola, as crianças estão a aprender a Variante Brasileira do Português. Em casa, seria aconselhável treinarem a Língua Portuguesa, para quando se libertassem da obrigação escolar poderem reabilitar a Língua Materna, como fizeram os Galegos, e descartarem a Língua Madrasta, que estão a tentar impingir-lhes.
Por isso, é muito importante que mais Portugueses se juntem a nós nesta luta.
Para tal, basta enviarem o Nome e a Profissão para o e-mail do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa»:
isabelferreira@net.sapo.pt
Defender a Língua Portuguesa é um DEVER CÍVICO de todos os Portugueses que se prezam de o ser.
Eis a lista de nomes que integram o Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, as vozes que se opõem à infâmia acordista (em permanente actualização):
1 - Juliana Dias Marques, Estudante de Letras
2 - Maria Vieira Raposo, Técnica Superior Administrativa
3 - Nuno Furet, Agente de Animação Turística
4 - Germano da Silva Ribeiro, Professor do Ensino Secundário R.
5 - Rui José da Silva Dias Leite, Arquitecto
6 - João Robalo de Carvalho, Jurista
7 - José Silva Neves Dias, Professor Universitário
8 - Jaime de Sousa Oliveira, Professor R.
9 - Maria da Purificação Pinto de Morais, Professora do Ensino Secundário
10 - Isabel A. Ferreira, Jornalista/Escritora, Ex-Professora de Português e História
11 - Alberto Henrique Sousa Miranda Raposo, Engenheiro civil, R.
12 - Albano Pereira, Sócio-Gerente da Firma Táxis Rufimota, Lda.
13 - José Manuel do Livramento, Eng.º Electrotécnico
14 - Donzília Martins, Professora R.
15 - João Paulo Norberto, Desempregado
16 - Maria do Carmo Guerreiro Vieira Sousa Miranda Raposo, Professora R.
17 - Albertina Marques, Médica Anestesista e Intensivista
18 - José Manuel Gomes Ferreira, Engenheiro Electrotécnico
19 - Teresa Paula Soares de Araújo, Professora Ensino Superior
20 - Jorge Alexandre Barreto Ferreira, Engenheiro Electrotécnico e Máquinas
21 - Luís Serpa, Escritor e Marinheiro
22 - José Manuel da Silva Araújo, PhD, Professor e Investigador
23 - Fernando Costa, Funcionário Público R.
24 - Miguel de Sousa Ramos Maximiano, Militar R.
25 - Luís Cabral da Silva, Eng.º Electrotécnico, IST - Especialista em Transportes e Vias de Comunicação, O.E.
26 - Margarida Maria Lopes Machado, Jornalista
27 - Vanda Maria Calais Leitão, actualmente desempregada
28 - João Viana Antunes, Estudante
29 - José Manuel Campos d’Oliveira Lima, R.
30 - João José Baptista da Costa Ribeiro, Cirurgião Geral
31 - Maria Luísa Fêo e Torres, R.
32 - Maria Elisabeth Matos Carreira da Costa - Professora R.
33 - Pedro Manuel Aires de Sousa, Terapeuta da Fala
34 - Francisco José Mendes Marques, Tradutor e Professor
35 - Diana Coelho - Professora de História
36 - José Manuel Moreira Tavares, Professor de Filosofia no Ensino Secundário
37 - Rui Veloso, Músico Compositor
38 - António José Serra do Amaral, Reformado da Função Pública Portuguesa
39 - Francisco Miguel Torres Vieira Nines Farinha, Comercial
40 - Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, R.
41 - Mário António Pires Correia, Musicólogo
42 - Pedro António Caetano Soares, Bancário R.
43 - Ana Maria Alves Pinto Neves, Professora de História
44 - José Alberto Ribeiro Costa Moura Silva, Desempregado
45 - Maria José Melo de Sousa, Professora do Ensino Secundário de Inglês e Alemão, R.
46 - Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, Programador e Produtor de Espectáculo
47 - Ana Luís de Avellar Henriques Sampaio Leite, Gestora de Empresas
48 - João Manuel Pais de Azevedo Andrade Correia, Engenheiro Civil, oficial
49 – António José Araújo da Cruz Mocho, Gestor e Empresário
50 - Manuel Gomes Vieira, Investigador Auxiliar em Engenharia Civil
51 - Celina Maria Monteiro Leitão de Aguiar, Assistente Social
52 - José Manuel Pereira Gonçalves, Empregado Bancário na Reforma
53 - João de Jesus Ferreira, Engenheiro (IST)
54 - Maria José Cunha Viana, Empregada de Escritório
55 - José Antunes, Jornalista e Fotógrafo
56 - Carlos Costa, Inspector Tributário Jurista
57 - Manuel Moreira Bateira, Professor R.
58 - José A. Nunes, Programador, Professor e Formador (R)
59 - Nuno de Saldanha e Daun, Gestor Financeiro, R.
60 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto
61 - Artur Manuel Duarte Ferreira, R.
62 - Alexandre Guilherme Pereira Leite Pita, Desempregado
63 - Manuel São Pedro Ramalhete, Economista e Professor Universitário R.
64 - Maria José Abranches Gonçalves dos Santos, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, R.
65 - Maria Filomena da Cunha Henriques de Lima, R. mas continua no activo na área de Turismo
66 - Telmo Antunes dos Santos, Militar
67 - António José Monteiro Leitão de Aguiar - Corretor (Seguros)
68 - Ismael Teixeira, Operador de Produção
69 - Daniel da Silva Teodósio de Jesus, Intérprete de Conferências e Tradutor
70 - Eduardo Henrique Martins Loureiro, Consultor e Guardião Intransigente da Língua Portuguesa
71 - Armando dos Santos Marques Rito, R. da Função Pública
72 - João Luís Fernandes da Silva Marcos, R. do Sector dos Transportes, como Gestor
73 - Bruno Miguel de Jesus Afonso, Tradutor Profissional
74 - Sérgio Amaro Antunes Teixeira, Biólogo
75 - Elisabete Maria Lourenço Henriques, R. da CGD
76 - Edgar Serrano, Gestor de Negócio
77 - Manuel dos Santos da Cerveira Pinto Ferreira, Arquitecto e Professor Universitário
78 - Artur Jesus Teixeira Forte, Professor R.
79 - Fernando Jorge Alves, Professor
80 - Carlos Manuel Mina Henriques, Contra-almirante R.
81 - Vítor Manuel Margarido Paixão Dias, Médico
82 - Fernando Coelho Kvistgaard (Dinamarca) Eng. Técnico Agrário, R.
83 - Jorge Joaquim Pacheco Coelho de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico (IST) R.
84 - António Miguel Pinto dos Santos (Londres), Gerente de Restaurante
85 - Fernando Alberto Rosa Serrão, Técnico afecto à Direcção-Geral da Administração da Justiça, R.
86 - Paulo Teixeira, Gestor Comercial
87 - Ademar Margarido de Sampaio Rodrigues Leite, Economista
88 - Alexandre Júlio Vinagre Pirata, Eng.º Agrónomo
89 - Telmo Mateus Pinheiro Carraca, Oficial de Vias Férreas (Construção e Manutenção)
90 - Maria Manuela Gomes Rodrigues, Desempregada
91 - António José Ferreira Simões Vieira, Empresário e Professor do Ensino Secundário R.
92 - Fernando Manuel Dias de Lemos Rodrigues, Bancário R.
93 - Francisco Manuel da Costa Domingues, Médico aposentado
94 - Maria Elisabete Eusébio Ferreira, Professora R. do Terceiro Ciclo, Educação Tecnológica
95 - Orlando Machado, Escultor FBAUP
96 - Manuel Matos Monteiro, Escritor e Revisor
97 - Fernando Maria Rodrigues Mesquita Guimarães, R.
98 - Octávio dos Santos, Jornalista
99 - Maria Fernanda Bacelar, R.
100 - José Martins Barata de Castilho, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa (Iseg, onde é conhecido como Martins Barata), Escritor de Romances, História e Genealogia, tendo vários livros publicados na área da Economia
101 - Cândido Morais Gonçalves, Professor R.
102 - Ana Cláudia Alves Oliveira, Redactora e Gestora de Conteúdos
103 – Albino José da Silva Carneiro, Sacerdote
104 - João Daniel de Andrade Gomes Luís, Técnico Superior
105 - Idalete Garcia Giga, Professora Universitária R.
106 - Amadeu Fontoura Mata, Aposentado do Ministério das Finanças
107 - Armando Jorge Soares, Funcionário Internacional (OTAN), R.
108 - António da Silva Magalhães, Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, R.
109 - Artur Soares, Chefe de Finanças
110 - Manuel de Campos Dias Figueiredo, Capitão-de-Mar-e-Guerra R.
111 - José dos Santos Martins, Administrativo R.
112 - Carlos Alberto Coelho de Magalhães Coimbra (Toronto-Canadá), Cientista de Informática R.
113 - Olímpio Manuel Carreira Rato - Eng.º Mecânico, R.
114 - Maria da Conceição da Cunha Henriques Torres Lima, Economista
115 - Jorge Garrido, Eng.º Agrónomo R.
116 - José Manuel Sequeira Louza – R.
117 - Pedro Miguel Pina Contente, Informático
118 - Carla de Oliveira, Compositora, Guitarrista, Cantora
119 - Maria de Lurdes Nobre, Produtora Cultural
120 - Paula Isabel Pereira Arém Pinto Serrenho, Gestora
121 - Pedro Inácio, Consultor Informático
122 - Laura da Silva Oliveira Santos Rocha, Professora de Educação Especial
123 - Maria José Teixeira de Vasconcelos Dias, Professora
124 - João Moreira, Professor
125 - Luís Bigotte de Almeida, Médico e Professor Universitário
126 - Jorge Manuel Neves Tavares, R.
127 - Júlio Pires Raposo, Bibliotecário
128 - Alfredo Medeiros Martins da Silva, Licenciado em EB, R.
129 - Maximina Maria Girão da Cunha Ribeiro, Professora Jubilada do Ensino Superior
130 - Manuel Maria Saraiva da Costa (Sydney, Austrália), Organeiro Restaurador R.
131 - Miguel Costa Paixão Gomes, Fiscalista
132 - Irene de Pinho Noites, Professora de Língua Portuguesa
133 - João Esperança Barroca, Professor
134 - Armando Miro, Jornalista R.
135 - António Miguel Ribeiro Dinis da Fonseca, Reformado (ex-Analista de Sistemas)
136 – Bárbara Caracol, Estudante
137 - Miguel Viana Antunes, Programador Informático
138 - Mário Macedo, Escritor de Ficção, Drama e Terror usando o pseudónimo Mário Amazan
139 - Carlos Guedes, Electricista Industrial
140 - Nuno Messias, Economista R.
141 - António Manuel Rodrigues da Mota, Professor
142 - Susana Maria Veríssimo Leite, Fotógrafa
143 - Manuel Tomás, Ferroviário
144 - Maria Isabel Ferreira dos Santos Cabrera, Profissional de Seguros R.
145 - João José Lemos Vieira Custódio, R. (Salvador - Bahia - BR)
146 - Soledade Martinho Costa, Escritora
147 - Ana Olga André Senra dos Santos Carvalho, Desempregada
148 - José Pinto da Silva Ribeiro, Mecânico R.
149 - Luís Manuel Robert Lopes, Professor de Música - guitarra clássica, R.
150 - Miracel Vinagre de Lacerda, Sem profissão
151 - Ana Maria da Cunha Henriques Torres Lima, Professora
152 - Maria do Pilar da Cunha Henriques de Lima, Economista da AT
153 - Paulo Veríssimo, Desempregado
154 – André Gago, Actor
155 - Luiz Manoel Morais Cunha, Engenheiro Mecânico
156 - Alexandra Pinho Noites Lopes, Acupunctora
157 - José Agostinho Fins, Engenheiro Mecânico (IST)
158 - Cláudia Maria Raposo Coiteiro (Luanda, Angola), Socióloga de formação, e exerce as profissões de Formadora, Consultora e Coach.
159 - Teresa Alves Matos, Promotora Comercial
160 - Paulo Costa Pinto, Realizador de audiovisuais
161 - Maria Adelaide Veríssimo Leite, Técnica Profissional de Pesca, R.
162 - José Francisco Oliveira Carneiro, R.
163 - João Miguel dos Santos Monte, Programador iOS, desempregado
164 - António Jacinto Rebelo Pascoal, Professor/Escritor
165 - Eduardo Rui Pereira Serafim, Professor de Português e Latim
166 - Aurelino Costa, Poeta e Declamador de Poesia
167 - João Pedro Arez Fernandez Cabrera, Licenciado em Gestão de Empresas
168 - Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar, R.
169 - M. Carmen de Frias e Gouveia, Docente (da secção de Português) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
170 - Flávio Pontes, Artista Plástico
171 - Maria de Fátima da Silva Roldão Cabral, R. da Função Pública
172 - Luís Pereira Alves da Silva, Engenheiro Electrotécnico e Mestre em Gestão.
173 - Helena Maria Afonso Antunes, Professora
174 - José Alberto de Almeida Marques Vidal, Juiz-Conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo e autor literário
175 - Gastão Freire de Andrade de Brito e Silva, fotógrafo e “Ruinólogo”
176 - Carlos Laranjeira Craveiro, Professor do Ensino Secundário
177 - Maria do Pilar Pinto Tamagnini, Empresária
178 - António Manuel Marques Lopes, Coronel R.
179 - Fátima Teles Grilo, Professora de Português/Francês do Ensino Secundário, R.
180 - Nuno Miguel da Conceição Custódio, Recepcionista de Hotel
181 - Pedro Jorge Mendonça de Carvalho, bate-chapas R.
182 - Cátia Cassiano, Tradutora (Sydney, Austrália)
183 - Alfredo Gago da Câmara, Fadista e Letrista
184 - Acácio Bragança de Sousa Martins, Contabilista Certificado
185 - Maria de Jesus Henriques Sardinha Nogueira, Fisioterapeuta
186 - Anabela de Fátima Cana-Verde das Dores, Técnica de Turismo,
187 - Maria de Fátima Carvalho da Silva Cardoso, Jurista e Escritora
188 - Manuela Sampaio, Doméstica
189 - Maria Júlia Martins de Almeida, Professora
190 - Amélia Caeiro, Técnica de Exploração de Telecomunicações na Portugal Telecom (agora Altice) R.
191 - Maria do Céu Bernardes de Castro e Melo Mendes, Médica
192 - Francisco Jorge Moreirinhas Monteiro Soeiro, Funcionário Bancário R.
193 - Natalina de Lourdes Pires Veleda Soeiro, Contabilista R.
194 - Manuel Jacinto, R.
195 - Carmen Maria Lopes Movilha Rodrigues, R.
196 - José Ferreira Neto, Artista Plástico
197 - Rui Alberto Amaral Leitão, R.
198 - João Carlos Salvador Fernandes, Professor Universitário, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
199 - Nuno Maria Vaz Pinto Mendes, Médico
200 - Rogério Rodrigues Ferreira, R.
201 - Maria João Monim Campos Cardoso, Desempregada (administrativa)
202 - James Viegas, IT Manager na Colgate Palmolive, R.
203- Jorge Alberto Cosme de Sousa Roberto, R.
204 - Clara Maria Soares dos Reis, Psicóloga
205 - Regina Maria Osório de Jesus Afonso, Empresária e Tradutora
206- Abílio Costa, R.
207 - Maria Judite Lopes da Silva Maia Moura, Reformada da Actividade de Exportação de Têxteis
208 - Maria da Graça Lima Correia da Silva, Jurista R.
209 - Maria Teresa NCF Ramalho, Profª Universitária R.
210 - Modesto José Ricardo Filipe Viegas, R.
211 - Maria de Guadalupe Jácome, professora de Biologia R.
212 - João José Sardoeira Pereira da Silva, Economia e Gestão R.
213 - Luís Manuel Cabral Afonso, Designer Gráfico, Tradutor, Licenciado em Antropologia, Licenciado em História
214 - Manuel Joaquim Cardoso, Professor e Diplomata R.
215- Maria de Fátima Afonso Neves Barroca, Professora
216 - Maria Beatriz Afonso Neves Esperança Barroca, Assistente Executiva
217 - Marta Tamagnini Mendes, Conservadora-restauradora
218 - João Caetano Gamito Sobral, Redactor
219- Maria João Dias Antonico dos Santos Veiga, Desempregada
220 - Valério Conceição, Licenciado em Direito e Ex Reverificador Assessor Principal da DG Alfândegas
221 - Luís António Nobre da Silva, Médico
222 - Maria da Conceição Pinto de Morais, Sem profissão
223 - Maria Isabel Ferreira Magalhães Godinho, Doutora em Engenharia Agronómica, R.
224 - Maria Suzete da Silva Fraga Vale, operária numa empresa de pisos flutuantes
225 - Teresa Batalha Lopes, Doméstica
226 - Mário Moreira Ricca Gonçalves, Professor do Ensino Secundário
227 - António J. B. Silva Carvalho, Médico reformado (que, quando tem alguma coisa que mereça tornar-se pública, escreve gratuitamente artigos de opinião para jornais, quase sempre o SOL, raramente o Observador ou o Expresso)
228 - Maria Margarida Seabra Mendes Palma Silva Carvalho, professora de História do Ensino Secundário, aposentada, autora de dois romances publicados como Margarida Palma
229- Maria Teresa de Jesus Chitas Soares de Pinho, Reformada-bancária e licenciada pela Flul, Universidade Clássica de Lisboa
230 - Ivan Castelo-Lopes, Estudante
231- Amadeu Carvalho, R.
232 - Francisco Silva Carvalho, Advogado,
233 - Dina Bela de Oliveira e Silva, Telefonista
234 - António José Antunes Teixeira, Professor
235 - Dário Samuel Cardina Codinha, Ceramista,
236 - Gabriel Marques, Engenheiro Técnico R.
237 - Dulce Maria Santos Duarte Silva, Assistente Técnica CM Montijo
238 - Vera Tormenta Santana, Socióloga
239 - Manuel Carlos da Silva Correia, Bancário R.
240 - Sofia Aragão, Livreira
241 - Andreia Patrícia Martins Figueiredo, Assistente Técnica
242 - Carlos Alberto Matias Barreto, Assistente Operacional de Emergência
243 - Manuel Loureiro, Investigador Científico,
244 - Maria Salete Martins Figueiredo, R.
245 - Eduarda Vieira, Professora de Filosofia
246 - Ana Catarina Esteves Alves, Fisioterapeuta
247 - Luís Miguel Baptista, Engenheiro Civil
248 - Maria João Hermenegildo Ventura, Lojista, R.
249 - Antônio Sérgio Maisano Arantes, Arquitecto (cidadão brasileiro)
250 - Paulo Renato Ramos Costa de Jesus, Corretor de Seguros
251 - Mário Ferreira de Bastos, Frequentou Engenharia, no ISEP
252 – Conceição Lima, docente de Francês e Português
253 - Maria Helena Preces Pita Azevedo, R.
254 - Elisabete Abrantes Laureano Amaral, Costureira
255 - Mariana Amélia Rosa Barão, Ex-funcionária pública
256 - João Paulo de Sousa Nunes, Produtor musical
257 - Belmiro Domingues Cabral, R. da Função Pública
258 - Elizabeth Felício, Musicoterapeuta
259 - Maria Dulcinea Nunes Rodrigues, R.
260 - Isabel Maria Marques Alves Ferreira Soares Rebelo, R.
261 - Adalberto Alves, Escritor
262 - Fernando Lupi, Reformado, da área da Engenharia Civil e Construção.
263 - Manuel Lages Bernardo, Informação Médica R.
264 - Maria do Carmo da Silva Costa, Técnica Administrativa R.
265 - Jacinta de Jesus Marques Santos Melo Pacheco, Enfermeira
266 - António Luís Magalhães Pereira, Bancário R.
267 - Nuno Pacheco, Jornalista
268 - Vasco Marcelino Lourenço Pereira, Assistente Técnico
269 - José Manuel Vaz de Almeida, Escritor
270 - Maria da Graça Monteiro de Macedo, Tradutora
271 - Ana Cristina Firmino Afonso Madeira, Professora do Ensino Secundário, Gestora da formação de professores
272 - Aurélio de Almeida Pinto, Eng. Informático
273 - Inês Robert Paula Nogueira, Desempregada
274 - José Pereira Coutinho, Director de Transporte Aéreo, R.
275 - José de Almeida Serra, Economista
276 - João Maria Robert Lopes, Informático
277 - Isabel Rodrigues, Docente do Ensino Secundário
278 - Odete Silva, Programadora Web
279 - Maria João Margarido Marques, Professora de Português
280 - Carlos Manuel Afonso Martins, Função Pública
281 - Joaquim José das Neves Gonçalves, Militar R.
282 - António Aníbal Bravo Coelho de Madureira, Engenheiro Agrónomo
283 - Ana Sofia Rodrigues da Costa, Advogada
284 – Avelino Garcia, R.
285 - Alexandra Albuquerque, Professora de Filosofia R.
286 - Augusto José Franco de Oliveira, Professor Universitário R.
287 - Rui Chorão, Médico
288 - Nuno Alfredo Vidal da Câmara Lima, Enfermeiro
289 - Celestina Rebelo, Desempregada
290 - Maria de Jesus Oliveira Pena, Professora do Ensino Secundário, R.
291 - Jorge de Barros Gomes, Indústria Farmacêutica, R.
292 - Lurdes Narciso, Funcionária Pública, (R)
293 - Maria José Gomes Ferreira de Brito Franco, Secretária da Petrogal (R)
294 - João de Assunção de Brito Franco, Informático na TAP (R)
295 - António Bagão Félix, Economista e ex-ministro das Finanças de Portugal
296 - Libânia Madureira, Assistente Judicial (R)
297 - Túlio Machado, Consultor de Recursos Humanos (R)
Quando vi a notícia, nem quis acreditar!
Foi como presidente da República Portuguesa (não foi como o cidadão luso-brasileiro Marcelo Rebelo de Sousa, cidadão mais brasileiro do que português) que discursou. Foi o presidente da República Portuguesa que discursou na Língua Oficial da Ucrânia, em representação da NAÇÃO portuguesa.
O que devemos pensar?
Terá Portugal uma Língua Oficial para ser usada pelo PR, num discurso onde representa Portugal?
Não tem. Já não temos Língua que nos represente.
Isto é algo que nenhum presidente, que tenha a noção do DEVER e dos protocolos de Estado, faz.
Portugal já NÃO tem Língua Oficial, não, aquela que está consignada na Constituição da República Portuguesa.
Marcelo Rebelo de Sousa ao discursar em Ucraniano (se pronunciou as palavras ucranianas do mesmo modo que pronuncia as palavras da Variante Brasileira do Português, que ele tanto gosta de usar, nos discursos também oficiais em cerimónias onde o Brasil está presente, devia ter sido de fugir!!!) passou uma imagem pobre de Portugal, pois Portugal NÃO esteve ali representado pelo símbolo maior que o identifica: a sua Língua.
E ninguém é capaz de dizer ao PR que quando está a representar Portugal, como Chefe de Estado, deve discursar em Língua Portuguesa, a Língua Oficial do País que diz representar?
Ele está-se nas tintas para Portugal e para os Portugueses, descarta a Língua Oficial do País que diz representar, não dignifica o cargo que ocupa com estas e outras atitudes. Viram aquela da visita à trincheira e a saída dela, que está a correr mundo, num vídeo intitulado «O resgate do soldado Marselfie» - como agora o PR está a ser designado?
Uma pobreza franciscana!
Envergonhei-me, indignei-me, senti-me insultada com estas atitudes, que NÃO honram o cargo de Presidente da República.
Ai, Marcelo é diferente! Dizem-me. Ah! pois é. Faz tudo para alimentar o seu imenso ego e o seu elevado narcisismo. Não foi por acaso que foi à Ucrânia passar este dia. Teve um pouco de azar com a notícia da morte de Prigozhin, que lhe retirou protagonismo.
Isabel A. Ferreira
Uma carta dirigida ao Dr. Luís Marques Mendes, comentador da SIC, que me foi enviada via e-mail, por um português residente no Canadá, há vários anos. Uma visão de alguém que, longe de Portugal, tem uma percepção racional do que aqui se passa, a percepção de alguém que saiu de Portugal, mas não quer voltar, porque Portugal não lhe oferece o que se espera do próprio país, um país que praticamente expulsa os seus, a sua mão-de-obra qualificada, e recebe os de fora, concedendo-lhes, de mão-beijada, o que não concede aos de dentro.
Subscrevo esta Carta.
Isabel A. Ferreira
«Prezado Dr. Marques Mendes,
Não é que discorde do que disse no seu comentário de ontem (que ouvi até ao fim, antes de começar a escrever...).
Mas gostava de lhe dar a minha visão do assunto, comparando o Portugal que conhecia com o Canadá que conheço.
Portugal desceu da Galiza, e não indo atrás até aos Visigodos e "Mouros", passou há muitos anos a ter uma população homogénea, com relativamente pouca diferenciação.
O Canadá tinha população original, povos chamados Micmac, Algonquin, Huron, Mohawk, Cree, Inuit, etc...
Contudo, vieram imigrantes que os dominaram, tentaram apagá-los (retirando crianças às famílias, instalando-as em 'escolas' residenciais, proibindo-as de falar as suas próprias línguas, e fazendo coisas abusivas do género que recentemente foi assunto em Portugal).
O actual Papa veio há pouco tempo ao Canadá, andou por aí, pediu desculpa, mas não foi tão longe como os nativos esperavam, e quando no avião de volta a Roma lhe perguntaram porque não tinha usado a palavra 'genocídio', ele disse que não lhe tinha ocorrido!!... Ha!...
Os povos nativos (chamados aqui "Primeiras Nações") ainda existem, em poucos números, marginalizados, alguns em 'reservas'. Fazem-lhes o favor de não pagar impostos federais (aqui no sul do Ontário, passei uma vez num local que sabia ser "pertença" deles, e vi um posto de gasolina com preços fantasticamente baixos... Mas não me venderam, porque eu não tinha nem cara nem cartão que me identificasse como tendo esse direito...).
Onde eu quero chegar, é que em contraste com Portugal, o Canadá é um país de imigrantes.
Primeiro franceses, depois britânicos que tomaram a primazia, e chamaram a esta colónia "Domínio do Canadá" (nome que ainda era oficial quando eu cheguei).
Era tão "dominado", que ainda havia, por lei, o costume de tocar o 'God save the Queen' no fim de sessões de cinema (o que fazia os espectadores fugirem assim que as legendas finais começavam a aparecer).
Aliás, o Canadá nos anos 60 não tinha bandeira própria nem sequer hino!
O PM do dia era contra...
Mesmo a propósito, foi agora no dia 1 o Dia do Canadá (que antes era chamado em inglês Dominion Day).
Então por favor veja estes dois artigos do Toronto Star (jornal que apoia os partidos Liberais, i.e., tanto o federal como o do Ontário - aqui há partidos federais, e cada província e território também tem os seus).
Têm a ver com imigração e diversidade.
Neste, não perca os comentários...
E neste, repare nos números, especialmente na população imigrante em Toronto.
Então com a eleição de Olívia Chow na semana passada (com 37% dos votos, porque nos sistemas não-democráticos britânicos não há segunda volta), temos uma Presidente da Câmara apoiada pelo partido de cujo o seu falecido marido era líder, mas que não fala inglês correcto, e tem pronúncia esquisita.
Ana Bailão, em segundo lugar, veio de Portugal com 15 anos... Era apoiada por este jornal.
Imagine um estrangeiro/a a candidatar-se a Presidente da Câmara e a ganhar...
Ora tanta e tão variada imigração faz com que o país se torne amorfo.
O Quebeque era bem afrancesado e a parte onde vivo era feita quase exclusivamente de anglo-saxónicos.
Depois vieram ucranianos, que se dirigiram às pradarias do Manitoba.
Depois italianos, portugueses só na década de 50, e depois então é que se escancaram as portas, mais recentemente com migrantes ilegais que apesar de estarem nos EUA, vêm pedir "refúgio" no Canadá.
Isto impede que exista uma consciência "nacional" no país, ainda mais prejudicada por o Chefe de Estado ser o rei de Inglaterra!
Em Portugal, ainda não se chegou a este ponto.
Mas o Benformoso já não é o que era...
Nem o Martim Moniz, tomado por uma multidão festejando o Eid na semana passada. Para onde foi a procissão da Senhora da Saúde?...
E no interior, também. Perto de Viseu, uma igreja é dispensada a ucranianos regularmente.
Em entrevistas de rua, é confrangedor o número de brasileiros a quem é emprestado o microfone.
800.000 estrangeiros num país tão pequeno são demais!
E dentro destes números, 31% de brasileiros ainda é pior.
Portugal levou africanos para o Brasil.
Estes, com a pronúncia das línguas deles, por ser bastante sonora, afectaram o Português que se falava nesse tempo (não sei, mas podia ainda ser parecido com o Galego).
Agora, a quantidade enorme de brasileiros, com a sua qualidade igualmente sonora (uma característica dominante) também têm grande influência na língua.
Quando o PM, falando por nós todos, diz que gostaríamos de falar com o sotaque deles, e quando o PR se põe a imitar a fala brasileira (deixando Chico Buarque espantado), e quando a SIC tem um (ocasional) repórter brasileiro em Portugal, e a TVI/CNN usa um brasileiro para falar de futebol (como se se tivessem esgotado portugueses com esse talento), o futuro da língua verdadeiramente portuguesa não é brilhante.
Isto para não falar no desastre que é o Acordo de 1990 (não usado no Brasil!) e nos erros que já se ouvem há tempo no Português falado (até já escutei o PR a dizer que "se resolva rápido", em vez de rapidamente).
Imigrantes do sul da Ásia não afectam a Língua Portuguesa, e até a aprendem.
Africanos dos PALOP têm uma certa pronúncia, mas nem chega a ofender, pois falam Português.
A Ksenia Ashrafullina (8 anos de Portugal) é como eu, tem jeito para línguas, e fala um português excelente, por vezes mesmo com a naturalidade duma portuguesa.
Tem a cidadania portuguesa, e assim devia ser chamada, e não ainda 'russa', como referida, entre outros, até pelo PR, o que é uma desfeita.
Não lhe serviu de muito adquirir a cidadania, e esse tipo de imigração, que não considera como "novos portugueses" os imigrantes, não lhes deve agradar.
Contudo, brasileiros acham que falam português, e não aprendem a falar o português local, como uma senhora que num hospital disse que tinha um "corrimento marron", e ficou toda ofendida, dizendo-se "discriminada", porque a enfermeira não sabia que eles usam essa palavra em vez de "castanho".
E brasileiros não entendem completamente o Português, como é minha experiência, e foi demonstrado quando Lula não entendeu uma pergunta que lhe foi feita e repetida por uma jornalista bem perto dele!
Houve quem dissesse que ele não queria responder, mas acredito que ele não compreendeu mesmo o Português!
Eu viajei muito no Brasil, desde Manaus, nordeste, sertão, até Foz do Iguaçu, e senti essa falta de sintonização e desconhecimento do português padrão.
O visto "para procurar emprego", criado pelo governo, é um convite à imigração ilegal e à permanência fora dos limites.
Isto é o governo a dizer “venham e fiquem”, porque precisamos de gente, seja quem for.
Ainda estou à espera dos escândalos que essa JMJ vai produzir, culpa dum governo que se confunde com religiosos.
Pelo que vejo de longe, Lisboa está a ficar descaracterizada, e não me admirava se daqui a umas dezenas de anos, deitassem abaixo a Alfama e a minha Mouraria e pusessem arranha céus...
Cuidado com imigração a mais!
Eu preferia Portugal pobrezinho, mas ainda português.
"Enquanto houver Santo António, Lisboa não morre mais."
Pois, mas o teclado Google quer que escreva Antônio, à brasileira...
[Tive que interromper a escrita, e quase perdi o fio à meada, para ver "Os Batanetes", na TVI Internacional, como que o Monty Python à portuguesa antiga...]
Calorosos cumprimentos,
C. Coimbra»
Como havemos de livrar Portugal desta peste negra, a que deram o nome acientífico de AO90, sigla para «acordo ortográfico de 1990»? Algo inusitado, imposto a Portugal por uma sucessão de políticos, que, não sendo da área das Letras, e de letras nada percebendo, deixaram-se levar pelo aceno dos milhões sul-americanos, que lá por serem milhões, não significa que um Povo livre e soberano tenha de se subjugar aos seus desígnios, não significa que eles sejam os "donos" da Língua Portuguesa, porque isso JAMAIS serão. Serão donos da VARIANTE Brasileira do Português. Mais nada. Os norte-americanos também são milhões em relação aos Ingleses, e não são os donos da Língua Inglesa, até porque JAMAIS os Ingleses permitiriam tal ingerência num património que lhes pertence, por direito histórico.
A nossa Língua chegou à caverna onde políticos servilistas servidos por escravos, a puseram.
Não é, com certeza, continuando a escrever artigos, atrás de artigos, a malhar no AO90, e a repetir até à exaustão o que todos já sabem – fato, em Portugal, significa peça de vestuário, e, no Brasil, significa acontecimento – que nos livraremos desta peste negra. Todos já sabemos que o AO90 assenta na grafia brasileira, é inconstitucional e ilegal, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais.
Temos de partir para o ataque às bases. Cortar o mal pela raiz. Onde estão as bases? Onde está o mal? É por aí que devemos ir.
A Língua Portuguesa está entranhada há séculos em todas as gerações, desde Dom Diniz, que teve a brilhante visão política de dotar Portugal de uma Língua Portuguesa, desligada do Galaico-Português que partilhávamos com a Galiza. Afinal já éramos um País independente. Já não pertencíamos à Galiza.
Mais de oito séculos passaram, sobre uma das Línguas mais antigas da Europa, e não podemos admitir que uns poucos políticos, não tão esclarecidos como o era Dom Diniz, os quais aceitaram acriticamente o AO90, substituam essa herança, por um arremedo de linguagem , que se apressaram a impingir nas escolas portuguesas, com a cumplicidade dos professores, com o abjecto objectivo de infundirem nas novas gerações o compromisso de escreverem incurrêtâmente a sua Língua Materna, ad infinitum.
Hoje, não há visão política alguma. Deixámos de ser o País independente que éramos no tempo de Dom Diniz? Parece que sim.
Sobre o AO90 passaram-se apenas uns escassos 11 anos de aplicação (desde 2012). Será que este tempo é suficiente para fazer entranhar numa geração, ainda a ser, esta aberração? Obviamente, NÃO É.
Por isso, vamos muito, muito a tempo de reverter o malfeito AO90. Errar é humano. Mas manter o erro, com o argumento de que já há uma geração (que ainda não é) a escrever em acordês, ou mais precisamente em mixórdês, é completamente INSANO. Ou acharão (porque não têm capacidade de pensar) os acordistas que os Portugueses da presente geração, pertencem à geração mais estúpida que já existiu em Portugal?
Aos que me dizem que é impossível reverter o AO90, eu digo que Portugal não precisa de derrotistas. Precisa de LUTADORES. Só a morte é irreversível (repito-me!).
Ou quando me dizem que esta luta é uma luta perdida, eu respondo que uma luta só está perdida quando se deixa de lutar. E quem não luta está a alimentar o AO90 e a dar trunfos aos acordistas.
Passámos séculos a escrever correCtamente a Língua Portuguesa. A geração dos meus netos, que ainda vão nos 11 e 14 anos, escrevem-na incurrêtâmente, e a isto chama-se um regresso às cavernas, até porque escrevem correCtamente o Inglês e o Castelhano, que andam a aprender. E isto é algo surrealista, algo que só acontece num País como Portugal, que anda à deriva, sem rei, nem roque, com um governante que, em cerimónias oficiais, fala à brasileira, e outro até gostaria de falar à brasileira, como nas novelas que impingem umas a seguir às outras, com que fazem lavagem cerebral a um Povo ainda pouco esclarecido.
E isto é das coisas mais degradantes, mais mesquinhas, mais servis que já vi em toda a minha vida.
A Língua Portuguesa evoluiu desde Dom Diniz. As Línguas até podem evoluir e modernizar-se, como o Português, o Inglês, o Francês, o Castelhano, entre muitas outras Línguas, que evoluíram e se modernizaram, mas modernizar não é sinónimo de MUTILAR as palavras, de lhes retirar os hífenes, de as desacentuar. E a mutilação das palavras, nada tem a ver com acompanhar a evolução dos tempos, como ouço por aí, mas com RECUO, reduzindo as palavras à sua forma mais básica: ao patoá dos que não têm capacidade de PENSAR a Língua. E apenas os não-pensantes é que usam o AO90.
A nossa Língua chegou à caverna onde a puseram, porque temos políticos servilistas servidos por escravos.
Existem por aí quem já se dê por vencido, mas os vencidos nunca fizeram avançar o mundo. O problema maior desta questão é existirem derrotistas a dizer que esta "é uma luta perdida", e só há lutas perdidas quando se deixa de lutar, repito. E o que vejo é um comodismo incompreensível, por parte da intelectualidade portuguesa. O que vejo são servilistas que aceitam a imposição ilegal do AO90, sem ripostar. Um dia, as editoras que estão a fomentar esta peste negra, irão todas à falência, e eu aplaudirei.
Posto isto, caros leitores, em 20 de Março de 2023, foi lançado um REPTO para angariação de subscritores para um APELO a enviar ao Presidente da República, e que pode ser consultado aqui, iniciativa que já conta com 277 cidadãos portugueses e alguns brasileiros.
Por que penso que, desta vez, o Presidente da República dará ouvidos a este Grupo Cívico de Cidadãos? Simplesmente porque estou convicta de que Marcelo Rebelo de Sousa não quererá ficar para a História como o Chefe de Estado que permitiu que destruíssem a Língua, que o Rei Dom Diniz deixou de legado ao Povo Português, e que ele (Marcelo,) por sua vez, deixará como seu legado, aos vindouros, um vergonhoso arremedo de Língua, porque nada fez para a defender, como a CRP o exige, e ele jurou defender. Tal coisa jamais será perdoada pelo Futuro e pela História.
Isabel A. Ferreira
Por que razão precisamos de fazer este APELO ao presidente da República de Portugal?
1 – Porque a Língua Portuguesa está a ser destruída pelo fraudulento acordo ortográfico de 1990, aplicado ilegalmente em Portugal;
2 – Porque esta é uma questão política, mais do que uma questão linguística, e só não vê as trocas-baldrocas que envolvem Portugal e Brasil, no que à questão da Língua Portuguesa diz respeito, quem não quer ver, quem não quer ser informado, quem se recusa a aceitar o gravíssimo erro que os políticos portugueses cometeram, quando aceitaram, servilmente, que o AO90, engendrado pelo enciclopedista Líbano-brasileiro, Antônio Houaiss, que se propôs a deslusitanizar o Português (o termo é dele) fosse introduzido em Portugal, para acabar com a Língua dos Portugueses. E isto é um facto inegável.
3 – Porque é como diz o Miguel Sousa Tavares:
Portanto, proponho que, quem estiver de acordo com o texto/apelo, abaixo reproduzido, dirigido ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o subscrevam, enviando os vossos nomes e profissões, para o e-mail deste Blogue: isabelferreira@net.sapo.pt
É que, se assim o quiserem os desacordistas, ainda vamos a tempo de salvar a NOSSA Língua, porque a língua que anda por aí escrita e falada nas televisões; nos jornais e nas revistas; nos livros, escritos por acordistas ou traduzidos; nos manuais escolares (um autêntico atentado à inteligência das crianças e dos jovens alunos); nos anúncios, enfim, o que anda por aí a escrever-se é uma linguagem pobre, andrajosa, desenraizada das suas origens, um insulto à Cultura Linguística Portuguesa, e apenas o Chefe de Estado, sendo ele o guardião-mor da nossa Constituição, poderá declarar ilegal e inconstitucional, a aplicação do fraudulento AO90.
Texto/apelo a enviar a Marcelo Rebelo de Sousa, da autoria de um jurista, para subscrição:
Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.
Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.
Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.
Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico -- a Língua Portuguesa -- da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.
Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.
Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.
Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.
Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem na sua Língua Materna - naquela em que escreveram Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos, tantos outros -, ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, que também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).
Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas, também, ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que recuse deixar às gerações futuras, como legado para a posteridade, a renúncia da nossa Língua, da nossa Cultura, da nossa História, de quase nove séculos.
Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.
Com os nossos melhores cumprimentos,
(Nome dos subscritores)
Não sei se já repararam que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa que mais aparece nas televisões, a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, e se houvesse um Óscar para o protagonista deste “filme” à portuguesa, Marcelo recebê-lo-ia com certeza absoluta.
Numa entrevista recente, Marcelo referiu-se ao “costismo” como uma “maioria requentada", "uma maioria cansada". Porém, esqueceu-se de olhar para si mesmo, com olhos de ver. Se olhasse, veria que a sua actuação como presidente da República, peca pelos mesmos defeitos: uma conduta egocêntrica requentada, cansada e que esgota quem o vê, todos os dias, a todas as horas, em todos os telejornais, a meter-se em tudo, EXCEPTO no que JAMAIS lhe trará algum prestígio, ainda que fuja do assunto como o diabo foge da Cruz.
O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Não o fazendo, o DESPRESTÍGIO, que tal atitude irracional trará, será inevitável.
Marcelo sabe disso, mas ainda assim, espera um milagre (?), e RECUSA-SE a responder às mensagens que, ultimamente, um grupo de cidadãos portugueses (eu incluída), preocupados com a destruição, cada vez mais evidente, da Língua Oficial de Portugal, obviamente, a NOSSA Língua Portuguesa, usando-a como moeda de troca, para a introdução da sua Variante Brasileira, em Portugal, que lá por ser falada e escrita por milhões, NÃO significa que esses milhões tenham de USURPAR a Língua que outros milhões falam e escrevem, por esse mundo fora.
Desta destruição, que está a desqualificar o ENSINO em Portugal, os governantes portugueses, inclusive o presidente da República actual, terão de prestar contas aos Portugueses, até porque o acordo ortográfico de 1990, responsável pela mixórdia ortográfica vigente, foi imposto através de uma ilegalidade e de uma inconstitucionalidade, fazendo isto parte de um pacote luso-brasileiro anti-linguístico, mais brasileiro do que luso, uma vez que o tal pacote só interessa ao Brasil.
Não sei se já repararam que o PR assenta a sua INDIFERENÇA para com os Portugueses Pensantes, que DEFENDEM o que lhe competia a ele defender - a Língua Portuguesa - na BAJULICE dos órgãos de comunicação social, que andam sempre a pô-lo num pedestal, se bem que num pedestal de barro. Ele NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que está a seguir o caminho errado, e que já não tem a noção do que faz e do que diz?
Vou dar apenas dois exemplos, a propósito da polémica gerada em torno da vinda de Lula da Silva ao Parlamento, discursar no 25 de Abril: Marcelo afirmou que «com o Brasil as relações são sempre doces», descartando que tal polémica tenha afectado as relações diplomáticas entre os dois países. Hoje, com o reacender desta polémica, ouvi-o dizer o seguinte, num dos canais das nossas muito subservientes televisões: «[a presença de Lula da Silva] é uma presença óbvia, tão natural como respirar».
Se eu não tivesse ouvido isto, não teria acreditado.
A presença de Inácio Lula da Silva - o impulsionador-mor do malfadado AO90 - nas celebrações do “25 de Abril” «é uma presença óbvia, tão natural como respirar», só porque ele é o Chefe de Estado de um País, com quem Portugal mantém relações amistosas, tão amistosas que como ex-presidente do Brasil, Lula da Silva foi fazer um discurso a Madrid, e nele culpou os colonizadores portugueses pelos atrasos [monumentais] da educação no Brasil, conforme pode ser recordado no link da imagem?
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb
A presença de amigos da onça, numa cerimónia oficial, será assim tão óbvia e natural como respirar?
Em que medida é que o “25 de Abril” foi assim tão importante para os brasileiros, como já li algures na Internet?
Então e a presença dos restantes presidentes das Repúblicas da CPLP, a cujos países o “25 de Abril” trouxe a descolonização? Não serão também óbvias e naturais como respirar?
*
Brasil e Portugal, dois países tão “irmãos” que o primeiro quer subjugar o segundo, através de um engodo, que apenas os cegos mentais não o vêem como tal: o engodo da Variante Brasileira do Português, que milhões de brasileiros falam e escrevem, e que irreversivelmente NÃO é mais a Língua Portuguesa; não é mais a “Última Flor do Lácio”, de que falava Olavo Bilac; não é mais o “o balanço doce das palavras de Vinícius de Morais”. É uma Língua feita de retalhos de outras Línguas, nomeadamente do Português, do “Americano”, do Francês, do Italiano, do Castelhano, e das Línguas Indígenas e Africanas.
Marcelo NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que ele está a ir por caminhos onde lhe estão a estender passadeiras vermelhas, para o bajular? O PR vai nu, mas ninguém se atreve a dizer-lhe isto. Os amigos NÃO existem para bajular. Os amigos existem para serem sinceros com os amigos.
O PR NÃO é só para andar por aí a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, EXCEPTO do AO90. O PR também é para RESPONDER às questões que os Portugueses lhe põem, relativamente a esse acordo, criado pelos brasileiros, o qual está a retirar-nos a NOSSA identidade.
Um presidente da República tem Obrigações e Deveres tão óbvios e naturais como respirar, para com o País e com o Povo que diz representar, e aqui sim, o ÓBVIO e o NATURAL como RESPIRAR encaixa-se na perfeição.
E é em nome deste ÓBVIO e deste NATURAL como RESPIRAR que solicitamos a Marcelo Rebelo de Sousa que convoque todos os canais televisivos, rádios, jornais, enfim, todos os órgãos de comunicação social portugueses, para que, em direCto, possa explicar RACIONALMENTE aos Portugueses, por que motivo Portugal, que tem uma Língua com mais de 800 anos, uma das mais antigas da Europa, anda a rastejar aos pés do Brasil, com o intuito de, ilegalmente e inconstitucionalmente, fazer dela moeda de troca, para impor uma Variante, composta por um léxico, fruto de um cocktail de palavras americanizadas, italianizadas, castelhanizadas, afrancesadas, e por acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas.
É que isto NÃO é uma atitude normal, num País livre e soberano, como Portugal. Ou Portugal, em nome da brasilidade que nos querem impor, já não será um País livre e soberano?
Isabel A. Ferreira
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Comentários na Página do Facebook:
PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90
Este ano temos sete candidatos à Presidência da República, o mais alto cargo da Nação: aquele que representa Portugal e o Povo Português. Portanto, um cargo que deve ser exercido com dignidade, honestidade, independência total dos restantes poderes, do qual se tenha, sobretudo, a noção da responsabilidade do que é ser Chefe de Estado.
É um erro os partidos políticos apresentarem candidatos à Presidência da República. Um Presidente da República tem de estar acima de qualquer partido político, e de qualquer poder, para que possa exercer o cargo com a máxima independência. Tem de ser um candidato independente. O seu princípio tem de ser defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, de acordo com o juramento que faz na tomada de posse do cargo: «Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.»
Porém, jurar é fácil. Cumprir o juramento é que são elas!
Mas há mais atributos que se requerem de um candidato a Presidente da República.
Na imagem temos os candidatos à Presidência da República de Portugal, por ordem alfabética, porque isto de pôr uns mais à frente do que outros, seguindo sondagens encomendadas, não é honesto.
Todos merecem o nosso respeito. Afinal, são cidadãos que estão a exercer um dever cívico com a firme convicção de que são capazes de representar Portugal e o Povo Português com a máxima hombridade, não estão ali por mera vaidade de poderem ocupar o mais alto cargo da Nação, ou de se aproveitarem dele para segundas intenções. Pelo menos é o que esperamos deles
Desde o 25 de Abril que apenas um Presidente da República, eleito pelo Povo português, mereceu nota positiva durante e depois do mandato: o General Ramalho Eanes. Os restantes deixaram um desprestigiante rasto de muita parra e pouca uva.
O último deles (o ainda actual), nada fez de brilhante, por Portugal, nestes últimos cinco anos. Absolutamente nada que mereça ser destacado como um feito presidencial.
Na Presidência da República precisamos de uma pessoa que pense pela própria cabeça, não seja pau-mandado de ninguém, nem camaleão, nem maria-vai-com-as-outras, e que diga o que tem a dizer, sem papas-na-língua, com firmeza, doa a quem doer.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do que representa chefiar uma Nação, servindo Portugal e os Portugueses unicamente; não pretender ser mais papista do que o Papa; e não enveredar por outros oceanos e servir interesses que não nos dizem respeito.
Precisamos de uma pessoa que execute, na íntegra, o juramento que faz, no momento da investidura do cargo, essencialmente o de defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa (CRP).
Precisamos de uma pessoa que combata a corrupção e não que a varra para debaixo do tapete; precisamos de uma pessoa que ponha os interesses de Portugal acima dos interesses dos estrangeiros, e que os defenda com garra e convicção. E, neste ponto, quero salientar, particularmente, a questão do Acordo Ortográfico de 1990, cuja aplicação todos os juristas e constitucionalistas são unânimes em considerar inconstitucional e ilegal, mas que uma imponderada e conveniente “interpretação” de uma Lei que nem sequer existe, mantém vigente, desrespeitando abusivamente a Constituição da República Portuguesa.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do que representa viver num Estado de Direito e numa Democracia, accionando todos os mecanismos intrínsecos à CRP, para que esse Estado de Direito e essa Democracia sejam uma realidade e não uma vergonhosa farsa. Pois para ditadura já nos bastou a salazarista.
Precisamos de uma pessoa que seja popular, mas não popularucha.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção do ridículo e se comporte em conformidade com o elevado cargo de Chefe da Nação, que ocupa.
Precisamos de uma pessoa que fale, quando deve falar, e se cale, quando deve calar-se.
Precisamos de uma pessoa que tenha a noção de que ao ser Presidente da República, está a ser presidente das pessoas, mas também dos animais não-humanos (de todos e não apenas de alguns) e do meio ambiente, e tudo faça, para que os direitos de toda a fauna humana e não-humana, da flora e de tudo o resto que constitui o todo português sejam respeitados, conforme consta na CRP.
Enfim, na Presidência da República precisamos de alguém que saiba arregaçar as mangas, e, ao mesmo tempo, honrar as calças ou as saias que veste.
E como se instala uma tal pessoa na Presidência da República?
Com atitudes.
Não é com a linguagem pirosa (a expressão pirosa não é minha, é do Miguel Esteves Cardoso, mas concordo totalmente com ele) dita inclusiva, que tem a pretensão de dar visibilidade às mulheres, através de redundâncias linguísticas como convidadas e convidados, todas e todos, eles e elas, amigas e amigos, caras e caros, Portugueses e Portuguesas, que vamos dar oportunidade às mulheres para que ocupem cargos públicos de alta envergadura, e dar-lhes salários iguais aos do homem: o mesmo cargo, o mesmo salário. O que não acontece e jamais acontecerá com pirosices linguísticas.
O problema dos candidatos que se apresentam às eleições é que nenhum deles reúne a totalidade das condições aqui apresentadas, e que fazem de um candidato um bom candidato para chefiar a Nação Portuguesa.
Se não vejamos:
Ana Gomes: escrevi-lhe uma carta a pôr-lhe duas questões (*) que, não só para mim, como para milhares de portugueses, são cruciais para o País, mas por serem tabus e estarem ligadas a lobbies poderosos, que os governantes servem mais do que a Portugal, os órgãos de comunicação social não estão autorizados a abordar publicamente. São elas a questão do Acordo Ortográfico de 1990 (ao serviço dos interesses brasileiros, e que nos está a levar à perda da independência linguística e cultural, o que não é coisa pouca) e a vergonhosa prática medieval de torturar touros numa arena para divertimento, algo que recebe chorudos subsídios, retirados dos impostos dos portugueses, e que mantém Portugal com um pé na Idade Média, ou seja, numa etapa evolutiva ainda muito atrasada, o que também não é coisa pouca.
O que sei de Ana Gomes, a este respeito, é que ela usa a pirosa linguagem inclusiva do “todos e todas”, aplica o AO90 na página dela, no Facebook, não sei se está interessada em cumprir a Constituição da República Portuguesa, compelindo o governo a extinguir o AO90, e a repor a Grafia Portuguesa, em Portugal, para podermos recuperar a nossa identidade linguística e cultural.
Quanto às touradas sei que é NIM.
A resposta às minhas questões foi ZERO. Não respondeu. E para zero, zero e meio.
André Ventura: sei que é contra o AO90 (o que não basta) e está ao serviço do lobby tauromáquico. Quanto ao resto, abomino extremismos de direita tanto quanto de esquerda, porque se tocam e fundem. E sabemos ao que pode levar estes extremismos: a horrendas ditaduras. Não aprenderam nada com a História. A postura deste candidato é um ultraje à Democracia.
João Ferreira: suponho que, por ser membro do PCP, e este ser contra o AO90, o candidato também o seja. Mas também está ao serviço do lobby tauromáquico, a não ser que se distancie da postura do Partido, a este respeito. Não sei. Mas sei que não condena publicamente as perversas ditaduras comunistas do mundo actual. Daí que não tenha perfil para presidir aos destinos de um País que se quer livre e democrático.
Marcelo Rebelo de Sousa: sabe-se, por ser público, que é aficionado de touradas. [Nem sei como isto é possível, não entendo as pessoas que têm oportunidade de evoluir, afinal chegou a professor universitário, e não evoluíram]. Quanto ao AO90, sabe-se, porque também é público, que é um seu adepto ferrenho e utiliza a grafia brasileira, preconizada pelo dito pseudo-acordo, na página oficial da Presidência, dá entrevistas, como PR, com o sotaque brasileiro, usa expressões brasileiras, e está-se nas tintas para a destruição da Língua Portuguesa, violando, deste modo, a Constituição da República.
Marcelo Rebelo de Sousa, nestes últimos cinco anos, nada fez por Portugal. Absolutamente NADA, mas fez TUDO pelo seu imenso ego. Mais cinco anos a levar com as suas actuações narcisistas será desastroso para Portugal, que continuará a marcar passo. Não se julgue que Portugal é bem-visto lá fora, porque não é. Só quem não viaja, pensa que somos os maiores! Além disso, Marcelo vulgarizou bastamente o cargo de Presidente da República, ao ponto de já ter um cognome que ficará para a História: “Celinho das Selfies”.
Por outro lado, tal como Ana Gomes, nunca respondeu às minhas questões, acima de tudo as questões de uma cidadã votante, e dotada de espírito crítico, que transmite o pensar e o sentir de milhares de Portugueses. Para zero, zero e meio também.
Marisa Matias: não tem perfil para Presidente da República. Limita-se a dar visibilidade e a defender o programa político do Bloco de Esquerda, que não serve para pôr em prática na Presidência da República. Além disso é adepta do AO90 e da pirosa linguagem inclusiva do “todos e todas”. É contra as touradas, mas isso não basta para lhe dar um passaporte para Belém.
Tiago Mayan Gonçalves: nada sei do que ele pensa, quanto às questões que mais me interessam (a mim e a milhares de Portugueses), por serem tabus. Mas sei que o IL é pró-tourada. Também sei que, no seu site, escreve em mixordês, ou seja, num misto de Português, acordês e brasileirês. As outras questões, não sendo tabus, já sabemos o que todos pensam sobre elas. O candidato, embora demonstrando falta de experiência nestas andanças, parece-me ser uma pessoa equilibrada e inteligente. Contudo, candidatar-se pelo Iniciativa Liberal, é um obstáculo.
Vitorino Silva: Genuíno. Inteligente. Trabalhador. Perspicaz. Um verdadeiro filósofo popular. Tem a sabedoria do Povo. Adoro as suas metáforas. Conhece o Portugal profundo. Não tem os vícios nocivos dos políticos “profissionais”, que nada têm de novo, para nos dizer. É alguém em quem se pode confiar. Como cidadão português tem todo o direito de se candidatar a Presidente da República. Afinal, não são os canudos universitários que fazem um bom presidente. Já todos tivemos oportunidade de o comprovar. Ser calceteiro não seria o impedimento maior. Não sei se aderiu ao AO90. Não sei o que pensa sobre isso e sobre as touradas, mas sei que gosta de animais e é bastante carinhoso com eles. Não tive tempo de lhe escrever, e questioná-lo sobre estes dois temas, que, para mim e milhares de Portugueses, são cruciais, e ninguém debate. Mas de uma coisa eu tenho a certeza: de todos os candidatos aqui apresentados, o Vitorino Silva seria o único a dar-me a honra de uma resposta.
Quem temos para pôr Portugal a mexer e a fazê-lo regressar à sua dignidade de País livre e independente? Porque podem crer, neste momento, quando andam todos distraídos com o futebol, as telenovelas e os realities shows, o nosso País não tem uma Língua que o identifique como Nação independente, e está no rol dos sete países (em 193) que mantém práticas primitivas, indignas de seres humanos.
E isto, para milhares de Portugueses é de máxima importância, porque nem só de pão vive o homem.
***
(*) Um esclarecimento sobre as duas questões (AO90 e touradas) que aqui destaquei por serem tabus, mas também porque têm a ver com a nossa dignidade, enquanto País europeu e civilizado.
Eu, que conheço o mundo civilizado, onde pessoas civilizadas se divertem civilizadamente; eu, que domino outras Línguas, para além da minha Língua Materna, sinto-me esmagada pela vergonha que sinto quando vejo o Parlamento Português viabilizar o massacre de mamíferos sencientes, com um ADN semelhante ao dos humanos, e promover uma mixórdia ortográfica, que desprestigia Portugal, transformando-o na colónia de uma ex-colónia. E de todas as coisas, estas duas são realizadas em nome da mais pura estupidez. Isto é algo que não quero para o meu País.
E se há algo que me tira do sério é precisamente a estupidez.
E a estupidez humana [não há outra], segundo Ernest Renan [escritor, filósofo, teólogo, filólogo e historiador francês] é a única coisa que nos pode dar a noção do infinito…
Todas as outras questões, que são trazidas à liça, nos debates presidenciais, e são esmiuçadas publicamente, até à exaustão, não são tabus, e quando se corrompem, não se corrompem devido à estupidez dos seus intervenientes, mas tão-só à mais vergonhosa incompetência, ao mais descarado despudor, à mais indecorosa indignidade e à mais imoral desonestidade.
Isabel A. Ferreira
Pensemos:
Se foi possível destruir o que levou séculos a ser construído racionalmente, mais possível ainda é reconstruir o que foi destruído irracionalmente, em menos de 10 anos.
O argumento da irreversibilidade do AO90 que, ardilosamente, andam por aí a espalhar com o fito de se pensar que, lá pelo facto de já estar instalado, não é mais possível voltar atrás, é coisa para mentes mirradas, medíocres e imbecis, porque o caos sempre pôde ser ordenado, e a fénix pode ressurgir das cinzas.
Origem das imagens: Internet
Quando olhamos para a destruição de Berlim, por exemplo, depois da II Guerra Mundial, parecia impossível reconstruir a cidade a partir daquele caos, de tantos destroços, das cinzas... No entanto, quando a vontade, aliada à capacidade dos HOMENS (reparem que não disse homenzinhos) são poderosas, tudo é possível. Ressuscitar os mortos é que não é possível.
Como a Língua Portuguesa não está morta, está viva e bem viva, e cada vez mais viva, nas novas edições que vão surgindo, exterminar o AO90 é possível, e cada vez mais urgente.
Uma Língua, ainda que adormecida ou mutilada, é sempre possível recuperar.
Dizem que o Latim é uma língua morta. Designação errada. O Latim é uma língua adormecida. Pode ser acordada a qualquer momento e ser activada nas escolas, o que seria bem necessário, para se compreender por que não se deve SUPRIMIR as consoantes ditas mudas, por exemplo.
Portanto, abortar a questão do AO90, não só é possível, como desejado por milhares de falantes e escreventes de Língua Portuguesa, nos oito países, ditos lusófonos. O estrago que já se fez à Língua não é irrecuperável. Portugal ainda vai muito a tempo de desfazer o malfeito acordo.
Ainda ontem, foi espalhada por aí, a notícia de que os candidatos à Educação nos Cursos Superiores são os que têm pior desempenho a Português. Pudera!!!!
Esta notícia devia ser considerada por aquele grupo (fantasma?) que foi criado para avaliar o impacto do AO90, e que nunca mais deu o ar da sua graça, para que daí tirasse conclusões objectivas, ou seja, que a aplicação ilegal do AO90 é de tal modo caótica que, hoje em dia, e a começar pelos governantes ao mais alto nível, incluindo o Chefe de Estado português, são poucos aqueles que, em Portugal, sabem escrever correCtamente a sua Língua Materna, a Língua Portuguesa. Aliás, o que se escreve por aí nem sequer é acordês. A linguagem (escrita e falada) que anda por aí vulgarizada é um mixordês de fazer corar as pedras.
E a tendência é para piorar.
E não se pense que o que está instalado por aí é o sucesso do AO90, Não. O que está instalado por aí é o seu bestial insucesso.
De modo que, repito, se foi possível destruir o que levou séculos a ser construído racionalmente, mais possível ainda é reconstruir o que foi destruído irracionalmente, em menos de 10 anos, e fazer a Língua Portuguesa ressurgir dos destroços a que o AO90 a reduziu.
E isto em nome de um ensino de qualidade, a começar pela Língua Materna, consignado na Constituição da República Portuguesa, e a que TODOS os Portugueses têm direito. E está a falhar desastrosamente.
O que, neste momento, o Estado Português está a permitir, nas escolas portuguesas, é um ensino caótico, baseado numa aprendizagem INCORRECTA da Língua Materna, que engloba todas as outras disciplinas, lançando o caos e fomentando a ignorância.
E será que não existe em Portugal um governantezinho sequer, que se aperceba deste caos que está a transformar o nosso país no paraíso dos analfabetos alfabetizados? Dos que vão para a escola desaprender a escrever?
Pensem nisto, senhores governantes e senhores professores, porque isto é uma vergonha.
Isabel A. Ferreira
Signifique isto o que significar. Tenha a intenção que tiver.
Porém, a verdade não é que Marcelo evita falar, a verdade é que Marcelo recusa-se a falar sobre algo que está a afectar gravemente a sociedade portuguesa (e apenas a sociedade portuguesa, e mais nenhuma outra sociedade da dita lusofonia) naquilo que, culturalmente, ela tem de mais precioso: a Língua Materna. Marcelo emudeceu desde que foi a Moçambique e regressou com a intenção de reabrir o debate. Cá chegado, parece que levou com uma moca na cabeça, e, como se diz por aí, perdeu o pio.
Origem da imagem: Internet
E o silêncio não é compatível com a Democracia (se não me engano, foi da boca da senhora Ministra da Justiça, que ouvi esta frase, num canal de televisão, já não me lembro a propósito de quê).
Mas sim, é verdade. O silêncio de Marcelo não é compatível nem com a Democracia, nem com a transparência que se espera de um Chefe de Estado, que vê (ou não verá?) o seu maior símbolo a destruir-se, afundado na ilegalidade e na inconstitucionalidade, e tudo isto a ser contestado bastamente pelos portugueses, e Marcelo cala-se, sabe-se agora, para «não abrir uma querela». E à conta de não querer abrir uma querela, o Chefe de Estado Português prefere destruir a Língua Materna dos Portugueses.
Aconteceu no passado dia 19 de Novembro do corrente ano, em entrevista à Rádio Nacional de Angola. Questionado, entre outras questões, sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que Angola ainda não ratificou, tal como Moçambique, Timor-Leste e Guiné-Bissau, Marcelo Rebelo de Sousa disse esta coisa curiosa: evita pronunciar-se, “para não abrir uma querela”, embora acompanhe “com interesse” as posições dos vários países da CPLP, se bem que um interesse muito desinteressado.
O que o Chefe de Estado Português devia ter dito, e não disse, foi que segue com manifesto desinteresse todos os protestos que diariamente muitos portugueses lhe dirigem a este propósito, e que, questionado sobre o assunto, recusa-se a responder.
A Rádio Nacional de Angola teve sorte.
E Marcelo disse mais. Disse que: «Muito ruído introduzido pela minha pronúncia não facilitava a convergência», e defendeu a necessidade de “aproximar realidades que têm muito em comum, mas, legitimamente, têm posições próprias”. Essa é uma matéria que poderá vir, porventura, a ser equacionada, se os responsáveis políticos entenderem que merece, a nível de CPLP ou a nível meramente informal, uma troca de impressões adicional no futuro”. Isto significa dar uma no cravo, outra na ferradura. Significa ser NIM. E os NINS nunca fizeram avançar a Humanidade.
Isto foi o que o actual Presidente da República Portuguesa se lembrou de dizer sobre esta questão gravíssima, que já gerou o caos ortográfico em Portugal, e mantém as crianças portuguesas na ignorância da própria Língua Materna.
Repare-se no jogo de Marcelo: «Muito ruído introduzido pela minha pronúncia não facilitava a convergência». Mas que convergência? Se apenas Portugal está interessado em ajudar o Brasil a impor a sua grafia, para “dominar o mundo” como já ouvi dizer? Não esquecer de que as reformas de 1911 e 1945 foram rejeitadas pelo Brasil; não esquecer que essas reformas não impuseram uma ortografia estrangeira; não esquecer que o Brasil, de ex-colónia passou a uma potência estrangeira, e nem Portugal, nem nenhum outro país da dita CPLP tem de adoptar a grafia de uma ex-colónia sul-americana, se têm uma Língua culta e europeia como língua oficial, ainda que nessa ex-colónia eles sejam milhões. Nos EUA eles também são milhões, e nem por isso a Inglaterra abdica da sua British Language.
Que necessidade é essa de aproximar realidades, se essas realidades já estavam aproximadas, antes de imporem o AO90, e neste momento estão desaproximadas, porque apenas Portugal está a aplicar a grafia brasileira preconizado pelo AO90? E como é óbvio e salutar, cada país, dito lusófono, legitimamente tem posições próprias, porque todos têm personalidade própria e são países livres. Não têm de estar a seguir o Brasil, nesta coisa da ortografia. Cabo Verde, já se desligou. E os restantes países não se vergaram. Só Portugal, servilmente, se vergou.
E isto não é assunto para resolver no futuro, senhor Presidente da República Portuguesa.
É assunto para resolver hoje, agora, imediatamente. Urgentemente, antes que disto saia uma geração cheia de analfabetizados, como já existem na função pública servilista, nas escolas servilistas, na comunicação social servilista e nos anunciantes e demais cidadãos desinformados.
Os outros países, ditos lusófonos, não têm pressa nenhuma em resolver isto, porque não correm o risco de se encherem de analfabetizados, porque não aplicam o AO90.
Mas, nós, Portugueses, temos urgência em eliminar este acordo, porque foi introduzido em Portugal ilegalmente, à força e, em muitos casos, mediante chantagem. E as crianças portuguesas estão a ser as mais prejudicadas. E isto constitui um crime de lesa-infância.
Portanto, senhor Presidente da República Portuguesa, é da maior prioridade que V. Exa quebre o silêncio e abra todas as querelas necessárias, para que este acordo à portuguesa seja eliminado da face da Terra, por não servir os interesses da lusofonia e, muito menos, os interesses dos Portugueses e de Portugal.
Isabel A. Ferreira
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