Comentário no post O que talvez não se saiba sobre o AO90 e é crucial saber, para não se fazer papel de parvo
Que vergonha de texto. Quanta xenofobia! A “variante brasileira” é cultural. E deve ser respeitada tanto quanto a lingua raiz. Percebe-se bem que você entende pouco da língua e suas nuances, descriminar o português falado no Brasil é discriminar o povo e sua cultura, o que é crime. Também nao concordo com o acordo, como também nao concordo que o português “brasileiro” nao seja aceito em Portugal. Seus argumentos só sustenta uma ignorância predominante aqui em Portugal, a falta de respeito e a soberba com outros povos. Retrato.
Cristiellen a 1 de Agosto 2021, 02:25
(Para bom entendedor...)
Cristiellen, vamos aos factos, porque FACTOS não são FATOS:
Mas antes de ler esta minha resposta ao seu comentário, aconselho-a a consultar, num bom dicionário de Língua Portuguesa, o significado da palavra XENOFOBIA. E a propósito poderia pesquisar também o significado de LUSOFOBIA, que se adapta perfeitamente ao que o Brasil fez com a Língua Portuguesa, algo que mais nenhum país, dito “lusófono”, que adoptou o Português como língua oficial, fez.
Facto 1: A VARIANTE BRASILEIRA da Língua Portuguesa (NUNCA esquecer que PORTUGAL é o BERÇO da Língua Portuguesa) é muito cultural, sob o ponto de vista da Cultura Brasileira, aliás, riquíssima, mas muito mal apoiada e divulgada, por falta de uma política cultural elevada, obviamente por culpa dos políticos, e esse “cultural” ninguém contesta. E obviamente que essa VARIANTE deve ser respeitada como Língua do Brasil, e isto também ninguém contesta.
Facto 2: se você tivesse lido o texto com olhos de VER e não apenas de olhar (e olhe que estou a ser delicada, porque poderia adjectivar esta sua “leitura” de outro modo), não diria este absurdo: «percebe-se bem que você entende pouco da língua e suas nuances, descriminar o português falado no Brasil é discriminar o povo e sua cultura, o que é crime». Minha cara, o que é CRIME é pegar na Língua Portuguesa (a língua de outro povo) e DESLUSITANIZÁ-LA, americanizando-a, afrancesando-a, castelhanizando-a, italianizando-a, mutilando-a, afastando-a das suas raízes indo-europeias, por motivos POLÍTICOS bastante OBSCUROS, e continuar a chamar-lhe LÍNGUA PORTUGUESA. Chamem-lhe Língua Brasileira, porque portuguesa ela já não é, incluindo na fonética/fonologia, na sintaxe, no léxico, na morfologia, na semântica. Mas pior do que isso é tentar impingir aos Portugueses essa VARIANTE, quando Portugal TEM uma Língua europeia íntegra: a sua própria Língua.
Facto 3: a VARIANTE BRASILEIRA do Português é ACEITE em Portugal, (não ACEITA) desde que falada pelos Brasileiros. Se os Brasileiros frequentam escolas portuguesas terão de aprender PORTUGUÊS, tal como EU tive de aprender BRASILEIRO quando estudei nas escolas brasileiras, que não aceitavam e não aceitam o NOSSO Português. Se os Brasileiros forem estudar para Inglaterra terão de aprender Inglês, não é verdade? É que a VARIANTE BRASILEIRA do Português está tão distanciada do NOSSO Português, que já é OUTRA Língua.
Facto 4: a ignorância predominante não está em Portugal, nem a falta de respeito e a soberba com outros povos, como você diz, também não está em Portugal, até porque nas escolas portuguesas estudam Ucranianos, Indianos, Chineses, Franceses, entre outras nacionalidades, que se integram perfeitamente, porque não têm a pretensão de serem MAIS do que nós e exigir MORDOMIAS. Quando vamos para um país estrangeiro, dançamos conforme a música desse país. Foi o que EU fiz no Brasil. E SEM REFILAR, porque refilar, nessa circunstância, é da IGNORÂNCIA. Não vamos MUDAR a NOSSA Cultura apenas para fazer o jeito aos estrangeiros, nem a tal somos obrigados. E quem não estiver bem, que se mude. Nenhum estrangeiro jamais mudou a sua CULTURA para fazer o jeito a quem emigra. Nunca ouviu dizer que «em Roma sê romano»? Pois em Portugal seja portuguesa, como eu fui brasileira, no Brasil, e adorei. Até porque 80% da minha família é BRASILEIRA.
Posto isto, e porque FACTOS não são FATOS, fique lá com a sua sabedoria, que eu ficarei com a minha IGNORÂNCIA.
Isabel A. Ferreira
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