Assim se exprimiu Pedro Mexia, escritor, crítico, dramaturgo, cronista e poeta, no passado dia 22 de Janeiro, na Livraria Arquivo, em Leiria, num encontro com o público.
E disse mais:
"Seria muito bizarro alguém dizer que não consegue ler Dante porque é ateu, ou que não lê Lorca porque é heterossexual"
Pedro Mexia
Texto de Jacinto Silva Duro
"A arte existe, porque a vida não basta." A frase de Ferreira Gullar é excelente "para dissipar aquilo que parece ser uma oposição arte-vida", fez notar ao público, que se deslocou ali, na quarta-feira, ao fim do dia para mais um encontro O que Pode a Arte?.
Mexia acredita que, quem diz que lhes basta o mundo, sem arte, sem letras, sem música, tem "uma espécie de distúrbio mental".
Para justificar a afirmação, o autor exemplificou: "as pessoas lêem, ou dizem que lêem romances, para viverem centenas ou milhares de livros", apontando a necessidade de nos pormos na pele de uma outra pessoa, para entendermos o que elas sentem, as viagens, os sentimentos, as realidades alternativas ou mesmo as ideias que defendem.
O contributo da literatura na evolução da sociedade e da dignidade humana, e nos Direitos Humanos, é, para Pedro Mexia, inegável. "Um escravo do Louisiana, nos Estados Unidos do século XIX, não é igual a nós" e nós entramos em contacto com as suas experiências, através dos livros.
Apontando a mira a conceitos quotidianos, referiu que a moderna noção de amor entrou na nossa sociedade devido ao que os autores da Idade Média ou de correntes estéticas como o Surrealismo, escreveram sobre o tema. "Há pessoas que estão apaixonadas, porque leram em livros, quais são os sintomas de se estar apaixonado."
"Numa livraria, como esta", continuou, apontando para as paredes forradas com estantes carregadas de volumes "há muitos livros de sintomas, escritos por Camões ou Keats!"
Na música, afirmou, isso nota-se mais. "Porque as pessoas sentem o que sentem pelo outro, através das letras das canções", afirmou, ressalvando que há pessoas que dizem que não têm necessidade desses 'suplementos' que se adquirem através da leitura."
Amante confesso da sétima arte, entremeou a tertúlia com referências cinematográficas. Aliás, aproveitou o filme Magnólia, de Paul Thomas Anderson, onde - aproveitou para fazer um spoiler - acontece uma chuva de sapos, numa referência religiosa.
"Comentei com a pessoa com quem tinha ido ver o filme que era uma alusão bíblica. Ela não sabia do que eu estava a falar. Não faz sentido dizer que não se conhece a Bíblia ou o Corão, ou o Manifesto Comunista, porque se é ateu ou comunista. Não faz sentido ignorar estas referências culturais."
"Seria muito bizarro alguém dizer que não consegue ler Dante porque se é ateu, ou que não se lê García-Llorca porque se é heterossexual. Parece disparatado, mas são algumas das conversas que hoje se escutam", continuou.
Voltando ao mundo do cinema, referiu que, muitas vezes é lamentável que "o belo" esteja ao serviço do poder e de causas menos nobres. Lançando mão a nomes de realizadores como Griffith, Eisenstein e Riefenstahl, afirmou que, embora retratem nos seus filmes apologias do nazismo, do Ku Kux Klan ou de uma visão comunista enviesada, ninguém, "no seu juízo, poderá dizer que não há arte e beleza no seu trabalho".
Porém, sublinhou, é preciso analisar estes temas à luz do contexto histórico.»
Perfil
Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público, sendo actualmente colaborador do semanário Expresso. É um dos membros do Governo Sombra (TSF / SIC).
Foi subdirector e director interino da Cinemateca Portuguesa. Publicou seis livros de poesia, antologiados em Menos por Menos (2011), a que se seguiu Uma Vez Que Tudo se Perdeu (2015) e a selecção pessoal de Poemas Escolhidos (2018).
Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as colectâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015) e Lá Fora (2018, Grande Prémio de Crónica APE).
No Brasil, saíram Queria mais é que chovesse (crónicas, 2015) e Contratempo (poesia, 2016).
Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli.
Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams e Martin Crimp. Coordena a coleção de poesia da Tinta-da-china. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.
Fonte – Jornal de Leiria
Transcrevo este comunicado, redigido em Angola, num Português correCtíssimo.
O que é que estava errado neste modo de escrever escorreitamente a Língua Portuguesa, para que Portugal e Brasil estragassem tudo, e os governantes portugueses, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, que se remeteu a um vergonhoso silêncio, acerca disto, impussessem aos países ditos lusófonos, uma linguagem mutilada, que deixou de ser portuguesa?
A Língua de Angola, que ainda é a Portuguesa, enriquecida pelos preciosos regionalismos africanos, essa sim, é uma Língua de ESTADO, ao nível das mais cultas línguas mundiais.
Quando ou SE este Comunicado Conjunto for publicado em Portugal, será grafado neste correCtíssimo Português, ou no mixordês em que se transformou o Português, em Portugal, berço da Língua Portuguesa?
Aguardemos…
Como faz bem à alma portuguesa ler um texto assim, em Português escorreito.
Isabel A. Ferreira
Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa teve igualmente a oportunidade de dar duas aulas, uma na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e a outra na Faculdade de Direito da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, na Província da Huila.
Por sua vez, o Fórum Empresarial Angola-Portugal, que decorreu na província de Benguela, por ocasião da presente visita de Estado, foi marcado por uma forte participação de empresários de ambos os países, testemunho do continuado elevado interesse mútuo no reforço das relações económicas e comerciais entre Angola e Portugal.
- Protocolo de Cooperação entre o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado da República de Angola e o Ministério da Administração Interna da República Portuguesa no domínio da Administração Local;
- Protocolo de Cooperação entre o Ministério do Interior da República de Angola e o Ministério da Administração Interna da República Portuguesa em matéria de Segurança e Ordem Interna;
- Declaração de Intenções entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da República de Angola relativa à Convenção sobre Segurança Social entre a República Portuguesa e a República de Angola, assinada em Luanda, em 27 de Outubro de 2003;
- Memorando de Entendimento entre o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher da República de Angola e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social da República Portuguesa em matéria de Cooperação;
- Memorando de Entendimento entre o Ministério da Educação da República de Angola e o Ministério da Educação da República Portuguesa no domínio da Educação;
- Memorando de Entendimento entre o Governo da República de Angola e o Governo da República Portuguesa no domínio da Actividade Marítima e Portuária;
- Memorando de Entendimento entre o Governo da República de Angola e o Governo da República Portuguesa nos domínios da Simplificação, Modernização Administrativa e Reforma do Estado;
- Acordo sobre as Actividades Remuneradas de Membros da Família do Pessoal Diplomático e Consular entre a República Portuguesa e República de Angola;
- Memorando de Entendimento entre o Ministério das Relações Exteriores da República de Angola e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa sobre Formação e Capacitação de Funcionários Técnicos e Diplomáticos;
- Protocolo de Colaboração entre o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. da República Portuguesa e o INAPEM – Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas da República de Angola;
- Protocolo de Colaboração Institucional entre o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) do Ministério das Finanças da República de Angola e a PARPÚBLICA, Participações Públicas, SGPS, S.A., do Ministério das Finanças da República Portuguesa.
Feito em Luanda, aos 9 de Março de 2019.
Fonte do documento:
https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=a23b8f1a-8c0e-4b25-b4f2-0ac30315aad8
Atentem nesta imagem: nada do que se vê nesta árvore genealógica das Línguas Cultas do Mundo, nos conduz à América do Sul.
Vejam o mapa em alta definição neste link:
Impor-nos uma madrasta mutilada, quando temos a Mãe ainda viva e íntegra é uma violação dos direitos humanos dos Portugueses.
O actual governo português liderado pelo Partido Socialista, acolitado pelo BE, pelo PSD, e pelo CDS/PP, e aliado a um presidente da República que sobrevaloriza as exibições públicas, que apenas servem o seu próprio ego e não o País, estão a violar a Constituição da República Portuguesa, no que diz respeito à defesa da nossa Identidade, do nosso Património Linguístico, e dos superiores interesses de Portugal.
Porventura, os constitucionalistas não estarão a ser cúmplices desta violação, porquanto não os vemos a tomar medidas, no sentido de processar o Estado Português por esta transgressão grave à soberania portuguesa? Eu assinarei a queixa, mas não percebo nada de termos jurídicos.
Porque, meus amigos (não há necessidade de dizer e amigas, segundo a moda idiota que por aí corre), não tenhamos a mínima dúvida de que, ao implantar-se em Portugal o acordo ortográfico de 1990, que descaradamente favorece a Variante Brasileira do Português, em detrimento da Língua Portuguesa, Portugal perderá o símbolo maior que o distingue dos demais países do mundo.
E se eu estiver errada, corrijam-me, por favor.
Não é o cozido à portuguesa, ou as tripas à moda do Porto, ou a chanfana que nos diferencia dos restantes países. Não é.
Porém, quando vamos a um qualquer país estrangeiro e dizemos que somos portugueses, ninguém nos diz que não sabe falar Francês, ou outra qualquer língua. O que nos dizem? Dizem que não sabem falar Português. É ou não é? A não ser que seja alguém muito inculto.
Para quem estiver interessado em informar-se melhor sobre a genealogia das Línguas da família indo-europeia, consultem este link:
https://positivr.fr/arbre-genealogique-langues-monde-minna-sundberg/
Isabel A. Ferreira
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