A ideia partiu do Paulo Teixeira, que vai coordenar os trabalhos.
«Citando A. Jackson (presidente dos Estados Unidos da América do Norte de 1829 a 1837, pelo Partido Democrata): «um só homem armado de coragem, vale por uma maioria». Nem mais.
O Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa» está totalmente à disposição deste novo Movimento, para divulgar o que for necessário divulgar. Eu continuarei a aplicar o meu lema: «Contra o AO90, marchar, marchar!»
Porque já chega de marcar passo e de deixar que políticos ignaros, incompetentes, irresponsáveis e servis usem e abusem do poder que (ainda) têm, para impor a Portugal um “tratado” que nenhum dos países, ditos lusófonos, cumpre, por ser algo do foro da irracionalidade.
Deixo-vos com a carta onde Paulo Teixeira diz ao que vem.
Da minha parte, espero que as figuras públicas/mediáticas, que se têm manifestado publicamente contra a absurdez do AO90, saiam da sua zona de conforto e se disponham a usar da sua influência e mediatismo, para que Portugal possa, definitivamente, ver-se livre, deste pesadelo, gerado por gente que não sabe ser e, muito menos, não sabe estar.
Isabel A. Ferreira
Caros desacordistas,
É com enorme agrado e orgulho que vos contacto, em especial para vos felicitar pela corajosa opção de rejeitar o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) na vossa vida!
O meu é nome é Paulo Teixeira, sou gestor comercial e, certamente, do mesmo modo que todos vós, abomino o AO90! É um bom começo e uma constatação feliz para todos, sim, mas não basta haver muitas pessoas como nós. Na verdade, e ainda que sejamos a maioria nesta batalha contra o AO90, partilhamos entre nós um grave problema que nos impede de ser bem-sucedidos: estamos todos a trabalhar isoladamente, cada um para seu lado, desorganizados e a cada instante mais desgastados e desmotivados...
Mas há dias tive uma ideia que abrandou as minhas preocupações e me encheu de motivação, um pensamento que bem delineado poderá transformar-se numa poderosa "ferramenta" contra o AO90. E então pensei: se o acordo continua de pé por culpa de estarmos desunidos e desfocados do cerne desta batalha, então a criação de um "grupo de trabalho" no Facebook com as pessoas certas pode ser o primeiro passo para convergirmos para o mesmo fim!
E quem são as pessoas certas, perguntarão? Para mim, são todas aquelas capazes de contribuir activamente com algo importante para o grupo e suas acções, em especial as figuras públicas de relevo, que se manifestam declaradamente contra o AO90! Se queremos vencer este atentado ortográfico, vamos precisar de toda a criatividade do mundo para chegar às melhores ideias, de muita energia para dar andamento às estratégias de ataque mais eficazes e do "peso" das maiores figuras públicas/mediáticas! E porque são as figuras públicas/mediáticas tão especiais? Porque são a "influência" perfeita para inverter tendências e mudar mentalidades! Actores, cantores, compositores, músicos, escritores, tradutores, professores, linguistas, comediantes, juristas, médicos! Todos juntos seremos imparáveis e capazes de derrotar a inutilidade que é o AO90! Todos juntos num lugar que, passo a partilhar, se encontra aberto no Facebook com o nome Portugal em Movimento Contra o AO90, em:
https://facebook.com/groups/pemcao90/
Dito isto, ficam desde já convidados a integrar este Movimento, pois acredito que a vossa presença, a par de tantas outras de renome, vai fazer toda a diferença na defesa e preservação da Língua Portuguesa! Conto convosco!
Muito obrigado pelo vosso tempo!
Com os melhores cumprimentos,
PAULO TEIXEIRA - coordenador deste Movimento.
pauloteixeiramailbox@gmail.com
João Santos (PhD Física) responde a esta pergunta.
E eu, que conheço a realidade de lá, tanto quanto conheço a de cá, não posso estar mais de acordo. É assim, tal e qual.
Podia dizer que "não, não existe", mas estaria a faltar à verdade e a ser politicamente correcto. Por mais que se queira dizer que não, que não existe nada, que são todos amigos e admiradores uns dos outros, isso, embora estatisticamente até seja verdade, não o é para todos, infelizmente. Pelo que eu tenho visto aqui no Quora e noutras redes sociais, isso não acontece e existe ressentimento de parte a parte, muitas vezes por causa dos próprios governantes, de uma forma mais ou menos deliberada. Vou tentar fazer duas listas que indicam alguns motivos de ressentimento dos portugueses relativamente ao Brasil e vice-versa. Atenção que pode não se aplicar à generalidade dos indivíduos, mas por vezes apenas a uma parte:
Razões de queixa dos portugueses:
Razões de queixa dos brasileiros (um pouco especuladas; talvez existam mais que desconheço, uma vez que não sou brasileiro e peço a alguém que complete a lista nos comentários). De qualquer forma, esta é sempre a percepção de um português:
Deixo apenas um comentário de Antônio Houaiss com uma sua opinião sobre a implementação do acordo ortográfico no Brasil, e a razão pela qual os brasileiros não se deveriam preocupar com isso (ao contrários dos portugueses). Estava coberto de razão.
(Nota: Este senhor desconhecia a Língua Portuguesa e a pronúncia portuguesa em Portugal, nas várias regiões. Este senhor era adepto da deslusitanização da Língua Portuguesa, e aplicou-a. Este senhor está na génese do Acordo Ortográfico de 1990, por motivos económicos. Este senhor era brasileiro, filho de libaneses. A sua Língua Materna era a Libanesa, não era a Portuguesa. Daí este "desamor" pela língua do ex-colonizador - Isabel A. Ferreira).
Fonte:
Quer se goste, ou não se goste, queira, ou não queira, o Brasil tem um passado português. E nesse passado, nem tudo foram rosas, e nem tudo foram espinhos.
Contudo, os espinhos podem destruir-se. As rosas são eternas.
Não queiram destruir esse passado, porque sem ele o Brasil não existirá como a grande Nação, que ainda não é, mas poderá vir a ser, no dia em que assumirem, como os outros países ex-colonizados, tal como os Estados Unidos da América do Norte, o seu estatuto de País livre, e cortarem definitivamente o cordão umbilical com o país colonizador, e seguirem o seu caminho, não, nem à frente, nem atrás, mas lado a lado, porque é lado a lado, e não a imporem-se, que os países livres constroem o futuro.
Desejo muito sucesso para este livro e para os seus autores.
Isabel A. Ferreira
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