Quarta-feira, 21 de Junho de 2023

APELO a enviar a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, no sentido da Defesa da Língua Portuguesa, conforme definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa

 

Este é o APELO de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, descontentes com os atropelos à Constituição da República Portuguesa, no que à Língua Materna dos Portugueses –  a Língua Portuguesa – diz respeito. 
 

 O APELO foi redigido por um Jurista, que presta apoio a este Grupo Cívico.

 

APELO.png

 

Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.

 

Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.

 

Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.

 

Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico –  a Língua Portuguesa –  da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.

 

Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.

 

Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.

 

Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.

 

Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna –  aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a  ser acordizadas, num  manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).

 

Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas também ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que deixe à posteridade, como SEU legado, a reposição da Língua Portuguesa, a nossa Língua, aquela que fixa o Pensamento de um Povo, escrita e falada escorreitamente, com elegância visual, com beleza, com estilo, seguindo o exemplo dos nossos Grandes Clássicos, antigos e modernos, atrás já referidos, para que a nossa Língua, a nossa Cultura e a nossa História, de quase nove séculos, não se percam nas brumas do tempo.

 

Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.

 

Com os nossos melhores cumprimentos

(Nomes dos subscritores)


***

Por que é importante subscrever este APELO?

Porque Língua Portuguesa só há UMA. Nem a verdadeira, nem a falsa.   Somente a Língua Portuguesa. A única, e poderá estar em extinção, não, daqui a décadas, mas já amanhã, se se continuar a assobiar para o lado. 

 

Preservá-la é uma tarefa de todos, não pode ser apenas tarefa de alguns.

 

Para subscrever o APELO ao PRl basta enviar o Nome e a Profissão para o e-mail do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa»: isabelferreira@net.sapo.pt

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:15

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Terça-feira, 18 de Abril de 2023

Foi enviado hoje a Marcelo Rebelo de Sousa um APELO no sentido da defesa da Língua Portuguesa, conforme definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa

 

Este é o APELO de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, descontentes com os atropelos à Constituição da República Portuguesa, no que à Língua Portuguesa diz respeito. 
 

[Actualização do número de subscritores em 25 de Maio de 2023: 268] 

 

O exército, abaixo declarado, pode parecer um pequeno exército, aos olhos de quem só olha e não vê, porém, a História diz-nos que, por vezes, pequenos exércitos ganham grandes batalhas. Exemplo: Batalha de Aljubarrota. Basta serem constituídos por pessoas que contam, que fazem a diferença, que estão empenhadas, que sabem usar a arma certeira. 

 

***

O APELO consta do seguinte:

Assunto: APELO cívico de um Grupo de Cidadãos Portugueses  

 

Introdução:

Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa

Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa

 

Coube-me enviar a Vossa Excelência este APELO, para o qual esperamos a melhor atenção, uma vez que todos acreditamos que Portugal é um Estado de Direito, uma Democracia Plena, um País Livre e Soberano, onde os seus representantes costumam ouvir os apelos dos cidadãos pensantes, descontentes com o desnorte da sua Nação.  

 

Em anexo segue o APELO a Vossa Excelência, com todos os subscritores identificados.

 

Aguardando uma resposta de Vossa Excelência, envio os meus mais respeitosos cumprimentos,

Isabel A. Ferreira    

 

PS: Tornarei público, hoje, no meu Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa», o envio deste APELO a Vossa Excelência.

 

(Apelo redigido por um Jurista que presta apoio ao Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses)

 

APELO.png

 

Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.

 

Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.

 

Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.

 

Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico –  a Língua Portuguesa –  da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.

 

Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.

 

Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.

 

Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.

 

Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna –  aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a  ser acordizadas, num  manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).

 

Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas também ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que deixe à posteridade, como SEU legado, a reposição da Língua Portuguesa, a nossa Língua, aquela que fixa o Pensamento de um Povo, escrita e falada escorreitamente, com elegância visual, com beleza, com estilo, seguindo o exemplo dos nossos Grandes Clássicos, antigos e modernos, atrás já referidos, para que a nossa Língua, a nossa Cultura e a nossa História, de quase nove séculos, não se percam nas brumas do tempo.

 

Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.

 

Com os nossos melhores cumprimentos,

 

1 - Juliana Dias Marques, Estudante de Letras

 2 - Maria Vieira Raposo, Técnica Superior Administrativa

3 - Nuno Furet, Agente de Animação Turística

4 - Germano da Silva Ribeiro, Professor do Ensino Secundário (aposentado)

5 - Rui José da Silva Dias Leite, Arquitecto

6 - João Robalo de Carvalho, Jurista

7 - José Silva Neves Dias, Professor Universitário

8 - Jaime de Sousa Oliveira, Professor Aposentado

9 - Maria da Purificação Pinto de Morais, Professora do Ensino Secundário

10 -  Isabel A. Ferreira, Jornalista/Escritora, Ex-Professora de Português e História

11 - Alberto Henrique Sousa Miranda Raposo, Engenheiro civil, Aposentado

12 - Albano Pereira, Sócio-Gerente da Firma Táxis Rufimota, lda.

13 - José Manuel do Livramento, Eng.º Electrotécnico

14 - José António Girão, Professor Catedrático (Reformado) da Faculdade de Economia da UNL; ex-Vice-Reitor da UNL

15 - João Paulo Norberto, Desempregado

16 - Maria do Carmo Guerreiro Vieira Sousa Miranda Raposo, Professora Aposentada

17 - Mário Adolfo Gomes Ribeiro -  Eng. Mecânico, Reformado

18 - José Manuel Gomes Ferreira, Engenheiro Electrotécnico

19 - Teresa Paula Soares de Araújo, Professora Ensino Superior

20 - Jorge Alexandre Barreto Ferreira, Engenheiro Electrotécnico e Máquinas

21 - Luís Serpa, Escritor e Marinheiro

22 - José Manuel da Silva Araújo, PhD, Professor e Investigador

23 - Fernando Costa, Funcionário Público Aposentado

24 - António Jorge Marques, Músico/Musicólogo

25 - Luís Cabral da Silva, Eng.º Electrotécnico, IST -  Especialista em Transportes e Vias de Comunicação, O.E.

26 - Luís M. M. Campos e Cunha, Prof. Catedrático de Economia na Nova SBE

27 - Vanda Maria Calais Leitão, actualmente desempregada

28 - João Viana Antunes, Estudante

29 - José Manuel Campos d’Oliveira Lima, Reformado

30 - João José Baptista da Costa Ribeiro, Cirurgião Geral

31 - Maria Luísa Fêo e Torres, Aposentada

32 - Maria Elisabeth Matos Carreira da Costa - Professora Reformada

33 - Pedro Manuel Aires de Sousa, Terapeuta da Fala

34 - Francisco José Mendes Marques, Tradutor e Professor

35 - Diana Coelho - Professora de História

36 - José Manuel Moreira Tavares, Professor de Filosofia no Ensino Secundário

37 - Rui Veloso, Músico Compositor

38 - António José Serra do Amaral, Reformado da Função Pública Portuguesa

39 – Francisco Miguel Torres Vieira Nines Farinha, Comercial

40 - Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, Reformado

41 - Mário António Pires Correia, Musicólogo

42 -  Pedro António Caetano Soares, Bancário Reformado

43 - Ana Maria Alves Pinto Neves, Professora de História

44 - Cláudia Ribeiro, Estagiária de Museu, PhD

45 - Maria José Melo de Sousa, Professora do Ensino Secundário de Inglês e Alemão, Aposentada

46 - Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, Programador e Produtor de Espectáculo

47 - Ana Luís de Avellar Henriques Sampaio Leite, Gestora de Empresas

48 - João Manuel Pais de Azevedo Andrade Correia, Engenheiro Civil, oficial

49 – António José Araújo da Cruz Mocho, Gestor e Empresário

50 - Manuel Gomes Vieira, Investigador Auxiliar em Engenharia Civil

51 - Celina Maria Monteiro Leitão de Aguiar, Assistente Social

52 - José Manuel Pereira Gonçalves, Empregado Bancário na Reforma

53 - João de Jesus Ferreira, Engenheiro (IST)

54 - Maria José Cunha Viana, Empregada de Escritório

55 - José Antunes, Jornalista e Fotógrafo

56 - Carlos Costa, Inspector Tributário Jurista

57 - Manuel Moreira Bateira, Professor Aposentado

58 - João Paulo de Miranda Plácido Santos, Pensionista/CGA

59 - Nuno de Saldanha e Daun, Gestor Financeiro, Reformado

60 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto

61 - Artur Manuel Duarte Ferreira, Reformado

62 - Alexandre Guilherme Pereira Leite Pita, Desempregado

63 - Manuel São Pedro Ramalhete, Economista e Professor Universitário Aposentado

64 - Maria José Abranches Gonçalves dos Santos, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, reformada

65 - Maria Filomena da Cunha Henriques de Lima, Reformada, mas continua no activo na área de Turismo

66 - Telmo Antunes dos Santos, Militar

67 - António José Monteiro Leitão de Aguiar - Corretor (Seguros)

68 - Ismael Teixeira, Operador de Produção

69 - Daniel da Silva Teodósio de Jesus, Intérprete de Conferências e Tradutor

70 - Eduardo Henrique Martins Loureiro, Consultor e Guardião Intransigente da Língua Portuguesa

71 - Armando dos Santos Marques Rito, Aposentado da Função Pública

72 - João Luís Fernandes da Silva Marcos, Reformado do Sector dos Transportes, como Gestor

73 - Bruno Miguel de Jesus Afonso, Tradutor Profissional

74 - Sérgio Amaro Antunes Teixeira, Biólogo

75 - Elisabete Maria Lourenço Henriques, Aposentada da CGD

76 - Edgar Serrano, Gestor de Negócio

77 - Manuel dos Santos da Cerveira Pinto Ferreira, Arquitecto e Professor Universitário

78 - Artur Jesus Teixeira Forte, Professor Aposentado

79 - Fernando Jorge Alves, Professor

80 - Carlos Manuel Mina Henriques, Contra-almirante Reformado

81 - Vítor Manuel Margarido Paixão Dias, Médico

82 - Fernando Coelho Kvistgaard (Dinamarca) Eng. Técnico Agrário, Reformado

83 - Jorge Joaquim Pacheco Coelho de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico (IST) Reformado

84 - António Miguel Pinto dos Santos (Londres), Gerente de Restaurante

85 - Fernando Alberto Rosa Serrão, Técnico afecto à Direcção-Geral da Administração da Justiça, Aposentado

86 - Paulo Teixeira, Gestor Comercial

87 - Ademar Margarido de Sampaio Rodrigues Leite, Economista

88 - Alexandre Júlio Vinagre Pirata, Eng.º Agrónomo

89 - Telmo Mateus Pinheiro Carraca, Oficial de Vias Férreas (Construção e Manutenção)

90 - Maria Manuela Gomes Rodrigues, Desempregada

91 - António José Ferreira Simões Vieira, Empresário e Professor do Ensino Secundário Aposentado

92 - Fernando Manuel Dias de Lemos Rodrigues, Bancário Aposentado

93 - Alexandre M. Pereira Figueiredo, Professor do Ensino Superior e Investigador

94 - Maria Elisabete Eusébio Ferreira, Professora Aposentada do Terceiro Ciclo, Educação Tecnológica

95 - Orlando Machado, Escultor FBAUP

96 – Manuel Matos Monteiro, Escritor e Revisor

97 - Fernando Maria Rodrigues Mesquita Guimarães, Reformado

98 - Octávio dos Santos, Jornalista

99 - Maria Fernanda Bacelar, Reformada

100 - José Martins Barata de Castilho, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa (Iseg, onde é conhecido como Martins Barata), Escritor de Romances, História e Genealogia, tendo vários livros publicados na área da Economia

101 - Cândido Morais Gonçalves, Professor Aposentado

102 - Ana Cláudia Alves Oliveira, Redactora e Gestora de Conteúdos

103 – Albino José da Silva Carneiro, Sacerdote

104 - João Daniel de Andrade Gomes Luís, Técnico Superior

105 - Idalete Garcia Giga, Professora Universitária (Aposentada)

106 - Amadeu Fontoura Mata, Aposentado do Ministério das Finanças

107 - Armando Jorge Soares, Funcionário Internacional (OTAN), Aposentado

108 - António da Silva Magalhães, Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, Aposentado

109 - Artur Soares, Chefe de finanças

110 - Manuel de Campos Dias Figueiredo, Capitão-de-Mar-e-Guerra, Aposentado

111 - José dos Santos Martins, Administrativo (Reformado)

112 - Carlos Alberto Coelho de Magalhães Coimbra (Toronto-Canadá), Cientista de Informática (Aposentado)

113 - Olímpio Manuel Carreira Rato - Eng.º Mecânico, Reformado

114 - Maria da Conceição da Cunha Henriques Torres Lima, Economista

115 - Jorge Garrido, Eng.º Agrónomo (reformado)

116 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto

117 - Pedro Miguel Pina Contente, Informático

118 - Carla de Oliveira, Compositora, Guitarrista, Cantora

119 - Maria de Lurdes Nobre, Produtora Cultural

120 - Paula Isabel Pereira Arém Pinto Serrenho, Gestora

121 - Pedro Inácio, Consultor Informático

122 - Laura da Silva Oliveira Santos Rocha, Professora de Educação Especial

123 - Maria José Teixeira de Vasconcelos Dias, Professora

124 - João Moreira, Professor

125 - Luís Bigotte de Almeida, Médico e Professor Universitário

126 - Jorge Manuel Neves Tavares, Reformado

127 - Júlio Pires Raposo, Bibliotecário

128 -  Alfredo Medeiros Martins da Silva, Reformado, (Licenciado em EB)

129 - Maximina Maria Girão da Cunha Ribeiro, Professora Jubilada do Ensino Superior 

130 - Manuel Maria Saraiva da Costa (Sydney, Austrália), Organeiro Restaurador Aposentado

131 - Miguel Costa Paixão Gomes, Fiscalista

132 - Irene de Pinho Noites, Professora de Língua Portuguesa 

133 -  João Esperança Barroca, Professor

134 -  Carlos Fiolhais, Professor de Física da Universidade de Coimbra (aposentado) 

135 - António Miguel Ribeiro Dinis da Fonseca, Reformado (ex-Analista de Sistemas)

136 – Bárbara Caracol, Estudante 

137 - Miguel Viana Antunes, Programador Informático

138 - Mário Macedo, Escritor de Ficção, Drama e Terror usando o pseudónimo Mário Amazan

139 - Carlos Guedes, Electricista Industrial

140 - Nuno Messias, Economista Reformado

141 - António Manuel Rodrigues da Mota, Professor

142 - Susana Maria Veríssimo Leite, Fotógrafa

143 - Manuel Tomás, Ferroviário

144 - Maria Isabel Ferreira dos Santos Cabrera, Profissional de Seguros, Reformada

145 - Celestina Rebelo, Desempregada

146 -  Soledade Martinho Costa, Escritora

147 - Ana Olga André Senra dos Santos Carvalho, Desempregada

148 - José Pinto da Silva Ribeiro, Mecânico Aposentado

149 - Luís Manuel Robert Lopes, Professor de Música - guitarra clássica, Reformado

150 - Miracel Vinagre de Lacerda, Sem profissão

151 - Ana Maria da Cunha Henriques Torres Lima, Professora

152 - Maria do Pilar da Cunha Henriques de Lima, Economista da AT

 153 - Paulo Veríssimo, Desempregado

154 – André Gago, actor

 155 - Luiz Manoel Morais Cunha, Engenheiro Mecânico

156 - Alexandra Pinho Noites Lopes, Acupunctora

 157 - José Agostinho Fins, Engenheiro Mecânico (IST)

158 - Cláudia Maria Raposo Coiteiro (Luanda, Angola), Socióloga de formação, e exerce as profissões de Formadora, Consultora e Coach.

 159 - Teresa Alves Matos, Promotora Comercial

160 - Paulo Costa Pinto, Realizador de audiovisuais

161 - Maria Adelaide Veríssimo Leite, Técnica Profissional de Pesca, Aposentada 

162 - José Francisco Oliveira Carneiro, reformado

 163 - João Miguel dos Santos Monte, Programador iOS, desempregado

 164 - António Jacinto Rebelo Pascoal, Professor/Escritor

165 - Eduardo Rui Pereira Serafim, Professor de Português e Latim

166 - Aurelino Costa, Poeta e Declamador de Poesia  

167 - João Pedro Arez Fernandez Cabrera, Licenciado em Gestão de Empresas

168 - Margarida Maria Lopes Machado, Jornalista

169 - M. Carmen de Frias e Gouveia, Docente (da secção de Português) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

 

***

Esta lista não se esgota nestes 169 subscritores. A subscrição continuará, e serão enviados, a Vossa Excelência, todos os nomes que vierem depois do envio deste APELO. 

 

Entretanto, deixamos, para consulta de Vossa Excelência, duas publicações, onde constam os nomes dos Cidadãos Portugueses Pensantes, que rejeitam o acordo ortográfico de 1990, os quais, de um modo ou de outro, têm manifestado publicamente a recusa da grafia que nos foi imposta, e que não faz parte da Cultura Linguística Europeia.

 

Faltam aqui os inúmeros anónimos, instruídos e menos instruídos que, não tendo acesso aos média, murmuram, por aí, o seu imenso desgosto por ver a Língua Materna deles tão despedaçada.

 

Estas são as vozes contra a extinção da Língua Portuguesa


O que os portugueses cultos pensam sobre o Acordo Ortográfico de 1990

 

Isabel A. Ferreira

***

Neste mesmo dia, foi enviada uma segunda via do APELO com mais os seguintes nomes:

170 - Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar

171 - Maria de Fátima da Silva Roldão Cabral, Aposentada da Função pública

172 -  Luís Pereira Alves da Silva, Engenheiro Electrotécnico e Mestre em Gestão.

173 - Helena Maria Afonso Antunes, Professora 

174 - Rui Filipe Gomes da Fonseca, Analista de Sistemas (aposentado)

175 -  Gastão Freire de Andrade de Brito e Silva, fotógrafo e “Ruinólogo” 

176 - Carlos Laranjeira Craveiro, professor do ensino secundário

177 - Ana Isabel Buescu, Professora Universitária

178 - Manuel Neto dos Santos, Poeta, Tutor de Língua Portuguesa, Tradutor

179 - Fátima Teles Grilo, Professora de Português/Francês do Ensino Secundário, Aposentada

180 - Nuno Miguel da Conceição Custódio, Recepcionista de Hotel

181 - Pedro Jorge Mendonça de Carvalho, bate-chapas na situação de reformado

182 - Cátia Cassiano, Tradutora (Sydney, Austrália)

183 - Alfredo Gago da Câmara, Fadista e Letrista

184 - Acácio Bragança de Sousa Martins, Contabilista Certificado

185 - Maria de Jesus Henriques Sardinha Nogueira, Fisioterapeut 

186 - Anabela de Fátima Cana-Verde das Dores, Técnica de Turismo,

187 - Maria de Fátima Carvalho da Silva Cardoso, Jurista e Escritora

188 - Manuela Sampaio, Doméstica

189 - Maria Júlia Martins de Almeida, Professora

190 - Teolinda Gersão, Escritora, Professora Catedrática aposentada da Universidade Nova de Lisboa

191 - Maria do Céu Bernardes de Castro e Melo Mendes, Médica

192 - Francisco Jorge Moreirinhas Monteiro Soeiro, Funcionário Bancário Reformado

193 - Natalina de Lourdes Pires Veleda Soeiro, Contabilista Reformada

194 -  Manuel Jacinto, Reformado

***


Uma terceira via será enviada brevemente com mais 74 nomes.

***

 

Aos interessados:

Para subscreverem este APELO basta enviar para o e-mail deste Blogue  isabelferreira@net.sapo.pt o vosso nome e profissão.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:12

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Sexta-feira, 10 de Junho de 2022

Celebremos, hoje, a Língua Portuguesa, a Língua que Luiz de Camões fixou e cultivou com Engenho e Arte, honrando Dom Dinis, Portugal e os Portugueses

 

Hoje, nós, OS Portugueses, distanciamo-nos dos políticos, e celebramos também o Dia de Portugal, o NOSSO Portugal, não, o dos estrangeiros, e  também o Dia das Comunidades Portuguesas, espalhadas pelos quatro cantos do mundo, que os políticos portugueses tanto desprezam, porque, NÃO honrando Portugal, como não honram, como podem honrar os Portugueses, que, na diáspora, vêem a sua Cultura, a sua História e a sua Língua tão DESPREZADAS pelos governantes, que, hipocritamente, descaradamente, andam por aí a mentir-lhes, vendendo-lhes gato por lebre, com a ilusão dos milhões?

 

CAMÕES - Banner de perfil.png

 

A primeira referência conhecida do simbolismo festivo do dia 10 de Junho, dia da morte do Poeta, data do ano de 1880, num decreto real de Dom Luís I, que o proclamou como "Dia de Festa Nacional e de Grande Gala" para comemorar os 300 anos da morte de Luiz Vaz de Camões, em 10 de Junho de 1580.

 

Porquê “Língua de Camões”? Porque, na verdade, Camões foi considerado um revolucionário em relação à Língua Portuguesa culta da sua geração, trazendo à Língua inovações linguísticas, evidenciadas no Poema Épico «Os Lusíadas».

 

A este propósito, diz a investigadora Maria Helena Paiva:

 

«Os Lusíadas constituem um testemunho de primeira importância sobre uma mudança (linguística) em curso na época. Camões não se revela apenas como um homem do seu tempo cuja linguagem reflecte a variedade padrão, sobre a qual o corpus metalinguístico quinhentista fornece uma informação específica ao nível da consciência, da práxis escritural e da dimensão normativa. O aumento da amplitude da variação que o texto acusa não é só inerente à diversificação dos conteúdos, à pluralidade de vozes e à policromia de cambiantes. Camões identifica a tendência que prevalecerá no futuro, e extrai, daquilo que intui na língua, consequências detectáveis no plano da criação estética».

 

Hoje, celebramos também a Língua de Fernando Pessoa, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Antero de Quental, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eugénio de Andrade, Padre António Vieira, Ferreira de Castro, Florbela Espanca, Natália Correia, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, António Lobo Antunes, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Vitorino Nemésio, Raul Brandão, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Luís Rosa, Fernando Campos, Fernando Namora, Júlio Dinis, Mário de Sá-Carneiro, Luísa Costa Gomes, Gil Vicente, José Saramago, Vergílio Ferreira, Marquesa de Alorna, Teolinda Gersão, Deana Barroqueiro, Dom Dinis, Maria Velho da Costa, Hélia Correia, Ilse Losa, Sophia de Mello Breyner Andresen, Cesário Verde, Fernando Dacosta, José Régio, Mário de Andrade, Maria Isabel Barreno, Amadeo de Souza-Cardoso, Santa Rita Pintor, Almada Negreiros, Afonso Lopes Vieira, Maria Gabriela Llansol, Alexandre O’Neill, Maria Judite de Carvalho, Bernardim Ribeiro, Camilo Pessanha, Maria Teresa Horta, Fernão Lopes, Herberto Helder, Garcia de Resende, José Cardoso Pires, Sá de Miranda, Teixeira de Pascoaes, Mariana Alcoforado e tantos, tantos outros, que não me vêm agora à memória.

 

Todos estes escritores, prosadores e poetas portugueses fizeram da Língua Portuguesa um Monumento à Arte de Bem Escrever a Língua que Dom Dinis, ele próprio um excelente Trovador, nos deixou, e constitui o nosso Património Cultural Linguístico, que os governantes acordistas, de má-fé e ignorantemente, estão a tentar destruir.



É bem verdade que a Língua Portuguesa gerou Variantes/ Dialectos/Crioulos, como lhes queiram chamar, que hoje são usados nas ex-colónias portuguesas de África e América do Sul, e noutros territórios dos confins da Ásia.


Nessas Variantes/Dialectos/Crioulos foram escritas obras primorosíssimas, porém, o que hoje celebramos é a GENETRIZ de todas essas Variantes/Dialectos/Crioulos, para que se saiba que a Língua Portuguesa não pode se triturada, à mercê de gostos duvidosos e com base nos milhões, e continuar a ser chamada Portuguesa. Será portuguesa apenas por conveniências políticas, altamente lesivas dos interesses de Portugal.

 

Para celebrar a “Língua de Camões” escolhi este belíssimo poema   musicado por Zeca Afonso (a política, aqui, fica de fora, se fazem favor), porque a nossa Cultura é feita de uns e de outros.


E VIVA a Língua Portuguesa!


Isabel A. Ferreira

 

Pintura de Camões.png

Quadro pintado referente a Camões a’prisionado em Goa. Trata-se de uma pintura a guache, de 1556, considerada como retratando co veracidade o maior poeta lusíada.

 

Endechas a Bárbara Escrava

Endechas a uma cativa, chamada Bárbara, por quem Luiz de Camões andava de amores, na Índia
 

Aquela cativa

Que me tem cativo,

Porque nela vivo

Já não quer que viva.

Eu nunca vi rosa

Em suaves molhos,

Que pera meus olhos

Fosse mais fermosa.

 

Nem no campo flores,

Nem no céu estrelas

Me parecem belas

Como os meus amores.

Rosto singular,

Olhos sossegados,

Pretos e cansados,

Mas não de matar.

 

Ũa graça viva,

Que neles lhe mora,

Pera ser senhora

De quem é cativa.

Pretos os cabelos,

Onde o povo vão

Perde opinião

Que os louros são belos.

 

Pretidão de Amor,

Tão doce a figura,

Que a neve lhe jura

Que trocara a cor.

Leda mansidão,

Que o siso acompanha;

Bem parece estranha,

Mas bárbara não.

 

Presença serena

Que a tormenta amansa;

Nela, enfim, descansa

Toda a minha pena.

Esta é a cativa

Que me tem cativo;

E, pois nela vivo,

É força que viva.

 

Luiz de Camões

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 00:07

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Quinta-feira, 10 de Junho de 2021

Hoje celebrarei, a três tempos, o Dia de Portugal, de Camões, das Comunidades Portuguesas e da Língua Portuguesa…

 

Tempo Primeiro:

 

Camões 1.jpg

 

Celebro o Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas orgulhando-me de ser portuguesa, orgulhando-me da sua História, da sua Cultura Culta (porque anda por aí uma cultura inculta a tentar impor-se, sob as asas de políticos pouco escrupulosos, de quem não tenho orgulho algum), e de todos os Autores Portugueses que souberam honrar a Língua Portuguesa, desde Dom Dinis até aos nossos dias.

 

Portugal é um país territorialmente pequeno, mas com uma alma grande, que gente ignara, d’aquém e d’além-mar, amesquinha insidiosamente, sem o mínimo Saber.

 

Contudo, um Povo [que se preze] deve celebrar os valores do seu País mais do que gritar ao mundo as suas desvirtudes. Estas devem ser redimidas na intimidade da sua auto-estima.

 

E porque tudo vale a pena se a alma não é pequena (citando Fernando Pessoa), este é o meu contributo no sentido de resgatar o bom-nome de Portugal [que anda por aí tão vilipendiado, na boca de quem não conhece as palavras].

 

Todos os povos têm virtudes e defeitos. Portugal não foge à regra. Contudo, o maior defeito do Povo Português é o de não acreditar nas suas virtudes, [aceitar ser governado por políticos estultos] e encolher-se perante os juízos menores que dele fazem os que desconhecem a grandeza do seu percurso histórico, e de como sempre conseguiu manter-se na corda bamba, sem nunca perder plenamente o equilíbrio.

 

E isso não é coisa pouca!

[Mas esses foram outros tempos, tempos em que a HONRA fazia Lei].

 

(O texto em itálico foi retirado da nota introdutória do meu livro «Dom João VI – Como um Príncipe Valente Enganou Napoleão e Salvou o Reino de Portugal e o Brasil», que pode ser consultado neste link:

https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/contestacao-ao-livro-1808-de-laurentino-729191

 

***

 

Tempo segundo:

 

Fernando Campos.jpg

Fernando Campos (Foto: Portal da Literatura)

 

É através do escritor Fernando Campos que celebrarei todos os Autores Portugueses, desde os clássicos, aos hodiernos, que souberam honrar Portugal, honrando a Língua Portuguesa, o nosso mais nobre   Património Cultural Imaterial, o único que nos identifica como Povo soberano.

 

Fernando Campos é um dos mais extraordinários autores portugueses, da minha predilecção. Ficcionista, cronista e investigador, Fernando da Silva Campos nasceu em 23 de Abril de 1924, em Águas Santas, no concelho da Maia (Porto), e faleceu em Lisboa, em 01 de Abril de 2017. A sua prosa é cristalina. É perfeita. É ímpar. Ler Fernando Campos é esquecer a realidade e entrar no mundo fabuloso das suas palavras e dos seus enredos.

 

De Fernando Campos, neste momento, estou a reler «A Rocha Branca», cujo âmbito cronológico da acção vai dos finais do século VII a. C. à primeira metade do século VI a. C., e no qual a poetisa Safo de Lesbos é a personagem principal. Um livro que recomendo não só pela sua beleza de escrita, como pela riqueza do conteúdo histórico.

 

Entretanto, seguindo a minha releitura, na página 47, deparei-me com o discurso de Pítaco, rei de Mitilene, que provocou o exílio de Safo, a conspiradora.

 

E não sei porquê (talvez os meus leitores possam dizer-me), encontrei neste discurso algo que me trouxe aos tempos de hoje. E pensei: o que mudou em todos estes séculos? Este discurso pode ser proferido por qualquer um dos nossos actuais governantes, ou pretendentes a sê-lo, ou poderia tê-lo dito António Oliveira Salazar.

 

Ontem, como hoje, tirania ou democracia? Eis o grande dilema, que me proponho reflectir com os meus leitores:

 

«(...)

Um dia Pítaco convoca os cidadãos para a ágora. (...) Ele avança três passos no patamar até à beira da escadaria, levanta a mão e fala:

 

– Cidadãos de Mitilene! A nossa liberdade está em perigo. Um grupo de conspiradores ousou urdir na sombra a morte do vosso rei e a perda da cidade. Vejo-me constrangido a expulsar de Lesbos todo esse bando de perigosos malfeitores. Alcei-me ditador para que não mais haja nesta terra ditadura. Não renegaremos os deuses, velaremos pela salvação da pátria e pela segurança de todos vós. É na tirania que se funda a verdadeira democracia. De que serve a soma de opiniões dos homens cultos, se, numa assembleia, as suas ideias divergem, tal como na taberna se entrechocam as dos ignorantes no calor do vinho e das paixões? Sim, dir-me-eis, é preciso educar o povo. É verdade. Mas, quando toda a gente possuir o dom da sabedoria, todos continuarão a opinar diversamente e a democracia corre o risco de ser sinónimo de anarquia...

 

Só sereis felizes se fordes governados por um rei absoluto. A causa de todos os males está na democracia, no governo da maioria. Quando o poder está na mão de um tirano, ele sabe que tem de satisfazer a muitos. Se muitos governam, não pensam senão em satisfazer-se a si próprios e surge então a mais hipócrita das tiranias, a tirania rebuçada de liberdade. Para obviar a esse perigo, cumpre pôr ordem nos tribunais, nas assembleias do povo, no exército, nas ruas, disciplina nas escolas, estabelecer normas de convivência. Criarei uma guarda pessoal que vigilará pela minha e vossa integridade, que o mesmo é dizer pela integridade do estado. Serão homens especialmente treinados. Ninguém conhecerá os seus rostos nem os seus nomes. Estarão em todo o lado, secretos, invisíveis, atentos e zelosos. Serão os meus olhos e ouvidos. Ide em paz. Sois livres de nada conceber e atentar contra o vosso rei e a vossa pátria...

 

- …se não… - rosna Antiménides no meio da multidão.»

 

in «A Rocha Branca», Fernando Campos (Editora Objectiva) – 1ª edição Outubro 2011

 

Obra literária de Fernando Campos, que recomendo vivamente:

 

A Casa do Pó (Prémio Literário Município de Lisboa) – (1986); Psiché – (1987); O Homem da Máquina de Escrever – (1987); O Pesadelo de dEus - (1990); A Esmeralda Partida (Prémio Eça de Queiroz da Câmara Municipal de Lisboa) - (1995); A Sala das Perguntas - (1998); Viagem ao Ponto de Fuga - (1999); A Ponte dos Suspiros - (2000); ...que o meu pé prende... - (2001); O Prisioneiro da Torre Velha - (2003); O Cavaleiro da Águia - (2005); O Lago Azul - (2007); A Loja das Duas Esquinas - (2009); A Rocha Branca - (2011); Ravengar - (2012)

 

***

 

Tempo Terceiro:

 

Luto pela Língua.png

 

Neste dia de celebração de Portugal, de Camões (o maior de todos os nossos Poetas, o qual cantou os feitos gloriosos dos Portugueses, imortalizando-os na sua genial obra «Os Lusíadas»), das Comunidades Portuguesas, mas também da nossa Língua Portuguesa, não podia deixar passar em branco o facto de o Povo Português estar de luto por ela, e ao mesmo tempo, existir tanta gente a lutar pela sua sobrevivência, entre o caos em que, entretanto, a lançaram.

 

Eu estou de luto pela nossa Língua, tão bela e quase morta! O que fizeram dela? O que fizeram com ela? Em nome de quê? Porquê? Nasceu nobre e europeia, num jardim antigo, à beira-mar plantado, e foi lapidada, como um diamante, por um saber profundo.

 

Foi levada por ventos e marés a todos os cantos do mundo. E em cada canto nasceu um novo falar, uma nova escrita. E de uma se fez muitas.

 

Espalhou-se pelo mundo, sem nunca deixar, contudo, de ser a Matriarca [de mater (Latim) + árkho (Grego) – as suas raízes], aquela que lidera, por ser a mais antiga, entre todas as outras que nasceram dela.

 

Porém, entretanto, vieram uns invasores estéreis, e feriram-na de morte, sem dó, nem piedade, nem sabedoria, e agora, agonizante, o nosso belo diamante aguarda um antídoto que possa devolvê-lo à vida e à beleza de antanho.

 

Daí que eu esteja de luto, mas, ao mesmo tempo, luto com todas as garras de fora para que esses invasores sejam escorraçados e vencidos, como tantos outros, ao longo da nossa História, já foram, e a Língua Portuguesa possa, então, renascer das cinzas, tal a bela Phoenix que sempre foi.

 

Ainda nos resta a esperança que, tal como a ave mítica, ainda que possa morrer queimada, renascerá sempre das próprias cinzas, se assim o desejarmos.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 09:58

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