Hoje recebi, via e-mail, esta “belíssima” mensagem escrita neste português “primoroso”. A origem da mensagem… adivinhem…
«Oração do Surfista
Obrigado meu Deus pelo este enorme parque de diversões! Protege-nos e faz-nos amar mais este Teu Mar.
AMEN».
Contudo, a mensagem em Inglês, além de linda, está tão bem escrita que até dá inveja…
Os acordistas não sabem como uma criança inglesa, de sete anos, pode saber que a palavra “cannot” se escreve com dois énes…
Mas a criança inglesa de sete anos sabe… E a criança portuguesa também.
Só os acordistas não sabem...
É urgente desenvolver uma Cultura Crítica. Se ela já existisse em Portugal, o AO90 não teria sido implantado assim tão servilmente...
Mas os que não a têm… ainda vão a tempo…
Por favor, reflictam nisto...
«É urgente desenvolver uma cultura crítica desde a infância»
Texto de Maria João Gaspar Oliveira
«Não ensinar uma criança a questionar o que lê, é levá-la a um nivelamento por baixo, relativamente ao conhecimento, bloqueando, assim, a sua percepção crítica da realidade. E fica à mercê de influências castradoras, que a impedem de pensar por si própria, e de descobrir a força transformadora do questionamento e da investigação (uma força que não pode, que não deve ser travada).
Por isso, Matthew Lipman, um educador norte-americano com formação filosófica, criou um Programa de Filosofia com crianças, que alcançou um enorme sucesso em mais de trinta países, e que as leva, precisamente, a questionar o que lêem, com entusiasmo, e a pensar também a partir das suas próprias experiências quotidianas.
Conheci este método em Lisboa, onde assisti a aulas de filosofia com crianças, a partir dos cinco anos. E fiquei maravilhada perante as questões que elas levantavam, manifestando já uma surpreendente capacidade (que falta a muitos adultos...) de questionação e de problematização de tudo o que as rodeava!
Além disso, é preciso que a criança aprenda a questionar "o que está ouvindo e o que está vendo na TV", como disse o amigo Gonçalo Sousa, no seu mural, até porque a televisão, rendida ao poder das audiências e à lógica do lucro, tem esquecido a sua função cultural e educativa.
É este o caminho. Se a maioria dos portugueses tivesse tido acesso ao desenvolvimento do gosto pela leitura, e à autonomia do pensar, dos cinco ou seis anos, até ao termo da escolaridade obrigatória, jamais cairia na teia das ideias imutáveis e das mentiras manipuladoras, saberia avaliar o "desempenho" e o carácter dos políticos, saberia encontrar soluções para o estado a que chegámos... E, o dia 4 de Outubro, seria uma espécie de vela na escuridão em que nos encontramos. Não iríamos querer "mais do mesmo". A mudança seria possível, finalmente!»
. E ASSIM SE MALTRATA A LÍN...
. Uma lição em Bom Portuguê...