Sexta-feira, 17 de Março de 2023

Marcelo fala de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo. Só NÃO fala do AO90

 

Não sei se já repararam que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa que mais aparece nas televisões, a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, e se houvesse um Óscar para o protagonista deste “filme” à portuguesa, Marcelo recebê-lo-ia com certeza absoluta.

 

Numa entrevista recente, Marcelo referiu-se ao “costismo” como uma “maioria requentada", "uma maioria cansada". Porém, esqueceu-se de olhar para si mesmo, com olhos de ver. Se olhasse, veria que a sua actuação como presidente da República, peca pelos mesmos defeitos: uma conduta egocêntrica requentada, cansada e que esgota quem o vê, todos os dias, a todas as horas, em todos os telejornais, a meter-se em tudo, EXCEPTO no que JAMAIS lhe trará algum prestígio, ainda que fuja do assunto como o diabo foge da Cruz.

 

O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Não o fazendo, o DESPRESTÍGIO, que tal atitude irracional trará, será inevitável.

 

Marcelo sabe disso, mas ainda assim, espera um milagre (?), e RECUSA-SE a responder às mensagens que, ultimamente, um grupo de cidadãos portugueses (eu incluída), preocupados com a destruição, cada vez mais evidente, da Língua Oficial de Portugal, obviamente, a NOSSA Língua Portuguesa, usando-a como moeda de troca, para a introdução da sua Variante Brasileira, em Portugal, que lá por ser falada e escrita por milhões, NÃO significa que esses milhões tenham de USURPAR a Língua que outros milhões falam e escrevem, por esse mundo fora.

 

Desta destruição, que está a desqualificar o ENSINO em Portugal, os governantes portugueses, inclusive o presidente da República actual, terão de prestar contas aos Portugueses, até porque o acordo ortográfico de 1990, responsável pela mixórdia ortográfica vigente, foi imposto através de uma ilegalidade e de uma inconstitucionalidade, fazendo isto parte de um pacote luso-brasileiro anti-linguístico, mais brasileiro do que luso, uma vez que o tal pacote só interessa ao Brasil.

 

Não sei se já repararam que o PR assenta a sua INDIFERENÇA para com os Portugueses Pensantes, que DEFENDEM o que lhe competia a ele defender - a Língua Portuguesa -  na BAJULICE dos órgãos de comunicação social, que andam sempre a pô-lo num pedestal, se bem que num pedestal de barro. Ele NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que está a seguir o caminho errado, e que já não tem a noção do que faz e do que diz?

 

Vou dar apenas dois exemplos, a propósito da polémica gerada em torno da vinda de Lula da Silva ao Parlamento, discursar no 25 de Abril: Marcelo afirmou que «com o Brasil as relações são sempre doces», descartando que tal polémica tenha afectado as relações diplomáticas entre os dois países. Hoje, com o reacender desta polémica, ouvi-o dizer o seguinte, num dos canais das nossas muito subservientes televisões: «[a presença de Lula da Silva] é uma presença óbvia, tão natural como respirar».

Se eu não tivesse ouvido isto, não teria acreditado.

A presença de Inácio Lula da Silva - o impulsionador-mor do malfadado AO90 -  nas celebrações do “25 de Abril”  «é uma presença óbvia, tão natural como respirar», só porque ele é o Chefe de Estado de um País, com quem Portugal mantém relações amistosas, tão amistosas que como ex-presidente do Brasil, Lula da Silva foi fazer um discurso a Madrid, e nele culpou os colonizadores portugueses pelos atrasos [monumentais] da educação no Brasil, conforme pode ser recordado no link da imagem?

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb

 

Capture.PNG

A presença de amigos da onça, numa cerimónia oficial, será assim tão óbvia e natural como respirar?

 

Em que medida é que o “25 de Abril” foi assim tão importante para os brasileiros, como já li algures na Internet?


Então e a presença dos restantes presidentes das Repúblicas da CPLP, a cujos países o “25 de Abril” trouxe a descolonização? Não serão também óbvias e naturais como respirar?


*

Brasil e Portugal, dois países tão “irmãos” que o primeiro quer subjugar o segundo, através de um engodo, que apenas os cegos mentais não o vêem como tal: o engodo da Variante Brasileira do Português, que milhões de brasileiros falam e escrevem, e que irreversivelmente NÃO é mais a Língua Portuguesa; não é mais a “Última Flor do Lácio”, de que falava Olavo Bilac; não é mais o “o balanço doce das palavras de Vinícius de Morais”. É uma Língua feita de retalhos de outras Línguas, nomeadamente do Português, do “Americano”, do Francês, do Italiano, do Castelhano, e das Línguas Indígenas e Africanas.

 

Marcelo NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que ele está a ir por caminhos onde lhe estão a estender passadeiras vermelhas, para o bajular? O PR vai nu, mas ninguém se atreve a dizer-lhe isto.  Os amigos NÃO existem para bajular. Os amigos existem para serem sinceros com os amigos.

 

O PR NÃO é só para andar por aí a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, EXCEPTO do AO90. O PR também é para RESPONDER às questões que os Portugueses lhe põem, relativamente a esse acordo, criado pelos brasileiros, o qual está a retirar-nos a NOSSA identidade.

 

Um presidente da República tem Obrigações e Deveres tão óbvios e naturais como respirar, para com o País e com o Povo que diz representar, e  aqui sim, o ÓBVIO e o NATURAL como RESPIRAR encaixa-se na perfeição.

 

E é em nome deste ÓBVIO e deste NATURAL como RESPIRAR que solicitamos a Marcelo Rebelo de Sousa que convoque todos os canais televisivos, rádios, jornais, enfim, todos os órgãos de comunicação social portugueses, para que, em direCto, possa explicar RACIONALMENTE aos Portugueses, por que motivo Portugal, que tem uma Língua com mais de 800 anos, uma das mais antigas da Europa, anda a rastejar aos pés do Brasil, com o intuito de, ilegalmente e inconstitucionalmente, fazer dela moeda de troca, para impor uma Variante, composta por um léxico, fruto de um cocktail  de palavras americanizadas, italianizadas, castelhanizadas, afrancesadas, e por acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas.

 

É que isto NÃO é uma atitude normal, num País livre e soberano, como Portugal. Ou Portugal, em nome da brasilidade que nos querem impor, já não será um País livre e soberano?

 

Isabel A. Ferreira

 

****

Comentários na Página do Facebook: 
PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90

 

parvoíce.PNG

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:00

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Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2022

Ouvi hoje no Primeiro Jornal da SIC que em França a Educação é o BEM mais precioso do País. Em Portugal a Educação é o MAL maior que leva os jovens a emigrar

 

Sabemos que o Ensino em Portugal está um caos.

 

A destruição da Língua Portuguesa, com a introdução do AO90, tem contribuído para esse caos.

 

Ao contrário da França, o BEM mais precioso do nosso País é o vil metal e a IGNORÂNCIA dos políticos que mantêm esta situação.

 

O vil metal está acima de tudo. Só interessam salários, orçamento de Estado, dinheiro para aqui, dinheiro para ali…

 

Mas não só do vil metal vivem os cidadãos.

 

Nesta campanha eleitoral, os debates dizem da pobreza política em que Portugal está mergulhado.



Querem saber o que pensam os partidos sobre o AO90? Não pensam NADA. O que lhes interessa a escrita? Falam e escrevem mal. O AO90 só lhes dá jeito, para além do jeito nos bolsos.



Estamos a ser invadidos pela mediocridade linguística e cultural importada do Brasil.



Leiam a notícia publicada no Jornal i,  aqui:

https://ionline.sapo.pt/artigo/758746/a-invasao-do-portugu-s-do-brasil-nao-tem-a-ver-com-estranheza-mas-sim-com-linguas-diferentes?seccao=Portugal_i


Mas mais do que a notícia, os comentários são a parte mais importante: dizem tudo o que há a dizer sobre a vulgaridade que querem impingir-nos.



E o que fazem os partidos políticos que vão a eleições, no próximo dia 30 de Janeiro? Não fazem nada, e mantém o silêncio ensurdecedor sobre esta matéria.



Portugal está a perder os quadros de QUALIDADE. A emigração jovem está aceleradíssima. Estudar em Portugal significa ser pretendente ao analfabetismo funcional.



Que miserável está o nosso País! Que miserável está a política portuguesa! Que miserável está o Ensino em Portugal! Que miserável está a NOSSA Língua Portuguesa!

 

Emigrem Jovens! Que em Portugal NÃO HÁ FUTURO!

 

Isabel A. Ferreira

 

 

Jornal i.PNG

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:57

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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2021

Seria de toda a conveniência que, na campanha eleitoral que se avizinha, os partidos políticos tomassem uma posição sobre o AO90

 

Porquê?

Porque o AO90 é uma das questões mais graves que os governantes actuais têm para resolver e calam-se, estando a conduzir Portugal para um generalizado analfabetismo escolarizado vergonhosoinadmissível e inacreditável, sendo já muitos os analfabetos funcionais, gerados pelo AO90, e a estes, estão em vias de juntar-se aquelas gerações que estão a ser atiradas para um ensino de baixíssima qualidade, porque a Língua é o PILAR de toda a aprendizagem, e não se aprende nada assente numa escrita amixordizada.

 

Em 03 de Setembro de 2019, leu-se no Jornal i:

«“Não há Acordo Ortográfico quando metade dos subscritores não o ratificam”, diz José Carlos Barros», artigo que pode ser consultado neste link:

https://ionline.sapo.pt/artigo/669961/-nao-ha-acordo-ortografico-quando-metade-dos-subscritores-nao-o-ratificam-diz-jose-carlos-barros-?seccao=Portugal

O que aconteceu desde então?

 

António M. Feijó.png

 

De então para cá, o que tem feito José Carlos Barros, ex-deputado da Assembleia da República Portuguesa (2015–2019), pelo PSD, que acaba de vencer, por unanimidade, o Prémio LeYa 2021 com a obra "As Pessoas Invisíveis", e relator do Grupo de Trabalho para Avaliação do Impacto da Aplicação do AO90, que tem andado muito caladinho, (aliás, todos os políticos e ex-políticos, e governantes e ex-governantes têm andado muito caladinhos, para o meu gosto) sobre esta matéria?


Será que já não era tempo de este Grupo se pronunciar, definitivamente,  pela anulação do AO90, que só trouxe o caos e empobreceu radicalmente a Língua Portuguesa, que anda por aí a rastejar como uma indigente, por ter sido despromovida para variante de si mesma?  Algo que, absolutamente, não dignifica o Ensino em Portugal.

 

O PSD, aliás, o PSD e todos os outros partidos, à excepção do PCP, quando toca a votar a Iniciativa Legislativa de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico (ILCAO), que já se compara às obras de Santa Engrácia, vota contra tudo o que os cidadãos mais querem: a anulação deste mostrengo ortográfico; ou se é preciso votar contra o AO90, o PSD e todos os outros, à excepção do PCP, votam a favor da pobreza orográfica. Além disso, e ao contrário do PCP, que é CONTRA o AO90 e escreve segundo o AO45, conforme a lei vigente o EXIGE, o PSD e todos os outros, escrevem "agradeço a receção", quando nos enviam respostas aos e-mails que lhes enviamos, numa clara adesão ao aborto ortográfico. (Se receção é escrita de gente!!!!!)

 

Desconheço se, a estas alturas dos acontecimentos, o deputado José Carlos Barros ainda mantém a mesma ideia, ou seja, não há Acordo Ortográfico quando metade dos subscritores não o ratificaram, nem ratificarão. Sabemos que NÃO HÁ. Então, de que estão à espera? Cabo Verde já tem uma Língua oficial: a Língua Cabo-Verdiana, embora a Língua Portuguesa ainda ande por lá a reboque.

 

Por isso, seria de toda a conveniência que, nesta campanha eleitoral, que se aproxima, todos os partidos políticos tomassem uma posição pública e clara sobre a questão gravíssima do AO90, que está a conduzir Portugal para o generalizado analfabetismo escolarizado mais vergonhoso, mais inadmissível, mais inacreditável de que há memória.

 

Aqui deixo a proposta de um cidadão português:

Propostas.PNG

 

Até ao momento, o AO90 tem sido TABU em São Bento e em Belém. O Partido Socialista é o seu guardião-mor, e, ditatorialmente está a impô-lo a quem o abomina, por ser simplesmente abominável; o presidente da República cala-se, por motivos dos mais óbvios, para quem o conhece. A comunicação social (com uma excepção nacional e várias regionais) também obedece muito servilmente, estando a contribuir para o estado calamitoso em que se encontra a escrita em Portugal.

 

Crítica.PNG

 

É chegada, pois, a hora de reverter esta vergonhosa situação. Discute-se tudo o que interessa, e também o que não interessa, mas o AO90 é TABU, e numa Democracia a sério, não pode haver tabus.

 

Não é por acaso que no relatório de 2020, divulgado recentemente pela The Economist Intelligence Unit, Portugal perde a categoria de “país totalmente democrático", para regressar à categoria de "democracia com falhas", um recuo, diz-se, impulsionado pelas medidas restritivas impostas pela pandemia, mas também pela redução dos debates parlamentares [sem tabus] e pela falta de transparência no processo de nomeação do presidente do Tribunal de Contas, e a Intelligence Unit esqueceu-se de mencionar (porque talvez não saiba) a imposição ditatorial de uma grafia que nada tem a  ver com Portugal, e que, apesar de estar integrada num falso “acordo” desacordado entre oito países ditos lusófonos, só os servilistas portugueses o cumprem, com medo de sanções de todo o género. E por aqui anda também muita chantagem

 

O AO90 faz parte daquelas "coisas" que se não houver coragem para a eliminar, Portugal afundar-se-á como País independente. É vergonhoso ver a nossa bandeira a representar um "português" que não nos pertence.

 

É que há muita gente, MUITA GENTE, disposta a votar em partidos que DEFENDAM, no Parlamento, a ANULAÇÃO do AO90, o mais vergonhoso falso "acordo" em toda a História de Portugal. A mais vergonhosa imposição ditatorial que o governo português, o presidente da República e os deputados da Nação mantêm activa, (algo que nem António de Oliveira Salazar, que escrevia correCtamente, bem como TODA a população escolarizada, se atreveu a impor).

 

Aquele partido que conseguir reunir coragem, vontade e humildade para reconhecer o gravíssimo erro que foi a imposição ditatorial do AO90 nas escolas portuguesas, e, com argumentos racionais conseguir convencer os outros partidos de que estão a prestar um péssimo serviço a Portugal, terá todas as probabilidades de ganhar eleições. É que há muita, muita, muita, muita gente, mais do que se possa imaginar, descontente com esta situação/tabu que envergonha, desde o mais analfabeto até ao mais letrado dos portugueses. Só não envergonha quem está metido nisto até ao pescoço, com negociatas das mais obscuras.

 

A grande maioria dos políticos portugueses está mergulhada na ignorância, na estupidez, num gigantesco complexo de inferioridade e na falta de sangue na guelra.

  

Não tenho em grande conta os que se apodam de “políticos”. Poderá haver raras excepções, com competência política, ética, social, cultural, para estar na Política, mas são tão poucos que não se evidenciam, e que caladas, deixam de ser excepções, para se juntarem ao todo.

 

Não podemos ter na governação do País gente que olha para a Política e para a Língua Portuguesa como um boi para um palácio.



O Ensino afunda-se na mediocridade, no desinteresse, na falta de criatividade, e baseia-se na única escrita mais básica e caótica do mundo. E não estou a exagerar.

Crítica 1.PNG

 

É hora de os partidos políticos mostrarem o que valem ou o que não valem, para podermos avaliar e sabermos com que contar.

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:11

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Quarta-feira, 1 de Janeiro de 2020

(Des)concerto de Ano Novo

 

Desde sempre me preocupei com as crianças, afinal, são elas o futuro da Humanidade. E foi por elas que escrevi o «(Des)concerto de Ano Novo», no já longínquo fim de ano de 2009.

 

Chamo-o” para o dia de hoje, porque passados 10 anos, continuo preocupada, ainda mais,  com as crianças, esquecidas neste mundo enlouquecido, sobretudo, com as crianças portuguesas, pois nada mudou, nada avançou, tudo se transformou, para pior, desde 2009, quando o normal seria evoluir-se…

 

O que se tem feito contra as crianças, em Portugal, constitui um crime de lesa-infância, ao qual nenhuma autoridade dá a mínima importância, talvez porque as crianças não votam, não se manifestam, não têm voz.

 

Além de não lhes assegurarem um futuro condigno, neste Planeta que se esvai, estão a impingir-lhes uma grafia que não lhes pertence. Estão a enganá-las de um modo vil. O desrespeito que a elas os governantes, os parlamentares, a maioria dos professores e muitos pais consagram é horripilante!

 
É motivada pelas crianças que faço esta reflexão, desejando que o ano de 2020 traga a lucidez e a racionalidade, que tão arredadas andam da sociedade portuguesa e das esferas do Poder.

 

Ano Novo1.png

 

Um novo ano abre caminho para um lugar velho.

 

Nestas ocasiões costumo reflectir acerca do que se passa no mundo e ao meu redor: se os homens cresceram ou continuam crianças, eternamente teimosas, brincando aos chefes e aos bandidos, enfim, se renitentes em deixar crescer a mente para se tornarem homens responsáveis e poderem governar os destinos dos outros homens, com a lucidez necessária.

 

Reflicto igualmente no que eu própria fiz ou fui, e como tudo poderia ter sido diferente SE...

 

Entretanto, e porque foi época de troca de prendas, chegou-me do Brasil a obra «Amor – Um Livro Maravilhoso Sobre a Maior Experiência da Vida», da autoria de Leo Buscaglia, escritor de origem italiana, que me ensinou muitas coisas e fez-me reflectir sobre outras, nomeadamente a Criançaessa eterna esquecida.

 

Eu tinha imaginado para este início de ano uma crónica algo idêntica a um belo prelúdio, executado num bosque, com chilreio de pássaros à mistura. Contudo, uma qualquer força misteriosa (sempre presente em mim) conduz os meus pensamentos para a Criança – espécimen em extinção.

 

Alarmei-me, e desconfio que o meu pretendido prelúdio se transforme num desconcertado concerto de Ano Novo.

 

No seu livro, Leo Buscaglia fala de uma professora de arte que, um dia, desenhou, no quadro negro, uma árvore que parecia um pirolito (era a árvore dela), e pediu aos alunos que também desenhassem uma, nos seus cadernos.

 

Um garoto (que conhecia bem as árvores, pois já «subira numa árvore, abraçara-a, caíra de lá, ouvira uma brisa através dos seus galhos...» desenhou uma «linda monstruosidade com os seus lápis roxo, amarelo, laranja e verde». Mostrou-a à professora, e esta comentou: «Que loucura!» Porque o que na realidade pretendia era que o menino desenhasse uma árvore igual ao “pirolito” que ela desenhara no quadro negro.

 

Esta passagem, fez-me recordar uma outra história, esta verídica, passada numa escola da cidade onde resido, com uma menina, minha amiga, tímida, por natureza (não serão as flores tímidas também, no seu desabrochar?) mas muito perspicaz e observadora.

 

A professora mandara a turma desenhar e pintar uma árvore. A menina desenhou então a “sua” árvore, semelhante às das outras crianças, com excepção da cor: a sua era avermelhada.

 

Ano Novo2.png

 

A professora ao ver tal cor na árvore, disse-lhe: «A tua árvore está errada, porque as árvores são verdes e não vermelhas.» A menina, como era tímida, calou-se. Nada explicou à professora. Se esta não tinha entendido a “sua” árvore, de nada valeria explicar-lhe o que quer que fosse.

 

Nesse dia, a menina chegou triste a casa, e contou à mãe o sucedido: ela havia desenhado uma árvore e pintara-a de uma cor avermelhada, igual à que tinha visto no Jardim Botânico de Coimbra, numa manhã de Outono. Era tão bonita! A professora dissera-lhe que a “sua” árvore estava errada, pois as árvores são verdes. Porém, a menina já tinha visto árvores com folhas amarelas, castanhas, vermelhas, e, além disso, aquela era a “sua” árvore de Outono.

 

A mãe tranquilizou-a dizendo: «Deixa lá! Talvez a professora nunca tivesse olhado para as árvores, no Outono. Talvez tu pudesses ter-lhe sugerido que observasse melhor as árvores no Outono...»

 

Mas a menina entendeu que não valia a pena. Se a professora cresceu sem nunca ter observado as árvores no Outono, agora já não fazia diferença nenhuma...

 

O certo é que essa menina começou, desde então, a rejeitar a escola e a desmotivar-se pelo estudo. Na verdade, o que poderia aprender com alguém que nem sequer uma árvore de Outono conhecia?...

 

Se, ao contrário daquela frase seca «A tua árvore está errada», a professora tivesse perguntado: «Por que pintaste a árvore de vermelho?», a menina teria tido oportunidade de explicar-se, e que bela aula sobre o Outono e as transformações da Natureza poderia ter acontecido!

 

Daí para diante, a escola para esta menina foi um lugar de desencanto. E para quantas mais, por idênticos ou outros motivos, a escola não passa de um lugar de tédio?

 

Embora na prática, e quase inconscientemente, sempre tivesse lutado pela preservação da minha própria individualidade (cada ser humano tem a sua, e existe algo dentro de cada um que o diferencia de todos os outros), o que determinou o modo como estou no mundo, enfrentando os preconceitos dos outros, para poder ser livre (só criamos sendo livres), teoricamente, foi o que aprendi fora da escola, o que significa que o Ensino em Portugal, apesar de todas as reformas e contra-reformas, sempre dificultou o processo de ajudar o aluno a descobrir e a entender a sua própria individualidade, não lhe apontando os caminhos que poderão desenvolver essa particularidade, nem lhe mostrando como a partilhar com os outros. O que temos é um Ensino que tenta fazer com que todas as crianças sejam iguais. E é isso que me assusta.

 

A propósito, recordo-me que quando frequentava a Faculdade, tive uma discussão académica com o meu professor de Pré-História, na aula em que ele tentava “impingir-nos” a teoria de Darwin, sobre a Origem do Homem. Como eu já havia lido algumas outras opiniões (não entra aqui a de Adão e Eva) sobre a matéria, formulei a minha própria teoria, não menos lógica do que a de Darwin. Mas quem era eu para me atrever a desenvolver teorias que se opusessem ao que estava estabelecido como certo? Uma simples aluna, que devia papaguear o que o professor dizia, sem poder emitir opiniões?

 

Recordo-me igualmente do meu primeiro e único “chumbo” na minha vida de estudante, quando me atrevi, num exame final, a tecer considerações sobre o «comportamento libertino do clero na Idade Média». Pedi revisão de prova, e verifiquei que em todas as minhas respostas haviam sido retirados alguns pontos (mais nessa do clero) por “irreverências” (ou seja, opinião pessoal) num tempo em que tínhamos de calar o pensamento, o que transformava os alunos em autênticos “papagaios”, o que eu, naturalmente, me recusava a ser (daí a minha nota de curso ter-se ficado por um simples 13,5).

 

Hoje, no pós-25 de Abril, tudo continua quase na mesma ou pior ainda. Os alunos são tratados como atrasados mentais, não lhes deixando muito campo para a criatividade (serão os professores criativos?). Nem os deficientes mentais devem ser tratados como tais. A normalidade gera a normalidade. E a criatividade gera a criatividade.

 

O professor deve limitar-se a mostrar as “ferramentas” do saber aos alunos, e deixar que estes criem, soltem o pensamento, sonhem, descubram algo de novo no mundo que têm ao seu alcance.

 

No tempo em que dei aulas (era ainda bacharel), tentei “fugir” ao programa oficial, dando liberdade às crianças (ensinava História e Língua Portuguesa) de voarem com as suas próprias asas. Cheguei mesmo a recusar-me a dar a matéria tal qual vinha no Compêndio, nomeadamente sobre as Colónias Portuguesas de África, a Guerra no Ultramar e a Acção de Oliveira Salazar, por considerar que estaria a mentir às crianças. Não tive tempo de deixar os alunos comporem o seu próprio juízo, pois nesse ano, o primeiro em que dei aulas (1973/74) aconteceu o 25 de Abril e o ensino da História levou outro rumo: acabarm com ela.

 

Porém, se eu não podia, por força das circunstâncias, conduzir os meus alunos à descoberta da sua própria individualidade, deixá-los criar o seu próprio universo (nem todos vemos as árvores do mesmo modo) então melhor foi abandonar o ensino (no ano lectivo de 1974/75), e, liberta de todas as amarras, dedicar-me ao jornalismo e essencialmente à criação literária, lugar onde podemos voar até ilimitadas imaginações, com as asas do pensamento.

 

O que fundamentalmente pretendo dizer com tudo isto é alertar os agentes da educação e do ensino (um dos grandes podres da nossa sociedade) que eventualmente possam vir a ler estas palavras, para o facto de que há um tempo para a infância, outro tempo para a adolescência, outro, para a juventude, outro, para o estado adulto, e outro ainda para envelhecer.

 

Se o ser humano não passar por estes estágios adequadamente, virá a ser um autêntico fracasso enquanto indivíduo.

 

A tendência, hoje, é para “fabricar” adultos precoces, autênticos “robôzinhos” informatizados e estandardizados. Se uma criança cresce pensando e agindo como um adulto, aos vinte anos sentir-se-á velha e desencantada.

 

Quando entre esses “robôzinhos” aparece uma verdadeira criança, dizem que «é muito infantil para a idade», embora a idade seja para ser infantil. O que é feito de valores como a inocência, a ingenuidade, a candura, tão características das crianças?

 

Estão a desaparecer. Vão sendo raras aquelas que pintam árvores vermelhas de Outono, uma vez que é proibido ser criativo, ser infantil, ser criança; é proibido sonhar com bolas de sabão, porque os computadores, os tablets, os i-phones, i-pads, as consolas é que são o futuro.

 

Avançamos no século XXI. Encontramo-nos já na segunda década do século, no ano 2020. Receio que no final deste século já não hajam crianças, por muitos, muitos motivos. Apenas uma humanidade velha e esfarrapada, aquela que sobrará de uma sociedade em decadência, num planeta igualmente a caminho da extinção.

 

O facto é que não sei se o tempo, ou se os homens e as mulheres do nosso tempo pretendem exterminar aquele encanto, aquela fantasia e até os sonhos cor-de-rosa que constituem uma parte muito essencial de toda a infância.

 

Hoje, pretende-se que as crianças cresçam depressa, para não ter de se perder tempo com elas. Conheço mães que, para as substituir, oferecem cães aos filhos. E à noite, os filhos ficam sozinhos em casa, aos cuidados do amigo não-humano, e eles (pais e mães) vão à discoteca, aos bares, e nem sonham com o que, entretanto, se passa em casa com os filhos.

 

Vem depois a droga, como alternativa, e a sociedade revolta-se contra os drogados, porque são uns marginais, uns delinquentes, uns irresponsáveis, mas ninguém procura saber o que, na realidade, está por detrás dessas fugas para o mundo da total alienação. São poucos aqueles que se drogam por caírem em armadilhas ou por simples curiosidade. A grande maioria tem uma história triste para contar. Uma história que tentam esquecer, entrando num mundo que julgam ser eternamente tranquilo e colorido...

 

O que pretendem os adultos fazer com a infância?

 

É esta reflexão que proponho para este início de ano, uma vez que não existirá futuro se as crianças de hoje não puderem sorrir e sonhar... Se não puderem ser crianças...

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:51

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Domingo, 23 de Junho de 2019

Quando eliminar os “penduricalhos” das palavras se tornou moda em Portugal

 

Se me contassem eu não acreditava. Mas li. E li no comentário (que abaixo reproduzo) e que me enviou o João Abreu, que se diz professor, mas aparenta nada saber das Ciências da Linguagem, nem da nobre missão de ENSINAR, e chocou-me particularmente o modo leviano e indigno como tratou a nossa venerável Língua Portuguesa, símbolo maior da nossa Identidade.

 

Tive de responder-lhe à altura.

 

penduricalhos.jpg

 

Estes serão os “penduricalhos” que o João Abreu pretende eliminar dos vocábulos portugueses, para lhe facilitar a escrita da Língua?

Fonte da imagem: Internet

 

João Abreu comentou o post RESPONDENDO AO DELÍRIO DE UM ACORDISTA às 18:15, 19/06/2019 :

Para acabar de vez com os penduricalhos na Ortografia! Resposta aos fanáticos ANTI AO90 Cara Isabel Ferreira, não se enerve tanto por coisa pouca. O debate de ideias deve ser realizado de forma serena e construtiva. Em resposta aos dez pontos que enunciou direi o seguinte: Primeiro- está mal informada! é mesmo “detrator” que se escreve segundo a lei. Dê uma vista de olhos na lista de palavras que passaram a escrever-se segundo a nova ortografia, por exemplo, no portal da língua portuguesa. É daquelas palavras que nem sequer admite dupla grafia. Portanto, a Isabel é que está em falta quando escreve essa palavra de forma INCORREcTA, digo, (perdão) INCORRETA (aquele “c” mudo que escrevi estava a mais). Segundo- Não lhe vou chamar ignorante porque sei que é uma pessoa culta mas convém relembrar alguns factos: grande parte da nossa grafia ATUAL vem da profunda reforma que se fez em 1911. Foi aí que se eliminaram aquelas consoantes etimológicas que vinham do grego e do latim. E por que razão se fez isso? Porque chegaram, na altura, à conclusão ( e bem) que a nossa língua estava bastante opaca. O objetivo era dar mais transparência à língua, livrando-se dessas consoantes inúteis e facilitar a aprendizagem da leitura e escrita, desiderato inscrito nos ideiais da Primeira República que apostava fortemente na educação e na diminuição da taxa de analfabetismo. Ora, o AO90 apenas veio concluir essa lógica da reforma de 1911 de dar a primazia à fonética em detrimento da etimologia. Sim, devo confessar: concordo absolutamente em que se acabe de vez com estas consoantes mudas etimológicas ! A imagem que tenho delas é a seguinte: são como penduricalhos que só servem para criar excesso de peso nas palavras. São obsoletas e anacrónicas assim como já na segunda metade do XIX se considerava abstruso escrever alumno, orthographia e escripta. E olhe que já em em 1911 havia muitos velhos do Restelo (tal como há hoje) que de forma obstinada teimavam em resistir à mudança! Terceiro- insisto em dizer que não apenas nas escolas mas em todos os serviços públicos a entrada em vigor do AO90 fez-se de forma totalmente pacífica. Onde é que vê um levantamento geral de funcionários públicos contra o AO90? A realidade que eu conheço é a das escolas porque sou professor e desde 2009 já andei por muitas. Garanto-lhe que o AO90 não é assunto de conversa entre professores e muito menos entre alunos, ou, se já o foi no início, deixou de o ser agora. E a razão é porque o AO90 é já como o ar que se respira, já faz parte do código genético do ato de escrever, tanto de professores como de alunos. E a Isabel sabe que os professores, entre outras coisas, escrevem ATAS de reuniões. E já não vejo ninguém reclamar do tipo “Ai, que confusão me faz escrever “ATA” em vez de “AcTA”! Os alunos continuam a dar erros? Claro que continuam. Mas isso não se deve à existência ou não do AO90. Também já davam muitos erros na anterior graf ia. O problema da desortografia tem causas mais profundas como deve saber. Quarto- já reparou, Isabel que neste texto que escrevi só existem três palavras que se alteram em relação à grafia anterior ao AO90? “DETRATOR”; “ATUAL” E “ATA”. E isto para responder ao ponto que mencionou em resposta àquilo que afirmei sobre “um punhado de palavras” que se alteram. Não concorda? Então veja: são três palavras num total de 556 palavras. São 0,5%, até menos do que os especialistas dizem para o total geral das palavras que se alteraram no vocabulário que é na ordem dos 4 ou 5%. Será que a Língua Portuguesa mudou assim tanto só porque se eliminaram os penduricalhos “p” e “c” conhecidos como consoantes mudas? Eu creio que não.

 

***

Primeiro: João Abreu, gostaria de saber o que significa esta frase: «Para acabar de vez com os penduricalhos na Ortografia! Resposta aos fanáticos ANTI AO90», porque estes “penduricalhos na ortografia” soam-me a qualquer coisa que nem ouso dizer alto. E “fanáticos anti AO90”, soa-me a algo distorcido, até porque os desacordistas têm toda a legitimidade de serem anti-acordo, porque o acordo é um malparido aborto ortográfico, e ser contra um malparido aborto ortográfico nada tem de fanático, mas de patriótico, que é um sentimento saudável e aconselhável, de amor à Pátria. Se não amamos e defendemos a Nossa Pátria, vamos amar e defender a pátria de quem? A dos outros, a dos que se estão nas tintas para nós?

 

Segundo: eu não estou nervosa, aplique a palavra certa: estou INDIGNADA, e não é por “coisa pouca”, porque não é “coisa pouca” um magote de ignorantes (que só assim podem ser chamados) terem a pretensão de destruir a Língua Materna dos Portugueses, que estava muito bem de saúde, e não necessitava que viessem feri-la de morte, a troco de uns trocos, e eu não seria EU, nem teria o direito à nacionalidade portuguesa, se não me INDIGNASSE com este LINGUICÍDIO, e num linguicídio não há debate de ideias, nem nada que possa ser construtivo. O AO90 é um linguicídio, ou seja, um CRIME de LESA-PÁTRIA e de LESA-LÍNGUA, e quando se trata de um crime não podemos andar a pôr paninhos quentes e fingir que um crime é algo aceitável, porque não é. E todos os que cometeram este crime serão severamente penalizados, tão certa como estar aqui a escrever isto. E bem merecem.

 

Terceiro: quem está mal informado é o senhor João Abreu, aliás, está muito mal informado. Segundo a LEI - o Decreto n.º 35 228, de 8 de Dezembro de 1945, que não foi revogado, logo, está em vigor, “detraCtor” escreve-se com Cê. E o que chama “nova ortografia”, não é nova, porque assenta na GRAFIA BRASILEIRA, vigente no Brasil, desde 1943. Além disso NÃO ESTÁ em vigor em país nenhum lusófono, e em Portugal (único país que a adoptou à ceguinha) só a utilizam os serviçais, os subservientes, os comodistas, os acomodados, os ignorantes optativos e os mal-informados. Não sei em qual destas categorias o senhor João Abreu se encaixa.

 

Quarto: é preciso muita lata (desculpe o termo) e ser completamente cego, para me vir dizer que eu escrevo incorreCtamente esta palavra, que pertence à Língua Portuguesa, assim como incorreCtly pertence à Língua Inglesa, incorreCtamente pertence à Língua Castelhana, e “incorretamente” pertence à Língua Brasileira. E como em Portugal, a Língua Oficial, consignada na Constituição da República (que suponho seja ainda) PORTUGUESA, é a Língua Portuguesa e não a Língua Brasileira, o senhor é que escreve “incurrêtamente” a palavra incorreCtamente, bem como todas as outras palavras às quais, colando-se ao Brasil, suprime as consoantes mudas (a que tem o desplante de chamar “penduricalhos”) e que estão lá por algum motivo, e o motivo é a sua função diacrítica. Ao suprimir as consoantes mudas, o senhor João Abreu, além de escrever incorreCtamente as palavras, também as pronuncia incorreCtamente, na Língua Portuguesa, em Portugal. Porque no Brasil eles escrevem “incorretamente” em Língua Brasileira. E então o senhor comete dois (erros) em um. O que para um professor é erro de palmatória. E só por isso, devia ser expulso do Ensino, por não cumprir correCtamente a sua missão de ensinar, e se for professor de Português, a sua falta é ainda maior.

 

E na verdade, nenhuma pessoa culta, em Portugal (no rol das quais me incluo) se vergou à imposição ILEGAL do AO90, nem o aplica, porque sabe PENSAR A LÍNGUA. Ao contrário dos acordistas que necessitam de “capar os penduricalhos” para conseguirem escrever (mal). Isto implica imediatamente dizer que os acordistas não têm capacidade inteleCtual para aprender nenhuma Língua Europeia, porque todas as Línguas Europeias estão cheias de “penduricalhos”. As crianças portuguesas aprendem as línguas europeias com uma perna às costas. Os estrangeiros, que vêm para Portugal, aprendem o Português integral, com uma perna às costas, com todos os “penduricalhos” da Língua, mas os acordistas portugueses não conseguem aprender a Língua com esses “penduricalhos”! Temos pena. A inteligência não se desenvolve em todos os seres humanos do mesmo modo.

 

Nós somos PORTUGUESES, não somos Brasileiros. E nenhum Português escreverá jamais numa ortografia que IDENTIFICA O BRASIL, mas NÃO IDENTIFICA Portugal. Além disso, o que obtusamente chama de “penduricalhos” faz parte de TODAS as Línguas Cultas Europeias. E que nós saibamos, Portugal AINDA é um PAÍS EUROPEU, com uma Língua europeia. SE Portugal deixar de ser um país livre e soberano (como pretendem os actuais governantes portugueses) para se transformar numa simples colónia, então terá a linguazinha que merece. Entretanto, surgirá um novo Dom Afonso Henriques, para reconstruir Portugal e devolver-lhe a dignidade perdida, graças à (des) governação de um punhado de ignorantes e seus ignorantes acólitos. E desse clone de Afonso Henriques é que rezará a História. Os outros serão atirados ao caixote do lixo dessa mesma História, onde estão todos os que passaram pelo Poder e não dignificaram Portugal.

 

Só por isto, o AO90 é uma carta fora do baralho, mas se lhe juntarmos tudo o resto, é o baralho todo fora do baralho, ou seja, uma aberração malparida, cujo destino é o caixote do lixo, em todos os países da dita lusofonia.

 

Quinto: a mim pode chamar-me ignorante à vontade, em matérias onde sou absolutamente ignorante, como Física Quântica, Astronomia, Física Nuclear, enfim, essas e outras matérias afins. Todos somos ignorantes em alguma coisa, já dizia Einstein. Mas não me chama ignorante a LÍNGUA PORTUGUESA, porque eu ESCREVO e a Língua é o meu instrumento de trabalho, e ninguém, no seu juízo perfeito, UTILIZA instrumentos de trabalho DEFEITUOSOS. CorreCto? Está a ver um médico a utilizar bisturis enferrujados? Também não está a ver-me a usar uma grafia MUTILADA, que não pertence a Portugal, mas sim ao Brasil, e que NÃO ESTÁ EM VIGOR em Portugal, porque não existe LEI alguma que obrigue um PORTUGUÊS a escrever à BRASILEIRA.

 

Sexto: desculpe perguntar: o senhor é professor de quê? Tem a noção do  que diz ao dizer que a nossa aCtual grafia provém da reforma de 1911? NÃO PROVÉM. A nossa aCtual grafia provém da reforma de 1945, a que está em vigor. Não vou aqui dar-lhe uma aula de grafias. Sugiro que ESTUDE as reformas de 1911 e 1945 e se aperceba de que a Língua EVOLUIU, mas não foi destruída em nenhuma dessas datas. Com a reforma de 1990, a Língua não só REGREDIU, como foi desalmadamente DESTRUÍDA.

 

Na verdade, esta evolução veio facilitar a escrita, porque existia (e AINDA existe, um elevado índice de analfabetismo em Portugal como no Brasil) por isso é que quanto MAIS IGNORANTE é um povo, mais precisa de reformas ortográficas. Portugal é campeão europeu em reformas ortográficas, e isto significa que os governos NÃO INVESTEM NO ENSINO e na CULTURA, e mantêm o povo inculto, encruado, ignorante que está sempre a precisar que lhe “capem os penduricalhos”.


Em 1943, o Brasil fez uma reforma ortográfica UNILATERAL, pela qual foram suprimidas as consoantes mudas que o AO90 pretendeu introduzir em Portugal. Em 1945, o Brasil assinou com Portugal a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, que mantinha as consoantes mudas, e o Brasil, como continuava com um índice elevado de analfabetismo, rasgou essa convenção, e regressou à reforma de 1943, e então passaram a escrever “incorretamente” e é essa “incorr’ção” que os acordistas servis querem, à força, introduzir em Portugal.

 

Sétimo: dito isto, penso que não é preciso dizer mais nada, a não ser que CONTE bem contadas (ou também é mau a Matemática?) as palavras às quais “caparam os penduricalhos”. E nem que fossem duas ou três, bastava para o chumbar, num exame de Português, ou para levar umas boas palmatoadas. Eu levei-as, até porque vim do Brasil a escrever à brasileira, ou seja, de acordo com o AO43 = AO90 (mais retoques, menos retoques) e não me fizeram mal nenhum. Nem nenhuma criança das gerações da palmatória ficou traumatizada por causa disso. Agora é que querem fazer das crianças umas MARIQUINHAS, e ai Jesus! que não se pode chumbá-las (já nem falo na palmatória!). E isso é PÉSSIMO para elas.

 

Pois tenho a dizer-lhe que só os ignorantes e os muito intelectualmente inaptos não conseguem escrever o que os povos cultos e europeus escrevem há séculos, nas respectivas Línguas: as consoantes mudas, em linguagem culta, e “penduricalhos”, em linguagem inculta. Então o Inglês, o Francês, o Castelhano, o Alemão estão cheios de PENDURICALHOS, mas os alunos e professores desses países CONSEGUEM escrevê-los sem o mínimo problema. O defeito, devo concluir, está nos PROFESSORES PORTUGUESES, porque os alunos sabem que direCtor se escreve com Cê, em algumas outras línguas que estão a aprender, e fora das escolas. Apenas nas escolas, e porque fazem MUITA CHANTAGEM com as NOTAS, eles vêem-se obrigados a escrever incorreCtamente, para não serem penalizados, ainda que contra a LEI VIGENTE. Tudo isto terá um preço a pagar.

 

Portugal é o único país do mundo, onde os alunos são PENALIZADOS por escreverem correCtamente a sua Língua Materna, a que está EM VIGOR no País deles.

 

E isto só acontece num país terceiro-mundista, que anda a arrastar-se pelo chão, onde não existe BRIO PROFISSIONAL, onde se acha que “capar os penduricalhos” das palavras tem a ver com inteligência e não com INCAPACIDADE.

 

Tenha santa Paciência! Quando a classe de professores chegou ao nível da cave, não surpreende que o ENSINO esteja um CAOS em Portugal, e a escrita da Língua uma MIXÓRDIA. Porque ninguém tem dúvida de que nunca se escreveu tão mal, em Portugal, como actualmente. Caso único no mundo.


Aceite-se de uma vez por todas que este acordo é uma aberração e nasceu morto à nascença. Percebe-se o desespero dos acordistas por sentirem que a revogação desta aberração está a chegar... Sabe que não é só Portugal a querer revogar esta parvoíce?! A ortografia portuguesa (em Portugal) foi limada à perfeição... sem qualquer "gordura” ao longo dos séculos... Até que este desacordo foi martelado sem qualquer lógica ou fundamento e tentaram, sem sucesso, que os Portugueses escrevessem aberrações e incongruências... Por que lhe custa tanto ver os Portugueses, com um pingo de inteligência, a defenderem a Língua Portuguesa?

 

Ainda está por nascer aquele que terá alguma coisa POSITIVA a dizer a favor desta aberração. As reformas de 1911 e 1945 foram contestadas por poucos e por pouco tempo, e, na altura, estavam no terreno apenas o Brasil e Portugal, e os motivos dessa pouca contestação não tiveram nada a ver com a DESTRUIÇÃO da Língua, mas com as mudanças que muito naturalmente alguns não aceitam bem.

 

Contudo, HOJE, estão mais SEIS países a mandar às malvas o AO90, à excepção de Cabo Verde (porque a Cabo Verde interessa este servilismo a Portugal, por motivos completamente alheios à Língua, até porque eles adoptaram o Crioulo Cabo-Verdiano como Língua Oficial, e estão-se nas tintas para o Português acordizado, tido como língua estrangeira, que ninguém quererá aprender). O AO90 está a ser contestado desde o dia em que foi malparido, já lá vão 29 anos, e nestes 29 anos, milhares de escreventes de Português estão continuamente a protestar, e o AO90 só ainda não foi atirado ao lixo, porque vivemos numa DITADURA SOCIALISTA, pior do que a salazarista, porque a salazarista não se disfarçava de democracia.

 

O motivo actual da contestação ao AO90 NÃO É a evolução natural da ortografia, mas a sua destruição e descaracterização. E é isto que os acordistas não têm capacidade para encaixar.

 

Aceite isto, senhor João Abreu, e viverá feliz no paraíso. Até lá, com estes seus comentários, só contribui, ainda mais, para o enterro do aborto ortográfico. E nós só agradecemos.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:28

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Terça-feira, 15 de Janeiro de 2019

Quanta hipocrisia, quanta falsa preocupação didáctico-pedagógica na questão da “Ode Triunfal” de Álvaro de Campos!

 

 

MANUAIS.png

 

Notícia: omitiu-se partes do poema “Ode Triunfal”, de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, num manual escolar de língua aportuguesada do 12.º ano (já não é mais Língua Portuguesa).

 

Já mutilam as palavras, agora querem mutilar um poema que, ou se lê na íntegra, ou simplesmente não se lê, e se contém linguagem explícita, escolhiam outro poema. A obra de Fernando Pessoa é muito vasta.

 

Mais razões teriam para repudiar a ortografia mutilada, estampada nos manuais escolares, que ataca e fere a Língua Portuguesa, e ninguém está preocupado com isso.

 

O Ministério da Educação está a enganar as crianças portuguesas, que vão para a escola desaprender a escrever correCtamente a sua Língua Materna, e a Porto Editora, muito hipocritamente, vem a público esclarecer que não se tratou de “qualquer censura”, na mutilação da ODE, mas sim de “uma preocupação didáCtico-pedagógica” (à portuguesa, e não didático-pedagógica, à brasileira) tendo em conta que se tratam de três versos com “linguagem explícita e que se relacionam com a prática de pedofilia”. E até já li algures que Fernando Pessoa era pedófilo, mas já não está cá para se defender. E eu não sei nada sobre isto.

 

Tenham vergonha, e se, na realidade, querem ter preocupações didáCtico-pedagógicas, comecem pela ortografia pornográfica, que viola a Língua Portuguesa.

 

Isto fere mais do que a linguagem explícita, que é explícita desde que o Álvaro de Campos a escreveu, e só agora é que deram conta disso? E é da Pedagogia reflectir sobre um poema mutilado?

 

Senhor Ministro da Educação, o ensino em Portugal está um caos. Está pervertido. Os futuros médicos têm melhor desempenho a Português do que aqueles que serão professores. E depois não se surpreendam quando se lê por aí que Portugal está na cauda da Europa nestas questões do Ensino e da Cultura (além de muitas outras).

 

Uma vergonha! Uma hipocrisia! Um atentado à inteligência.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:51

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Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018

Não existe lei alguma que obrigue um professor a "ensinar" Português segundo a cartilha brasileira, nas escolas portuguesas

 

«Sabem o que me disse uma funcionária do Ministério da Educação há alguns anos? Que se os professores se recusassem ORGANIZADAMENTE a não ensinar o AO ele não teria passado. Fica aqui o que muitos pensam sobre todas as formas de um abjecto conformismo. Não é só não votar - é não agir. Conheço professores do ensino básico e secundário que NÃO aplicam o AO e até hoje não tiveram qualquer processo disciplinar». (Teresa Cadete)

 

Conhecendo bem, como conhecem, o espírito acrítico e submisso do povo português, os governantes acenaram-lhes com uma resolução do conselho de ministros, e uns tantos caíram como patinhos… Acharam que aquilo era uma Lei.

 

É que PENSAR dá muito trabalho… OBEDECER é muito mais simples, até na supressão das consoantes mudas e acentos e hífenes, para facilitar a escrita… Então não é?

 

EDUCAÇÃO.jpg

Origem da imagem:

http://libertariosufpel.blogspot.pt/2015/07/neste-segundo-semestre-de-2015-teremos.html

 

Não existe lei alguma que obrigue um professor a ensinar Português, segundo a cartilha brasileira, nas escolas portuguesas.

Então por que ensinam?

 

Três hipóteses:

- Monumental desinformação;

- Desmedida subserviência ao poder instalado;

- Gigantesca ignorância optativa…

 

***

Este é o relato de uma conversa que travei com um professor, numa publicação do Facebook, escrita à moda brasileira.

 

Eu disse:

Nenhum professor é obrigado a escrever segundo a cartilha brasileira.

 

O professor disse:

«Na escola somos obrigados a escrever segundo o acordo ortográfico. ´´E uma imposição a que nós, professores, temos de obedecer. Não gosto, é atentatório para a raiz da nossa língua, mas a culpa não é minha é de quem assinou esse acordo. É a esses que tem de pedir satisfações, não a mim. Nisso, os colegas do departamento de línguas deveriam ter uma palavra a dizer. Por isso, não sou eu que estou a pregar o último prego no caixão do Ensino em Portugal. a sua visão não está nada correta e está a misturar as coisas. A "obrigação" de obedecer com a "concordância" com o mesmo (que não tenho)».

 

Eu insisti:

Está muito enganado. Nenhum professor, nenhum aluno, nenhum cidadão português é obrigado a escrever segundo a cartilha brasileira, porque não existe LEI nenhuma que o obrigue. Já parou para pensar nisso? Já questionou alguma vez essa possibilidade? Já perguntou a quem de direito onde está a LEI que obriga um português, em Portugal, a escrever segundo a cartilha brasileira?

 

Não é a minha visão que não está correCta. É a sua visão que está incorreCta. Peça ao direCtor da sua escola que lhe mostre a LEI que o obriga a escrever incorreCtamente. E se lhe mostrarem um ofício com a Resolução do Conselho de Ministros, diga-lhe que isso não é LEI. Só uma LEI obriga. Os professores acomodaram-se, porque é mais fácil acomodarem-se do que questionar.

 

O professor continuou:

«Portanto, segundo a colega todos os colegas que tiveram de se adaptar ao novo acordo ortográfico são responsáveis pela destruição do Ensino em Portugal. Não vou sequer continuar esta conversa, porque não vejo qual o sentido da mesma».

 

Eu continuei a afirmar:

Ninguém é obrigado a OBEDECER a algo que é ILEGAL. O AO90 é ILEGAL. Logo, nenhum cidadão português é obrigado a obedecer a uma ILEGALIDADE. Não sabia disto?

 

Não tenha qualquer dúvida. Todos os professores que aceitaram ensinar algo que é ILEGAL são responsáveis pela destruição do ENSINO em Portugal, porque a Língua engloba todas as disciplinas, e ela, a Língua, anda por aí a ser esmagada, servilmente.

 

O professor disse:

«Eu e tantos outros sabemos bem o que passámos quando, no início, já com alguma idade que em nada facilitava esta obrigatória e selvagem mudança, as dificuldades que tivemos.

Lembro-me perfeitamente dos alunos a chamarem-me a atenção para fichas que dava ainda com o português pré-acordo, assim como encarregados de educação achavam incorreto. Todos nós fomos impelidos a ter de o aplicar. Se estamos a escrever em português do Brasil, a culpa é de quem nos obrigou a isso e nos pune se não cumprimos».

«Mais uma vez as ordens e diretivas para o ensino (e não só) vêm de cima e nós somos obrigados a executá-las. Mas não posso aceitar que a culpa seja do mensageiro. Que se insurjam contra os verdadeiros responsáveis que, certamente, não sou eu»

 

Eu disse:

Ninguém vos obrigou. Vocês é que se sentiram obrigados, o que é muito diferente. Sem questionar. Sem oferecer resistência.

Mas ainda vão muito a tempo de recuarem.

Agora sabem que estão a cometer uma ilegalidade. Qual a Lei que vos obriga a continuar a cometer uma ilegalidade?

 

***

E não obtive mais resposta.

O diálogo acabou aqui.

 

É triste quando vemos professores que obedecem cegamente, sem questionar, por isso, é importante uma Educação que ajude a Pensar e não que ensine a Obedecer. Porque neste caso do AO90, obedecer não pensando fez toda a diferença, e o caos ortográfico instalou-se e está a prejudicar radicalmente o Ensino nas escolas portuguesas.

 

E se não se travar isto, vem aí uma geração de semianalfabetos, que será a vergonha da Europa.

E a ESCOLA é a maior culpada.

Pensem nisto.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:38

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Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2018

O fim do Ensino em Portugal…

 

O Ensino em Portugal ainda não morreu, mas já fazem fila todos aqueles que querem martelar o último prego do seu caixão.

 

E o fim fica mais próximo…

 

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- Sempre que os professores gastam mais tempo com burocracia do que a preparar as aulas e a leccionar;

 

- Sempre que um professor é vítima de violência e bullying nas escolas;

 

- Sempre que há professor contra professor, seja por que motivo for;

 

- Sempre que um professor, que dedicou uma vida a educar um povo, esgotado se arrasta em serviço por não ver chegar a reforma que lhe vai sendo adiada;

 

- Sempre que os directores se esquecem que também são professores;

 

- Sempre que os sindicatos não se unem em redor do interesse maior de todos os professores e do próprio Ensino;

 

- Sempre que os políticos, que foram formados pela Escola, agradecem-lhe tentando destruí-la, cortando-lhes fundos;

 

- Sempre que os políticos agradecem aos professores, que os ensinaram a ler e a pensar, com a ingratidão de os perseguir e humilhar;

 

- Sempre que os jornalistas e comentadores difamam quem os formou e os ensinou a escrever e a raciocinar;

 

- Sempre que os alunos vão à escola apenas para passar o ano e serem recompensados;

 

- Sempre que os alunos não têm disciplina nem são responsabilizados;

 

- Sempre que os pais vêem a escola apenas como um depósito de alunos;

 

- Sempre que os pais empurram para os professores a responsabilidade de educar os seus filhos;

 

- Sempre que todos perdem o respeito e tiram dignidade às escolas.

 

- Sempre que um professor obriga os alunos a aplicarem a ortografia brasileira, impingida nas escolas portuguesas como um “acordo ortográfico” que nem sequer existe, trocando-a pela ortografia original portuguesa. A NOSSA.

 

E assim se mata um Povo, destruindo o seu maior legado, que é a Cultura e a Língua Portuguesas, transmitidas através da Educação.

 

O Ensino está a morrer, sim, e ainda ninguém se deu conta disso. Ninguém se deu conta da mágoa de quem se sente magoado, injustiçado, ludibriado, aldrabado… por uns e por outros.

 

O povo que foi instruído, formado, ajudado a sair da miséria, é o mesmo que depressa se esqueceu da importância que as Escolas tiveram nas suas vidas e, sem consciência, talha agora as tábuas do Caixão do Ensino, pela inércia que votam ao que está a passar-se nas Escolas.

 

Texto transcrito para Língua Portuguesa e adaptado daqui:

https://www.facebook.com/groups/se.o.ensino.portugal.falasse/permalink/1560609373986600/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:40

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A autora deste Blogue não adopta o “Acordo Ortográfico de 1990”, por recusar ser cúmplice de uma fraude comprovada.

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ACORDO ZERO é uma iniciativa independente de incentivo à rejeição do Acordo Ortográfico de 1990, alojada no Facebook. Eu aderi ao ACORDO ZERO. Sugiro que também adiram.
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