Um texto publicado no Jornal Diário de Notícias.
António Araújo é um historiador que escreve de acordo com a Ortografia de 1945, aquela que, de facto, está em vigor, em Portugal.
Sobre o AO90 diz António Araújo, no último parágrafo do seu texto:
«A terminar, e já que falámos de literatura e política, talvez fosse bom repensar de vez o calamitoso Acordo Ortográfico de 1990. Sobretudo, termos presente que, num balanço global, o AO90 não contribuiu em nada, absolutamente em nada, para melhorar as relações culturais entre Portugal e Brasil, as quais, por razões de vária ordem, foram muito mais pujantes em tempos idos - nos anos 1940, 1950, 1960 - do que no presente democrático. Entre outros exemplos, o que se passa no domínio do livro é inconcebível, com os editores portugueses a terem de enfrentar mil e um proteccionismos para, em raros casos, conseguirem colocar os seus livros nas terras de Vera Cruz. De lá para cá sucede o mesmo e, pasme-se, chega a ser mais fácil importar uma obra inglesa ou americana através da Amazon do que mandar vir um livro de uma editora do Rio ou de São Paulo. De que nos serve um acordo ortográfico se depois não podemos comunicar? Faz isto sentido? Que palermice pegada.»
***
De facto, de que nos serve um acordo ortográfico, que apenas os muito ignorantes servilistas portugueses aplicam? É de facto, uma palermice pegada!
O texto de António Araújo, que recomendo vivamente, pode ser consultado neste link:
Isabel A. Ferreira