Pensemos:
Se foi possível destruir o que levou séculos a ser construído racionalmente, mais possível ainda é reconstruir o que foi destruído irracionalmente, em menos de 10 anos.
O argumento da irreversibilidade do AO90 que, ardilosamente, andam por aí a espalhar com o fito de se pensar que, lá pelo facto de já estar instalado, não é mais possível voltar atrás, é coisa para mentes mirradas, medíocres e imbecis, porque o caos sempre pôde ser ordenado, e a fénix pode ressurgir das cinzas.
Origem das imagens: Internet
Quando olhamos para a destruição de Berlim, por exemplo, depois da II Guerra Mundial, parecia impossível reconstruir a cidade a partir daquele caos, de tantos destroços, das cinzas... No entanto, quando a vontade, aliada à capacidade dos HOMENS (reparem que não disse homenzinhos) são poderosas, tudo é possível. Ressuscitar os mortos é que não é possível.
Como a Língua Portuguesa não está morta, está viva e bem viva, e cada vez mais viva, nas novas edições que vão surgindo, exterminar o AO90 é possível, e cada vez mais urgente.
Uma Língua, ainda que adormecida ou mutilada, é sempre possível recuperar.
Dizem que o Latim é uma língua morta. Designação errada. O Latim é uma língua adormecida. Pode ser acordada a qualquer momento e ser activada nas escolas, o que seria bem necessário, para se compreender por que não se deve SUPRIMIR as consoantes ditas mudas, por exemplo.
Portanto, abortar a questão do AO90, não só é possível, como desejado por milhares de falantes e escreventes de Língua Portuguesa, nos oito países, ditos lusófonos. O estrago que já se fez à Língua não é irrecuperável. Portugal ainda vai muito a tempo de desfazer o malfeito acordo.
Ainda ontem, foi espalhada por aí, a notícia de que os candidatos à Educação nos Cursos Superiores são os que têm pior desempenho a Português. Pudera!!!!
Esta notícia devia ser considerada por aquele grupo (fantasma?) que foi criado para avaliar o impacto do AO90, e que nunca mais deu o ar da sua graça, para que daí tirasse conclusões objectivas, ou seja, que a aplicação ilegal do AO90 é de tal modo caótica que, hoje em dia, e a começar pelos governantes ao mais alto nível, incluindo o Chefe de Estado português, são poucos aqueles que, em Portugal, sabem escrever correCtamente a sua Língua Materna, a Língua Portuguesa. Aliás, o que se escreve por aí nem sequer é acordês. A linguagem (escrita e falada) que anda por aí vulgarizada é um mixordês de fazer corar as pedras.
E a tendência é para piorar.
E não se pense que o que está instalado por aí é o sucesso do AO90, Não. O que está instalado por aí é o seu bestial insucesso.
De modo que, repito, se foi possível destruir o que levou séculos a ser construído racionalmente, mais possível ainda é reconstruir o que foi destruído irracionalmente, em menos de 10 anos, e fazer a Língua Portuguesa ressurgir dos destroços a que o AO90 a reduziu.
E isto em nome de um ensino de qualidade, a começar pela Língua Materna, consignado na Constituição da República Portuguesa, e a que TODOS os Portugueses têm direito. E está a falhar desastrosamente.
O que, neste momento, o Estado Português está a permitir, nas escolas portuguesas, é um ensino caótico, baseado numa aprendizagem INCORRECTA da Língua Materna, que engloba todas as outras disciplinas, lançando o caos e fomentando a ignorância.
E será que não existe em Portugal um governantezinho sequer, que se aperceba deste caos que está a transformar o nosso país no paraíso dos analfabetos alfabetizados? Dos que vão para a escola desaprender a escrever?
Pensem nisto, senhores governantes e senhores professores, porque isto é uma vergonha.
Isabel A. Ferreira
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