E a primeira pergunta que se impõe é a seguinte:
Por que motivo os decisores políticos portugueses decidiram NÃO assinalar os 500 do Nascimento de Luís Vaz de Camões, aquele que HONROU a Língua Portuguesa de tal forma que ficou imortalizada como “Língua de Camões”?
Não que tenha conhecimento dos desígnios ocultos dos que mandam e desmandam no nosso País, que, como sabemos, está entregue às urtigas, para que decidissem NÃO assinalar os 500 anos do Nascimento de Camões, SE até Rosângela da Silva, conhecida como Janja, mulher de Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, mereceu ser agraciada, pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, destinada a distinguir serviços relevantes a Portugal ou na expansão da Cultura Portuguesa!!!! (Gostaríamos de saber que serviços a primeira-dama brasileira prestou a Portugal ou à expansão da Cultura Portuguesa.)
Nos tempos que correm, os estudiosos da obra e vida de Camões, já podem fixar com relativa certeza o ano de 1524, como o ano do Nascimento de Luís Vaz de Camões, em 23 de Janeiro, supõe-se que em Lisboa. O ano da sua morte sabemos que foi em 10 de Junho de 1580, dia que se fez feriado, em homenagem ao Poeta e à Língua Portuguesa, que ele soube usar com grandiosa mestria, tornando-se imortal no Poema Épico «Os Lusíadas», onde cantou os feitos dos Portugueses (e que não foram coisa pouca), obra comparável à Eneida de Vergílio, e à Ilíada e Odisseia de Homero. Mas a sua obra é feita também de belíssimos sonetos, poemas líricos, entre outras.
Qualquer pessoa que esteja a par do que se passa ao redor da “Questão da Língua”, em Portugal, que políticos acordistas, governantes acordistas, presidentes da República acordistas, ministros acordistas, deputados da Nação acordistas, comunicação social servilista-acordista e seguidistas acríticos dos acordistas, sem noção alguma do que é o AO90, querem esconder, fazendo disto um tabu maior do que a pedofilia no tempo de Salazar.
A “Questão da Língua” é tão grave, tão grave que os nela envolvidos da parte portuguesa, ficarão para a História como os cobardes traidores da Nação Portuguesa. Os da parte brasileira serão recordados como os usurpadores da Língua herdada do colonizador, por motivos que nada têm a ver com HONRA.
O que está por detrás desta questão, NÃO é tabu para os Portugueses Pensantes, nem para os poucos (o problema é sermos poucos) que se têm empenhado em denunciar a tramóia que sustenta o acordo ortográfico de 1990, em que estão envolvidos o Brasil (o que manda) e Portugal (o que obedece). Isto até já é público, mas os acima referidos acordistas e uma grande fatia da sociedade portuguesa impensante (aquela que não pensa) fazem-se de cegos, surdos e mudos, e nem são de cá, e assobiam para o lado, e aceitam, com uma indiferença assustadora (não esquecer que a indiferença é uma forma de ignorância) que Portugal, actualmente, NÃO tenha uma Língua própria, porque políticos ignorantes a venderam ao Brasil despudoradamente. E, cinicamente, desprezando e pisando a ALMA dos Portugueses, o Brasil comprou-a NÃO porque AME a Língua Portuguesa, mas porque a ODEIA ao ponto de a ter destruído ao deslusitanizá-la: americanizando-a, italianizando-a, castelhanizando-a e afrancesando-a.
Posto isto, não será legítimo pensar que os decisores políticos decidiram NÃO assinalar os 500 anos daquele que deu nome à Língua Portuguesa, a «Língua de Camões», por essa Língua ter sido destruída? Para quê estar a recordar o Poeta maior de uma Língua que foi deformada, menosprezada, mutilada, e que para esses decisores não vale nem um tostão furado?
Então, qual a melhor forma de assinalar os 500 anos de Nascimento de Luís Vaz de Camões, hoje?
É defendendo a «Língua de Camões», com todas as garras de fora.
É APELAR aos governantes portugueses, nomeadamente ao actual presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, acérrimo defensor do AO90, passando por cima da Constituição da República Portuguesa, e ao ex-presidente da República de Portugal, professor Aníbal Cavaco Silva, um dos grandes promotores da aplicação do DESAO90, em Portugal, que, se querem redimir-se do erro que um está a cometer, e o outro cometeu no passado, contribuam para a anulação do acordo que não foi, e HONREM Portugal, HONREM Luís Vaz de Camões e HONREM a Língua Portuguesa, a Língua dos Portugueses.
Os Portugueses não são brasileiros. Não queremos trocar a NOSSA Língua pela Variante Brasileira do Português, nem na sua forma grafada, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, que só Portugal, muito subservientemente aplica, nem na sua forma oral, como António Costa, aludiu falando em nome dos Portugueses (um belo momento para estar calado).
Contudo, ainda vão a tempo de assinalar, institucionalmente, os 500 anos do Nascimento de Luís Vaz de Camões: o ano de 2024 ainda vai no início. Têm 11 meses para livrar Portugal de um acordo fraudulento, um insulto à inteligência dos Portugueses Pensantes.
A Língua Portuguesa, a Língua de Camões, a Língua de Portugal, a Língua que nos deu Dom Diniz, NÃO é a Língua de Fernando Henrique Cardoso, nem de Mário Soares, nem de Inácio Lula da Silva, nem de Aníbal Cavaco Silva, nem de José Sócrates, nem de Pedro Santana Lopes, nem de Augusto Santos Silva, nem de António Costa, e muito menos a de Marcelo Rebelo de Sousa, que pugna pela Língua dos seus netos: a Variante Brasileira do Português, a Língua Brasileira, ainda a ser.
A Língua Portuguesa é do Povo Português, que a espalhou pelo mundo.
VIVA a NOSSA Língua Portuguesa imortalizada pelo NOSSO Luís Vaz de Camões!
Isabel A. Ferreira
O retrato de Camões por Fernão Gomes ou Hernán Gómez Román (pintor português de origem espanhola) em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi pintado ainda em vida do Poeta.
Selo português comemorativo dos 400 anos do Nascimento de Luís de Camões, em 1924, onde se mostra o poeta a salvar o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio; era então presidente da 1ª República Manuel Teixeira Gomes, apelidado de presidente-escritor.
Túmulo de Luís Vaz de camões, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Isto é, se concordarem. Obviamente.
Querem destruir a NOSSA Língua. A Língua de Camões, o Poeta maior de Portugal, autor do Poema épico «Os Lusíadas”, que o catapultou para o rol dos maiores poetas épicos do mundo: Homero (Ilíada e Odisseia); Virgílio (Eneida); Dante Alighieri (A Divina Comédia); Ovídio (Metamorfoses); John Milton (Paraíso Perdido); Chaucer (Os Contos de Canterbury), entre outros.
Querem destronar a celebração do Dia da Língua Portuguesa, no dia 10 de Junho, dia da morte do Poeta, e inventaram o dia 05 de Maio para celebrar, NÃO a Língua Portuguesa, como pretendem os acordistas, mas o linguajar gerado pelo acordo ortográfico de 1990, que veio desvirtuar a Língua Portuguesa, desviando-a da Língua de Camões, da NOSSA Língua.
Mas os Portugueses, aqueles que se prezam de o ser, e DESPREZAM, com legitimidade, o cacográfico AO90, não devem ceder aos políticos ignorantes que jogaram sujo, para sujarem a nossa Língua.
O que proponho que façam TODOS os que se dizem contra o AO90, e que no Facebook são aos milhares, é que no dia 10 de Junho, ponham no vosso "banner" de perfil do Facebook, nos Blogues, ou noutra parte qualquer, a imagem que sugiro [esta, da autoria do Paulo Teixeira] ou outra idealizada por cada um de vós, onde fique bem claro que no Dia 10 de Junho se celebra o Dia da Língua Portuguesa – a Língua de Camões.
E para enfatizar esta iniciativa, escolham um poema de Camões e o transcrevam na vossa página ou Blogue.
E por sugestão do Armando Cristóvão Oliveira Ribeiro visitem o túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa- Portugal) e depositem lá, em sua HONRA a mais linda e perfumada FLOR. Vamos mudar os hábitos. Talvez um ramo de flores ao lado da entrada do Mosteiro sempre com uma frase ou POEMA EM SUA HONRA. Isto é algo que quem vive em Lisboa e arredores pode fazer.
Vamos mostrar ao mundo que a Língua Portuguesa é a Língua Portuguesa. Não é a Língua adulterada, vilipendiada, maltratada, a enjeitadinha que fizeram dela, ao deixarem que, em Portugal, se disseminasse a mixórdia ortográfica que o AO90 gerou.
Vamos trabalhar nisto a sério? Isto é, se concordarem. Obviamente.
É uma oportunidade para demonstrarem que realmente estão contra o AO90, e passar das palavras aos actos. E sugiro que partilhem muito. Se quiserem partilhar sem a (minha) fonte não me importo nada.
O que é importante é que, no próximo dia 10 de Junho, estejamos, TODOS, a celebrar a Língua Portuguesa.
(Aceitam-se outras sugestões)
Isabel A. Ferreira
. Passam hoje 500 anos sobr...
. Mobilização dos desacordi...