Quinta-feira, 17 de Março de 2022

Se em Portugal há liberdade para USAR ou NÃO USAR o AO90, como diz Marcelo Rebelo de Sousa, porque é que se OBRIGA os alunos a escrever "incurrêtâmente” a sua Língua Materna, ou então são penalizados?

 

Os meus netos querem escrever correCtamente e não os deixam, porque são imediatamente penalizados.

 

A quem pretende ENGANAR, Senhor Presidente da República Portuguesa, Prof. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa?

Sabemos que em Portugal NÃO há DEMOCRACIA ortográfica, mas sim, uma vergonhosa DITADURA ortográfica, que uma inegável maioria dos Portugueses pensantes combate, porque não são servilistas, nem seguidistas, nem acríticos. Contudo, as nossas crianças estão proibidas de PENSAR.

 

Mas vamos aos faCtos, se bem que, em Portugal, há alguma gente que   confunde alhos com bugalhos, e prefere ir aos fatos.

 

Para contar esta história temos de recuar a Junho do ano passado.

 

RAIZ DO MAL.png

 

Nos finais de Junho de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se ao Brasil para assistir à cerimónia de reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil, cerimónia na qual NÃO esteve presente o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro [e ele lá teria as suas razões] ausência que o nosso presidente, na conferência de imprensa, que se seguiu, comentou do seguinte modo:  «Dança quem está na roda. Só respondo por Portugal. Gosto muito do que se diz no Minho que é: dança quem está na roda. Eu estou nesta roda, estou muito feliz por estar nesta roda e nesta dança. Esta é uma dança que pensa no futuro da Língua Portuguesa e de 260 milhões de pessoas. Isso para mim é o mais importante

E foi assim que Marcelo Rebelo de Sousa dançou aquela dança brasileira, e estava tão feliz a dançar que nem reparou que aquela dança NÃO estava  a pensar no futuro da NOSSA Língua Portuguesa. Concebo que a dança estivesse a pensar nos cerca de 213 milhões de brasileiros, que se expressam na Variante Brasileira do Português, mãs não estava a pensar nos outros milhões que se expressam em Língua Portuguesa, pelos quatro cantos do mundo. Nesta dança, até entrou a linguagem “ile”, a tal linguagem neutra que pretende agradar a gregos e a troianos, e que foi USADA nesta cerimónia.

E isto é o que é mais importante para o nosso presidente. 

 

Nesta conferência de imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa teve de responder a duas perguntas consideradas na gíria brasileira como "saia justa", que tiveram a ver com o ILEGAL [só Marcelo não sabe] Acordo Ortográfico de 1990, tendo rejeitado a ideia de uma "guerra" entre os dois países motivada pela recusa de alguns escritores portugueses em usar o acordo ortográfico.

 

Recusa de alguns escritores portugueses em usar o acordo ortográfico? Como disse? Só “alguns escritores portugueses”? TODOS os GRANDES escritores Portugueses NÃO USAM o AO90. Uns poucos usam-no, porque, de outro modo, como seriam publicados?  

 

Nem no Brasil o AO90 é usado. Nem nos restantes países africanos de expressão portuguesa. Um presidente da República deveria estar mais bem informado, para poder informar, e não, desinformar.


Mas o mais inacreditável foi o que Marcelo Rebelo de Sousa disse a seguir: «Não há nenhuma guerra entre Portugal e Brasil, simplesmente em Portugal há  DEMOCRACIA e é livre a opinião sobre o acordo e é livre adoPtar ou não o acordo».

 

É LIVRE para quem, senhor presidente?

 

Obviamente para nós, que somos Portugueses pensantes e livres, não somos servilistas, nem seguidistas e temos sentido crítico, e mais do que isso: CUMPRIMOS A LEI, porque a grafia que está em vigor em Portugal NÃO É a do AO90, mas a da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, que o Brasil assinou e depois rejeitou.

Não saberá o constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa que quem usa o AO90 em Portugal (porque nos outros países ninguém o usa) está a violar a LEI?


E Marcelo disse mais. Disse que é nesta pluralidade que reside a riqueza da comunidade lusófona.

 

Que pluralidade? Apenas em Portugal se OBRIGA as crianças e os jovens a escrever incurrêtâmente a sua Língua Materna, sob pena de serem penalizados.

 

E Marcelo disse ainda esta inverdade: «a nossa Língua é feita de democracia no falar e no escrever».  E isto NÃO É da tal democracia portuguesa.

 

Em Democracia, senhor presidente, ninguém OBRIGA ninguém a escrever conforme a CARTILHA de um país estrangeiro. E são muitos os jovens que SÃO OBRIGADOS a escrever o seu MESTRADO em acordês, sob pena de não o aceitarem ou de não conseguirem, depois, emprego. Onde está a tal liberdade de poder ou não usar o AO90, que o senhor apregoou no Brasil? Quanta falsidade!!!!!!

 

Isto é INADMISSÍVEL!

 

Marcelo Rebelo de Sousa, ainda disse esta coisa que não é de um presidente da República, muito menos da República Portuguesa: «Se há 100 milhões que são falantes e escrevem Português de uma forma, provavelmente serão mais portadores de futuro do que 10 milhões», numa alusão clara à Variante Brasileira do Português, e NÃO, à Língua Portuguesa.

 

Existem muitas Línguas minoritárias na Europa. Se a Língua Portuguesa for uma delas, Portugal agradece e engrandece-se. Não podemos é aceitar a mixórdia ortográfica gerada pelo complexo de inferioridade dos políticos portugueses. Somos um País pequeno, mas não somos apoucados!   



O que não podemos permitir é que por causa dos milhões, a Língua Portuguesa desapareça. O que restará dela será uma VARIANTE, e não a GENETRIZ.

 
Além disso, senhor presidente da República do Brasil, quero dizer, de Portugal, o AO90 é ILEGAL. E se o senhor desconhece esse facto, deixo aqui a prova dessa ILEGALIDADE:

 

«Da (in)validade do AO'90 no Ordenamento Jurídico Português»

Um texto do Professor Doutor Alexandre M. Pereira Figueiredo 

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da notícia:

https://www.tsf.pt/portugal/politica/marcelo-e-a-ausencia-de-bolsonaro-danca-quem-esta-na-roda-13995413.html

 

 

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:21

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Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2022

Do Brasil Com Afecto: “Idioma Achatado” - um texto de Arthur Virmond de Lacerda

 

Arthur Virmond de Lacerda, professor universitário, natural de Curitiba (Brasil) é um defensor da Língua Portuguesa, no seu País.

No Brasil, já quase ninguém escreve como o Arthur escreve. A grafia que ele usa neste texto é a grafia proposta pelo Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943, pelo qual os Brasileiros optaram depois de terem descartado a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, assinada entre Portugal e Brasil, cuja grafia está em vigor em Portugal, porque a outra grafia, a defendida pelo AO90, é ILEGAL.
 

Contudo, se a grafia que o Arthur utiliza é a de 1943, o léxico é, em algumas frases, diferente do léxico português, e a formulação da escrita segue as regras gramaticais da Língua Portuguesa, em quase tudo.

Trata-se de um texto, cuja leitura recomendo, porque nem tudo o que parece é.

Isabel A. Ferreira

 

Línfua Portuguesa.jpg

 

«IDIOMA ACHATADO»

 

Por Arthur Virmond de Lacerda


«Há muitos anos noto a crescente degradação do idioma, no Brasil. Trinta anos atrás, minha geração falava mal, porém sabia flexão de número (singular e plural), tempos verbais, pronomes, coisas que já se perderam, em parte.



A língua no Brasil mudou para muito pior. Dá vergonha ouvir como certas pessoas falam, como falam muitos do povo, e artistas, e políticos, e gente estudada. Dá vergonha o espírito de desleixo com o idioma; dá vergonha as pessoas não saberem mais usar corretamente os tempos verbais, os pronomes, os verbos, as palavras, a mesóclise, os pronomes contraídos.


Há simplificações (com a transformação de verbos transitivos indiretos em diretos) que denotam não que “português é difícil” (não, não o é) porém sim que as pessoas não o aprenderam ou, se o aprenderam, usam-no com o menor esforço (critério da preguiça e da mediocridade); por exemplo: proceda ao > proceda o; devido ao > devido o.


Mesóclise, sequer sabem que é, contudo incorporam todos os anglicismos que os maus sabedores de português inventam quando leem em inglês (investimento, alocar, evidência, massivo, força-tarefa, impacto, elusivo).

Também não se trata, apenas, de riqueza de vocabulário: está em causa a sintaxe e a construção das frases: cometem-se solecismos inaceitáveis vinte ou trinta anos atrás; a construção frasal é primária. As crianças em Portugal falam melhor do que muitos adultos brasileiros, o que inclui o pessoal acadêmico que, supostamente sendo ou devendo ser letrado, amiúde exprime-se e escreve mal.


Chegamos a tal ponto graças, também, aos teóricos populistas segundo quem toda mudança é bem-vinda e segundo quem a gramática normativa é elitista e anacrônica; também graças aos professores de português que ensinaram os seus alunos a sobrevalorizar a oralidade e a desdenhar da correção gramatical, como se a eficácia, a destreza, até a beleza da comunicação independesse da forma como se usa o idioma.


O resultado destes ideário e pedagogia é o de o brasileiro haver se tornado em povo relativamente obtuso, e a incapacidade de incontáveis estudantes de inteligirem textos, efeito cuja presença também se nota no pessoal acadêmico, em que mestres, doutores com doutorado e pós-doutores escrevem mal, praticam solecismos, manifestam carência de familiaridade com as formas elevadas de expressão no seu idioma. Escrevem por obrigação de ofício: é quando revelam seu despreparo, sua carência de traquejo com o vernáculo, a ocorrência e até a recorrência dos vícios e defeitos em voga. Nossos jovens doutores com 28 anos amiúde escrevem mal; juristas são piores, pelo pedantismo de seu juridiguês.


Outro resultado consiste na epidemia de cacoetes, vícios e defeitos, como o estúpido vício da duplicidade, com exclusão dos pronomes cabíveis ("Aristóteles redigiu livros e são importantes os do grego", em lugar de "Aristótoles redigiu livros; são eles importantes" ou "são importantes seus livros") ; o uso de palavras-ônibus (a exemplo do verbo ganhar: "Curitiba ganhou mais um restaurante") ; o gerundismo ("Vamos estar escrevendo") ; o apagamento da mesóclise ("Poder-se-á", "Dí-lo-ei"); a supressão do pronome reflexo "se" ("Fulano apaixonou, separou, aposentou" em lugar de "apaixonou-se, separou-se, aposentou-se") ; o emprego errado das preposições ("Ligue na central" em lugar de "Ligue para a central" ; "vaga que ele se candidatou", "empresa que trabalha") ; o desconhecimento da segunda pessoa do plural ("Vós sois", "Fizestes") ; o emprego errôneo dos tempos ("Vai querer ?" em lugar de "Quer ?"; "Aristóteles vai dizer" em lugar de "Aristóteles disse", vezo corriqueiro no mau estilo acadêmico) ; a conjugação errada da segunda pessoa do singular ("Tu veio", "Tu fez") ; o primarismo das construções ("Os primeiros dias choveu", "A gente acha que é bom para a gente"), a substituição de eu, ele, nós, pela reles locução "a gente", a invasão de anglicismos, tudo agravado com o desdém da gramática e com a exaltação da mudança pela mudança pois as "línguas mudam" : também mudam para pior, cujo outro efeito é a má qualidade da maioria das traduções brasileiras, dos últimos cerca de 40 anos.


As portuguesas sempre são melhores : em Portugal valoriza-se saber bem o idioma, falá-lo com escorreição, escrever com clareza e propriedade, traduzir com esmero e vernaculidade; contudo, a influência dos 300 mil brasileiros em Portugal e das telenovelas brasileiras há 50 anos, lá, vem introduzindo entre os portugueses os vícios, os solecismos, os empobrecimentos típicos da sub-instrução dos brasileiros ("Eu vi ele", "Ele deu a ela", "Ele se chama de Miguel"), para além de incontáveis expressões brasileiras (que não são erradas).

Já não se fala em Portugal com o estilo português puro e sim abrasileiradamente, como tudo que a fala brasileira tem de típico (não sendo errado) e de errado (que é muito). Portugal é colônia da escória lingüística dos brasileiros.

Em tudo isto nota-se a mudança do idioma, de cujos recursos, de cujas exatidão, lógica, beleza, muito se perdeu. Ele mudou para pior ; é espécie de infantilização.
Como em todos os assuntos no Brasil, sobre o idioma as pessoas muitas vezes emitem opiniões sobre o que não sabem, e fazem-no com emoção, não com razão, motivo por que geralmente bostejam e raramente alguém diz o que se aproveite. A doutrinação da sociolingüística e o antiportuguesismo inveterado (em gíria dir-se-ia "estrutural") contribuem fortemente para predispor as paixões contra a gramática e contra a forma culta, cujo efeito é o de coonestar o baixo nível em idioma e convencer o ignorante de que sua ignorância é o estado normal de sua inteligência. A vaca já foi para o brejo.

> > > > > > > > Leia assiduamente Machado de Assis, José de Alencar, Aluísio de Azevedo, José Saramago ; use o que aprendeu na escola ; consulte regularmente a gramática de Napoleão Mendes de Almeida ; procure alternativas aos vocábulos em voga ; consulte dicionários (porém desconfie dos eletrônicos e atualizados) fale com elevação, propriedade, riqueza ; entenda que as línguas mudam para pior e que a nossa é para quem usa sua inteligência.



Há, porém, corrente de brasileiros que se vem opondo ao achatamento do idioma : os olavinhos (parte deles, pelo menos). Olavo de Carvalho percebeu tal fenômeno (mas eu e Marcos de Castro também e creio que antes dele), denunciou-o e tentou contrariá-lo. Ele teve milhares de alunos e de seguidores, cuja inspiração passou a ser, em parte, a de cultivar o idioma. Nota-se, por exemplo, que as páginas eletrônicas das editoras "olavistas" e as de olavinhos são mais bem redigidas do que as do ambiente brasileiro em geral.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo?fbid=4940780239294347&set=a.462084383830644

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:41

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Segunda-feira, 28 de Setembro de 2020

A propósito da saga da “ILC-AO”: «Que língua aldrabada é esta [a gerada pelo AO90]?! Os responsáveis políticos e a ‘elite’ são ignorantes e não têm vergonha?!»

 

Exactamente: são ignorantes e não têm vergonha.



O título desta publicação é um excerto do comentário que Maria José Abranches (professora de Português reformada) deixou no Blogue Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, a propósito do texto de Rui Valente, «Um Setembro Sombrio» que pode ser consultado neste link:

https://ilcao.com/2020/09/23/um-setembro-sombrio/

 

que nos dá conta dos atropelos à Lei perpetrados pela Assembleia da República, e que pode ser passível de processo judicial. Por que não? Se um cidadão comum não cumpre a Lei, é penalizado. Se o órgão maior da dita “democracia portuguesa” (?) não cumpre a Lei, quando devia dar o exemplo, faz o que bem entende, desrespeita os Portugueses, fazem-nos a todos de parvos, e não acontece nada?

 

É exactamente como diz Maria José Abranches: «Será que ninguém se apercebe dos erros linguísticos, escritos e orais, cada vez mais abundantes, que vêm infestando a nossa comunicação social? Que língua aldrabada é esta?! Os responsáveis políticos e a ‘elite’ são ignorantes e não têm vergonha?!»

 

Não, poucos são os que se apercebem. E sim, os responsáveis políticos e a “elite” são ignorantes e não têm vergonha, porque para se ter vergonha é preciso ter-se HONRA.    

 

Gandhi - tiranos derrubados.png

Quanto a mim, o que me vale, é ter esta reflexão de Gandhi sempre no meu pensamento.

 

Mas para os tiranos serem derrubados há que derrubá-los. Eles não se derrubam a si mesmos. Daí que deixe aqui um apelo (referido no comentário mais abaixo).



O texto de Rui Valente, pode ser consultado no link, referido mais acima.

 

Destacarei aqui os três comentários de três pessoas que, nas suas diferentes funções, lutam para que a grafia de 1945, a que está em vigor, porque não foi revogada, mas não é aplicada, por ignorância, regresse às escolas e as nossas crianças possam aprender a escrever correCtamente a Língua Materna, que é a Portuguesa, não é a Brasileira.


A propósito, e antes de expor os comentários, deixo aqui este à parte: num artigo, recentemente publicado no Jornal Público, sob o título «Paira um espectro sobre os amigos do acordo ortográfico — o espectro da fonética» e que pode ser consultado neste link:

https://www.publico.pt/2020/09/24/culturaipsilon/opiniao/paira-espectro-amigos-acordo-ortografico-espectro-fonetica-1932580?fbclid=IwAR17F-fMmNv4lMqA3ujYN6gWXt2sl1CBPd2BGWy9h3ZLpzPEtewfeZ32z-E

 

Nuno Pacheco, o autor do texto, diz o seguinte:

 

«O acordo ortográfico, mexendo na escrita, mexeu também na fonética. Isto já foi dito mil vezes, mas nunca é demais repetir. Escrever “fator” e pretender que se leia “fàtôr” (factor) é ilusório. Daqui a uns anos, diremos “âtor”, “dir’ção”, “obj’tivo” e disparates do género. Sim, estamos a mudar a nossa fala por causa de uma escrita aberrante que, sendo diferente da brasileira (e nunca é excessivo insistir nisto), não respeita o nosso sistema vocálico e as suas idiossincrasias.»


Não, Nuno Pacheco, a escrita imposta pelo AO90, é 99% brasileira. Refiro-me aos infinitos vocábulos mutilados, assentes na Base 4 do Formulário Ortográfico (brasileiro) de 1943, que o Brasil “adotou” (lê-se “âdutou”) depois de ter rejeitado a grafia da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, que inicialmente assinou. E em que consistiu essa mutilação? Em suprimir TODAS as consoantes ditas mudas, dando preferência à fonética, e não à etimologia. E dessa mutilação, fazem parte um infinito número de vocábulos: ator, direção, fator, objetivosetor, diretor, fatura, adotar, direto, atual, atividade, coleção, seleção etc., etc., etc., à excePção de uns poucos vocábulos (mais os seus derivados), nos quais os Brasileiros pronunciam as consoantes mudas, e nós não: como excePção, recePção, perspeCtiva, ifeCção, infeCtado, excePto, e uns poucos (poucos) mais  que escaparam à mutilação e que os acordistas portugueses, muito parvamente, escrevem exceção, receção, exceto, perspetiva, infeção, infetado, exceto,  gerando uns autênticos abortos ortográficos, muito, muito, muito aberrantes.


Esta escrita é aberrante, sim, em Portugal, porque a NOSSA escrita pertence a uma Língua românica, de raiz greco-latina, Indo-europeia, baseada na etimologia (como todas as restantes escritas europeias), e não na fonética.


No Brasil, as palavras que eles mutilaram, não são aberrantes para eles, porque para eles, que abrem todas as vogais, o som ficou igual. E o que o Brasil faz com a Língua que eles transformaram em outra língua, americanizando-a, castelhanizando-a, italianizando-a, afrancesando-a é problema deles e não nosso, se bem que não deviam chamar-lhe “portuguesa”, porque já se afastaram baste dela.



Em Portugal escrever ator, direção, fator, objetivosetor, diretor, fatura, adotar, direto, atual, atividade, coleção, seleção, etc., é escrever à brasileira, e aqui sim, nunca é excessivo insistir nisto, porque até uma criança, que frequenta a escola primária, e aprende outras línguas, sabe que aquele “direto”, que aparece frequentemente na tela da televisão, está escrito à brasileira, porque em Português, em Francês, em Inglês, em Castelhano, todas línguas europeias, que uns e outros aprendem, “direto” escreve-se com um cê: direCto. Sem é unicamente à brasileira. Não é à angolana, nem à moçambicana...

 

Posto isto, vamos aos comentários que podem ser lidos no original. (Os negritos são da responsabilidade da autora do Blogue)

 

3 comentários

 

    • Maria José Abranches on 24 Setembro, 2020 at 17:05

 

Nunca sequer tinha imaginado que, uma vez instaurada a democracia em Portugal, graças ao 25 de Abril, uma sustentada e criminosa vandalização da mesma democracia fosse possível, levada a cabo pela AR, a instituição mais responsável pelo respeito e defesa da mesma democracia! Eu, portuguesa e democrata, quero que fique aqui registada a minha revolta e a minha indignação!


Que, para muita da dita ‘elite’ nacional, por uma aberração incompreensível, a língua materna dos portugueses seja algo de desprezível, está patente ao longo da nossa História: basta atentar na obsessão permanente em fazer ‘acordos’ ortográficos com o Brasil, em detrimento da preocupação com a qualidade do ensino da língua no nosso sistema educativo, assim como junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. E mais: o que temos feito para dar a conhecer e divulgar a nossa língua na União Europeia? O que tem sido feito em termos de investimento no estudo e conhecimento do português europeu, em termos científicos e na produção de estudos linguísticos, gramáticas, dicionários, métodos para aprendizagem da língua, formação de tradutores e intérpretes, tradução automática, etc.? Será que ninguém se apercebe dos erros linguísticos, escritos e orais, cada vez mais abundantes, que vêm infestando a nossa comunicação social? Que língua aldrabada é esta?! Os responsáveis políticos e a ‘elite’ são ignorantes e não têm vergonha?!


Como há, na Europa, quem saiba o que significa a sua língua, dou a palavra a Jean d’Ormesson, da Academia Francesa, defendendo a língua francesa: «Como defenderíamos o francês fora das nossas fronteiras se não o defendemos em casa (“chez nous”)? É aqui que está o problema fundamental. A tarefa mais urgente é salvar a nossa língua do naufrágio. Desculpar-me-ão a ingenuidade da afirmação: ser francês hoje, é saber falar, escrever e compreender o francês.» (in “Saveur du temps”, 2009, Éditions Héloïse d’Ormesson, que traduzi).

 

 

 

Rui Valente, desculpe a minha ignorância, porque nestas matérias sou muito ignorante: mediante o que aqui ficou relatado, não haverá matéria para processar o Estado Português ou o Governo Português, por este atropelo à Democracia, às leis, às regras, e pelo atropelo à Língua Portuguesa? Porque isto ultrapassa todos os limites de tudo.


Eles estão nitidamente a gozar connosco. Estão a fazer-nos de parvos. Estão a desrespeitar-nos. E vamos deixar que façam isso impunemente?


Concordo com tudo o que diz a Maria José Abranches, no seu comentário, e faço minhas as palavras dela.


E é bem verdade que a tarefa mais urgente é salvar a nossa língua do naufrágio iminente, porque ela “navega” numa canoa furada, já meio submersa. Temos de fazer alguma coisa em grande, massivamente, coesamente, no nosso País, antes que se afunde de vez.

 

 

    • Isalinda Schattner on 26 Setembro, 2020 at 15:33

 

Faço minhas as palavras de Maria José Abrantes e associo-me a Isabel A. Ferreira na sua questão quanto a um possível processo contra o Estado Português. Permito-me ainda classificar a forma como este acordo foi imposto aos portugueses, como absolutamente ditatorial, pois apesar da perfeita consciência da sua não aceitação e da criação de grupos que lutam pela sua abolição, recorrendo a formas legais para o efeito, os governos e respectivas AR “chutam a bola” mutuamente de maneira a enganar vergonhosamente os cidadãos, dando-lhes a entender que estão a tratar do assunto mas que, infelizmente, não é possível um retrocesso.


Gostaria de referir que, em 1983 fui eleita presidente de uma “Associação Euro-escolas para uma formação bilingue” – grupo de 11 pais que se juntaram em Berlim para assegurar esse tipo de ensino aos filhos. Para esse fim contactámos igualmente a Vice-cônsul do Brasil – à altura Monika Salski e foram realizados igualmente contactos com Angolanos aí residentes em número muito reduzido. A escola foi inaugurada e mantém-se em actividade até aos dias de hoje com sucesso.

 

Regressada a Portugal em 1996, deixei de saber exactamente qual o português aí ensinado. Pergunto-me hoje, face à luta que tenho travado contra o entretanto imposto AO90, se tal esforço valeu a pena. O nosso propósito na altura com o contacto com o consulado do Brasil, era assegurar o quórum necessário ao ensino do português. Depois da imposição deste maldito AO90, suspeito ter contribuído involuntariamente, para ensino de qualquer coisa difusa, com o nome de português, numa escola da capital alemã. E uma enorme raiva apodera-se de mim.

 

***

Uma enorme raiva apodera-se, sim, de todos nós, Portugueses, que temos consciência de que a NOSSA Língua foi vendida ao desbarato e está a transformar-se numa linguinha que nem os semianalfabetos (os que aprenderam os rudimentos da escrita), do tempo da monarquia e da ditadura, escreviam e falavam.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:37

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Terça-feira, 4 de Fevereiro de 2020

E assim vai o ensino da Língua Portuguesa, em Portugal...

 

Um excelente texto da Escritora e Professora Catedrática Teolinda Gersão,  publicado no Facebook em 06 de Abril de 2018.

 

Se fosse escrito hoje, o ensino da Língua Portuguesa, que neste texto foi exposto como sendo mau, teria de ser revisto e qualificado de péssimo, porque, entretanto, as coisas degradaram-se de tal modo, que até os professores (salvo raras excePções) já não sabem ensinar ou sequer escrever correCtamente a Língua que, oficialmente, continua a ser a Portuguesa, assente na grafia proposta pela Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945 (*), que entrou em vigor no nosso país através do Decreto N.º 35 228, de 8 de Dezembro de 1945, o qual não foi revogado, logo, continua em vigor. Regra básica que qualquer estudante de Direito, do primeiro ano, sabe, e o cidadão comum, mais informado, também sabe.

 

E é este Decreto que dá validade jurídica ao facto de o Ensino da Língua Portuguesa dever ser efectuado segundo a grafia de 1945, delegando, assim, para a ilegalidade, a aplicação do AO90, em Portugal.  

 

LÍNGUA PORTUGUESA.png

 

«VOU CHUMBAR A LÍNGUA PORTUGUESA»…

 

Este texto é da autoria de Teolinda Gersão

 

Escritora, Professora Catedrática aposentada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

(Escreveu-o depois de ajudar os netos a estudar Português, e colocou-o no Facebook).

 

"Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, “em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito. “O Quim está na retrete”: “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.

 

No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um “complemento oblíquo”. Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo “complemento oblíquo”, já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados; almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, “algumas” é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.

 

No ano passado se disséssemos “O Zé não foi ao Porto”, era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa. No ano passado, se disséssemos “A rapariga entrou em casa. Abriu a janela”, o sujeito de “abriu a janela” era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?

 

A professora também anda aflita. Pelo visto, no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer, dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em “ampa”, isso mesmo, claro.)

 

Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.

 

E pronto, que se lixe, acabei a redacção - agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.

 

E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática?

Respondo: «Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito».

 

João Abelhudo, 8º ano, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática

 

Fonte:

https://www.facebook.com/pedrovalcerto/posts/1826140224076035

 

***

(*) A Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945 (Acordo Ortográfico de 1945) foi assinada em Lisboa em 6 de Outubro de 1945, entre a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras. Este acordo, ligeiramente alterado pelo decreto-lei n.º 32/73, de 6 de Fevereiro, estabeleceu as bases da ortografia portuguesa para todos os territórios portugueses (que à data do acordo e até 1975 compreendiam o território europeu de Portugal e as províncias ultramarinas portuguesas - na Ásia e África), e que até aos dias de hoje está em vigor.  No Brasil, o Acordo Ortográfico de 1945 foi aprovado pelo decreto-lei 8.286 de 5 de Dezembro de 1945, contudo, o texto nunca foi ratificado pelo Congresso Nacional, e os Brasileiros logo o abandonaram para continuar a regular-se pela ortografia do Formulário Ortográfico de 1943. O texto foi posteriormente revogado pela lei 2.623, de 21 de Outubro de 1955, passados 10 anos.

 

Portugal anda vai muito a tempo de dar o dito pelo não dito (como o fez o Brasil, com o AO45), reconhecer o gravíssimo erro que foi adoPtar a grafia da ex-colónia sul-americana, e mandar repor a grafia portuguesa, nas Escolas portuguesas, e em todas as instituições estatais e privadas, fazendo, desde modo, cumprir a LEI VIGENTE.

***

Para complementar o que aqui foi dito, aconselho a leitura deste texto:

 E assim, vai o inadmissível e arruinado ensino, em Portugal...

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:40

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Terça-feira, 28 de Maio de 2019

«Acordo Ortográfico» (1990) – Análise da discórdia

 

 

Fernando Alberto II, um estudioso da Língua Portuguesa e grande opositor do «Acordo Ortográfico de 1990», a que chama Perverso Desastre Histórico-Cultural e Linguístico, apresenta-nos uma análise lúcida e muito racional da discórdia que tal (des)acordo gerou nos oito países de expressão portuguesa.

 

Espero que se faça luz nas mentes daqueles que ainda não se aperceberam do tamanho da tragédia linguística que este “acordo” gerou no seio da lusofonia. Ainda vamos muito a tempo de emendar o erro. Insistir nele é admitir uma latente insanidade mental.

 

Viriato Teles.png

 

Por Fernando Alberto II

 

«Vasta associação de ciências do conhecimento, todas elas intimamente ligadas à LINGUÍSTICA, COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, FILOSOFIA, RELIGIÃO ou ARTE, as quais foram sucessiva e reiteradamente desrespeitadas, desprezadas, ofendidas e deveras maltratadas no mesmo «Pseudo Acordo Ortográfico», de 1990.

 

Na prossecução do esclarecimento sobre vários paradigmas deste absurdo, demagógico, tendencioso, corporativo e falacioso «Pseudo Acordo Ortográfico», de 1990, refliCtamos sobre sucessivas questões linguísticas pertinentes decorrentes do mesmo.

 

Continuemos igualmente a analisar mais algumas das milhares de palavras, com ortografias, prosódias/ortoépicas e semânticas algo diferentes ou mesmo, completamente diferentes, sobretudo entre Portugal e o Brasil, próprias do léxico comum de cada um dos países associados na CPLP, para já, para se concluir facilmente que, não será a pretensa e utópica unificação/uniformização linguística/ortográfica/lexical que irá enriquecer a língua portuguesa pois, o que sempre a enriqueceu foi, de faCto, essa sua grande variedade, diferença de culturas e riqueza linguística com algumas normas, como a seguir se comprova plenamente.

 

Aliás, como muito bem se sabe e, já o repeti inúmeras vezes, NUNCA, NUNCA, NUNCA, MAS MESMO NUNCA ou JAMAIS, JAMAIS, com toda a certeza, será possível uma UNIFORMIDADE ORTOGRÁFICA, linguística, prosódica/ortoépica, fonética, semântica, morfológica, sintáctica, gramatical e lexical entre todos os países associados na CPLP pois, a história económica e social, a cultura, o ensino, as influências linguísticas autóCtones ou outras, a prosódia/ortoépica, a gramática, a morfologia, a sintaxe e a semântica de cada um dos países associados na CPLP é algo diferente entre todos, ou mesmo muito diferente, completamente diferente, como acontece em relação ao Brasil, tornando esta ambição mórbida numa autêntica utopia fiCcionista. Por isso mesmo, esse sonho quimérico não passa de uma miragem, de uma fiCção, de uma verdadeira utopia delirante e alucinogénia. Trata-se de um idealismo surreal, de um sonho impossível.

 

Com a entrada em vigor, à força, deste «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990», infelizmente, a Língua Portuguesa sofreu um rude golpe, de tal forma que, deixou de fazer parte do leque de Línguas Oficiais da FIFA, do Vaticano, da União Europeia e NUNCA, JAMAIS, JAMAIS, fará parte do leque de Línguas Oficiais da ONU, que era um dos grandes objeCtivos deste mesmo «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990». Assim, jamais a nossa amada Língua Portuguesa, criminosamente amputada e vandalizada pelo «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990», poderá ser considerada, como tal, em qualquer organização internacional, o que não era, de forma alguma, o objeCtivo final deste «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990».

 

Segundo o Sr. Padre Professor Doutor Fernando Alves Cristóvão, um dos responsáveis pela concePção desastrosa do perverso e criminoso «Pseudo-Acordo Ortográfico, de 1990», é de quatrocentos mil o número de vocábulos que resultam da associação de todos os léxicos dos países associados na C.P.L.P. Salvo o devido respeito e, pela minha investigação e conhecimento, julgo que serão algo mais mas, seja como for, a verdade é que, tendo em conta o lado Português, se o léxico comum de Portugal tem cerca de 110 mil vocábulos, os Portugueses teriam de admitir, ter de aprender e de saber, pelo menos, cerca de mais uns 300 mil vocábulos que, nem sequer poderiam ser considerados como neologismos, tendo em conta o previsto na falaciosa “filosofia” que preside a este criminoso, abominável e perverso «Pseudo-Acordo Ortográfico, de 1990», uma vez que, de faCto, nunca houve acordo pleno entre todos os países associados na Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP, tendo em conta que, nem todos ratificaram esse pretenso acordo.

 

Conclui-se facilmente que a linguagem, a cultura, a ortografia, a gramática, a semântica e a prosódia/fonética da variante do «português» do Brasil, é bastante diferente OU MESMO MUITO DIFERENTE, COMPLETAMENTE DIFERENTE, absolutamente diferente da norma-padrão do Português de Portugal, (Português Europeu) e, apresenta muitas singularidades próprias da Linguística do povo Brasileiro, vocábulos ou termos vernáculos Brasileiros, como é, aliás, muito natural e, perfeitamente admissível.

 

Para bem da vernaculidade e da riqueza cultural da Língua Portuguesa, é absolutamente essencial que mantenha as suas diferenças e caraCterísticas próprias de cada um dos povos e nações da C.P.L.P., excepto na Guiné Equatorial, que a adoPtaram como língua oficial.

 

Para além da parte lexical da Língua Portuguesa usada no Brasil, ortograficamente idêntica, quase igual ou mesmo igual à nossa Língua Portuguesa, (embora a prosódia/fonética, seja muito diferente pois, no Brasil as sílabas são quase sempre abertas ou semi-abertas), desde que com a mesma origem etimológica, sobretudo do Grego e do Latim, uma boa percentagem do léxico comum do Brasil é constituído por termos vernáculos Brasileiros, cerca de 100 mil, essencialmente com origem etimológica nas Línguas Ameríndias dos nativos autóCtones Brasileiros, das nações «Tupi», «Guarani» e «Aruaque», Língua esta falada entre as bacias do Amazonas e do Oiapoque e ainda na Língua africana «Quimbundo», Língua falada em Angola, sobretudo nas províncias de Luanda e de Malange, pela raça Banto, negros autóctones da África Central e Austral, a qual foi levada para o Brasil pelos escravos negros Africanos que, colonizaram o Brasil à força, entre os séculos dezasseis e dezanove, levados de África pelos “seus amos senhores feudais”, alguns totalmente ignorados da esmagadora maioria dos portugueses, quer em termos semânticos quer ortográficos e que, por isso mesmo, nunca se usam e, naturalmente, nem se podem usar em Portugal.

 

O léxico comum da variante da Língua Portuguesa do Brasil, terá cerca de 210 mil vocábulos, assim distribuídos: 110 mil vocábulos iguais ou idênticos ao léxico comum da norma-padrão da Língua Portuguesa ou Português Europeu, acrescidos ainda dos supra-referidos 100 mil vocábulos vernáculos Brasileiros.

 

Pelo exposto, não me parece nada disparatado poder afirmar hoje, haver já a considerar uma verdadeira Língua Vernácula Brasileira baseada, em exclusivo em pelo menos, 100 mil vocábulos vernáculos do Brasil, ESTES ABSOLUTAMENTE IGNORADOS EM PORTUGAL, como é natural.

 

Aliás, como muito bem sabemos, desde há cerca de 100 anos que, as normas Linguísticas, desde as ortográficas-lexicais e morfológicas até às semânticas do Português-Europeu e do Português-Brasileiro estão a afastar-se cada vez mais, de dia-para-dia sobretudo devido ao facto de, no Brasil nascerem constantemente “neologismos”, aportuguesados ou abrasileirados, por influência da Língua Inglesa, sobretudo dos Estados Unidos da América.

 

No entanto, no Portugal de hoje, resulta extremamente preocupante e algo perverso, o faCto abusivo e odioso de, diversos média, sobretudo na/a televisão, lamentavelmente, aplicarem de forma delirante, arrogante, traiçoeira, pedante e perversa, constantemente, vários estrangeirismos, sobretudo anglicismos, “qual massacre de intoxicação linguística e, talvez mesmo prova de uma excessiva xenofilia, (xenófilo-dependência)”, absolutamente desnecessários que, tornam a televisão numa espécie de clube xenófilo viciado dependente, elitista e esotérico, contrariando em absoluto a sua vocação e tradição populares ofendendo, deliberadamente, nomeadamente, o nº. 3, do Artº 11º, da Constituição da República Portuguesa, bem como ainda, o próprio Povo Português.

 

(…)

 

Agora registou-se um faCto novo e abominável: «Portugal ficou orgulhosamente só», o que me parece completamente absurdo pois, Portugal, embora não seja o proprietário da Língua Portuguesa é, no entanto, o país onde foi criada a matriz desta mesma língua embora, devamos considerar que, a actual província Espanhola da Galiza teve igualmente um papel decisivo na concePção dessa mesma matriz.

 

«CONVENÇÃO ORTOGRÁFICA LUSO-BRASILEIRA, de 1945»

 

A «Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, de 1945», foi assinada e ratificada, pelos dois países, em 10 de Agosto de 1945.

 

Grande parte do povo brasileiro e a imprensa rejeitaram a referida «Convenção», ainda que TENHA SIDO APROVADA POR DECRETO-LEI.

 

Perante tantos protestos, a Assembleia Legislativa Brasileira acabou por ceder, de tal forma que, se recuou novamente para a ortografia anterior, ou seja, a de 1943.

 

Portanto, o Brasil acabou por não respeitar e rejeitar totalmente a «Convenção Ortográfica», de 1945, que havia assinado e ratificado com Portugal.

 

A ortografia prescrita na referida «Convenção Ortográfica, de 1945», foi tornada obrigatória em todas as publicações editadas em Portugal, por força do Decreto, nº. 35.228, de 8 de Dezembro de 1945.

 

O Decreto-Lei, nº. 32/73, publicado em 6 de Fevereiro de 1973, veio reforçar ainda mais aquele referido Decreto. Ambos estes preceitos encontram-se em PLENO VIGOR na Ordem Jurídica Portuguesa uma vez que não foi, nem poderia ser, revogada a «Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, de 1945», assinada e ratificada, pelos dois países, em 10 de Agosto de 1945.

 

Pelo que julgo saber, a Resolução do Conselho de Ministros, nº. 8/2011, de Agosto de 2011, consubstanciará um mero despacho administrativo o qual, por isso mesmo, não pode nunca sobrepor-se às supra referidas Leis. A conclusão que me parece ser de extrair é a de que se trata de mais um despacho perverso e prepotente, o qual me parece ainda que, infelizmente, colide frontalmente com a devida legalidade, é ILEGAL. Para além disso, na minha modesta opinião, a supracitada Resolução, parece-me que viola ainda, ostensivamente, nomeadamente, o nº. 2, do Artº. 43º da Constituição da República Portuguesa). (...) 

 

Fernando Tordo.png

 

 

O actual Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Duarte Rebelo de Sousa, parece que mantém uma posição algo ambígua, indefinida em relação ao inconstitucional «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990» pois, apesar de respeitar a legalidade escrevendo na base da «Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, de 1945», já terá tido a oportunidade de afirmar, há algum tempo, algo absolutamente infeliz, e “apátrida”, referindo mais ou menos isto: “Os Portugueses têm de se convencer de que o Brasil é que tem de conduzir a política da Língua Portuguesa”. Se esta sua afirmação, produzida quando era um simples cidadão comum, seria perversa, infeliz e prova de servilismo apátrida, agora, que é Presidente da República Portuguesa, para além de perversa e servilista, é danosa, indigna, irresponsável, traiçoeira e desleal, para com a nação Portuguesa. Além disso, jurou cumprir e FAZER CUMPRIR o texto Constitucional da República Portuguesa e esta sua afirmação é mesmo o perfeito antípoda do respeito que deve nutrir sempre e, em qualquer circunstância, por este texto SAGRADO para todos os portugueses. Não votei e jamais poderia votar nele, mas veremos o que o futuro ainda nos reserva pois, se não for imediatamente revogado o ILEGAL «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990», o actual SAGRADO texto da Constituição da República Portuguesa» tal como acontecia com a Constituição Portuguesa de antes do 25 de Abril de 1974, continuará a ser um texto bonito e democrático apenas para enganar os estrangeiros pois será sempre FALSO e HIPÓCRITA, se aplicado em Portugal.

 

Com a adoPção demagógica, política e não Linguística, deste perverso e ILEGAL «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990», “desta toxicidade Linguística venenosa”, da (IR)responsabilidade de políticos ignorantes e irresponsáveis em delírio mental, apátridas escroques traidores, Portugal desprezou e acabou por perder a sua verdadeira identidade Linguística, a sua matriz, a sua independência e vernaculidade Linguísticas, a “sua alma, o seu cérebro e a sua intelectualidade”.

 

Por fim, atente-se na perfeita actualidade e pertinência do texto profético, com mais de 40 anos, se também aplicado ao perverso «Pseudo Acordo Ortográfico, de 1990», que a seguir transcrevo, da autoria de Marcelo Caetano, o último Primeiro-Ministro fascista, deposto pelo golpe de estado de 25 de Abril de 1974:

 

“Veremos alçados ao Poder ANALFABETOS, meninos mimados, ESCROQUES de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, DEPUTADOS, administradores, MINISTROS e até Presidentes de República.”

 

A Língua e ortografia de Portugal, evoluindo ao longo de mais de 3.000 anos, é sagrada, a melhor identidade do povo português e não pode nunca ser alterada, de forma radical, iníqua e arbitrária, por uma espécie de vassalagem, através de um desastroso, dúbio, inculto, demagógico, abominável, ILEGAL, perverso, subjeCtivo e corporativo Pseudo Tratado Político-Mercantilista-Comercial-Económico.»

 

Fonte:

https://www.facebook.com/groups/345711412486554/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:40

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Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2019

AO90 bem-sucedido no insucesso da sua aplicação ilegal no mundo lusófono

 

Em 02 de Janeiro de 2019 a “Folha de S. Paulo” publicou um artigo sob o título «Bem-sucedido, acordo ortográfico completa 10 anos e espera por ajustes».

Vamos lá pôr os pontos nos is.

 

AO90-2.jpg

 

A data da efectiva aplicação do AO90 foi apenas em 01 de Janeiro de 2016 no Brasil, e em 13 de Maio de 2015, em Portugal.

 

Além disso, o acordo não está em vigor em lado nenhum, se o Direito dos Tratados foi respeitado, porque o mundo lusófono é composto por oito, e não por apenas três países. Se o Direito dos Tratados não foi respeitado, e se tudo isto é a fingir, então estamos diante de uma fraude, com consequências graves, porque não se destrói uma Língua culta e europeia, em nome de uma fraude. Em nome de um porque-sim político.

 

O texto de a “Folha de S. Paulo” é altamente falacioso, cheio de imprecisões, que conduzem ao erro, porquanto o acordo ortográfico não completa 10 anos, e foi apenas bem-sucedido no INSUCESSO que em Portugal levou ao caos ortográfico, em Cabo Verde atirou o Português para língua estrangeira, e no Brasil? No Brasil quem o aplica? O pôvão? Os estudantes? A elite intelectual? Os paus-mandados aplicam-no, mas aplica o quê, deste acordo baseado na ortografia brasileira estabelecida em 1943, que agora querem impingir aos restantes países lusófonos, que não cederam a esta imposição ilegal, e que aplicam (e muito bem) a ortografia preconizada pela Convenção Ortográfica Luso-brasileira de 1945, que o Brasil assinou, mas logo rejeitou, fixando-se na ortografia de 1943, que suprimiu as consoantes mudas onde elas eram necessárias, destruindo a matriz da Língua e as suas raízes europeias, e que serve de base ao AO90.

Estes são os factos. Irrefutáveis.

 

No texto diz-se que não existiam diferenças muito expressivas entre uma e outra ortografia, mas as distinções emperravam a difusão internacional do idioma, entre outros obstáculos.

 

Emperravam o quê? Porquê? Como? Que difusão internacional de que língua?

 

Apenas porque UM escreve setor, e TODOS os outros, seCtor (que todos os estrangeiros reconhecem como sendo um vocábulo europeu); o que UM escreve anistia e TODOS escrevem aMnistia (que todos os estrangeiros reconhecem, porque todos escrevem o vocábulo com M); o que UM escreve AmazÔnia, e TODOS escrevem AmazÓnia; o que UM diz e escreve “beija eu” e “nós vai” e TODOS os outros, beija-me e nós vamos? Enfim, era isto que emperrava a difusão da Língua?

 

Os Brasileiros, apesar do acordo, continuarão a escrever anistia, Amazônia e a dizer beija eu e nós vai. E nós, os portugueses e africanos de expressão portuguesa, continuaremos a escrever aMnistia, AmazÓnia, e a dizer beija-me e nós vamos. E os brasileiros continuarão a dizer e a escrever uma infinidade de outras palavras que americanizaram, italianizaram, castelhanizaram e afrancesaram, apenas para se afastarem do Português do ex-colonizador, por motivos POLÍTICOS.

Estes são os factos.

 

Pode ver-se no texto as alterações que os Brasileiros tiveram de fazer:  apenas ACENTUAÇÃO e HÍFENES. Ao passo que TODOS os outros países lusófonos teriam de fazer alterações (TERIAM porque não fazem, a não ser o portuguesinho servil ou o portuguesinho desinformado ou o portuguesinho ignorante optativo) não só na acentuação e hifenização, assentes na maior das parvoíces, como em centenas de vocábulos que os Brasileiros mutilaram aleatoriamente (porque, no Brasil, algumas poucas palavras safaram-se da mutilação, conforme se vê na imagem que ilustra este texto, e em Portugal deformaram-nos) para simplificar a aprendizagem, devido ao elevado índice de analfabetismo e iliteracia, que continua a existir no Brasil e em Portugal, com tendência para aumentar cada vez mais, nomeadamente em Portugal, com uma geração de analfabetos escolarizados, que aprenderam as letras e juntam-nas (mal) sem a mínima lógica. Uma autêntica tragédia linguística.

 

É que ao contrário dos Brasileiros, o problema português além da acentuação e hifenização assente na maior das ignorâncias, é o grave problema dos vocábulos mutilados, que o Brasil não tem, pois já aplicam a “ortografia acordista”, desde 1943 (com as excePções que se vê na imagem).



A Língua Portuguesa é uma língua europeia, e jamais permitiremos que seja sul-americanizada, apenas para satisfazer a fantasia (para ser simpática) de políticos ignorantes, de lá e de cá.

 

A aplicação do AO90 é um enorme FALHANÇO em Portugal e no Brasil, de acordo com o que dizem os meus amigos Brasileiros mais cultos. Cabo Verde não conta, porque a língua oficial é o Crioulo Cabo-Verdiano, se bem que como língua estrangeira, o Português esteja abrasileirado, para agradar ao editor mais poderoso lá do sítio.



Nos restantes países o problema nem se põe, porque não é verdade que avancem lentamente para a UNIFICAÇÃO (como se lê no texto), porque não avançam. Jamais poderá existir unificação na diversidade dos linguajares dos oito países ditos lusófonos, porque isso seria MATAR a riqueza linguística que existe nas línguas dos OITO países lusófonos, e que não interessa a nenhum, excePto ao Brasil.

 

Portanto, dizer que o bem-sucedido, acordo ortográfico completa 10 anos e espera por ajustes, é uma grande falácia. E os ajustes a que os Brasileiros se referem são apenas no que respeita aos hífenes e ao tão saudoso trema. Mas para nós, Portugueses, que não deixaremos morrer a nossa Língua, e cada vez há mais publicações em BOM PORTUGUÊS, reivindicamos, não ajustes, mas a reposição integral, nas escolas portuguesas, para que as nossas crianças não estejam a ser enganadas, da ortografia que está, de facto, em vigor em Portugal, a de 1945, pois esta não foi revogada por nenhum decreto.

 

A Língua Portuguesa não é mercadoria barata, que esteja à mercê de negócios sujos entre políticos ignorantes e editores e livreiros mercenários. A Língua Portuguesa é Património Cultural Imaterial de Portugal, consignado na Convenção da UNESCO.

 

O que os órgãos de comunicação social servis, as escolas, pela mão de professores desprovidos do sentido de MISSÃO, e os desinformados, e os ignorantes optativos andam por aí a aplicar ilegalmente, não servirá de bitola para nada, porque a desunificação é total, o CAOS é total, e o que estava naturalmente unido, DESUNIFICOU-SE artificialmente, por via da ignorância POLÍTICA. E isto acabará por acabar, cheio te tiros nos próprios pés.

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da notícia:

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/bem-sucedido-acordo-ortografico-completa-10-anos-e-espera-por-ajustes.shtml?fbclid=IwAR0kD_33UxGkKzfnf7C5ycmME5OLuPb2OS9XFP32T-uoH_Alw7XxDR__fuU

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:48

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Sábado, 29 de Setembro de 2018

À atenção dos que são contra o AO90 e pediam algo em Prol da Língua Portuguesa

 

MPLP1.png

 

Escolhemos a Hortênsia como insígnia do MPLP porque esta flor (dizem) é símbolo de devoção, coragem, determinação, dignidade, pureza de sentimento e elevação espiritual, e símbolo também da realização dos bons propósitos! Ora, o nosso bom propósito é a anulação do AO90 e a devolução da Grafia Portuguesa a Portugal.

 

Pois bem, o Francisco João da Silva teve a ideia. Pediu-me uma opinião. Considerei a ideia óptima. Iniciámos, então, o que concordámos denominar MOVIMENTO EM PROL DA LÍNGUA PORTUGUESA (MPLP), e em nome deste Movimento, que, forçosamente e por razões óbvias, não foi imediatamente aberto a todos, teria de haver um núcleo inicial restrito (61 subscritores), foi enviada à Directora-Geral da UNESCO, no passado dia 7 de Setembro, uma Carta apresentando uma queixa contra o Estado Português, essencialmente, pela violação da Convenção da UNESCO de 2003, para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (CSPCI), assente numa bem elaborada fundamentação jurídica, e, por arrasto, demos conta à UNESCO de outras violações graves, tal como a violação da Constituição da República Portuguesa (CRP) e violação da Convenção de Viena de 23 de Maio de 1969, pelo AO90, assim como a violação da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira (COLB) de 10 de Agosto de 1945, aprovada pelo Decreto-Lei Nº 35.228 de 8 de Dezembro de 1945.

 

Agora que Alea Jacta Est, e que a carta, traduzida do Francês, foi publicada no Jornal Público (ver aqui):

https://www.publico.pt/2018/09/27/opiniao/opiniao/carta-a-unesco-pela-salvaguarda-da-lingua-portuguesa-como-patrimonio-cultural-imaterial-1845511

já podemos avançar para a segunda fase desta iniciativa, da qual faz parte o seguinte apelo:

 

Convida-se todos os que são contra o AO90, a subscreverem esta Carta e a fazerem parte do MLPL, que não deixará morrer a Língua Portuguesa.

 

Para subscreverem a Carta e o MLPL basta enviar, por mensagem privada, para os e-mails, que deixarei no final deste texto, o vosso nome e e-mail, e receberão todos os  documentos que fazem parte desta acção, e dar conhecimento de todas as iniciativas futuras, quer a nível nacional, quer a nível internacional, que forem sendo tomadas. Estas iniciativas fazem parte da luta que continuaremos a travar, até à revogação   do   pseudo “acordo” ortográfico   (AO90) e a consequente restauração da Língua Portuguesa em Portugal, conforme estabelecido no artigo 11, alínea 3 da Constituição, que foi violada pelos sucessivos   governos.

 

Aguardamos, pois, a vossa adesão.

Isabel A. Ferreira

 

Coordenadores do MLPL e igualmente subscritores:

 

Francisco João DA SILVA

franciscojoaodasilva@yahoo.fr

 

Isabel A. FERREIRA

isabel.bonari@gmail.com

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:02

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Domingo, 24 de Junho de 2018

QUANDO UMA LINGUISTA CONFUNDE O CONCEITO DE REFORMA ORTOGRÁFICA COM CÓPIA DE GRAFIA ESTRANGEIRADA NÃO FICARÁ TUDO DITO?

 

 

LINGUISTA.jpg

 

Diz-se que Margarita Correia é linguista e especialista em lexicologia, ou seja, estuda as palavras como se as colocasse num microscópio. Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa foi recentemente eleita presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) um organismo da CPLP, e proferiu esta  inacreditável sentença: «As reformas ortográficas não são feitas para os velhos. São feitas para o futuro».

 

A senhora linguista até tem razão. As Reformas Ortográficas são feitas para o futuro. Contudo, a senhora linguista esqueceu-se de especificar que Reformas Ortográficas e para o futuro de quem.

 

Primeiro, o AO90, não é uma reforma ortográfica, mas simplesmente uma cópia (mais acento, menos acento, mais hífen, menos hífen, mais , menos , mais , menos ) da grafia brasileira, saída do Formulário Ortográfico de 1943, efectuado no Brasil, portanto, antes da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira 1945, que o Brasil assinou, mas não cumpriu, tendo atirado ao caixote do lixo esse compromisso.

 

Bom, e é a cópia desse Formulário Ortográfico de 1943 (mais acento, menos acento, mais hífen, menos hífen, e meia dúzia de pês e cês que não emudeceram no Brasil) que a senhora linguista considera reforma ortográfica, e, na verdade, ela não foi feita para os velhos, mas também não foi feita para os novos, porque simplesmente não foi feita, nunca existiu como reforma ortográfica.

 

O que se fez foi pegar na actual ortografia brasileira, em vigor desde 1943, modificar-lhe uns acentos e uns hífenes, para disfarçar, e chamar-lhe acordo ortográfico de 1990, engendrado por Malaca Casteleiro (Portugal) e Evanildo Bechara (Brasil), e que apenas os serviçais portugueses aplicam, e que realmente se destina ao futuro, mas ao futuro dos futuros analfabetos.

 

Francamente, senhora linguista! Esperava-se muito mais de quem estuda as palavras como se as colocasse num microscópio… Ao que parece, o microscópio de V. Excelência é cego.

 

Para quando a extinção da CPLP e da IILP, dois organismos completamente dispensáveis, porque absolutamente inúteis?

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte:

https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/margarita-correia-as-reformas-ortograficas-nao-sao-feitas-para-os-velhos-sao-feitas-para-o-futuro

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:49

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Quarta-feira, 11 de Abril de 2018

«O MINISTRO DA CULTURA E AO AO/90»

 

Um artigo do embaixador Carlos Fernandes, autor do livro "O Acordo ortográfico de 1990 não está em vigor", o qual, e uma vez mais, vem pôr a nu a ilegalidade do AO90, que o governo da geringonça silencia (à excepção do PCP) com a cumplicidade do presidente da República.

 

E as perguntas que se impõem, depois de se ler o livro e os vários artigos do Embaixador Carlos Fernandes e os de todos os que já se pronunciaram sobre esta matéria, são as seguintes: o que é que Vossas Excelências ainda não entenderam? O que escondem dos Portugueses? O que pretendem? Por que acham que os Portugueses são todos parvos? O que deveremos pensar dos que lhes é explicada a lição centenas de vezes e eles não conseguem entender? Será necessário fazer um desenho?

 

É que já estamos todos fartos, muito fartos, desta farsa chamada AO90, imposta por autocratas disfarçados de democratas. Numa Democracia a sério isto jamais aconteceria.

 

CARLOS FERNANDES.jpg

Carlos Fernandes

 

Texto do Embaixador Carlos Fernandes:

 

«E eu pergunto: o ministro da Cultura é ministro de quê, se o não for da língua?

 

Sempre houve, e continuará a haver, ministros louvados por competentes e, bem ou mal, ministros criticados por incompetentes. Não obstante estas frases vulgares, eu não pretendo nem me atrevo a classificar, ou adjectivar, o actual ministro da Cultura, até porque o conheço mal e não é meu costume fazer juízos à ligeira.

 

Dito isto, apenas vou comentar as declarações do ministro ao DN, em 10 de Março, e ainda bem que, por estas declarações, me deu a oportunidade de interpelar um membro do Governo quanto à aplicação do AO/90, ou melhor, do que se diz ser o AO/90.

 

Ora bem, por tais declarações ficámos a saber que o ministro da Cultura do actual Governo lavou, e prometeu continuar a lavar, pilaticamente, as mãos quanto à questão de saber se deve escrever-se em português ou nessa mixórdia linguística a que já se está dando a designação de acordês ou socratês, imposta, violenta e inconstitucionalmente, por José Sócrates, a todos os Portugueses, como ortografia obrigatória, por mera resolução do seu Conselho de Ministros (a RCM 8/2011, de 25 de Janeiro); ele que, acusado de ter arruinado, económica e financeiramente, o país, também o é, agora, culturalmente, por mutilar, gravemente, a própria língua portuguesa. Quanto a mim, só vim a conhecer as declarações do ministro da Cultura ao DN (jornal que deixei de ler por escrever, exclusivamente, em socratês, não em português), por um oportuno artigo do Dr. Nuno Pacheco no PÚBLICO, a 22 de Março. E confesso que fiquei surpreendido com os conhecimentos linguísticos do ministro da Cultura que, nisto, se iguala à generalidade dos cidadãos portugueses.

 

Mas, atentando no que disse, e ao contrário do que disse, afinal, o senhor ministro sempre tem religião linguística, e até já mudou de crença: antes escrevia em português, agora escreve em socratês. E eu pergunto, o ministro da Cultura é ministro de quê, se o não for da língua?!. Da dúvida ou da indiferença, quanto ao uso do português, como a nossa língua é designada, constitucionalmente, pelo artigo 3.º da lei fundamental vigente? Ou não será o português a base normal da actividade cultural de um ministro da Cultura?!; que, ademais, é obrigado a defendê-lo e a promovê-lo, interna e internacionalmente, como se dispõe e impõe no artigo 9.º, alínea f) da Constituição.

 

Francamente, senhor ministro, então o AO/90, que “não é o melhor possível, mas está vigente, e segui-o, para horror e espanto de muitos amigos”, e “enquanto estiver em vigor, vou segui-lo”! Antes de mais, creio que estas peremptórias declarações são precipitadas. Pois, como é que sabe que o AO/90 está legalmente em vigor? É pena que não no-lo tenha dito, porque, perante a dúvida, pública e notória, do país a este respeito, impõe-se esse esclarecimento.

 

Não vale a pena transcrever o resto da citação das suas palavras, porque, a meu ver, isso não lhe traria nem glória nem proveito. Na verdade, será que o senhor ministro tem mesmo a certeza de que o AO/90 está em vigor?!. De facto, a não ser o seu fabricante? o doutor Malaca Casteleiro?, ninguém ainda se atreveu a declarar, peremptoriamente, tal vigência legal, antes o contrário, e Malaca Casteleiro não sabe Direito, nem o entende, ou faz que não entende, posso garanti-lo, por experiência própria.

 

O senhor ministro já estudou o problema? Parece-me óbvio que não, de contrário não teria afirmado o que afirmou sem o esclarecer.

 

Mas, claro, como entende que escrever em português ou em socratês dá no mesmo, porque se trataria de opções, perante uma e outra escrita, ambas imperfeitas, não se importa que se use uma ou outra, mesmo que tal atitude desagrade a alguns amigos, e até a classifiquem de traição.

 

E eu pergunto-lhe: e os Portugueses, sobretudo os estudantes, e a Internet, senhor ministro, é só uma questão de opção? Graves frases as suas, até porque, repito, afinal, ao contrário do que afirmou, sempre tem religião linguística, optando, agora, pelo socratês, em vez do português.

 

Ora, como sabe, o AO/90 foi imposto, na prática, a todos os órgãos de soberania, pela RCM 8/2011, de 25 de Janeiro (em rigor, e se fosse constitucional, ela só obrigaria nos domínios exclusivos do Governo, no entanto, quiçá por desleixo, ou, aparentemente, por escasso respeito pelo Estado de Direito, tanto os serviços públicos como até os tribunais, assim como a Assembleia da República, através do Diário das Sessões e do Diário da República, controlados pelo Governo, passaram a submeter-se-lhe, sem mais)!

 

Porém, senhor ministro, a RCM 8/2011 é manifestamente inconstitucional, por mais de um vício, designadamente, porque legisla, não o podendo fazer (cá, só se legisla por lei ou decreto-lei), e porque os acordos internacionais não se põem em vigor por meras resoluções do Governo (mesmo os acordos compreendidos nas competências exclusivas dos governos, para vigorarem, têm de submeter-se à aprovação por decreto elaborado em Conselho de Ministros).

 

Por isso, por favor, ajude-nos a resolver definitivamente o problema, estudando-o, já que não é assunto menor, tendo muito por onde começar e acabar: há, de facto, um sem número de estudos válidos, em artigos de jornais e revistas, conversas televisadas, e até livros de Direito, incluindo um meu, intitulado O Acordo Ortográfico de 1990 não Está em Vigor, editado pela Guerra e Paz, em 2016, todos provando a inconstitucionalidade da RCM 8/2011 e, como consequência, a sua ineficácia jurídica.

 

Mas aplica-se. E porquê? O povo não sabe, e quem sabe cala-se. De facto, aplica-se apenas porque sim. Porque se mandou aplicar, e isso é aceite sem discussão, no Governo e nos partidos políticos, onde só o PCP começa agora a despertar de um longo sono. Uma vergonha, que, a meu ver, revela pouco respeito pelo Estado de Direito, e não só nesta questão. Veja-se, por exemplo, a impunidade e ineficiência da Justiça, quanto à resolução dos nossos principais bancos privados, sem falência ou equivalente, roubando-os, à pressa e descaradamente, aos accionistas portugueses, para os entregarem, praticamente de graça, ou até com encargo público, aos estrangeiros que lhes terá apetecido escolher (chineses e espanhóis), por mera decisão administrativa do Banco de Portugal e do BCE, de uma UE, agora protectorado nosso, sem que ninguém tenha discutido se isso é ou não constitucional, quando, nos termos do disposto na nossa Constituição, nada, de fora ou de dentro, pode, legitimamente, ser vigente em Portugal se não for constitucional, e a resolução dos bancos, como foi feita, não o é certamente no nosso Estado de Direito, que, por enquanto, na União Europeia ainda não existe, já que tem vivido, e cada vez mais, à sombra de um voluntarismo político governamental dos Estados-membros, a meu ver, inaceitável, democrática e juridicamente. E os próprios tribunais, que sendo o órgão de soberania encarregado de aplicar a lei, em nome do povo e, portanto, não vinculados por meras resoluções governamentais, aborregaram na aplicação do que, para mim e muitos como eu, é um crime de lesa língua portuguesa, e, mais grave, um claro atentado ao Estado de Direito. Até acontece que o conselheiro vice-presidente do STJ, Dr. Sebastião Póvoas, defendeu a ilegalidade da aplicação do AO/90, mas ninguém, nem no Conselho Superior da Magistratura nem no STJ, se importou minimamente com isso!

 

Como o actual Governo é dominado por ex-ministros de J. Sócrates, que terão votado a RCM 8/2011, ninguém no Governo tem dado um passo para acabar com esta violência inconstitucional de forçar a aplicação do socratês nas escolas, nos serviços públicos e na Internet, isto é, interna e internacionalmente, antes o contrário (veja-se a acção do ministro dos Negócios Estrangeiros no seio da CPLP, aliás, com pouco sucesso).

 

E, na oposição, salvo o PCP, continua tudo em hibernação.

 

Senhor ministro, quando acabar o seu estudo independente, ficando informado, verá que não perdeu o seu tempo, acabando certamente por concluir que a ortografia do português não é uma opção de cada um, ad libidum, mas sim uma exigência legal, resultante da vigência da ortografia adoptada pela Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, pela simples mas boa razão de que ainda não foi revogada, só o podendo ser por lei ou decreto-lei, que não existem.

 

Que o Diário de Notícias tenha tomado como missão travestir o português em socratês, impingindo-o, diariamente, aos seus leitores, sem explicar porquê, e que os ex-ministros de Sócrates, que terão votado a RCM 8/2011 e, agora, estão no actual Governo, não removam uma palha para repor a legalidade, embora tal não seja correcto, ainda se entende, mas que, num país cheio de Faculdades de Direito, e vivendo sob um Estado de Direito, o ministro da Cultura e os próprios tribunais actuem como estão actuando, isso já não é aceitável nem compreensível.

 

Obviamente, todo este arrazoado não tem absolutamente nada que ver com a ilustre pessoa do Dr. Castro Mendes, mas, exclusivamente, com as declarações públicas do ministro Castro Mendes.

 

Por isso, bom estudo, e até breve, senhor ministro.»

 

Fonte:

https://www.publico.pt/2018/04/08/culturaipsilon/opiniao/o-ministro-da-cultura-e-o-ao90-1809107

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:58

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Terça-feira, 6 de Março de 2018

A grafia portuguesa que vigora em Portugal vs. a que o governo português nos quer impingir (Parte IV)

 

Para que não nos tomem por lorpas, continuamos a demonstrar que a grafia alvitrada pelo AO90 é a grafia brasileira.

 

Em Portugal, a grafia oficial que está em vigor é a portuguesa, a da Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, que não foi revogada.

 

Portanto, é ilegal adoptar a ortografia brasileira, que está vigente e é oficial apenas no Brasil, desde 1943.

 

GRAFIA.png

 Ver também:

 

Grafia portuguesa vs. Grafia brasileira

 

A grafia portuguesa vs. a que o governo português nos quer impingir (Parte I)

 

A grafia portuguesa vs. a que o governo português nos quer impingir (Parte II)

 

A grafia portuguesa vs. a que o governo português nos quer impingir(Parte III )

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:23

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