Hoje, nós, OS Portugueses, distanciamo-nos dos políticos, e celebramos também o Dia de Portugal, o NOSSO Portugal, não, o dos estrangeiros, e também o Dia das Comunidades Portuguesas, espalhadas pelos quatro cantos do mundo, que os políticos portugueses tanto desprezam, porque, NÃO honrando Portugal, como não honram, como podem honrar os Portugueses, que, na diáspora, vêem a sua Cultura, a sua História e a sua Língua tão DESPREZADAS pelos governantes, que, hipocritamente, descaradamente, andam por aí a mentir-lhes, vendendo-lhes gato por lebre, com a ilusão dos milhões?
A primeira referência conhecida do simbolismo festivo do dia 10 de Junho, dia da morte do Poeta, data do ano de 1880, num decreto real de Dom Luís I, que o proclamou como "Dia de Festa Nacional e de Grande Gala" para comemorar os 300 anos da morte de Luiz Vaz de Camões, em 10 de Junho de 1580.
Porquê “Língua de Camões”? Porque, na verdade, Camões foi considerado um revolucionário em relação à Língua Portuguesa culta da sua geração, trazendo à Língua inovações linguísticas, evidenciadas no Poema Épico «Os Lusíadas».
A este propósito, diz a investigadora Maria Helena Paiva:
«Os Lusíadas constituem um testemunho de primeira importância sobre uma mudança (linguística) em curso na época. Camões não se revela apenas como um homem do seu tempo cuja linguagem reflecte a variedade padrão, sobre a qual o corpus metalinguístico quinhentista fornece uma informação específica ao nível da consciência, da práxis escritural e da dimensão normativa. O aumento da amplitude da variação que o texto acusa não é só inerente à diversificação dos conteúdos, à pluralidade de vozes e à policromia de cambiantes. Camões identifica a tendência que prevalecerá no futuro, e extrai, daquilo que intui na língua, consequências detectáveis no plano da criação estética».
Hoje, celebramos também a Língua de Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Antero de Quental, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eugénio de Andrade, Padre António Vieira, Ferreira de Castro, Florbela Espanca, Natália Correia, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, António Lobo Antunes, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Vitorino Nemésio, Raul Brandão, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Luís Rosa, Fernando Campos, Fernando Namora, Júlio Dinis, Mário de Sá-Carneiro, Luísa Costa Gomes, Gil Vicente, José Saramago, Vergílio Ferreira, Marquesa de Alorna, Teolinda Gersão, Deana Barroqueiro, Dom Dinis, Maria Velho da Costa, Hélia Correia, Ilse Losa, Sophia de Mello Breyner Andresen, Cesário Verde, Fernando Dacosta, José Régio, Mário de Andrade, Maria Isabel Barreno, Amadeo de Souza-Cardoso, Santa Rita Pintor, Almada Negreiros, Afonso Lopes Vieira, Maria Gabriela Llansol, Alexandre O’Neill, Maria Judite de Carvalho, Bernardim Ribeiro, Camilo Pessanha, Maria Teresa Horta, Fernão Lopes, Herberto Helder, Garcia de Resende, José Cardoso Pires, Sá de Miranda, Teixeira de Pascoaes, Mariana Alcoforado e tantos, tantos outros, que não me vêm agora à memória.
Todos estes escritores, prosadores e poetas portugueses fizeram da Língua Portuguesa um Monumento à Arte de Bem Escrever a Língua que Dom Dinis, ele próprio um excelente Trovador, nos deixou, e constitui o nosso Património Cultural Linguístico, que os governantes acordistas, de má-fé e ignorantemente, estão a tentar destruir.
É bem verdade que a Língua Portuguesa gerou Variantes/ Dialectos/Crioulos, como lhes queiram chamar, que hoje são usados nas ex-colónias portuguesas de África e América do Sul, e noutros territórios dos confins da Ásia.
Nessas Variantes/Dialectos/Crioulos foram escritas obras primorosíssimas, porém, o que hoje celebramos é a GENETRIZ de todas essas Variantes/Dialectos/Crioulos, para que se saiba que a Língua Portuguesa não pode se triturada, à mercê de gostos duvidosos e com base nos milhões, e continuar a ser chamada Portuguesa. Será portuguesa apenas por conveniências políticas, altamente lesivas dos interesses de Portugal.
Para celebrar a “Língua de Camões” escolhi este belíssimo poema musicado por Zeca Afonso (a política, aqui, fica de fora, se fazem favor), porque a nossa Cultura é feita de uns e de outros.
E VIVA a Língua Portuguesa!
Isabel A. Ferreira
Quadro pintado referente a Camões a’prisionado em Goa. Trata-se de uma pintura a guache, de 1556, considerada como retratando co veracidade o maior poeta lusíada.
Endechas a Bárbara Escrava
Endechas a uma cativa, chamada Bárbara, por quem Luiz de Camões andava de amores, na Índia
Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.
Ũa graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.
Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E, pois nela vivo,
É força que viva.
Luiz de Camões
Por um 2022 livre do AO90
Ao cuidado dos candidatos às Eleições Legislativas:
Melhor seria para todos que, durante a campanha eleitoral, o AO90 estivesse TAMBÉM em foco. Os nossos votos TAMBÉM dependerão das posições dos candidatos sobre esta matéria-tabu. O silêncio será penalizado.
Portugal precisa livrar-se urgentemente deste vergonhoso motivo de chacota em alguns países da lusofonia, e do resto do mundo.
Um País que troca a sua Língua por um dialeCto não é um País, é um território ocupado, e abstenho-me de dizer por quem.
Isabel A. Ferreira
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ANO NOVO, BATALHAS NOVAS!
É com imenso prazer que anuncio […] o ARRANQUE oficial da iniciativa Acordo ZERO, em fase de maturação há já alguns meses. De hoje em diante, as informações oficiais da mesma poderão ser consultadas na página oficial em
https://www.facebook.com/ACORDOZERO
e, mais importante do que tudo, PARTILHADAS por todos os vossos contactos!
Vamos tornar o ACORDO ZERO absolutamente viral!
Obrigado a todos!!
Paulo Teixeira
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O QUE É A INICIATIVA "ACORDO ZERO"?
Por Paulo Teixeira (ideólogo desta iniciativa)
O ACORDO ZERO é uma distinção de mérito independente atribuída a empresas/entidades que, em defesa da Língua Portuguesa, rejeitam a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.
ACORDO ZERO: 0% Emissões AO90, 100% Oxigénio ortográfico!
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O QUE É A INICIATIVA "ACORDO ZERO"?
É uma distinção de mérito independente, livre de facções políticas ou comerciais, atribuída a entidades e/ou pessoas que, em defesa da Língua Portuguesa, rejeitem incondicionalmente a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 a ela tão prejudicial.
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O QUE DEFENDE A INICIATIVA "ACORDO ZERO"?
1) a preservação da diversidade da Língua Portuguesa em cada um dos países que a fala e escreve;
2) o respeito pela etimologia e coerência morfológica das palavras;
3) a evolução natural da escrita e da fala, sem tendenciosas imposições;
4) uma ortografia e fonética livres de palavras sem qualquer identidade (inventadas) e de erráticas pronunciações;
5) a restituição da Língua Portuguesa aos portugueses pela rejeição do AO90 e afirmação do AO45!
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O QUE REPRESENTA SER DISTINGUIDO COM O MÉRITO "ACORDO ZERO"?
1) HONRA e PRESTÍGIO pela coragem de defender a Língua Portuguesa através da firme rejeição do AO90;
2) RESPEITO e ORGULHO por um património de inestimável valor que não deve ceder a vontades ou imposições políticas, comerciais ou de quaisquer outras origens a ela prejudicial;
3) CONSCIÊNCIA pelo reconhecimento do valor da diversidade e natural evolução da Língua;
4) RESPONSABILIDADE pelo futuro da Língua e o seu impacto nas actuais/futuras gerações.
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"ACORDO ZERO", UMA INICIATIVA FUNDADA E IMPULSIONADA...
Pelo grupo "Portugal em Movimento Contra o AO90", uma nova frente de ataque ao AO90 no Facebook com o objectivo de pôr fim ao desastre ortográfico artificialmente imposto a Portugal e ao Conjunto de Países de Língua Portuguesa (CPLP) em prol da absurda e falaciosa união da Língua.
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QUEM APOIA A INICIATIVA "ACORDO ZERO"?
Além de a grande maioria dos portugueses que se sabe estar manifestamente contra o AO90, a iniciativa "Acordo Zero" conta com o apoio crescente de conhecidíssimos nomes da nossa sociedade, cada um deles conscientemente unido por uma Língua verdadeiramente diversificada, natural, oxigenada e livre de condicionantes impostas à força. Não podia haver nada que fizesse mais sentido!
Enumerada, por ordem alfabética e em permanente crescimento, segue-se a actual lista de apoiantes oficiais desta iniciativa:
| 1 | Afonso Reis Cabral, escritor
| 2 | Alexandre Cortez, fundador Rádio Macau / músico / programador e produtor cultural | 3 | André Gago, actor
| 4 | António Bagão Félix, economista / político
| 5 | António Chagas Dias, tradutor
| 6 | António Eça de Queiroz, jornalista
| 7 | António Fernando Nabais, professor e membro do blogue Aventar | 8 | António Garcia Pereira, advogado / político
| 9 | António Jacinto Pascoal, escritor / professor
| 10 | António-Pedro Vasconcelos, cineasta
| 11 | Bárbara Reis, jornalista / redactora-principal jornal Público
| 12 | Carlos Fiolhais, físico / professor universitário
| 13 | Deana Barroqueiro, escritora
| 14 | Fernando Alvim, humorista / locutor / apresentador
| 15 | Fernando Dacosta, jornalista / escritor
| 16 | Fernando Paulo Baptista, filólogo / investigador
| 17 | Fernando Tordo, cantor / compositor
| 18 | Fernando Venâncio, linguista / escritor / crítico literário
| 19 | Francisco Miguel Valada, intérprete de conferência / linguista
| 20 | Helder Guégués, revisor / estudioso da Língua
| 21 | João Esperança Barroca, professor
| 22 | João Reis, actor / encenador
| 23 | João Roque Dias, tradutor
| 24 | José Alberto Reis, cantor
| 25 | José Pacheco Pereira, historiador
| 26 | Juva Batella, escritor / professor de literatura
| 27 | Manuel Alegre, poeta / político / romancista
| 28 | Manuel Matos Monteiro, autor / jornalista / formador / revisor
| 29 | Maria do Carmo Vieira, professora
| 30 | Maria Filomena Molder, professora catedrática / filósofa
| 31 | Mário Guerra Cabral, livreiro em: livraria Poesia Incompleta
| 32 | Mico da Câmara Pereira, cantor
| 33 | Miguel Ângelo, cantor / compositor
| 34 | Miguel Esteves Cardoso, crítico / jornalista / escritor
| 35 | Nilton, humorista
| 36 | Nuno Miguel Guedes, jornalista / programador cultural
| 37 | Nuno Pacheco, jornalista / redactor-principal jornal Público
| 38 | Paulo de Carvalho, cantor / compositor
| 39 | Ricardo Batalheiro, revisor
| 40 | Santana Castilho, professor ensino superior
| 41 | Silvina Pereira, actriz / encenadora / investigadora
| 42 | Teolinda Gersão, escritora
Consultar informação oficial neste link:
https://drive.google.com/file/d/1kna1o8HEdTqZlfFB_ZZAKDdBJafJ1PDQ/view?usp=sharing
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PARCEIROS DESTA INICIATIVA
Esta secção encontra-se em fase de maturação. Contudo, conhecendo, concordando e respeitando os objectivos da iniciativa "Acordo Zero", qualquer grupo / projecto que se oponha afincadamente ao AO90 pode integrar a lista de parceiros oficiais, devendo apenas validar o seu interesse enviando um e-mail para: acordozero@gmail.com
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ATRIBUIÇÃO DA DISTINÇÃO "ACORDO ZERO"
O grupo fundador e propulsor desta iniciativa, em data ainda por anunciar, iniciará a identificação de todas as empresas/entidades isentas da aplicação do AO90, sendo cada uma delas, progressivamente, contactada para se oficializar o processo de atribuição da distinção de mérito "Acordo Zero".
Qualquer empresa/entidade ainda não contactada para a obtenção da distinção de mérito "Acordo Zero", deverá enviar um e-mail para o endereço: acordozero@gmail.com
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Mas os políticos portugueses, servilmente, andam de rastos atrás do gigante Brasil, e, ignorantemente, estão a contibuir a destruição da nossa Língua Portuguesa.
O que merecem estes políticos? Que façamos uso da arma do voto.
No Colóquio da Lusofonia, em Belmonte, o Professor Catedrático Adriano Moreira, a poetisa e ensaísta Maria João Cantinho e a escritora Deana Barroqueiro arrasaram o famigerado Acordo Ortográfico, defendendo a nossa Língua-Mãe.
Vejam este vídeo e ouçam as palavras do Professor Adriano Moreira: «...não vale a pena querer violentar a Língua... É preciso defender a essência da Língua...»
Realizou-se em Belmonte a 29ª edição de Os Colóquios da Lusofonia com a participação de nomes sonantes da Cultura de Língua Portuguesa, numa organização da AICL – Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia, em colaboração com a Câmara de Belmonte e com a Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte (EMPDS). A pianista açoriana, Ana Paula Andrade, foi a homenageada neste Colóquio.
O programa integrou várias sessões científicas, debates e conferências e contou com cerca de 50 convidados.
O professor Adriano Moreira foi um dos nomes em destaque para uma palestra sobre “A Lusofonia e o mundo de ruPturas” (estranhamente, nesta notícia, o termo ruPtura aparece mutilado, e sabemos que o Professor jamais faria uma palestra sobre um mundo de “ruturas", até porque ninguém sabe o que isso é).
É urgente romper o AO90 e pôr Portugal novamente nos carris da sua culta, bela, prestigiada, amada e europeia Língua.
Isabel A. Ferreira
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