Para tal:
Alea jacta est.
Esta é uma célebre locução latina que significa «os dados estão lançados» ou “a sorte está lançada", atribuída por Suetónio a Júlio César, quando este se preparava para atravessar o rio Rubicão, contrariando as ordens do Senado.
Esta frase aplica-se quando se toma uma decisão enérgica e grave, geralmente irreversível, depois de se ter hesitado muito.
Mas há ocasiões na vida em que os grandes guerreiros têm de tomar decisões assim: enérgicas, graves, irreversíveis, para que as coisas possam avançar.
É este o nosso caso.
Ontem, e depois de muita ponderação, o Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes decidiu enviar à Provedoria de Justiça uma Queixa/Exposição acerca da inconstitucionalidade e ilegalidade do acordo ortográfico de 1990 (AO90) e da RCM N.º 8/2011, sob a total indiferença do Presidente da República e dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicial
Imagem: Internet
Agora, é esperar que a Lei se sobreponha à arbitrariedade dos decisores políticos.
A Professora Maria José Abranches uma grande defensora da Língua Portuguesa, recorda, e muito bem, que «hoje celebramos o 1º. de Dezembro de 1640, Dia da Restauração da Independência de Portugal. Sejamos dignos da nossa História e restauremos também a independência da NOSSA Língua!»
Obviamente que as celebrações oficiais do “1º de Dezembro” pecam por uma gigantesca HIPOCRISIA, pois os políticos portugueses celebram o dia em que Portugal se libertou da Dinastia Filipina, que durou 60 anos, mas mantêm-se subjugados aos milhões, que eles consideram donos da Língua, que, no entanto, é de Portugal, estando dependentes de um país estrangeiro, fazendo perigar a nossa identidade e independência linguística.
Não há coerência alguma nesta celebração da independência de Portugal, quando Portugal está dependente, linguisticamente, de um país estrangeiro.
É preciso que todos tenham conhecimento desta vergonha, algo nunca visto, em tempo algum, em país nenhum do Mundo e arredores.
Um cidadão português, perante esta vergonha desabafou: «Sou completamente contra o AO90, não só pela sua inconstitucionalidade, como também pelas autênticas aberrações linguísticas que contém».
É que nem todos, em Portugal, são seres rastejantes.
Perguntaram-me, a propósito do despropósito dos decisores políticos portugueses terem substituído a escorreita grafia portuguesa, por uma grafia truncada:
– Como foi isto possível?
Foi possível, porque para os nossos decisores políticos, que falam e escrevem tão defeituosamente, a língua é para ser comida, estufada com ervilhas. Não conhecem outra.
Porém:
«Enquanto há Língua, há Esperança»
conforme o vaticinou Vasco Graça Moura, grande defensor da nossa Língua, contra a imposição do, a todos os títulos, indefensável AO90, de acordo com Maria José Abranches.
A Esperança existe e persiste, sim, porque desde que o Mundo é Mundo a estupidez, que é filha da ignorância, e a mediocridade, que é a coisa daninha que germina ao redor da estupidez e da ignorância, nunca criaram raízes nas sociedades humanas civilizadas.
Pelo que me toca, tenho esperança de que a sociedade portuguesa possa vir a evoluir e a civilizar-se, abandonando atitudes retrógradas, como as que tomou em relação ao AO90, que põem Portugal na cauda da Europa em quase tudo.
Embora Portugal tenha um território pequeno -- «tudo vale a pena se a alma não é pequena» (Fernando Pessoa) -- Portugal tem uma alma grande nos defensores da sua História, da sua Cultura, da sua Língua, por isso, continuaremos a defender a independência da NOSSA Língua, até que ela seja restaurada, tal como foi restaurada a independência de Portugal, neste 1º de Dezembro, no já longínquo ano de 1640, se bem que, as gentes de antanho eram arrojadas e não se deixavam tomar por lorpas, como as de hoje.
Isabel A. Ferreira
Isto, infelizmente, é Portugal!
A grafia portuguesa vigente em Portugal é a seguinte: contaCto, direCto, afeCtadas, afeCtada, de faCto, impaCto, conviCção, One DireCtion.
A grafia brasileira vigente no Brasil é a seguinte: contato, direto (dirêtu), afetadas (âf’tádâs), afetada (af’tádâ), de fato, impaCto, conviCção, One DireCtion.
Quem impôs o ilegal AO90 aos Portugueses, nem sequer se deu ao trabalho de o ler.
Se o tivesse lido com olhos de ver e cérebro de ler teria chegado à conclusão de que, além de inúmeras incongruências, está repleto de ignorâncias visíveis a olho nu.
Contudo, como em Portugal se um grita méeeeeee há sempre alguém que segue o rebanho, sem questionar, sem sentido crítico, sem um pingo de brio profissional, eis o resultado.
Senhores decisores políticos portugueses, NÃO se sentem mal por serem os principais culpados da introdução em Portugal de uma praga tão abominável como o é o acordo ortográfico de 1990, que transformou a nossa bela grafia portuguesa numa grafia pobre, deformada, básica, uma grafia de gente que não sabe o que é a escrita, o seu significado, a sua função...?
Simplesmente lastimável!
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De FATO, com uma gravatinha às bolinhas amarelas, podem evitar uma guerra mais alargadO...
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E quando o IMPATO é a dobrar, como podem os municÍpes terem compreensão?
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Convicão: uma vez já era demasiado, mas duas vezes é demasiado elevado ao quadrado
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Até a Língua Inglesa leva pancada, à conta do AO90!
ISTO, INFELIZMENTE, É PORTUGAL!
SOCOOOOOOOOORRO!
Faço minhas as palavras de José Antunes.
Isabel A. Ferreira
É que nem seria preciso dizer mais nada...
Porém, é preciso dizer que foi a esta absurda grafia amixordizada [grafia portuguesa misturada com grafia brasileira] disseminada por aí, como uma praga, que os decisores políticos portugueses deixaram chegar a NOSSA Língua Portuguesa.
Não se sentem minimamente culpados por isto?
Não sentem vergonha por NÃO serem competentes ao NÃO defender os interesses de Portugal e dos Portugueses, e imporem o ilegal e inconstitucional acordo ortográfico de 1990 (AO90) contra tudo e contra todos, incluindo contra o BOM SENSO?
Não sentem remorsos por terem permitido que a Língua Portuguesa fosse atacada por esta bichenta mixórdia ortográfica?
Como puderam chegar ao Poder?
Obviamente, por via do voto inculto.
Isabel A. Ferreira
Mais MIXORDÊS:
«Assim se faz Portugal» publicado pela Minotauro Editora, é um livro de quatro autores: Luísa Costa Gomes, Filipe Homem Fonseca, Afonso Cruz e Manuel Monteiro, com prefácio de Maria Rueff, o qual será apresentado no próximo dia 31 de Outubro, na Livraria Almedina Atrium Saldanha, às 18.30.
Desejo aos autores muito sucesso, tanto quanto tiveram no Podcast.
Aos leitores deste Blogue recordo apenas que «para SABER é preciso LER», um lema que nunca é demais propagar.
A propósito de, por aí, ainda se escrever correCtamente (*) o Português, e haver editoras que publicam em Bom Português, eis o comentário de um jurista, com o qual concordo plenamente.
E mais:
Também é um faCto (*) que já vamos vendo, por aí, um ligeiro retorno à grafia portuguesa. É que , aos poucos, os acordistas vão vendo o quão ridículo e estúpido é o AO90, e, para não passarem por parvos, começam a escrever correCtamente. (*)
(*) Ponho em destaque as consoantes, para que os acordistas saibam que existem, e porque passei a pronunciá-las, sobretudo, quando estou com os meus netos ou com outras crianças, para que se habituem ao som, também nas palavras portuguesas, até porque estão a aprender Língua Inglesa e Língua Castelhana e, nestas Línguas pronunciam as consoantes. Não vejo motivo para que Portugal, que tem uma língua românico-indo-europeia, não as pronuncie. Pronunciando-as, os acordistas não teriam tanta dificuldade em escrevê-las, e era um modo de começar a escrever-se em Bom Português.
Isabel A. Ferreira
Ninguém, em Portugal, é obrigado a REJEITAR a Língua Oficial Portuguesa – a Língua Portuguesa – na sua forma grafada, e adoptar a grafia da Variante Brasileira da Língua Portuguesa, até porque NÃO há lei nenhuma que a tal obrigue, nem sequer a simples Resolução do Conselho de Ministros 8/2011, de 25 de Janeiro, do governo de José Sócrates, que determinou a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 no sistema educativo. Esta RCM NÃO tendo valor de Lei, NÃO pode impor aos alunos portugueses uma escrita truncada, que nada tem a ver com a Cultura Linguística Portuguesa.
E nada tendo a ver com a Cultura Linguística Portuguesa, e sendo o tal AO90 um instrumento ILEGAL, comprovado pelo Decreto Nº 35228 de 08 de Dezembro de 1945 que “aprova o acordo de 10 de Agosto de 1945 resultante do trabalho da Conferência inter-académica de Lisboa para a unidade da língua portuguesa, cujos instrumentos, elaborados em harmonia com a Convenção Luso-Brasileira de 29 de Dezembro de 1943”, que foi rejeitada depois de assinada, pelo Senado do Brasil, mas que continua em vigor em Portugal, pelo simples facto de o referido Decreto Nº 35228 jamais ter sido revogado até ao presente dia (Cf. Diário do Governo n.º 273/1945, Série I de 1945-12-08, páginas 1037 – 1053, NENHUM professor ou cidadão portugueses são obrigados a usá-lo, sem passar por seres meramente servis.
Ser professor não consiste apenas em dizer ámen a tudo o que nos querem impingir, se o que nos querem impingir NÃO está conforme a lei, ou seja, é ILEGAL, e um professor, tal como os demais cidadãos, têm o DEVER de conhecer as leis do seu País. Ou então, se o que está conforme a lei, e nos querem impingir, é injusto ou errado - porque sabemos que nem sempre o que está na lei é o certo ou o justo - nesse caso, os cidadãos têm o DEVER e a OBRIGAÇÃO de DESOBEDECER.
Quando o governo determinou, através de vil chantagem (ou obedeciam ou eram penalizados) que os professores impingissem aos alunos portugueses a grafia brasileira, chamando-lhe portuguesa, enganando-os vergonhosamente, os professores deveriam ter imediatamente desobedecido em MASSA, recusando-se, como era do seu DEVER, a enganar os alunos, obrigando-os a escrever “incurrêtâmente” a própria Língua Materna, a Língua Oficial de Portugal, a Língua Portuguesa, a que está consignada na Constituição da República Portuguesa (onde NÃO consta a linguagem truncada do AO90) sob a ameaça de penalizações (algo inacreditavelmente assustador – ouvi muitas vezes crianças e jovens dizerem que se escrevessem correCtamente seriam penalizadas nas notas – e isto é simplesmente castrador, atrofiante, desprezível, coisa de ditaduras); SE os professores tivessem um pingo de brio profissional (como, aliás, muitos tiveram e NÃO sofreram retaliação alguma), e NÃO pensassem apenas nas carreiras e nos salários, tinham feito GREVES em massa, exigindo a anulação deste malparido AO90, que transformou o Ensino em Portugal em algo aberrante, porque extremamente caótico, algo nunca visto em país algum do Planeta, e que está a baixar, agigantadamente, o nível qualitativo da aprendizagem, em todos os sectores do Ensino.
Até porque as nossas crianças, os nossos adolescentes, os nossos jovens trazem em si a SEMENTE de uma inteligência primordial, que é necessário fazer florescer, para que possa desenvolver-se e frutificar.
E o que está a acontecer? Estão a CASTRAR essa inteligência, com um ensino INQUALIFICÁVEL da Língua Materna, porque a palavra (BEM) escrita é o alicerce de todo o aprendizado, é a mola-mestra que conduz ao verdadeiro SABER.
Como poderão os nossos alunos progredir no aprendizado se lhes dão a ler textos escritos numa mixórdia ortográfica, sem nexo, sem raízes, sem regras?
Ser professor não é só ir despejar matéria aos alunos que, se vão frequentar uma escola, é porque têm o DIREITO de receber conhecimentos, saberes, orientações, liberdade de pensar por eles próprios, aliás, a instrução é aprender a pensar por si próprio - porque ser aluno (quer se seja criança, adolescente ou jovem) não é sinónimo de ser idiota, e o que estão a fazer aos alunos? Estão a tratá-los como se fossem muuuuuuito idiotas. Algo que eles NÃO são, de todo.
E, neste aspecto, os PAIS, nomeadamente, os mais instruídos (?), os mais esclarecidos (?), com cursos superiores (?) com formação académica (?), DEVIAM querer o melhor para os seus filhos, no que à EDUCAÇÃO ESCOLAR diz respeito. E o que se vê? Uma indiferença improvável, como se a educação dos filhos NÃO lhes dissesse respeito. Vêem as notas, e como para parecer que o Ensino em Portugal é excelente, as notas são inflacionadas, não se pode dar notas baixas ou reprovar, ainda que não saibam escrever correCtamente, e a caligrafia ser agatafunhada, na maioria das vezes incompreensível.
Os manuais escolares são um monumento ao idiotismo.
O estudo da Cultura, da História e da Língua Portuguesas está abaixo de zero. Pelo que já li, na comunicação social, o ensino da Matemática tem um atraso de 30 anos, em relação aos restantes países europeus. Aliás, Portugal está na cauda da Europa em quase, quase tudo, e é o ÚNICO país europeu que substituiu a sua Língua Oficial, por uma variante dela própria, na forma grafada, com a agravante de a tornar mil vezes mais básica e horrorosa (aspeto (âspêtu); receção (r’ec’ção); exceto (eiscêtu), excecional (eisc’cional); infeção (inf’ção), etc.)…
Um dos grandes e graves problemas com que os alunos portugueses se deparam nas escolas é precisamente o de os fazerem passar por parvos: coitadinhos, ainda não têm capacidade para pensar pela própria cabeça, é preciso dar-lhes a papinha toda feita, não têm direito a barafustar, não lhes é permitido ter voz activa… E de tando os atrofiarem, não são capazes de pensar ou de dar azo à imaginação...
E nada mais falacioso do que achar (não gosto de usar o pensar, porque se pensassem, o ensino não estaria tão caótico, tão abaixo de zero) que as crianças, os adolescentes e os jovens NÃO têm capacidade para PENSAR e para APRENDER, como todas as outras crianças, adolescentes e jovens aprendem, por esse mundo fora.
Para os acordistas, apenas os alunos portugueses NÃO sabem PENSAR a Língua. Dizem eles: como poderiam saber que direCtor se escreve com um cê? Todos os outros alunos europeus sabem, “eiscêtu” os Portugueses, (que têm de grafar “exceto”, algo que nem os Brasileiros, mutiladores-mor da Língua Portuguesa, fazem).
Mas os nossos professores OBRIGAM (porque a ísso foram coagidos ilegalmente, na ausência de uma lei normativa) os nossos alunos a escrever MAL a sua própria Língua, ou então, a nota baixa: em vez de 4 ou 5, levam 3. E acriticamente, continuam a OBRIGAR.
Os professores fazem greves. Este cartaz, de 2021, difundia uma greve de professores em luta pela sua profissão, e que foi suspensa. Até aqui nada a apontar. Têm esse direito. Mas… Existe um grande mas…
O que mais me chamou a atenção neste cartaz foram as reivindicações:
- Respeitar os professores – quando os professores NÃO respeitam os alunos, dando-lhes gato por lebre, no que à Língua Portuguesa diz respeito, e NÃO se respeitam a si próprios, permitindo ser MARIONETAS nas mãos de ministros incompetentes, que se estão nas tintas para a EDUCAÇÃO ESCOLAR e para a NOBRE Missão de Ensinar? Quanto mais ignorantes forem os cidadãos, mais submissos serão – é a política deles), e os professores são acriticamente cúmplices, porque a isso continuam a ser coagidos de forma ilegal por uma RCM8/2011, que não tem qualquer valor de lei.
- Valorizar a profissão docente – quando são os próprios professores que se desvalorizam a si próprios, ao acharem que ser professor é apenas ter uma carreira e um salário? Onde fica o brio profissional? Aquele brio que dá estatuto a um professor, que faz da sua carreira uma MISSÃO? Não esquecer que estamos a falar de transmitir SABERES a crianças, adolescentes e jovens, para que possam singrar numa profissão para a VIDA! E isto é um dever sagrado, porque nenhum ser humano nasce já a saber tudo.
- Desbloquear a negociação - quando se recusam a REJEITAR o OBSCURO e ILEGAL AO90, que está a produzir os analfabetos funcionais do futuro, com a cumplicidade da classe docente? Os da minha geração têm orgulho nos professores que tiveram. A próxima geração, coitada, só terá de maldizer o tempo em que andaram na escola, para saírem de lá sem saber ESCREVER correCtamente.
- Defender a Escola Pública - quando a Escola Pública, graças ao comodismo, à inacção, à indiferença dos professores caiu ene zeros abaixo de zero, devido à falta de qualidade de um ensino ministrado atabalhoadamente, sempre à espera do fim do mês, para receberem o salário, que é o que mais importa, porque, hoje em dia, a EXCELÊNCIA já não faz parte do DEVER da classe docente. Infelizmente.
Se a classe docente quer ser respeitada e valorizada terá de RESPEITAR os alunos e VALORIZAR a MISSÃO de Ser Professor, e a responsabilidade que têm na Educação Escolar de alunos que procuram a Escola para receberem o ENSINO DE QUALIDADE, que está consignado na Constituição da República Portuguesa, e aprenderem o que não sabem. Não, para DESAPRENDEREM, como é o caso da disciplina-base de toda a aprendizagem: a Língua Portuguesa, que é a de Portugal, que está a ser ministrada de um modo absolutamente SÓRDIDO, caótico, impondo-se aos alunos uma mixórdia ortográfica ÚNICA no mundo. ÚNICA no mundo!
Tenham VERGONHA e LUTEM por se valorizarem. Por valorizarem a Classe Docente, que anda mais indecente do que docente.
Em tempos que já lá vão, SER PROFESSOR era uma profissão de grande prestígio, porque ENSINAR era visto como uma das mais dignas MISSÕES.
Hoje, ser professor, é apenas ser mais um entre os tantos que prestam serviços à comunidade.
Salvaguardo aqui as muitas e honrosas excePções, que não se deixaram levar pelo comodismo, e ousaram DESOBEDECER, rejeitando ser cúmplice do incumprimento da Lei em vigor: o Decreto Nº 35228 de 08 de Dezembro de 1945, aquele que determina a grafia portuguesa, tal como ela deve ser grafada. Tudo o resto faz parte de uma coisa horrorosa chamada SERVILISMO.
Jamais haverá uma MUDANÇA evolutiva se NÃO OUSARMOS ser a mola-mestra dessa mudança.
Posto isto, os professores ainda vão muito a tempo de REVERTER esta situação ANORMAL. E não me venham dizer que já existe uma geração que aprendeu a escrever “incurrêtâmente”, e agora não pode voltar-se atrás, blá-blá-blá… porque isto é da estupidez!!!!!!
Há que dizer que quando a aberração acordista começou, existiam outras gerações que tiveram de ESQUECER a sua bela Língua Materna, ajudada por uma ferramenta informática chamada “corretor” (curr’tôr) ortográfico, e por uma invasão pré-definida e mal-intencionada da Variante Brasileira do Português, em todos os sites da Internet.
Pois bem, para desfazer o DANO feito à Língua Portuguesa, mande-se o “corretor” ortográfico às malvas, e substituíam-no pelo correCtor ortográfico pré-acordo, que é aquele que TODOS os que se recusaram a ser servis têm instalado e activado nos seus computadores ou tablets.
Um a-propósito: vejam ou revejam o filme «O Clube dos Poetas Mortos», em que John Keating (Professor de Inglês) vai dar aulas num colégio de rapazes, onde a educação escolar é rigorosa, mas que Keating, com os seus métodos de ensino ousados, revoluciona a prática curricular tradicional e inspira os alunos a pensarem por eles próprios e a viverem a vida de um modo individual. No final, aqueles alunos, que se puseram de pé nas suas mesas de trabalho, foram os que conseguiram que neles florescesse e frutificasse a inteligência primordial, ajudados por um Professor inesquecível.
Isabel A. Ferreira
Sim, porque os candidatos acordistas serão escrutinados a este respeito, nestas eleições.
Vá-se lá entender esta gente! É este caos ortográfico que baralha as crianças. Precisamos de esclarecer-lhes qual a verdadeira grafia portuguesa, que não é aquela que lhes estão a impingir nas escolas, obviamente. E eu questiono-me: os professores saberão escrever correCtamente?
É este mixordês que anda por aí disseminado que me irrita!!!!! E os maiores divulgadores dessa mixórdia ortográfica são os canais de televisão. Portugal não tem uma Língua que o identifique.
É um é e não é constante. Cada um escreve conforme lhe dá na real gana. Caso ÚNICO no mundo. Porque, em Portugal, já não temos uma Língua Oficial. Temos uma mixórdia de grafias, que diz bem da pequenez de um País que perdeu o rumo e a vergonha, com um Ministro da Educação que já deveria ter sido posto na rua há bastante tempo, e os fazedores de manuais escolares devem atirá-los à fogueira, se têm um pingo de respeito pela inteligência das crianças, que está a ser esmagada pela idiotice que lhes impingem.
Mas enfim, onde não há dignidade, não há vergonha.
Espero que os acordistas-mor do nosso País sejam bem penalizados, porque já BASTA de tanta falta de respeito pelos valores culturais e linguísticos dos Portugueses.
Isabel A. Ferreira
É desonroso para Portugal. Uma autêntica vergonha. Um verdadeiro insulto à dignidade daqueles Portugueses que nasceram Portugueses, e um desprezo total pelas indefesas crianças portuguesas, que têm de levar com a mixórdia em que se transformou a Língua Materna delas, sem poderem protestar.
Por que estou tão indignada? Eu conto-vos.
Comecem por observar esta imagem.
O que VÊEM na imagem é um táblete, pertencente à minha neta. Ela andava a fazer uma pesquisa e deparou-se com um vídeo (aquele para você diz da sua proveniência) sobre como as crianças vêm determinados objectos. Ela achou o conteúdo interessante e veio mostrar-me.
Foi então que me deparei com a imagem que me apressei a fotografar. E perguntei-lhe se ela via ali alguma coisa mal escrita. Não via. Pedi-lhe para ler alto: «Como as crianças vêm (uma cama)» pronunciando “vêem”.
Então, aproveitei e escrevi numa folha de papel a frase como as crianças vêm para a escola, a pé ou de autocarro? E ela leu alto a frase e leu o vêm correctamente. E foi então que se fez o clique, e ela automaticamente disse que o vêm no táblete estava errado. Pois estava.
Uma criança que não esteja atenta (e não é obrigatório estar, porque, em princípio, TUDO o que é escrito para elas lerem DEVE estar correCtamente escrito) de tanto VER as palavras escritas incorreCtamente, nem se dão conta de que estão incorreCtas, e começam a escrevê-las incorreCtamente também.
O que se passa ao nível da escrita (e já agora da oralidade também, pois como se pronuncia mal tantas palavras, por aí, senhores ministros e senhores doutores incluídos!) é de bradar aos céus! E assim como uma mentira repetida muitas vezes, transforma-se em Lei, uma palavra mal escrita (ou mal pronunciada) repetida constantemente torna-se regra.
E é um “português” super super super maltratado que corre pela Internet, pelo YouTube, por todas as redes sociais, em todas as pesquisas que as crianças fazem no que elas pensam ser “português”, pelas legendas dos filmes, pela legendas de todos os canais televisivos, nos manuais escolares, nos jornais, nas revistas, nos livros infantis…
E se o Estado português fosse um Estado brioso, digno de ser chamado ESTADO PORTUGUÊS, e cobrasse uma multa de 500 Euros, no mínimo, por cada erro ortográfico (aqui incluídos os da grafia portuguesa, os da grafia brasileira e os da grafia acordizada, a tal mixórdia ortográfica) e por cada frase mal-amanhada, os Portugueses não precisariam de pagar impostos, porque as multas dariam para saldar todas as despesas e dívidas do País, e ainda poderia fazer-se um PPPF (Plano Poupança Para o Futuro).
Tal a miséria ortográfica que corre por aí!
E, parafraseando o Dr. António Bagão Félix, não haverá, no plano político e institucional, uma alminha que erga a voz para, ao menos, contestar esta pouca-vergonha?
Não, não há. Quando o representante máximo do Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, escreve uma carta aberta usando a grafia brasileira (*), ainda que não tenhamos de dar como perdida esta luta contra este ultraje à Língua Portuguesa, porque Marcelo não será eterno no Poder, temos de reconhecer que enquanto os vendilhões da Pátria estiverem ao serviço dos que a querem ver extinta, a Língua Portuguesa continuará a ser espezinhada, maltratada, humilhada, e as nossas crianças a serem vilmente enganadas.
E isto é aterrador? É. Mas temos uma oportunidade única de virar o bico a este prego nas próximas eleições presidenciais: se nós quisermos, só se sentará no trono do Palácio de Belém quem se comprometer a devolver a Portugal a sua dignidade ortográfica, para que possamos recuperar a nossa identidade portuguesa.
Isabel A. Ferreira
(*) O acordês do PR pode ser consultado neste link:
Se os livros que se vêem no contentor de lixo estiverem escritos em acordês/mixordês (como os há por aí, infelizmente, e a este tema regressarei, para dar conta disso mesmo) o lugar certo deles é, realmente, no lixo, para que não fique rasto de um tempo, em que a Língua Portuguesa foi deliberadamente destruída por uma mixórdia ortográfica (grafia portuguesa + mais grafia brasileira + grafia acordizada) que desonra Portugal e os Portugueses.
Fora deste grupo de livros, que merece o lixo, estão obviamente os livros escritos na original grafia brasileira, pelos bons autores brasileiros.
Contudo, se não for este o caso, então estamos diante de um crime de lesa-cultura.
Há sempre um alfarrabista, onde entregar livros que não são amados pelos seus detentores.
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4319266484782444&set=gm.664865264381755&type=3&theater&ifg=1
... isto, em Portugal, obviamente, que é o que nos interessa.
Já há tanto tempo que se anda a dizer o que o Professor Hélio Alves escreveu recentemente, num artigo publicado no seu mural do Facebook, referenciado mais abaixo!
Mas NADA. Não acontece nada. Não se faz nada. Não se recua, para que possa haver evolução. É o mesmo que falar para paredes. Em São Bento e em Belém não existe gente. Só paredes. E as paredes não ouvem, não vêem, não falam. Daí o silêncio que rodeia a questão gravíssima da Língua Oficial de Portugal que, com o aval do Estado português, perdeu a sua dignidade de Língua, ao transformar-se, ortograficamente, num dialecto de si mesma.
A quem nos devemos dirigir, para exigir que a Língua Portuguesa regresse às sua origens greco-latinas?
Em Portugal não haverá nenhuma entidade idónea, com PODER para anular um “acordo” que jamais foi acordo e só serviu para destruir a nossa Língua e, com ela, a nossa identidade?
Seremos assim tão desprovidos de Portugueses com Poder e ao mesmo tempo Competência (porque os há com Poder, mas sem competência, e os com Competência, mas sem Poder) para desfazer este “acordo” mal engendrado, que substituiu, maioritariamente, a grafia portuguesa pela grafia brasileira?
A quem podemos recorrer?
Isabel A. Ferreira
Por Hélio Alves
«O Acordo Ortográfico é muito simples»
«Fico sempre surpreendido pela quantidade de coisas que a generalidade das pessoas não sabe acerca do chamado "acordo ortográfico de 1990". O erro é meu: a maioria das pessoas não tem tempo para se informar acerca dum assunto que, é bem de ver, os responsáveis sempre fizeram questão de não abrir ao conhecimento público. Além disso, sempre fizeram por enredar o assunto numa teia de complexidades jurídicas absurdas, técnica, aliás, conhecida para fazer passar, à socapa da população, atropelos directos à cidadania.
A questão do AO90 não é a única de ausência de democracia em Portugal, evidentemente. Mas é uma das mais gritantes. Por isso, não custa fixar alguns dos seus aspectos fundamentais, por muito que governo, imprensa e "mass media" façam por querer esquecê-los.
Eis aqui uma enumeração rápida de pontos a fixar por todos:
1- A aplicação do AO90 em Portugal é feita, única e exclusivamente, através duma Resolução do Conselho de Ministros (RCM) e não por uma Lei (ou Decreto-Lei). Isto quer dizer que a Lei ortográfica em vigor continua a ser a mesma que era antes da RCM.
2- A RCM aplica-se exclusivamente à administração pública da República Portuguesa. Isto quer dizer que nenhuma entidade privada é obrigada a cumprir a RCM. Por exemplo: a RTP, como entidade pública, deve cumpri-la, mas a SIC, a TVI e os restantes canais privados não estão obrigados a tal.
3- A RCM destina-se a aplicar em Portugal o chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que é um tratado internacional de todos os países de língua oficial portuguesa (oito). No entanto, o acordo não foi cumprido até hoje. Por isso, conceberam-se estratagemas para o modificar, implementando-o mais rapidamente onde fosse considerado possível.
4- O mais importante desses estratagemas é o chamado Segundo Protocolo Modificativo, de 2004, que permitiu a implementação do AO90 desde que houvesse apenas 3 países a ratificá-lo. A ideia de unificar a ortografia de todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) tornou-se, portanto, uma ideia falsa.
5- O AO90 determina que algumas palavras possam ser escritas de mais do que uma maneira, respeitando as pronúncias diferentes de cada país. Por exemplo, segundo o AO90, pode escrever-se "recepção" ou "receção" conforme o país subscritor. Assim, no Brasil deve escrever-se "recepção" porque os brasileiros articulam o P, ao contrário do que sucede entre os portugueses. E assim para algumas centenas de outros casos.
6- A grafia a que a RCM obriga é a versão exclusivamente portuguesa (e não brasileira ou outra) (*) dum acordo internacional que foi modificado para não abranger senão uma minoria dos países de língua portuguesa. E que essa grafia obriga as entidades públicas de Portugal mas não as privadas. E ainda que essa grafia não anulou a Lei ortográfica portuguesa de 1945, com as ligeiras alterações de 1970 - Lei que assim continua em vigor em 2020.
7- Conclusões. Quando se fala (em Portugal) em "seguir o acordo", fala-se de obedecer a uma RCM que não se aplica a privados, que não diz respeito a um tratado internacional (até hoje incumprido) e que nem de longe corresponde à ortografia usada em outros espaços da língua. Obedecer à RCM é falar também em não cumprir a Lei ortográfica que continua em vigor.
Epílogo. A actual versão oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Santos Silva é que o Governo português aguarda pacientemente que os países ratifiquem o AO90. Já lá vão 30 (trinta) anos... Como bem sabemos, a paciência do poder político português para com os outros países não tem tido correspondência na forma como tem tratado os cidadãos.
Advertência suplementar. Os cidadãos não têm de ter mais paciência com o poder político.
Fonte: https://www.facebook.com/helio.alves.7946/posts/3351186184901672
(*) Diz o Professor Hélio Alves: «A grafia a que a RCM obriga é a versão exclusivamente portuguesa (e não brasileira ou outra)». Esta parte não é bem assim. A RCM obriga à grafia brasileira, em 80% (mais por cento, menos por cento) dos vocábulos acordizados, ou seja, mutilados. O AO90 assentou (entre outras) na Base IV do Formulário Ortográfico de 1943, que impõe: Consoantes mudas: extinção completa de quaisquer consoantes que não se proferissem, ressalvadas as palavras que tivessem variantes com letras pronunciadas ou não, adoptado unilateralmente no Brasil. Apenas uns poucos vocábulos e as suas variantes, escaparam à mutilação, porque no Brasil pronunciam-se os pês e os cês e, em Portugal, não. Exemplo: recePção (no Brasil), “receção” (em Portugal) - uma invencionice à portuguesa, um mono ortográfico sem qualquer origem. E como este, os restantes que por aí andam a enxovalhar a Língua Portuguesa, como exceto (“eiscêtu”), aspeto (âspêtu”), perspetiva (p’ersp’tiva”) etc..
No Brasil, o AO90 apenas atingiu a acentuação e a hifenização. Em Portugal, além da acentuação e hifenização, atingiu todos os vocábulos com consoantes não pronunciadas, incluindo os que no Brasil se pronunciam, e nós não (como já referi), e que deu origem aos tais monos ortográficos. (Isabel A. Ferreira)
... isto, em Portugal, obviamente, que é o que nos interessa.
Já há tanto tempo que se anda a dizer o que o Professor Hélio Alves escreveu recentemente, num artigo publicado no seu mural do Facebook, referenciado mais abaixo!
Mas NADA. Não acontece nada. Não se faz nada. Não se recua, para que possa haver evolução. É o mesmo que falar para paredes. Em São Bento e em Belém não existe gente. Só paredes. E as paredes não ouvem, não vêem, não falam. Daí o silêncio que rodeia a questão gravíssima da Língua Oficial de Portugal que, com o aval do Estado português, perdeu a sua dignidade de Língua, ao transformar-se, ortograficamente, num dialecto de si mesma.
A quem nos devemos dirigir, para exigir que a Língua Portuguesa regresse às sua origens greco-latinas?
Em Portugal não haverá nenhuma entidade idónea, com PODER para anular um “acordo” que jamais foi acordo e só serviu para destruir a nossa Língua e, com ela, a nossa identidade?
Seremos assim tão desprovidos de Portugueses com Poder e ao mesmo tempo Competência (porque os há com Poder, mas sem competência, e os com Competência, mas sem Poder) para desfazer este “acordo” mal engendrado, que substituiu, maioritariamente, a grafia portuguesa pela grafia brasileira?
A quem podemos recorrer?
Isabel A. Ferreira
Por Hélio Alves
«O Acordo Ortográfico é muito simples»
«Fico sempre surpreendido pela quantidade de coisas que a generalidade das pessoas não sabe acerca do chamado "acordo ortográfico de 1990". O erro é meu: a maioria das pessoas não tem tempo para se informar acerca dum assunto que, é bem de ver, os responsáveis sempre fizeram questão de não abrir ao conhecimento público. Além disso, sempre fizeram por enredar o assunto numa teia de complexidades jurídicas absurdas, técnica, aliás, conhecida para fazer passar, à socapa da população, atropelos directos à cidadania.
A questão do AO90 não é a única de ausência de democracia em Portugal, evidentemente. Mas é uma das mais gritantes. Por isso, não custa fixar alguns dos seus aspectos fundamentais, por muito que governo, imprensa e "mass media" façam por querer esquecê-los.
Eis aqui uma enumeração rápida de pontos a fixar por todos:
1- A aplicação do AO90 em Portugal é feita, única e exclusivamente, através duma Resolução do Conselho de Ministros (RCM) e não por uma Lei (ou Decreto-Lei). Isto quer dizer que a Lei ortográfica em vigor continua a ser a mesma que era antes da RCM.
2- A RCM aplica-se exclusivamente à administração pública da República Portuguesa. Isto quer dizer que nenhuma entidade privada é obrigada a cumprir a RCM. Por exemplo: a RTP, como entidade pública, deve cumpri-la, mas a SIC, a TVI e os restantes canais privados não estão obrigados a tal.
3- A RCM destina-se a aplicar em Portugal o chamado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que é um tratado internacional de todos os países de língua oficial portuguesa (oito). No entanto, o acordo não foi cumprido até hoje. Por isso, conceberam-se estratagemas para o modificar, implementando-o mais rapidamente onde fosse considerado possível.
4- O mais importante desses estratagemas é o chamado Segundo Protocolo Modificativo, de 2004, que permitiu a implementação do AO90 desde que houvesse apenas 3 países a ratificá-lo. A ideia de unificar a ortografia de todos os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) tornou-se, portanto, uma ideia falsa.
5- O AO90 determina que algumas palavras possam ser escritas de mais do que uma maneira, respeitando as pronúncias diferentes de cada país. Por exemplo, segundo o AO90, pode escrever-se "recepção" ou "receção" conforme o país subscritor. Assim, no Brasil deve escrever-se "recepção" porque os brasileiros articulam o P, ao contrário do que sucede entre os portugueses. E assim para algumas centenas de outros casos.
6- A grafia a que a RCM obriga é a versão exclusivamente portuguesa (e não brasileira ou outra) (*) dum acordo internacional que foi modificado para não abranger senão uma minoria dos países de língua portuguesa. E que essa grafia obriga as entidades públicas de Portugal mas não as privadas. E ainda que essa grafia não anulou a Lei ortográfica portuguesa de 1945, com as ligeiras alterações de 1970 - Lei que assim continua em vigor em 2020.
7- Conclusões. Quando se fala (em Portugal) em "seguir o acordo", fala-se de obedecer a uma RCM que não se aplica a privados, que não diz respeito a um tratado internacional (até hoje incumprido) e que nem de longe corresponde à ortografia usada em outros espaços da língua. Obedecer à RCM é falar também em não cumprir a Lei ortográfica que continua em vigor.
Epílogo. A actual versão oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Santos Silva é que o Governo português aguarda pacientemente que os países ratifiquem o AO90. Já lá vão 30 (trinta) anos... Como bem sabemos, a paciência do poder político português para com os outros países não tem tido correspondência na forma como tem tratado os cidadãos.
Advertência suplementar. Os cidadãos não têm de ter mais paciência com o poder político.
Fonte: https://www.facebook.com/helio.alves.7946/posts/3351186184901672
(*) Diz o Professor Hélio Alves: «A grafia a que a RCM obriga é a versão exclusivamente portuguesa (e não brasileira ou outra)». Esta parte não é bem assim. A RCM obriga à grafia brasileira, em 80% (mais por cento, menos por cento) dos vocábulos acordizados, ou seja, mutilados. O AO90 assentou (entre outras) na Base IV do Formulário Ortográfico de 1943, que impõe: Consoantes mudas: extinção completa de quaisquer consoantes que não se proferissem, ressalvadas as palavras que tivessem variantes com letras pronunciadas ou não, adoptado unilateralmente no Brasil. Apenas uns poucos vocábulos e as suas variantes, escaparam à mutilação, porque no Brasil pronunciam-se os pês e os cês e, em Portugal, não. Exemplo: recePção (no Brasil), “receção” (em Portugal) - uma invencionice à portuguesa, um mono ortográfico sem qualquer origem. E como este, os restantes que por aí andam a enxovalhar a Língua Portuguesa, como exceto (“eiscêtu”), aspeto (âspêtu”), perspetiva (p’ersp’tiva”) etc..
No Brasil, o AO90 apenas atingiu a acentuação e a hifenização. Em Portugal, além da acentuação e hifenização, atingiu todos os vocábulos com consoantes não pronunciadas, incluindo os que no Brasil se pronunciam, e nós não (como já referi), e que deu origem aos tais monos ortográficos. (Isabel A. Ferreira)
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