Não, não é para optar pelo tipo de linguagem que se lê no rodapé dos ecrãs das televisões, como vemos aqui:
(E não me venham dizer que isto é uma gralha, porque as gralhas corrigem-se na hora, não ficam, ficam, ficam ali como se fossem eternas...)
Todas, sem excePção, aderiram à Língua Mixordesa, tanto na forma grafada, como na oralidade, a qual veio substituir a Língua Portuguesa, com o selo dos governantes de Portugal. Uma verdadeira vergonha.
Não podemos mais consentir que os ignorantes levem a melhor.
As estações de televisão portuguesas são as maiores divulgadoras de erros de palmatória. Outra vergonha.
Portugal é o único país do mundo em que tal acontece.
Também não podemos apresentar uma monção de censura a tal gente, pois estaríamos a passar um atestado de idiotas a nós próprios.
Então o que fazer?
Agendar aulas extras de Língua Portuguesa, e iniciá-las pelo primeiro ano, do primeiro Ciclo, para os que trabalham nas televisões, para o governo português, para os deputados da Nação, para o presidente da República (que ainda diz todos e todas, e infelizmente não é o único que dá este mau exemplo), para os professores, enfim, para todos os que usam a Língua como instrumento de trabalho.
Não podemos deixar que isto chegue a um ponto de não retorno, e ficarmos a ser o Portugal dos pequeninos que não conseguiram aprender a escrever e a falar Português correCtamente. Seria algo incomportável.
Isabel A. Ferreira
... escreveu o Comandante da Marinha Portuguesa, Manuel CD Figueiredo, no seu Blogue Sextante Poveiro
E eu, como portuguesa também exijo a mesmíssima coisa.
Por Manuel CD Figueiredo
«PORTUGAL E BRASIL»
Será agora, o princípio do merecido fim?
A próxima cimeira luso-brasileira, a 19 deste mês, vai juntar os mais altos governantes dos dois países para prepararem (ou assinarem?) nada mais, nada menos do que 20 acordos!
Esta é uma possível boa notícia.
Na cimeira serão tratados assuntos relativos, entre outros, a Defesa, Justiça, Saúde, Segurança, Ciência e Cultura. Ciente das suas responsabilidades, o Governo português terá recolhido opiniões alargadas e fundamentadas sobre cada uma das áreas, no sentido de melhor servir os interesses do povo que representa.
Destaco duas áreas de vital importância: Defesa e Cultura.
No âmbito da primeira, a Defesa, oxalá não nos fiquemos pela "ambição" da compra de equipamentos. Os interesses mútuos no âmbito da Defesa são reconhecidamente de capital relevância.
No que respeita à segunda, a Cultura, como português exijo que se trate de reverter o famigerado "Acordo Ortográfico" (AO90), o qual, na nossa legislação, é indubitavelmente ilegal e inconstitucional.
Desejo que esta venha a ser uma muito boa notícia!»
Manuel Figueiredo
Fonte:
https://sextante-poveiro.blogspot.com/2025/02/e-brasil-proxima-cimeira-luso.html#google_vignette
***
Bem, esta seria uma boa notícia SE...
Porém, há um SE gigante: estarão os nossos decisores políticos dispostos a pugnar pelos interesses de Portugal e deixarem de ser vassalos dos milhões?
Há que tentar tudo para que o acordo ortográfico de 1990 seja desacordado.
Já basta de se andar a brincar aos servos, por conta da Língua de Portugal, e a violar a Constituição da República Portuguesa.
Que todos os deuses de todos os olimpos leiam este artigo do Comandante Manuel Figueiredo, para que esta venha a ser facto, uma boa notícia.
Portugal e os Portugueses dos quatro costados merecem-na.
Isabel A. Ferreira
Perguntou-me Fernando Coelho Kvistgaard.
Pois é!
E isto saiu na RTP, estação de televisão estatal.
Respondi-lhe simplesmente que isto é um abuso do ignorante de serviço.
Mas mais abusados e ignorantes são os directores de programação.
E viva a ESTUPIDEZ linguística em Portugal!
Uma geladeira, em Português, é um tanque utilizado nas fábricas de gelo para congelar a água.
No BRASIL é um eleCtrodoméstico que, em Português, se designa como FRIGORÍFICO.
Mas Fernando Coelho Kvistgaard, apresentou-me uma outra perplexidade:
«Outro caso que desejo apresentar-lhe é a palavra "câmeras" que, segundo parece, é termo brasileiro – a RTP deve estar cheia de brasileiros –, a meu ver, e tanto quanto sei, chama-se câmaras.»
Exactamente, Fernando. Em Portugal o vocábulo câmara, que é o que usamos, deriva do Latim camara, originário do grego Κάμερα. Portanto, camêras é um vocábulo usado exclusivamente no Brasil, porque em Portugal caiu em desuso, há muito, muito tempo. Em Portugal houve uma evolução da Língua, mas esta regressou a um nível básico, depois do aparecimento do ignorantíssimo AO90.
Na verdade, a RTP está apostada no brasileiro, e deve ter muitos brasileiros ao seu serviço. Se não tem, parece. Temos de contrariar esta tendência, se quisermos salvar a nossa Língua.
A sua perplexidade, diante da linguagem agora adoptada em Portugal, é a perplexidade de muitos outros portugueses que se encontram fora do País, e, obviamente, o governo português e o presidente da República, que poderiam resolver isto de uma penada, estão a contribuir vergonhosamente, talvez até intencionalmente, para o caos ortográfico, também entre as comunidades portuguesas na diáspora, e isto devia ser tratado como um crime de lesa-pátria.
Mas a perplexidade de Fernando Coelho Kvistgaard vai mais além dos brasileirismos que por aí circulam de má-fé, pois Portugal NÃO é o Brasil, para que se ande por aí a brasileirar, como se estivessem no Brasil, e isto configura uma falta de respeito pelo Estado Português e pela sua Língua Oficial, e pelos próprios Portugueses.
Fernando diz mais:
«Agora, no que respeita a vêem, vêm e veem, quanto mais leio mais fico confundido. Do verbo ver, a terceira pessoa do plural do presente do indicativo é: vêem ou veem? O AO90 até nisto se meteu. Nunca em nenhum país se maltratou tanto uma língua nacional, ao ponto em eu próprio ficar com dúvidas sobre palavras que não conheço por lhe faltarem as letras que retiraram. Nós, adultos, não soletramos as palavras, pelo menos, no que me diz respeito, leio uma palavra como um símbolo/bloco que se refere a qualquer coisa: um objecto ou qualquer outra coisa. Quando leio "ator" paro, espanto-me, e desconheço a palavra. Nem já gosto de ler livros em Português.»
Fiquei bastante triste quando li «Nem já gosto de ler livros em Português». Se sabemos outras Línguas, na verdade, é melhor ler os nossos autores traduzidos para as Línguas estrangeiras que conhecemos. Eu ainda gosto de ler em Português correCto. Os bons autores portugueses NÃO se renderam ao AO90, nem e à linguagem amixordizada. Mas já não gosto de ir às feiras do livro, porque já não vale a pena: más traduções, maus livros escritos em mau Português, de autores que não interessam para nada.
Quanto ao vêem, vêm e veem, temos o seguinte: as palavras vêem e vêm estão correCtamente escritas. A palavrinha veem dá erro ortográfico, nos correctores ortográficos de Língua Portuguesa, que tenho inseridos no meu computador. E, na verdade, é algo que, em Português é erro ortográfico. A supressão do acento circunflexo foi uma palermice trazida pelo AO90.
Não desista de ler em Bom Português, Fernando, porque os nossos BONS Autores escrevem correCtamente.
***
Vou terminar com uma imagem, também da RTP, que demonstra a ignorância dos ignorantes que a RTP põe ao serviço desta estação de televisão estatal:
Isabel A. Ferreira
Com que intenção o teria feito?
Os Portugueses, que NÃO usam palas, sabem muito bem os motivos obscuros que levaram o governo socialista a destruir um símbolo do Governo de Portugal, para o substituir por três figuras geométricas que podem representar qualquer coisa que se queira, mas JAMAIS poderá representar o Governo de Portugal, e pior, usurparam algo da exclusividade do Estado Português, ao substituírem "Governo de Portugal", por "República Portuguesa". E Marcelo Rebelo de Sousa calou-se. Na verdade, a República Portuguesa NÃO tem logótipos, tem SÍMBOLOS, e os símbolos são intocáveis. E o que fizeram não tem nada a ver com modernices, com inovações, mas com outra coisa: a intenção clara de desidentificar Portugal, para dar lugar a usurpadores.
Atentem bem nestas duas imagens, e digam-me qual das duas, de imediato, nos leva a Portugal, sem precisar de outra qualquer identificação?
Pode ser que não interesse a ninguém, mas, ainda assim, vou aqui deixar a minha interpretação sobre o ex-símbolo do ex-governo destruidor de símbolos portugueses, aqui incluída a Língua Portuguesa, que também está totalmente descaracterizada, e pelos mesmos motivos.
Como sabemos, o partido comuno-socialista rasteja aos pés do Brasil, e até permite que seja ele o dono da NOSSA Língua, e faça acordos, por detrás do pano, para beneficiar o País do “verde e amarelo” (cores brasileiras).
A primeira vez com que me deparei com o novo símbolo do ex-governo, constituído por um rectângulo verde, um círculo amarelo e um quadrado vermelho, veio-me imediatamente à cabeça a descarada subserviência dos ex-governantes portugueses ao Brasil.
Este símbolo descaracterizado, que daria para representar qualquer país do mundo, serviria para fazer o frete ao Brasil com o "Verde e Amarelo" correspondente à Bandeira Brasileira, e o quadrado vermelho, numa alusão à Bandeira Portuguesa, em posição subalterna e quadrada?
Para quem não sabe, no Brasil, designar uma pessoa como quadrada é chamá-la de bota-de-elástico, antiquada, chata, retrógrada, ultrapassada. Foi o que chamaram, nas televisões brasileiras, à Selecção Portuguesa e também à bola quadrada com que os portugueses iriam jogar, em 1966, aquando da realização do Campeonato do Mundo de Futebol, antes do jogo Brasil-Portugal, em que Portugal ganhou ao Brasil por 3-1, e ficou em terceiro lugar, facto que levou à destruição de muitas lojas de portugueses. Eu estava lá, e vi, com os meus próprios olhos, a destruição das montras dos negócios dos portugueses. Uma coisa realmente muito, muito feia. Eu era ainda uma adolescente, mas não era cega e já era dotada de espírito crítico.
Quando vi aquele símbolo descaracterizado com as cores do Brasil (verde e amarelo) em primeiro lugar e o quadrado vermelho em lugar subalterno, tudo isto me veio à cabeça, e não me surpreendi que tivesse vindo, devido ao mais que evidente CAPACHISMO dos governantes Portugueses. Quiseram imitar o símbolo também descaracterizado do governo de Lula da Silva, que mais parece uma bandeira LGBTQIA+? E nada tenho contra esta sigla, apenas com o símbolo descaracterizado.
Nada naquele símbolo socialista nos levava a Portugal.
E eu, quando o vi pela primeira vez, conhecendo como conheço as manhas e artimanhas dos políticos de lá e de cá, fiz, de imediato, esta leitura. Tô certa ou tô errada? -- (Como diria Sinhozinho Malta, personagem da extraordinária novela brasileira Roque Santeiro).
Pode ser que esteja errada. Mas o que é que isso importa?
O que importa é que descaracterizaram um símbolo português, porque talvez a intenção fosse desidentificar Portugal, e se a este barbarismo juntarmos a descaracterização da Língua Portuguesa, que anda por aí a circular como Português, assinalado com a Bandeira Brasileira, temos um quadro bastante elucidativo.
E a isto que se vê na imagem abaixo chama-se USURPAÇÃO do Idioma de um País alheio.
NOTA: e que ninguém diga que sou xenófoba, porque xenofobia não rima com o direito de defender os valores do MEU País, além disso, o Brasil faz parte da minha história, e irrito-me quando os brasileiros incultos insultam o Brasil, ao insultarem acintosamente Portugal e os Portugueses.
Isabel A. Ferreira
«Sou adepta de “acêntos”, “hí-fenes” e “trëmas”.
A nova ortografia não me representa.
A resistência é um dever.»
Rita Lee, cantora brasileira
«Que grande compreensão tem esta gente das regras do Acordo Ortográfico de 1990... Nem com mais vinte anos em cima vão dominar a nova ortografia. E isto com jornalistas, imagine-se agora com o falante comum.»
Helder Guégués, tradutor e revisor, 19-04-2023, no blogue O Linguagista
«Raios partam o Acordo e quem nada faz para o reverter! Raios partam os políticos que fazem proclamações de amor infinito à língua portuguesa e a maltratam todos os dias, e não piam quanto ao acordo cacográfico. A integridade linguística é prova de carácter, com "c" antes do "t"!»
Maria Rueff, com texto de Manuel Monteiro na TSF
A par de fatos, que não são para vestir, como se observou no escrito do mês de Abril, os contatos são a segunda marca indelével do AO90. Só a sua aparição e proliferação seria razão suficiente, como escreve Manuel Monteiro, para pôr cobro à sua aplicação. Acrescem ainda, entre outras, o fracasso da unificação e as frequentes incoerências.
Voltemos de novo aos contatos. Uma breve incursão por alguns órgãos de Comunicação Social traz-nos, entre outras pérolas:
1. «Com cerca de cem membros e mais de cinquenta pontos de contato, como é referido na sua página da Internet, esta organização reúne outras de todo o mundo, por forma a melhor combater a corrupção no desporto.»
Vítor Rosa, A Bola, 31-03-2023
2. «Depois de João Galamba ter, em conferência de imprensa no sábado, confirmado a tentativa de entrar em contato com Costa- “Estava, penso que a conduzir, e não atendeu”.»
Expresso, 01-05-2023
3. «Na sua mensagem de abertura da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que se realiza esta semana, Ornelas revelou que este grupo deverá ter a “autonomia necessária para acolher e acompanhar as vítimas” e “assegurar o necessário apoio e a possível recuperação dos danos por estas sofridos”, dispondo de uma linha de atendimento e de “condições para o contato e acompanhamento pessoal».
Expresso, 17-04-23
4. «Até há pouco tempo, publicar um livro exigia do autor muito mais do que a já hercúlea habilidade de parir universos inteiros com as próprias mãos: sem oceanos de suor, alguma sorte e uma bela rede de contatos que garantisse os olhos de uma editora sobre o seu original, dificilmente o sucesso lhe bateria à porta.»
Observador, 11-04-2023
5. «O predador sexual, que já tinha sido condenado anteriormente por agressão, exposição indecente, indecência grosseira com crianças e crueldade animal, e que foi descrito pelo procurador como: «uma "suposta transgénero" que usou essa vertente de personalidade para ‘entrar em contato com pessoas vulneráveis’», aproveitou-se das políticas identitárias e mascarou-se com uma peruca, maquilhagem e soutiens com enchimento para se declarar mulher, ser preso na cela delas e continuar a violá-las.»
Sol, 30-03-2023
6. «Governo diz que CM de Setúbal não quis celebrar um protocolo com o Alto Comissariado para as Migrações.
Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, diz que a Câmara Municipal de Setúbal tem fugido aos contatos e a essa formalização de uma parceria com o Alto Comissariado.»
Observador, 10-05-2022
7. «Isabel Lima, professora de português do Colégio, diz que a atividade foi enriquecedora e que “o contato com o espaço físico é diferente da percepção que se tem dentro da sala de aula”. Para a docente, vivências como estas permitem que os jovens fiquem mais atentos às notícias e à desinformação.»
JN, 20-02-2023
8. «Este contato com os autarcas, e as autarquias, é muito importante. Tendo em conta que dos 10 municípios a visitar apenas 3 têm gestão social-democrata, há muito para aprender e, eventualmente, replicar as boas práticas.»
Manuel Portugal Lage, DN, 17-04-2023
9. «Acabei de entrar em contato com o comandante de uma das brigadas que defendem a cidade. Posso afirmar com confiança que as forças de defesa ucranianas controlam uma percentagem muito maior do território de Bakhmut", disse o porta-voz das forças ucranianas em declarações à CNN International.»
DN, 11-04-2023
10. «Verstappen defendeu que Lewis Hamilton não seguiu as regras da corrida ao ultrapassá-lo na primeira volta. "Da minha parte, apenas tentei evitar o contato, está bem claro nas regras o que é permitido fazer agora do lado de fora, mas claramente não é seguido", disse.”»
DN, 01-04-2023
O que acha desta pequena colecção, caro eleitor? Será isto um não-assunto, como dizem alguns que se julgam entendidos também em Linguística? Justifica-se que os responsáveis teçam rasgados elogios à língua no Dia Mundial da Língua Portuguesa e continuem a assobiar para o lado no resto do ano?
Ah, e como escrevemos em Abril, o nome dos meses, quando se refere uma efeméride ou um acontecimento histórico, deve ser grafado com maiúscula. Sempre!
João Esperança Barroca
***
Uma vez que pergunta, caro João Esperança Barroca, e sendo eu sua leitora, digo-lhe que esta pequena colecção de contatos diz de um servilismo absolutamente bacoco, a juntar a uma ignorância optativa e ao DESPREZO que o presidente da República, o (des) governo português e os deputados da Nação (salvaguardando as raras excepções que pugnam pela NOSSA Língua Portuguesa), votam a Portugal, insultando os Portugueses Pensantes com essa atitude servil , anti-democrática [com hifene], ditatorial, ilegal e inconstitucional. E isto só acontece porque vivemos numa República DOS Bananas.
Isabel A. Ferreira
***
***
(*) Artigo 11.º
(Símbolos nacionais e língua oficial)
n.º 3. A Língua oficial é o Português [aqui não estão consignadas as VARIANTES do Português].
***
O APELO a enviar através do Site da Presidência da República, consta do seguinte:
Assunto: APELO Cívico de um Grupo de Cidadãos Portugueses
Introdução:
Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
Coube-me enviar a Vossa Excelência, em 18 de Abril de 2023, este APELO, para o qual continuamos a esperar a melhor atenção, uma vez que todos acreditamos que Portugal ainda é um Estado de Direito, uma Democracia Plena, um País Livre e Soberano, onde os seus representantes ouvem, de acordo com as regras democráticas, os apelos dos cidadãos pensantes, descontentes com o desnorte da sua Nação.
Em anexo, seguem excertos das transcrições de dois vídeos, que uma cidadã portuguesa, residente em Sidney (Austrália) produziu e publicou no YouTube, para levar o nosso APELO, dirigido a Vossa Excelência, aos quatro cantos do mundo, onde também as Comunidades Portuguesas na Diáspora, longe da Pátria, lutam pela Língua Portuguesa, legada a Portugal, por Dom Diniz, um dos nossos Reis mais esclarecidos.
O documento anexado está subscrito por 265 cidadãos portugueses, de todas as classes sociais, no activo e na reforma, número que não se esgotará aqui, porque a subscrição deste APELO continuará a aberta “ad infinitum”.
Aguardando que Vossa Excelência, nos conceda a amabilidade de uma resposta, envio os meus mais respeitosos cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
PS: Tornarei público, hoje, no meu Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa», o envio desta terceira via do APELO a Vossa Excelência. A lista dos subscritores não se esgota nestes 265 nomes. A subscrição continuará, e serão enviados a Vossa Excelência, todos os nomes que vierem depois do envio desta terceira via do APELO.
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Transcrição do Programa “The Translator Insider”
Data de Publicação: 8/05/23
Local de publicação: Canal do YouTube “All About Translation”
Autora: Cátia Cassiano
Excertos do 1.º vídeo de Cátia Cassiano, intitulado «Em Luta pela Língua Portuguesa! Não ao AO90!», que pode ser visto, na íntegra, aqui
****
“Olá, bem-vindos, a esta edição especial do “Translator Insider”.
(...)
A razão pela qual esta edição especial do “Insider” está a ser feita em Português é devido ao assunto que vos trago ser totalmente relacionado com a Língua Portuguesa.
(...)
Gostaria também de afirmar que a revolta que tem havido em relação ao Acordo Ortográfico não é só por parte dos portugueses, mas há brasileiros e há pessoas de todos os países de expressão portuguesa que são contra, obviamente, porque é um absurdo! E depois de termos iniciado esta nossa campanha contra o Acordo Ortográfico com a Iniciativa Legislativa de Cidadãos, que foi entregue na Assembleia da República e que acabou por não ser considerada no Parlamento, decidimos que não iríamos baixar os braços, pois é a cultura e a identidade de Portugal que estão em causa.
(...)
A Isabel A. Ferreira tem um blogue que se chama “O Lugar da Língua Portuguesa”, onde (...) está neste momento a ser levado um APELO ao Presidente da República Portuguesa, que foi entregue há umas semanas, mas que ainda está a recolher subscrições que vão posteriormente sendo adicionadas às que já foram enviadas através do site oficial da Presidência da República, e que é mais um pedido, neste caso, dirigido directamente ao Presidente da República, para que este finalmente possa ver como o «acordo ortográfico de 1990» está a causar todo o tipo de mal-estar dentro do país. A Língua que é hoje ensinada nas escolas, nada tem a ver com a Língua Portuguesa.
(...)
Isto é uma luta contra a inacção, contra a incompetência do Governo Português de admitir e de defender a sua soberania, de defender a sua identidade, defender a cultura e o direito à cultura que todos os portugueses têm. Porque, ao fim e ao cabo, a cultura de um país só pode sobreviver através da Língua desse país, e a Língua é um vector da identidade portuguesa, e faz parte da cultura portuguesa. É a Língua Materna que vai transmitir essa cultura de geração em geração, e também em relação a outras línguas. (...) Se retirarmos esta componente cultural à Língua, obviamente é parte da identidade de um país que se vai perder, porque a Língua e a forma como esta é [escrita] e falada no país é intrinsecamente parte da cultura desse país. Se queremos manter e transmitir a Cultura Portuguesa temos de manter a Língua saudável.
Outra questão que se põe aqui é a questão da evolução da Língua. Toda a gente entende, quer seja linguista ou não, que as línguas evoluem. Perfeitamente normal! Mas uma língua evolui de acordo com aquilo que acontece no país onde é falada. É precisamente porque as línguas evoluem que acabam por ser criadas variantes, porque, no caso particular do Português, o Português que se falava no Brasil, quando este foi colonizado pelo portugueses, obviamente, já não é o mesmo português que se fala em Portugal hoje em dia, da mesma forma que, com o fim da colonização, a evolução do Brasil e da sua cultura também acabou por fazer com que a Língua tivesse evoluído de uma forma diferente, de tal forma que, hoje em dia, temos a Variante Brasileira do Português e a Língua Portuguesa (...) duas Línguas riquíssimas que representam duas culturas que, embora estejam unidas, são culturas diferentes, que têm de ser respeitadas. Quer seja a cultura brasileira, quer seja a cultura portuguesa, a cultura angolana, a cultura moçambicana, todas as culturas de todos os países que falam a Língua Portuguesa têm o direito a ser respeitadas. E qualquer uma destas variantes é legítima, pois representa a soberania dos países onde são faladas e [escritas] (...) são parte da identidade desses mesmos países. E o mesmo acontece com a Língua Portuguesa, que também evoluiu. (...)
O que é impossível de aceitar aqui é que foi imposta a Portugal uma mudança que não é natural, que não reflecte a evolução natural da Língua Portuguesa. E uma vez que as mudanças que foram propostas estão mais de acordo com a Variante Brasileira, daí a retórica da imposição da Variante Brasileira aos Portugueses. E obviamente, isto está a causar um mal-estar às pessoas, os professores estão descontentes, pois estão a ensinar uma Língua que sentem que não é natural, que não é a Língua Portuguesa. As crianças estão a aprender uma língua que acham confusa. A própria República Portuguesa e o próprio Diário da República não conseguem aplicar as regras que foram criadas [não foram os portugueses que criaram as regras, mas sim o enciclopedista brasileiro Antônio Houaiss, que chamou Malaca Casteleiro e impôs o AO90] pois todos os dias me chegam à vista excertos do Diário da República onde umas palavras estão “acordizadas”, outras palavras não estão. Não sabem minimamente aplicar o monstro que criaram. Há que haver respeito pela Língua e pela forma como ela é escrita. E isto tem causado, obviamente, grande revolta e grande confusão. É um absurdo hoje em dia ler seja o que for em Português, devido à quantidade de erros originados pelo acordo ortográfico. Às vezes é esta a ideia com que fico cada vez que leio um jornal português, cada vez que vejo os excertos do Diário da República, o que eu acho que é de bradar aos céus, uma vez que o Diário da República é a representação da República Portuguesa, supostamente escrita por aqueles que aprovaram esta (choldra), este “aborto ortográfico” que é como nós lhe chamamos, e como é possível que eles aprovem uma coisa que não sabem eles próprios aplicar? É absurdo!
Daí que decidimos continuar a luta, pois eu penso que isto é o futuro do País que está em causa aqui. Nós não podemos baixar os braços e deixar pura e simplesmente que isto caia no esquecimento, porque isto está a prejudicar muita gente, nomeadamente as crianças que estão a aprender o Português errado! E que vão continuar a aprender Português de uma forma confusa, porque não é automaticamente aceite por estas crianças, uma vez que a forma como pronunciam as palavras não é propriamente aquela que vêem no papel, e é esta desconexão que, na minha opinião, causa o problema. É que nós olhamos para o papel, muito honestamente, e eu que sou profissional, sou linguista profissional, e muitas das vezes estou a ler um jornal português e eu própria tenho dificuldade em pronunciar as palavras que estão escritas, precisamente porque não são naturais, precisamente porque estas palavras não me fazem sentido e eu não sei como pronunciá-las correctamente.
(...)
A Língua Portuguesa (...) não tem nada a ver com este acordo ortográfico. Este acordo ortográfico está a danificar a Língua, está a vandalizar a Língua, eu acho que isto é um verdadeiro atentado. E é muito triste que aqueles que são eleitos para defender o País, para defender os cidadãos, para gerir o País são aqueles que estão a denegri-lo e a deitá-lo abaixo! Isto é algo que, a mim, me revolta imenso. Porque eu e muitos dos meus colegas e pessoas, que têm participado nestas iniciativas, não entendemos como é possível sequer unificar uma Língua. Numa altura em que se fala de diversidade, numa altura em que se fala de inclusão, numa altura em que se fala em multi-culturalismo e tudo isto que são obviamente conceitos positivos, neste momento, o Governo Português quer pura e simplesmente anular a cultura portuguesa, quer pura e simplesmente anular os portugueses e impor-lhes algo que não tem a ver com a cultura deles, mas que grandemente tem a ver com a cultura brasileira. Há que respeitar a cultura dos países.
Outras línguas são faladas em mais do que um país, nomeadamente a Língua Inglesa, que é outra das línguas com as quais trabalho e que neste momento é a Língua que eu mais falo, uma vez que vivo num país de expressão inglesa, e nunca vimos dentro da Língua Inglesa, ninguém querer unificá-la, porque não se quer escrever duas actas nas Nações Unidas. O que eu acho que é absurdo, eu nem sequer acredito que isso seja verdade. E todo esse chorrilho de asneiras que nos têm enfiado pela cara como argumento para aprovarem um disparate destes. Eu não estou a ver o Rei Carlos III de um momento para o outro começar a falar as Variantes americana, ou australiana, ou sul-africana, ou da Nova Zelândia. E porquê? Porque a Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos da América, Canadá, África do Sul, todos estes países de expressão inglesa têm direito à sua cultura, têm direito à sua individualidade e todos estes pequenos traços e todas estas pequenas variantes apenas vêm aumentar a riqueza cultural da língua no seu todo, e daí que há que ser preservadas e respeitadas. Porque não fazer o mesmo com a Língua Portuguesa? Eu não entendo por que razão é que nós temos de fragmentar, descaracterizar a Língua Portuguesa, só porque um grupo de políticos incompetentes e incapazes de perceber a excentricidade e as necessidades de uma Língua e que o fazem por razões que me são totalmente desconhecidas. É por isso que me juntei à Dra. Isabel e o meu nome está na lista e convido-vos a todos também a participar. Para participar precisam de aceder ao blogue da Isabel e enviar um e-mail que está no seu blogue, leiam por favor o texto do APELO que foi enviado ao Presidente da República, e continua-se a angariar subscritores. Quantos mais melhor!
(...)
Não podemos calar-nos! Temos direito de defender a Língua Portuguesa. Acho que é um dever do cidadão, já que o Governo, que foi democraticamente eleito para o fazer, é incapaz de o fazer. Há que manter a Variante Brasileira do Português e a Língua Portuguesa. Há que manter a diversidade cultural, a diversidade linguística, a maravilha, a beleza desta Língua no seu todo.
Por favor, juntem-se a nós e digam NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO! Vamos acabar com este aborto ortográfico, vamos restabelecer a Língua Portuguesa da forma como ela é falada e escrita em Portugal. Vamos permitir que as nossas crianças aprendam o Português de Camões, a Língua de Camões.
***
Programa “The Translator Insider”
Data de Publicação: 18/05/23
Local de publicação: Canal do YouTube “All About Translation”
Autora: Cátia Cassiano
Excertos da segunda versão do vídeo de Cátia Cassiano, intitulado «Apelo ao Presidente da República - Clarificação do vídeo anterior», que pode ser visto, na íntegra, aqui
***
«(...)
Vamos então agora passar ao mais importante, que é o nosso APELO. É a razão pela qual estou a gravar mais este vídeo e que nos move a todos.
Já vos falei na Dra. Isabel A Ferreira, que é uma portuguesa nascida em Ovar, que também viveu no Brasil e isto ajuda-a a ter uma visão um pouco mais profunda de tudo isto, e da importância que há em lutarmos pela identidade portuguesa e pela cultura dos dois países, basicamente. É formada em História e em Língua Inglesa e também é jornalista e autora do blogue “O Lugar da Língua Portuguesa”, que tem também um grupo no Facebook, do qual sou subscritora e vos convido também a subscrever e a ler o blogue onde terão toda a informação também relacionada com esta nossa luta e com este nosso Apelo, e a Dra. Isabel é como disse, a organizadora desta nossa iniciativa.
Vamos passar à iniciativa e que é um APELO cívico ao Presidente da República Portuguesa, portanto um apelo que será entregue através do Site da Presidência da República. O APELO Cívico de um grupo de cidadãos portugueses, tal como eu. Conta já com 266 subscritores. Muito obrigado. Mas precisamos mais, juntem-se a nós.
Vamos então apelar ao Presidente da República para que oiça a nossa voz, para que oiça a voz dos portugueses e utilize os seus poderes de Presidente, como representante máximo do País, para reconhecer a nossa luta, para reconhecer a importância da individualidade da Cultura Portuguesa, da Língua Portuguesa, e para que nos ajude a abolir este Acordo Ortográfico, que realmente não está a ajudar ninguém. Portanto, junte-se a nós. Para participar, como já disse, terá de visitar o blogue da Dra. Isabel – «O Lugar da Língua Portuguesa». Eu vou deixar os links todos abaixo. E lá encontrará o e-mail da Dra. Isabel, por favor, envie um e-mail com o seu nome e profissão. O seu nome e profissão será incluído na lista que é constantemente actualizada, que depois será enviada à Presidência da República.
Desde já agradeço a todos a vossa colaboração e vamos continuar esta luta! Não vamos deixar cair isto em esquecimento. Vamos dizer NÃO ao Acordo Ortográfico. Vamos restabelecer a Língua Portuguesa àquilo que ela merece. Vamos restabelecer a Cultura Portuguesa, vamos restabelecer a nossa identidade. Nós não falamos nem escrevemos a Variante Brasileira do Português, falamos e escrevemos Português. Portanto, vamos abolir este “aborto” ortográfico! Junte-se a nós! Como eu costumo dizer, a união faz a força, vamos ganhar esta guerra! NÃO AO ACORDO ORTOGRÁFICO!»
Com os nossos melhores cumprimentos,
1 - Juliana Dias Marques, Estudante de Letras
2 - Maria Vieira Raposo, Técnica Superior Administrativa
3 - Nuno Furet, Agente de Animação Turística
4 - Germano da Silva Ribeiro, Professor do Ensino Secundário (aposentado)
5 - Rui José da Silva Dias Leite, Arquitecto
6 - João Robalo de Carvalho, Jurista
7 - José Silva Neves Dias, Professor Universitário
8 - Jaime de Sousa Oliveira, Professor Aposentado
9 - Maria da Purificação Pinto de Morais, Professora do Ensino Secundário
10 - Isabel A. Ferreira, Jornalista/Escritora, Ex-Professora de Português e História
11 - Alberto Henrique Sousa Miranda Raposo, Engenheiro civil, Aposentado
12 - Albano Pereira, Sócio-Gerente da Firma Táxis Rufimota, lda.
13 - José Manuel do Livramento, Eng.º Electrotécnico
14 - José António Girão, Professor Catedrático (Reformado) da Faculdade de Economia da UNL; ex-Vice-Reitor da UNL
15 - João Paulo Norberto, Desempregado
16 - Maria do Carmo Guerreiro Vieira Sousa Miranda Raposo, Professora Aposentada
17 - Mário Adolfo Gomes Ribeiro - Eng. Mecânico, Reformado
18 - José Manuel Gomes Ferreira, Engenheiro Electrotécnico
19 - Teresa Paula Soares de Araújo, Professora Ensino Superior
20 - Jorge Alexandre Barreto Ferreira, Engenheiro Electrotécnico e Máquinas
21 - Luís Serpa, Escritor e Marinheiro
22 - José Manuel da Silva Araújo, PhD, Professor e Investigador
23 - Fernando Costa, Funcionário Público Aposentado
24 - António Jorge Marques, Músico/Musicólogo
25 - Luís Cabral da Silva, Eng.º Electrotécnico, IST - Especialista em Transportes e Vias de Comunicação, O.E.
26 - Margarida Maria Lopes Machado, Jornalista
27 - Vanda Maria Calais Leitão, actualmente desempregada
28 - João Viana Antunes, Estudante
29 - José Manuel Campos d’Oliveira Lima, Reformado
30 - João José Baptista da Costa Ribeiro, Cirurgião Geral
31 - Maria Luísa Fêo e Torres, Aposentada
32 - Maria Elisabeth Matos Carreira da Costa - Professora Reformada
33 - Pedro Manuel Aires de Sousa, Terapeuta da Fala
34 - Francisco José Mendes Marques, Tradutor e Professor
35 - Diana Coelho - Professora de História
36 - José Manuel Moreira Tavares, Professor de Filosofia no Ensino Secundário
37 - Rui Veloso, Músico Compositor
38 - António José Serra do Amaral, Reformado da Função Pública Portuguesa
39 – Francisco Miguel Torres Vieira Nines Farinha, Comercial
40 - Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, Reformado
41 - Mário António Pires Correia, Musicólogo
42 - Pedro António Caetano Soares, Bancário Reformado
43 - Ana Maria Alves Pinto Neves, Professora de História
44 - Cláudia Ribeiro, Estagiária de Museu, PhD
45 - Maria José Melo de Sousa, Professora do Ensino Secundário de Inglês e Alemão, Aposentada
46 - Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, Programador e Produtor de Espectáculo
47 - Ana Luís de Avellar Henriques Sampaio Leite, Gestora de Empresas
48 - João Manuel Pais de Azevedo Andrade Correia, Engenheiro Civil, oficial
49 – António José Araújo da Cruz Mocho, Gestor e Empresário
50 - Manuel Gomes Vieira, Investigador Auxiliar em Engenharia Civil
51 - Celina Maria Monteiro Leitão de Aguiar, Assistente Social
52 - José Manuel Pereira Gonçalves, Empregado Bancário na Reforma
53 - João de Jesus Ferreira, Engenheiro (IST)
54 - Maria José Cunha Viana, Empregada de Escritório
55 - José Antunes, Jornalista e Fotógrafo
56 - Carlos Costa, Inspector Tributário Jurista
57 - Manuel Moreira Bateira, Professor Aposentado
58 - João Paulo de Miranda Plácido Santos, Pensionista/CGA
59 - Nuno de Saldanha e Daun, Gestor Financeiro, Reformado
60 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto
61 - Artur Manuel Duarte Ferreira, Reformado
62 - Alexandre Guilherme Pereira Leite Pita, Desempregado
63 - Manuel São Pedro Ramalhete, Economista e Professor Universitário Aposentado
64 - Maria José Abranches Gonçalves dos Santos, Professora de Português e Francês do Ensino Secundário, reformada
65 - Maria Filomena da Cunha Henriques de Lima, Reformada, mas continua no activo na área de Turismo
66 - Telmo Antunes dos Santos, Militar
67 - António José Monteiro Leitão de Aguiar - Corretor (Seguros)
68 - Ismael Teixeira, Operador de Produção
69 - Daniel da Silva Teodósio de Jesus, Intérprete de Conferências e Tradutor
70 - Eduardo Henrique Martins Loureiro, Consultor e Guardião Intransigente da Língua Portuguesa
71 - Armando dos Santos Marques Rito, Aposentado da Função Pública
72 - João Luís Fernandes da Silva Marcos, Reformado do Sector dos Transportes, como Gestor
73 - Bruno Miguel de Jesus Afonso, Tradutor Profissional
74 - Sérgio Amaro Antunes Teixeira, Biólogo
75 - Elisabete Maria Lourenço Henriques, Aposentada da CGD
76 - Edgar Serrano, Gestor de Negócio
77 - Manuel dos Santos da Cerveira Pinto Ferreira, Arquitecto e Professor Universitário
78 - Artur Jesus Teixeira Forte, Professor Aposentado
79 - Fernando Jorge Alves, Professor
80 - Carlos Manuel Mina Henriques, Contra-almirante Reformado
81 - Vítor Manuel Margarido Paixão Dias, Médico
82 - Fernando Coelho Kvistgaard (Dinamarca) Eng. Técnico Agrário, Reformado
83 - Jorge Joaquim Pacheco Coelho de Oliveira, Engenheiro Electrotécnico (IST) Reformado
84 - António Miguel Pinto dos Santos (Londres), Gerente de Restaurante
85 - Fernando Alberto Rosa Serrão, Técnico afecto à Direcção-Geral da Administração da Justiça, Aposentado
86 - Paulo Teixeira, Gestor Comercial
87 - Ademar Margarido de Sampaio Rodrigues Leite, Economista
88 - Alexandre Júlio Vinagre Pirata, Eng.º Agrónomo
89 - Telmo Mateus Pinheiro Carraca, Oficial de Vias Férreas (Construção e Manutenção)
90 - Maria Manuela Gomes Rodrigues, Desempregada
91 - António José Ferreira Simões Vieira, Empresário e Professor do Ensino Secundário Aposentado
92 - Fernando Manuel Dias de Lemos Rodrigues, Bancário Aposentado
93 - Alexandre M. Pereira Figueiredo, Professor do Ensino Superior e Investigador
94 - Maria Elisabete Eusébio Ferreira, Professora Aposentada do Terceiro Ciclo, Educação Tecnológica
95 - Orlando Machado, Escultor FBAUP
96 – Manuel Matos Monteiro, Escritor e Revisor
97 - Fernando Maria Rodrigues Mesquita Guimarães, Reformado
98 - Octávio dos Santos, Jornalista
99 - Maria Fernanda Bacelar, Reformada
100 - José Martins Barata de Castilho, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa (Iseg, onde é conhecido como Martins Barata), Escritor de Romances, História e Genealogia, tendo vários livros publicados na área da Economia
101 - Cândido Morais Gonçalves, Professor Aposentado
102 - Ana Cláudia Alves Oliveira, Redactora e Gestora de Conteúdos
103 – Albino José da Silva Carneiro, Sacerdote
104 - João Daniel de Andrade Gomes Luís, Técnico Superior
105 - Idalete Garcia Giga, Professora Universitária (Aposentada)
106 - Amadeu Fontoura Mata, Aposentado do Ministério das Finanças
107 - Armando Jorge Soares, Funcionário Internacional (OTAN), Aposentado
108 - António da Silva Magalhães, Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária, Aposentado
109 - Artur Soares, Chefe de finanças
110 - Manuel de Campos Dias Figueiredo, Capitão-de-Mar-e-Guerra, Aposentado
111 - José dos Santos Martins, Administrativo (Reformado)
112 - Carlos Alberto Coelho de Magalhães Coimbra (Toronto-Canadá), Cientista de Informática (Aposentado)
113 - Olímpio Manuel Carreira Rato - Eng.º Mecânico, Reformado
114 - Maria da Conceição da Cunha Henriques Torres Lima, Economista
115 - Jorge Garrido, Eng.º Agrónomo (reformado)
116 - António Alberto Gomes da Rocha, Arquitecto
117 - Pedro Miguel Pina Contente, Informático
118 - Carla de Oliveira, Compositora, Guitarrista, Cantora
119 - Maria de Lurdes Nobre, Produtora Cultural
120 - Paula Isabel Pereira Arém Pinto Serrenho, Gestora
121 - Pedro Inácio, Consultor Informático
122 - Laura da Silva Oliveira Santos Rocha, Professora de Educação Especial
123 - Maria José Teixeira de Vasconcelos Dias, Professora
124 - João Moreira, Professor
125 - Luís Bigotte de Almeida, Médico e Professor Universitário
126 - Jorge Manuel Neves Tavares, Reformado
127 - Júlio Pires Raposo, Bibliotecário
128 - Alfredo Medeiros Martins da Silva, Reformado, (Licenciado em EB)
129 - Maximina Maria Girão da Cunha Ribeiro, Professora Jubilada do Ensino Superior
130 - Manuel Maria Saraiva da Costa (Sydney, Austrália), Organeiro Restaurador Aposentado
131 - Miguel Costa Paixão Gomes, Fiscalista
132 - Irene de Pinho Noites, Professora de Língua Portuguesa
133 - João Esperança Barroca, Professor
134 - Carlos Fiolhais, Professor de Física da Universidade de Coimbra (aposentado)
135 - António Miguel Ribeiro Dinis da Fonseca, Reformado (ex-Analista de Sistemas)
136 – Bárbara Caracol, Estudante
137 - Miguel Viana Antunes, Programador Informático
138 - Mário Macedo, Escritor de Ficção, Drama e Terror usando o pseudónimo Mário Amazan
139 - Carlos Guedes, Electricista Industrial
140 - Nuno Messias, Economista Reformado
141 - António Manuel Rodrigues da Mota, Professor
142 - Susana Maria Veríssimo Leite, Fotógrafa
143 - Manuel Tomás, Ferroviário
144 - Maria Isabel Ferreira dos Santos Cabrera, Profissional de Seguros, Reformada
145 - Alfredo Medeiros Martins da Silva, Reformado, (licenciado em EB)
146 - Soledade Martinho Costa, Escritora
147 - Ana Olga André Senra dos Santos Carvalho, Desempregada
148 - José Pinto da Silva Ribeiro, Mecânico Aposentado
149 - Luís Manuel Robert Lopes, Professor de Música - guitarra clássica, Reformado
150 - Miracel Vinagre de Lacerda, Sem profissão
151 - Ana Maria da Cunha Henriques Torres Lima, Professora
152 - Maria do Pilar da Cunha Henriques de Lima, Economista da AT
153 - Paulo Veríssimo, Desempregado
154 – André Gago, actor
155 - Luiz Manoel Morais Cunha, Engenheiro Mecânico
156 - Alexandra Pinho Noites Lopes, Acupunctora
157 - José Agostinho Fins, Engenheiro Mecânico (IST)
158 - Cláudia Maria Raposo Coiteiro (Luanda, Angola), Socióloga de formação, e exerce as profissões de Formadora, Consultora e Coach.
159 - Teresa Alves Matos, Promotora Comercial
160 - Paulo Costa Pinto, Realizador de audiovisuais
161 - Maria Adelaide Veríssimo Leite, Técnica Profissional de Pesca, Aposentada
162 - José Francisco Oliveira Carneiro, reformado
163 - João Miguel dos Santos Monte, Programador iOS, desempregado
164 - António Jacinto Rebelo Pascoal, Professor/Escritor
165 - Eduardo Rui Pereira Serafim, Professor de Português e Latim
166 - Aurelino Costa, Poeta e Declamador de Poesia
167 - João Pedro Arez Fernandez Cabrera, Licenciado em Gestão de Empresas
168 - Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar, aposentada
169 - M. Carmen de Frias e Gouveia, Docente (da secção de Português) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
170 - Margarida da Conceição Reis Pedreira Lima, Médica de Medicina Geral e Familiar
171 - Maria de Fátima da Silva Roldão Cabral, Aposentada da Função pública
172 - Luís Pereira Alves da Silva, Engenheiro Electrotécnico e Mestre em Gestão.
173 - Helena Maria Afonso Antunes, Professora
174 - Rui Filipe Gomes da Fonseca, Analista de Sistemas (aposentado)
175 - Gastão Freire de Andrade de Brito e Silva, fotógrafo e “Ruinólogo”
176 - Carlos Laranjeira Craveiro, professor do ensino secundário
177 - Ana Isabel Buescu, Professora Universitária
178 - Manuel Neto dos Santos, Poeta, Tutor de Língua Portuguesa, Tradutor
179 - Fátima Teles Grilo, Professora de Português/Francês do Ensino Secundário, Aposentada
180 - Nuno Miguel da Conceição Custódio, Recepcionista de Hotel
181 - Pedro Jorge Mendonça de Carvalho, bate-chapas na situação de reformado
182 - Cátia Cassiano, Tradutora (Sydney, Austrália)
183 - Alfredo Gago da Câmara, Fadista e Letrista
184 - Acácio Bragança de Sousa Martins, Contabilista Certificado
185 - Maria de Jesus Henriques Sardinha Nogueira, Fisioterapeuta
186 - Anabela de Fátima Cana-Verde das Dores, Técnica de Turismo,
187 - Maria de Fátima Carvalho da Silva Cardoso, Jurista e Escritora
188 - Manuela Sampaio, Doméstica
189 - Maria Júlia Martins de Almeida, Professora
190 - Teolinda Gersão, Escritora, Professora Catedrática aposentada da Universidade Nova de Lisboa
191 - Maria do Céu Bernardes de Castro e Melo Mendes, Médica
192 - Francisco Jorge Moreirinhas Monteiro Soeiro, Funcionário Bancário Reformado
193 - Natalina de Lourdes Pires Veleda Soeiro, Contabilista Reformada
194 - Manuel Jacinto, Reformado
195 - Carmen Maria Lopes Movilha Rodrigues, Reformada
196 - José Ferreira Neto, Artista Plástico
197 - Rui Alberto Amaral Leitão, Aposentado
198 - João Carlos Salvador Fernandes, Professor Universitário, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
199 - Nuno Maria Vaz Pinto Mendes, Médico
200 - Rogério Rodrigues Ferreira, Reformado
201 - Maria João Monim Campos Cardoso, Desempregada (administrativa)
202 - James Viegas, IT Manager na Colgate Palmolive, Reformado
203- Jorge Alberto Cosme de Sousa Roberto, Reformado
204 - Clara Maria Soares dos Reis, Psicóloga
205 - Regina Maria Osório de Jesus Afonso, Empresária e Tradutora
206- Abílio Costa, Reformado
207 - Liberdade Maria Abrantes Cardoso, Assistente Social
208 - Maria da Graça Lima Correia da Silva, Jurista reformada
209 - Maria Teresa NCF Ramalho, Profª Universitária Aposentada
210 - Modesto José Ricardo Filipe Viegas, Aposentado
211 - Maria de Guadalupe Jácome, professora de Biologia aposentada
212 - João José Sardoeira Pereira da Silva, Economia e Gestão (Apos.)
213 - Luís Manuel Cabral Afonso, Designer Gráfico, Tradutor, Licenciado em Antropologia, Licenciado em História
214 - Manuel Joaquim Cardoso, Professor e diplomata aposentado
215- Maria de Fátima Afonso Neves Barroca, Professora
216 - Maria Beatriz Afonso Neves Esperança Barroca, Assistente Executiva
217 - Helena Cristina de Matos Pires, Línguas e Literaturas Modernas (Português/Inglês)
218 - João Caetano Gamito Sobral, Redactor
219- Maria João Dias Antonico dos Santos Veiga, Desempregada
220 - Valério Conceição, Licenciado em Direito e Ex Reverificador Assessor Principal da DG Alfândegas
221 - Anabela Simões Ferreira, Escritora
222 - Maria da Conceição Pinto de Morais, Sem profissão
223 - Maria Isabel Ferreira Magalhães Godinho, Doutora em Engenharia Agronómica, aposentada
224 - Maria Suzete da Silva Fraga Vale, operária numa empresa de pisos flutuantes
225 - Teresa Batalha Lopes, Doméstica
226 - Mário Moreira Ricca Gonçalves, Professor do Ensino Secundário
227 - António J. B. Silva Carvalho, Médico reformado (que, quando tem alguma coisa que mereça tornar-se pública, escreve gratuitamente artigos de opinião para jornais, quase sempre o SOL, raramente o Observador ou o Expresso)
228 - Maria Margarida Seabra Mendes Palma Silva Carvalho, professora de História do Ensino Secundário, aposentada, autora de dois romances publicados como Margarida Palma
229- Maria Teresa de Jesus Chitas Soares de Pinho, Reformada-bancária e licenciada pela Flul, Universidade Clássica de Lisboa
230 - Ivan Castelo-Lopes, Estudante
231- Amadeu Carvalho, Aposentado
232 - Francisco Silva Carvalho, Advogado,
233 - Dina Bela de Oliveira e Silva, Telefonista
234 - António José Antunes Teixeira, Prof. Magarefe,
235 - Dário Samuel Cardina Codinha, Ceramista,
236 - Gabriel Marques, Eng. Tec. Reformado
237 - Dulce Maria Santos Duarte Silva, Assistente Técnica CM Montijo
238 - Vera Tormenta Santana, Socióloga
239 - Manuel Carlos da Silva Correia, Bancário reformado
240 - Sofia Aragão, Livreira
241 - Andreia Patrícia Martins Figueiredo, Assistente Técnica
242 - Carlos Alberto Matias Barreto, Assistente Operacional de Emergência
243 - Manuel Loureiro, Investigador Científico,
244 - Maria Salete Martins Figueiredo, Aposentada
245 - Eduarda Vieira, Professora de Filosofia
246 - Ana Catarina Esteves Alves, Fisioterapeuta
247 - Luís Miguel Baptista, Engenheiro Civil
248 - Maria Teresa Caetano Dias, Professora de Português (3.º ciclo e ensino secundário)
249 - Antônio Sérgio Maisano Arantes, Arquitecto (cidadão brasileiro)
250 - Paulo Renato Ramos Costa de Jesus, Corretor de Seguros
251 - Mário Ferreira de Bastos, Frequentou Engenharia, no ISEP
252 – Conceição Lima, docente de Francês e Português
253 - Maria Helena Preces Pita Azevedo, reformada
254 - Elisabete Abrantes Laureano Amaral, Costureira
255 - Mariana Amélia Rosa Barão, Ex funcionária pública
256 - João Paulo de Sousa Nunes, Produtor musical
257 - Belmiro Domingues Cabral, Aposentado da Função Pública
258 - Elizabeth Felício, Musicoterapeuta
259 - Maria Dulcinea Nunes Rodrigues, Aposentada
260 - Isabel Maria Marques Alves Ferreira Soares Rebelo, Reformada
261 - Adalberto Alves, Escritor
262 - Fernando Lupi, Reformado, da área da Engenharia Civil e Construção.
263 - Manuel Lages Bernardo, Aposentado (Informação Médica)
264 - Jorge Humberto Direitinho Góis, Artista e Empresário
265 - Jacinta de Jesus Marques Santos Melo Pacheco, Enfermeira
266 - António Luís Magalhães Pereira, Bancário reformado
267 - Nuno Pacheco, Jornalista
E eu só posso concordar com ele.
É que a ESTUPIDEZ é como a pastilha elástica: quando se cola em alguma coisa é difícil de remover.
Por isso, é que depois de tanto se ter já provado, por A + B, que o AO90 bem como a pirosíssima “linguagem inclusiva” são coisas absolutamente estúpidas, elas continuam a ser mascadas e atiradas, por aí, e não há guindaste que consiga removê-la desta nossa desventurada sociedade, que está a estupidificar-se de um modo vertiginoso, com o aval dos que, dentro dos Palácios de São Bento e de Belém, conservam essa pastilha elástica como se fosse um jarro de fina porcelana, para ornamentar os salões.
Como poderemos remover essa pastilha elástica da nossa vida e devolver a Portugal a LUCIDEZ?
Alguém tem alguma ideia?
Isabel A. Ferreira
***
«A era da estupidez»
(Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 26/08/2022)
(…)
4 - As duas primeiras vezes que me deparei de caras com a agora chamada “linguagem inclusiva” aconteceram no Brasil e apenas me fizeram sorrir, longe de imaginar que mais tarde se tornaria moda e que de moda passaria a certidão de bom comportamento cívico e daí a quase imperativo — tão inútil, tão absurdo e tão idiota quanto o ridículo Acordo Ortográfico da língua portuguesa: o mais patético e humilhante documento jurídico alguma vez assinado por um Governo português.
A primeira vez, aconteceu estava eu a fazer um filme de 60 minutos para a RTP sobre a história da colonização portuguesa da Amazónia — (um projecto editorial que hoje, apenas pelo seu objecto, obviamente não seria autorizado). E estava então em trânsito numa daquelas cidadezinhas amazónicas com nomes do Ribatejo — Santarém ou Almeirim, já não recordo —, quando uma noite me deparo com um comício eleitoral para a prefeitura local, a decorrer numa praça ao ar livre. Sobe ao palanque um candidato com pinta de jagunço dos livros do Jorge Amado, bate três vezes no microfone para se certificar que funcionava, e começa: “Meus povos…” Porém, detém-se, olha a plateia, faz uma pausa e recomeça. “E minhas povas.” Estávamos em 1987.
A segunda vez aconteceu vários anos depois, em Brasília, quando fui entrevistar Dilma Rousseff, acabada de ser eleita Presidente do Brasil. Antes de entrar para a entrevista, uma sua assessora perguntou-me se eu estava ciente de que a Presidente Dilma gostava de ser tratada por “presidenta”. Na verdade, eu já tinha ouvido uns zunzuns sobre isso, mas fiz-me de parvo: “Sabe, eu falo português de Portugal. E lá, o substantivo presidente não tem género, tanto se aplica a um presidente homem como mulher. Se eu tratasse a presidente Dilma por ‘presidenta’, teria de tratar um Presidente homem por ‘presidento’. E, mais ainda: a senhora, por exemplo, teria de tratar o polícia federal que está ali fora por ‘senhor polício’.”
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Introdução
É tempo! Independência da Língua Portuguesa! NÃO a queremos MORTA! Estamos separados do Brasil! - Este é o grito que devemos gritar HOJE, decalcando o grito do Príncipe Regente Dom Pedro, nas margens do Rio Ipiranga, há precisamente 200 anos.
O trabalho de pesquisa, que se segue, foi elaborado por Francisco João, um dos membros fundadores do MPLP – Movimento em Prol da Língua Portuguesa – que continua activo, nos bastidores, para que a Língua Portuguesa, correndo real perigo de morte, não morra e seja enterrada num qualquer canto deste Planeta, como se fosse uma indigente.
ELA, que É (ainda no presente) uma das mais antigas Línguas europeias, que os Portugueses cultivaram, nos quatro cantos do mundo, originando VARIANTES, que se libertaram, umas, porém, UMA OUTRA, a Brasileira, ainda está por libertar!
Hoje, comemorando-se os 200 anos do Grito do Ipiranga, bradado pelo Príncipe Regente Dom Pedro: «É tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!», nada mais oportuno do que nos deixarmos de falsos pruridos e hipocrisias e enfrentarmos a questão da Língua Portuguesa, de frente, e, de uma vez por todas, exigirmos a nossa INDEPENDÊNCIA LINGUÍSTICA, que foi vergonhosamente barganhada (= vendida com dolo; negociada com trocas), por políticos ignorantes, como se a Língua fosse um saco de bolotas, o que levou à marginalização e ao descalabro da Língua Portuguesa, pela sua Variante Brasileira, através de um “Cavalo de Tróia” chamado Acordo Ortográfico de 1990, provocado por ambas as classes políticas do Brasil e Portugal.
Este trabalho, que pretende tirar do marasmo, os que se dizem anti-acordistas, em Portugal, e os DESPERTEM para a consciência de que se continuarem a NÃO fazer nada, se NÃO passarem das palavras aos actos, URGENTEMENTE, a Língua Portuguesa terá morte certa, conforme os altos desígnios dos actuais governantes, será apresentado em três Partes, sendo que as Partes I e II narrarão algumas razões históricas, políticas, sócio-linguísticas e mediáticas que nos impõem, urgentemente, uma feroz resistência contra o crime de destruição do Património Cultural Imaterial de Portugal, do qual a Língua é um vector essencial.
A Parte III será dedicada a Dom Pedro IV de Portugal (I do Brasil), que se filiou na Maçonaria brasileira «não tanto porque faça seus os ideais maçónicos, mas porque à maçonaria interessa fazê-lo mação», de acordo com Célia de Barros Barreto, uma estudiosa brasileira das questões maçónicas, e de como a Maçonaria terá influenciado o que Portugal vivencia, HOJE, estando a perder a sua IDENTIDADE, apenas porque os políticos portugueses NÃO mandam NADA em Portugal; apresentando-se também certas revelações sobre determinadas decisões relevantes de Dom Pedro IV, as quais ainda repercutem na actualidade.
Isabel A. Ferreira
***
«Entretanto…
«(…) enquanto nada mudar, e a atitude de quem manda diz-nos que por sua vontade não mudará uma só vírgula, haverá resistência e resistentes» - Nuno Pacheco, no Jornal PÚBLICO, em 16 Junho 2022, in «A eterna questão ortográfica: por que não desistimos»:
E a RESISTÊNCIA, hoje, terá de passar por um novo “Grito do Ipiranga”, desta vez, no Rio Tejo, manifestado em frente a Belém!
Imagem: "A independência do Brasil" (de François-René Moreau), ocorrida faz hoje 200 anos, nas margens do Rio Ipiranga. É chegado o momento de cortar o cordão umbilical, que ainda não foi cortado… desta feita, nas margens do Rio Tejo, para que a Independência do Brasil seja cumprida.
por Francisco João
(Um dos membros fundadores do Movimento em Prol da Língua Portuguesa - MPLP)
Parte I
NOTA PRÉVIA
Existe, actualmente, uma certa hostilidade entre Brasileiros e Portugueses que se acentuou drasticamente, depois da incompreensível, porque ilegal, imposição do AO-1990, a Portugal. Contudo, essa hostilidade já vem de longe.
Uma corrente hostil a Portugal e aos Portugueses, já foi referida desde 1884, pelo político, escritor, jornalista português, secretário particular do rei Dom Pedro V, Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (Lisboa, 13 de Novembro de 1842 – Lisboa, 8 de Abril de 1895), como “ódio”, e que, ao contrário de outros países em que havia ódios intensos e rivalidades entre as metrópoles e as suas ex-colónias, no caso de Portugal e do Brasil «… esse ódio só seria válido para as “camadas inferiores da sociedade” …» escreveu Pinheiro Chagas.
(Chagas - citação - apud - Valéria Augusti 2004 :2-3) Cf. igualmente Valéria Augusti. Consultar hiperligação:
http://www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br/estudos/ensaios/polemicas.pdf
Entretanto, mudou alguma coisa no Brasil?
Um outro trabalho, este de Cleidiane Marques da Silva, «tem como objectivo apresentar o preconceito que as minorias ainda sofrem na sociedade e o quanto isso afecta não só a eles, mas toda a população que vive em democracia. O Brasil ainda é um país muito preconceituoso e muitas pessoas, de diversas classes, cores, sexualidades, religiões, etc., sofrem com isso.»
Consultar a hiperligação:
https://poxannie.jusbrasil.com.br/artigos/1116186730/a-intolerancia-e-o-discurso-de-odio-no-brasil
E os portugueses são uma minoria no Brasil.
Vamos então ver se algo mudou, no Brasil, no caso da minoria dos portugueses. Uma recente reportagem (02 de Agosto 2022), de um media brasileiro, demonstra que o Brasil continua um “país muito preconceituoso” e que os Portugueses continuam a ser de facto um alvo preferido e muito cómodo!
A cadeia de Televisão Brasileira RECORD, deu-nos uma visão, na sua emissão Cidade Alerta, de que vale tudo, o ALVO É FÁCIL para fustigar, no Brasil, a Nação Portuguesa e os Portugueses, mas desta feita com outro tipo de acusações, talvez mais subtis.
O tema principal aqui NÃO é um PORTUGUÊS, mas é apresentado de forma enganadora e manipuladora.
Atentem no título dessa reportagem! “HUMILHAÇÃO e ABANDONO”. E lá temos de novo o culpado ideal: o português [que só poderia ser um “malvado”]: «Brasileira enganada por português relata terror». “Sujeitei ser tocada!”
Ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JQOrSANOKGo
A Lusofobia no Brasil e o “Jacobinismo” no final do Século XIX
Eis alguns textos que comprovam o que muitos brasileiros negam, mas que, de facto, existiu e continua a existir:
Reflections on Brazilian Jacobinism of the First Decade of the Republic (1893-1897), by Suely Robles Reis de Queiroz
The Americas - Vol. 48, No. 2 (Oct., 1991), pp. 181-205 (25 pages) - Published By: Cambridge University Press
https://doi.org/10.2307/1006823
https://www.jstor.org/stable/1006823
A Lusofobia e o velho ideal Jacobino ou Jacobinista tentaram, no final do Século XIX, levar ao extremo a hostilidade contra Portugal e os Portugueses.
As primeiras perguntas que ocorrem são: quem pode ter estado por detrás disso tudo? Qual era esse plano e com que objectivos? Quem iria beneficiar no futuro? Quem manipulou quem e porquê?
Um dos objectivos foi, manifestamente, o de excluir os portugueses (a minoria de que se fala mais acima) na construção de um “novo” Brasil.
Tratava-se, inter alia, de tentar fazer esquecer o facto histórico de que Portugal é o país que deu à luz o Brasil, nele agregando os indígenas, que povoavam aquelas terras e tinham uma Cultura própria, que ainda hoje perdura. Mas será assim tão fácil reescrever a História, mesmo negando-a ou, pior, tentando apagá-la?
Para tal, a corrente hostil fabricada contra Portugal e os Portugueses teve um papel preponderante, na sequência da decisão de Dom Pedro I do Brasil, em Agosto de 1822, o qual proibiu, por escrito, as actividades maçónicas, assinando Pedro GUATIMOZIN, pois era esse o apelido maçónico do Monarca. Essa corrente hostil e artificialmente criada, pasmem, por um determinado tipo de portugueses, reforçou-se, tornando-se depois mais forte, influenciando muito a política no Brasil e do Brasil, com fortes consequências nas relações de Estado a Estado o que levou mais tarde até ao rompimento de relações diplomáticas entre o Brasil e Portugal, no dia 13 de Maio de 1894, provocado pelo presidente Floriano Peixoto, e que durou até ao fim do seu mandato.
As relações diplomáticas só puderam ser retomadas em 16 de Março de 1895, pelo seu sucessor, o Presidente Prudente de Morais (1894-1898). Este facto só por si já é bastante revelador dessa hostilidade, mas há muito pior do que isso, como veremos mais abaixo.
Inclusive na questão da Variante Brasileira da Língua Portuguesa que se afastou irremediavelmente da Língua Portuguesa, criando assim as condições para ser futuramente a língua oficial do Brasil, ou seja, a Língua Brasileira, desconhecendo-se, no entanto, a(s) razõe(s) pelas quais o Brasil ainda não teve a coragem de o fazer, e de continuar a fazer “tropelias” e outras degradações à Língua Portuguesa - ver aqui:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/degradacao-da-lingua-portuguesa-texto-386843
Essa hostilidade é patente também num acontecimento e consequente rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Portugal, com origem numa simples questão de asilo dado pelo Governo Português a marinheiros brasileiros, por razões humanitárias (havia até consenso europeu nesse sentido) na sequência da sublevação de uma parte da esquadra brasileira contra o governo brasileiro em Setembro de 1893. Revolta da Armada Brasileira 1893-1894 no tempo de Floriano Peixoto.
in «The revolt of the Navy was the last great response to the government of Floriano Peixoto. Led by Admiral Custódio de Melo who had the ambition to be president, it began on September 6, 1893 and was defeated in March of the following year». Consultar esta hiperligação:
Veremos mais adiante quem teria fomentado (como já foi referido, afinal foi um determinado tipo de português) uma grande parte desta hostilidade a Portugal e o porquê de um tal ódio, aquele de que falou Pinheiro Chagas.
Como foi possível o Brasil, “um país irmão”, dado à luz por Portugal, ter tratado e humilhado os Portugueses daquela maneira, incluindo o seu massacre, na noite de 30 para 31 de Maio de 1834, no Estado de Mato Grosso. Eu, como decerto muitos leitores (e não só portugueses) irão ficar muito tristes e assombrados. E veremos como este tipo de acontecimentos são muito pouco conhecidos, ou então foram deliberadamente escamoteados, ou deformados na história oficial.
Ora pasmem! E abram finalmente os olhos!
(Continua…)
- A Parte II será publicada amanhã, dia 08 de Setembro, e tratará do anti-lusitanismo entranhado na sociedade brasileira, visto por autores brasileiros.
***
Para quem está a seguir este trabalho de investigação:
O todo-poderoso actual governo português, ontem, desdobrou-se em artiguinhos e artiguelhos para disseminar uma linguagem grafada que é REJEITADA por milhares de lusófonos e lusógrafos, nos quatro cantos do mundo.
Por outro lado, neste mesmo dia, enquanto uns assinalavam o Dia Mundial da Linguagem gerada pelo AO90, numa sessão conjunta das Academias de Letras e Ciências da CPLP, a Academia Angolana de Letras, através do seu Presidente, Paulo de Carvalho, reafirmou a sua OPOSIÇÃO ao Acordo Ortográfico, afirmando que «a AAL é claramente pela não-ratificação do Acordo Ortográfico nos termos em que ele foi concebido» uma vez que não foram acauteladas as particularidades de cada Estado-membro da CPLP, como pode ouvir-se neste vídeo:
Por sua vez, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, actualmente presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, o coveiro-mor da Língua Portuguesa, teve o desplante de ir para o DN dizer o seguinte, numa mensagem que claramente DESRESPEITA Portugal, os Portugueses e a Língua Portuguesa, pretendendo fazer-nos a todos de parvos:
A que Português é que SS se refere?
Obviamente à VARIANTE BRASILEIRA do Português, a quem ele sempre se curvou e continua a curvar servilmente, pelo que deixou dito neste artigo falacioso, uma vez que não corresponde à realidade, e a realidade é que os Portugueses na diáspora, ou os estrangeiros que na realidade querem aprender a Língua Portuguesa, NÃO aceitam a grafia gerada pelo AO90, que o SS propaga, mal escrito e mal falado por quem o adopta cá dentro, e, lá fora, apenas como língua de comunicação, mas NÃO como Língua Literária. E isto é que os algozes da Língua Portuguesa ainda NÃO encaixaram, e julgam que todos engolem o gato, quando lhes vendem a lebre.
E este servilismo foi transmitido ao novo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que é o novo SS da Língua Portuguesa. Nem sequer tiveram a inteligência de disfarçar.
João Gomes Cravinho, publicou um texto no Jornal PÚBLICO, um texto que envergonha Portugal e os Portugueses. Um texto que demonstra o servilismo de um ministro português, que não sabe grafar à portuguesa.
O 5 de "maio" (de acordo com a grafia de Cravinho, que é a grafia brasileira, pugnada pelo AO90) é, sem a menor dúvida, o dia da mixórdia ortográfica gerada pelo AO90. Um dia menor, um dia triste para a Cultura Linguística Portuguesa. Um dia para NÃO celebrar.
Porque o dia para celebrar a Língua Portuguesa é o dia 10 de Junho, desde 1981, quando o Parlamento, de então, assim o proclamou, para homenagear Luiz Vaz de Camões. E é no 10 de Junho que todos os Portugueses, que se prezam de o ser, devem celebrar a Língua Portuguesa.
E concordo plenamente com os comentários que foram feitos a este texto que pode ser consultado aqui:
E foi esse achincalhamento da Língua que ontem os ministros portugueses tentaram assinalar, num evidente e muito democrático DESPREZO pelos milhares de vozes que se opõem à ruína do nosso mais notável Património Cultural: o Idioma dos Portugueses, do qual os Africanos de expressão portuguesa, nomeadamente os ANGOLANOS são o último reduto, porque em Portugal até o presidente da República, que devia defender os VALORES LINGUÍSTICOS de Portugal e com eles a NOSSA Identidade, é o primeiro a violar a inviolabilidade do NOSSO Património.
Porém, mais dia, menos dia, todos sabemos que todos os algozes da Língua Portuguesa terão de pagar por este crime de lesa-pátria.
Isabel A. Ferreira
Ponderemos nesta coisa inacreditável e inconcebível:
As crianças portuguesas estão a aprender a escrever correCtamente as Línguas estrangeiras, e, “incurrêtamente”, a própria Língua Materna, a que está consignada na Constituição da República Portuguesa. Não existirão juristas em Portugal que olhem para esta grave violação, e façam alguma coisa?
Perante isto, a atitude do governo português e da presidência da República não é normal, não é democrática, não é racional.
Isto só acontece num país cujos (des)governantes agem de má-fé, escudam-se numa ignorância optativa, violam descaradamente a Constituição da República Portuguesa, sem que nenhum Tribunal os moleste, sem que se faça justiça; e são absolutamente incapazes de reconhecerem o erro, numa atitude completamente insana.
São milhares os Portugueses que já se manifestaram, através de várias vias, contra esta ingerência de políticos despóticos, num dos símbolos maiores da identidade portuguesa: a sua LÍNGUA OFICIAL.
A dita “democracia” portuguesa é conduzida sem se ouvir o Povo. E um governo que governa sem ouvir o Povo é um governo ditatorial.
Isabel A. Ferreira
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