De facto, «a mentalidade “acordista” é retrógrada, irrealista, insensível, impatriótica, irresponsável, incompetente e ignorante. Representa o triunfo (…) da ignorância arrogante», diz António Emiliano***, na Apologia do Desacordo Ortográfico, pg. 49.
*** António Emiliano (Lisboa, 1959) não é um qualquer malaqueiro. É um ilustre linguista, professor e músico português. Doutor em Linguística Portuguesa, pela Universidade Nova de Lisboa, e professor na mesma instituição. Sócio fundador da Associação Portuguesa de Linguística e da Associação Internacional de Linguística do Português, membro cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores, o qual, a pedido, deu vários pareceres, todos eles bem fundamentados e, obviamente, desfavoráveis ao AO90, e foram simplesmente ignorados.
No Brasil o AO90 é desconhecido entre o POVÃO. A esmagadora maioria dos brasileiros não o UTILIZA, nem sabe o que isso é.
Os Brasileiros cultos não o aplicam.
Os restantes países lusófonos também não o aplicam. Em Portugal apenas os que não têm ESPINHA DORSAL o fazem, ou porque são servilistas, escravos do Poder ou morrem de medo de represálias imaginadas, até porque, em Portugal, uma vez que o AO90 foi imposto ilegalmente, as represálias são também ilegais.
Logo, este AO90 está condenado ao caixote do lixo, que é o lugar adequado para a mixórdia ortográfica que uns poucos servilistas ignorantes inventaram para vender livros, encher os bolsos e destruir a Língua Portuguesa - o objectivo maior, de todo este desprezível enredo.
E não, não é uma minoria de Portugueses que acredita que a Língua Portuguesa é propriedade de Portugal.
Apenas uma minoria linguicida e ignorante acha que a Língua Portuguesa nasceu ali... numa rocinha... debaixo de uma bananeira...
Todos os outros sabem que a Língua Portuguesa é uma Língua de raiz greco-latina, da Família Indo-Europeia, logo, uma Língua Culta. Não nasceu do nada, nem foi idealizada para facilitar a aprendizagem dos que nasceram pouco dotados de inteligência.
O AO90 nunca vingará, simplesmente porque é um aborto ortográfico completamente transfigurado.
***
E há quem fale na Síndrome do Colonizado.
Germano Almeida (um escritor cabo-verdiano que recentemente declarou em público que a Língua Portuguesa não é de Portugal) está equivocado, disse António Patrício, que é um conhecedor da Língua Portuguesa. E disse mais: «Na verdade, a Língua Portuguesa é nossa, dos Portugueses. Fomos nós que a espalhámos pelo mundo, e cada povo tomou-a e adaptou-a à sua cultura e fonética.»
António Patrício gostava de ver o senhor Germano Almeida «ir dizer aos Ingleses que o Inglês não é deles. Mais, o senhor Germano Almeida é originário de um país fundado pelos Portugueses. Mas a verdade é que ficámos a saber que o senhor Germano Almeida não sabe escrever... É a editora e o corrector ortográfico que fazem esse trabalho por ele. Para este senhor vale tudo na escrita do Português! É engraçado vir isto de um escritor cabo-verdiano...»
«Já Cesária Évora (cantora de mornas e coladeiras que gostava muito de França e dos Franceses) dizia "cobras e lagartos" de Portugal e da Língua Portuguesa, e nós, os eternos complexados por termos sido colonizadores, lá andávamos com a senhora ao "colo". Devem ser os ventos daquele lado do Atlântico que levam os intelectuais das ilhas cabo-verdianas a sofrerem, ainda, da síndrome do colonizado.»
E não são só os cabo-verdianos.
Existem cidadãos brasileiros que são grandes defensores da anarquia escrita do Português...
E António Patrício coloca a questão: «Por que será? Será que a síndrome do colonizado ainda infecta a cabeça de tanta gente assim? Pelo que vemos, infecta. É que nestas coisas, conclui António Patrício, pior do que o colonizador é o colonizado que, depois de ter deixado de o ser, continua a sentir as dores do que foi e já não é.»
***
O que se vê mais por aí são fatos... mal talhados.
É que "fato" deriva do gótico FAT, que significa uma peça de vestuário. Nunca poderá ser entendido como FACTO, que deriva do Latim FACTUM, e significa acontecimento.
Os Brasileiros dizem FATO por FACTO, mas não sabem o que dizem. E os Portugueses, sendo portuguesinhos, vão atrás, porque é atrás que sempre vão aqueles que não têm capacidade para IR À FRENTE.
***
Para os que refutam que a ortographia mudou desde os seus primórdios, temos a dizer que, de facto, essas mudanças existiram, mas com base em estudos linguísticos, e não impostas por interesses de natureza meramente política (os interesses económicos vieram por arrasto).
Quem as fez sabia o que estva a fazer.
Os do AO90, não sabem o que fazem... Uns pretenderam ganhar dinheiro. Outros, destruir a Língua Portuguesa. Como se a ortografia pertencesse ao cultivo das hortas e não às Ciências da Línguagem!!!!
O AO90 não passou a ser oficial em Portugal. A sua aplicação é ilegal e inconstitucional.
Os que o aplicam demonstram uma ignorância monumental sobre todas as questões referentes às Lingua. E por mais que lhes demonstremos que estão errados, eles insistem no erro. Porquê?
Ora… porque OPTAM pela ignorância.
Contudo, o tempo encarregar-se-á de atirar ao lixo esta mixórdia ortográfica que, falaciosamente, pretende UNIR as variantes da Língua Portuguesa existentes nos oito países lusófonos. Leve o tempo que levar. Mas jamais essa união se verificará, pelos motivos mais óbvios.
***
Nenhuma Língua Europeia Culta, oriunda de países que outrora foram colonizadores (Inglaterra, França, Espanha, Holanda) foi tão destruída pelos colonizados como a Língua Portuguesa, escrita e falada, foi destruída pelos esquerdistas Brasileiros.
Nos restantes países lusófonos, a Língua Portuguesa manteve as suas raízes. E esta é a grande diferença entre uns e outros. E no meio disto tudo, se tem de haver um país que tenha de recuar e adaptar-se a um novo modo de escrever a Língua Portuguesa, esse país é o Brasil, ainda que sejam milhões. É que a quantidade nunca foi sinónimo de qualidade. Muito pelo contrário.
Portugal não tem de atirar ao lixo a sua Língua Materna, para prestar vassalagem a políticos servilistas, escravos de estrangeiros, incompetentes, ignorantes e irresponsáveis, e a editores mercenários.
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem : Internet
Nenhum povo colonizado se sentiu tão incomodado com a colonização, como o povo brasileiro não-indígena. Os indígenas, os verdadeiros “donos” do Brasil, nunca se mostraram tão hostis aos colonizadores (que viraram do avesso o modo de vida deles), como os descendentes dos colonos brancos e negros que vieram depois.
E o motivo não é o facto de os Portugueses terem sido piores do que os outros povos colonizadores (Ingleses, Franceses, Espanhóis, Holandeses), porque não foram, muito pelo contrário.
O problema dos Brasileiros é mais profundo: é a rejeição da sua própria origem. E a isso chama-se complexo de inferioridade, incapacidade de se superar a si próprio, o que Nelson Rodrigues, conceituado escritor e jornalista brasileiro, chamou, e na minha opinião, magistralmente, de "complexo de vira-lata".
Sobre este "complexo de vira-lata" Nelson Rodrigues disse que o entendia como a «inferioridade em que o brasileiro (não-indígena) se coloca, voluntariamente, em face ao resto do mundo». Dizia o escritor que «o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima».
É lamentável que assim seja. No entanto, os indígenas brasileiros não sofrem deste complexo.
***
O que terá, então, isto a ver com o Acordo Ortográfico de 1990?
Especulemos.
Quando eu digo que existe uma "língua brasileira", uns tantos furiosos portugueses e mesmo brasileiros caem-me em cima.
Porém, alguns editores brasileiros exigem que os nossos livros sejam "traduzidos para brasileiro”. Aconteceu comigo, aconteceu com José Saramago, e tanto quanto sei, este recusou a ser “traduzido”, tal como eu recusei.
Mas, ao contrário da minha pessoa, Saramago, por ser o Saramago, teve os seus livros “intraduzidos” editados no Brasil.
Então?
Então, José Ferreira, um amigo do Facebook, perguntou-me: «Se não há língua portuguesa - variante brasileira, como é que querem fazer com o Brasil um Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa com uma língua diferente? O brasileiro?»...
Pois é. é estranho, mas aconteceu. Se o AO90 se implanta a sério, a Língua Portuguesa poderá correr o risco de desaparecer, ficando a chamar-se Língua Brasileira?
O objectivo será esse? Poderá ser essa uma vingançazinha de quem ainda não "engoliu" a colonização portuguesa do Brasil? Muitos brasileiro já me disseram isto descaradamente: a nossa vingança será colonizar Portugal através da Língua. Mas estes serão os brasileiros que envergonham o Brasil. Ou não.
Sei (porque o dizem também descaradamente) que preferiam ter sido colonizados pelos Ingleses, e hoje falariam Inglês. Pois é, mas não falam, embora tivessem americanizado uma infinidade de vocábulos, com a intenção de afastar a língua do Português. Aliás Antônio Houaiss, o verdadeiro pai do AO90, era adepto fervoroso da deslusitanização da Língua. E isto é um facto, não é um delírio.
Então restam duas questões:
Primeira: Como não podem riscar o destino, a vingança desses que gostariam de ter sido colonizados pelos Ingleses será a de fazer desaparecer a Língua Portuguesa, tendo desvirtuado a etimologia de inúmeras palavras, deslusitanizando-as, e agora querem impô-las aos Portugueses e aos outros povos lusófonos (que não aderiram a este acordo), tendo em conta o “complexo” aqui referido?
É que existem evidências, que hei-de aqui publicar, de que os brasileiros mais adeptos da “estrangeirice” gostariam que houvesse uma reforma na língua oficial do Brasil, que poderia passar pela denominação de Língua Brasileira, adaptando a oralidade à escrita e assim poderem “pensar de maneira mais clara e mais lógica”, como se a língua fosse um instrumento que, mutilado, ajudasse a pensar melhor quem o utilizasse!
(Hei-de voltar a esta ideia).
Segunda: e os políticos portugueses estarão a fazer-se de cegos, surdos e mudos a esta realidade, por alma de quem?
Isabel A. Ferreira
De facto, «a mentalidade “acordista” é retrógrada, irrealista, insensível, impatriótica, irresponsável, incompetente e ignorante. Representa o triunfo (…) da ignorância arrogante», diz António Emiliano***, na Apologia do Desacordo Ortográfico, pg. 49.
*** António Emiliano (Lisboa, 1959) não é um qualquer malaqueiro. É um ilustre linguista, professor e músico português. Doutor em Linguística Portuguesa, pela Universidade Nova de Lisboa, e professor na mesma instituição. Sócio fundador da Associação Portuguesa de Linguística e da Associação Internacional de Linguística do Português, membro cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores, o qual, a pedido, deu vários pareceres, todos eles bem fundamentados e, obviamente, desfavoráveis ao AO90, e foram simplesmente ignorados.
No Brasil o AO90 é desconhecido entre o POVÃO. A esmagadora maioria dos brasileiros não o UTILIZA, nem sabe o que isso é.
Os Brasileiros cultos não o aplicam.
Os restantes países lusófonos também não o aplicam. Em Portugal apenas os que não têm ESPINHA DORSAL o fazem, ou porque são servilistas, escravos do Poder ou morrem de medo de represálias imaginadas, até porque, em Portugal, uma vez que o AO90 foi imposto ilegalmente, as represálias são também ilegais.
Logo, este AO90 está condenado ao caixote do lixo, que é o lugar adequado para a mixórdia ortográfica que uns poucos servilistas ignorantes inventaram para vender livros, encher os bolsos e destruir a Língua Portuguesa - o objectivo maior, de todo este desprezível enredo.
E não, não é uma minoria de Portugueses que acredita que a Língua Portuguesa é propriedade de Portugal.
Apenas uma minoria linguicida e ignorante acha que a Língua Portuguesa nasceu ali... numa rocinha... debaixo de uma bananeira...
Todos os outros sabem que a Língua Portuguesa é uma Língua de raiz greco-latina, da Família Indo-Europeia, logo, uma Língua Culta. Não nasceu do nada, nem foi idealizada para facilitar a aprendizagem dos que nasceram pouco dotados de inteligência.
O AO90 nunca vingará, simplesmente porque é um aborto ortográfico completamente transfigurado.
***
E há quem fale na Síndrome do Colonizado.
Germano Almeida (um escritor cabo-verdiano que recentemente declarou em público que a Língua Portuguesa não é de Portugal) está equivocado, disse António Patrício, que é um conhecedor da Língua Portuguesa. E disse mais: «Na verdade, a Língua Portuguesa é nossa, dos Portugueses. Fomos nós que a espalhámos pelo mundo, e cada povo tomou-a e adaptou-a à sua cultura e fonética.»
António Patrício gostava de ver o senhor Germano Almeida «ir dizer aos Ingleses que o Inglês não é deles. Mais, o senhor Germano Almeida é originário de um país fundado pelos Portugueses. Mas a verdade é que ficámos a saber que o senhor Germano Almeida não sabe escrever... É a editora e o corrector ortográfico que fazem esse trabalho por ele. Para este senhor vale tudo na escrita do Português! É engraçado vir isto de um escritor cabo-verdiano...»
«Já Cesária Évora (cantora de mornas e coladeiras que gostava muito de França e dos Franceses) dizia "cobras e lagartos" de Portugal e da Língua Portuguesa, e nós, os eternos complexados por termos sido colonizadores, lá andávamos com a senhora ao "colo". Devem ser os ventos daquele lado do Atlântico que levam os intelectuais das ilhas cabo-verdianas a sofrerem, ainda, da síndrome do colonizado.»
E não são só os cabo-verdianos.
Existem cidadãos brasileiros que são grandes defensores da anarquia escrita do Português...
E António Patrício coloca a questão: «Por que será? Será que a síndrome do colonizado ainda infecta a cabeça de tanta gente assim? Pelo que vemos, infecta. É que nestas coisas, conclui António Patrício, pior do que o colonizador é o colonizado que, depois de ter deixado de o ser, continua a sentir as dores do que foi e já não é.»
***
O que se vê mais por aí são fatos... mal talhados.
É que "fato" deriva do gótico FAT, que significa uma peça de vestuário. Nunca poderá ser entendido como FACTO, que deriva do Latim FACTUM, e significa acontecimento.
Os Brasileiros dizem FATO por FACTO, mas não sabem o que dizem. E os Portugueses, sendo portuguesinhos, vão atrás, porque é atrás que sempre vão aqueles que não têm capacidade para IR À FRENTE.
***
Para os que refutam que a ortographia mudou desde os seus primórdios, temos a dizer que, de facto, essas mudanças existiram, mas com base em estudos linguísticos, e não impostas por interesses de natureza meramente política (os interesses económicos vieram por arrasto).
Quem as fez sabia o que estva a fazer.
Os do AO90, não sabem o que fazem... Uns pretenderam ganhar dinheiro. Outros, destruir a Língua Portuguesa. Como se a ortografia pertencesse ao cultivo das hortas e não às Ciências da Línguagem!!!!
O AO90 não passou a ser oficial em Portugal. A sua aplicação é ilegal e inconstitucional.
Os que o aplicam demonstram uma ignorância monumental sobre todas as questões referentes às Lingua. E por mais que lhes demonstremos que estão errados, eles insistem no erro. Porquê?
Ora… porque OPTAM pela ignorância.
Contudo, o tempo encarregar-se-á de atirar ao lixo esta mixórdia ortográfica que, falaciosamente, pretende UNIR as variantes da Língua Portuguesa existentes nos oito países lusófonos. Leve o tempo que levar. Mas jamais essa união se verificará, pelos motivos mais óbvios.
***
Nenhuma Língua Europeia Culta, oriunda de países que outrora foram colonizadores (Inglaterra, França, Espanha, Holanda) foi tão destruída pelos colonizados como a Língua Portuguesa, escrita e falada, foi destruída pelos esquerdistas Brasileiros.
Nos restantes países lusófonos, a Língua Portuguesa manteve as suas raízes. E esta é a grande diferença entre uns e outros. E no meio disto tudo, se tem de haver um país que tenha de recuar e adaptar-se a um novo modo de escrever a Língua Portuguesa, esse país é o Brasil, ainda que sejam milhões. É que a quantidade nunca foi sinónimo de qualidade. Muito pelo contrário.
Portugal não tem de atirar ao lixo a sua Língua Materna, para prestar vassalagem a políticos servilistas, incompetentes, ignorantes e irresponsáveis, e a editores mercenários.
Isabel A. Ferreira
. Ao redor da retrógrada me...
. Terá o AO90 algo a ver co...
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