Porém, mais dia, menos dia, a casa há-de cair, por não ter capacidade de suster a tamanha infâmia de se ter substituído a Língua Portuguesa por uma Variante (na sua forma grafada).
Será isto fruto apenas da ignorância? Ou será fruto da ignorância aliada a interesses não-nacionais? Talvez esta infâmia seja fruto de um pactobilateral, avassalado à mais descomunal trapaça, que por ser uma descomunal trapaça, agora não há coragem para se humildarem e reconhecerem o erro, se bem que, reconhecer os erros não é para todas as mentes, apenas as mais evoluídas conseguem.
Não direi que é fácil lidar com os cegos, surdos e mudos que nos governam.
Mudaram-se os tempos. Mudaram-se os governantes, só não mudou aquela retrógrada vontade de não querer mudar, continuando-se a fazer vénias à quantidade, desprezando a qualidade, vincando, deste modo, um entranhado complexo de inferioridade, comum a todos os que governaram Portugal, desde 1990 até aos nossos dias.
Como ajudar as mentes não-pensantes, que se fecham à evolução? Às mentes que vêem no retrocesso, progresso? As mentes para as quais errar é humano, por isso, insistem no erro. Se ao menos tivessem a capacidade de pensar...!
Durante a minha ausência das lides do Blogue, tive tempo para reflectir no desprezo que os governantes votam aos Portugueses Pensantes, que são aqueles que não os bajulam; aqueles que sabem discernir entre um Idioma e a Variante desse Idioma; aqueles que dizem NÃO à estupidez; aqueles que se recusam a aceitar que a ignorância possa prevalecer sobre o Saber.
Ainda ontem, um cidadão português saiu-se-me com esta: «Não sei se já reparou que estamos a lutar contra moinhos de vento!»
Não, não reparei! Por que haveria de reparar em algo que não existe?
No que reparo é num Portugal que já não é o país dos heróis, que já foram do mar, nem de um Povo, que já foi nobre, nem sequer é aquela Nação valente e imortal de outrora...
Reparo num Portugal a finar-se, por estar a matar a própria identidade, através da destruição da Língua Portuguesa, a Língua que o identifica como País livre e soberano.
Não há moinhos de vento, mas se os houvesse, não haveria nada que nos impedisse de destruí-los, se, para tal, tivéssemos mais homens e mulheres com coragem de lutar, demonstrando a infâmia que é o desprezo votado à Língua Oficial de Portugal, trocada por uma Variante (na sua forma grafada).
Tal afronta causa-nos (pelo menos a mim) uma profunda indignação, algo, aliás, a que temos direito, e mostrar aos decisores políticos essa indignação, que os mais distraídos confundem, erradamente, com agressividade, falta de respeito e, por vezes, ódio, é um dever cívico. A História diz-nos que o mundo nunca avançou através dos distraídos politicamente correctos.
Não seremos muitos, eu sei. Mas não podemos esquecer-nos da Batalha de Aljubarrota, quando poucos derrotaram muitos, porque esses poucos eram Portugueses de uma estirpe, infelizmente, em extinção.
Hoje predominam os cobardes, os servilistas, os comodistas, os acomodados, os alienados, os indiferentes, os que andam no mundo só por ver andar os outros, e os subservientes e medricas, tal como referiu José Rentes de Carvalho, escritor luso-holandês, numaentrevista ao jornal Observador, em 13 de Março de 2016 [aconselho a leitura desta entrevista, embora no final, possam ficar com dores de estômago, por ter de engolir uma linguagem tão maltratada, a que ousam chamar “português”].
Posto isto, de regresso à luta, não contra moinhos de vento, mas contra pessoas de carne e osso, que se recusam a ouvir a voz do Povo, que deviam servir, mas desprezam, o que fazer daqui em diante, para sugerir ao presidente da República e ao governo português que tomem em conta o grave erro que estão a cometer, até porque ainda vão a tempo de NÃO ficar à porta da História, recordados como os que, podendo desfazer o malfeito, se recusaram a fazê-lo, por mera cobardia?
Não podemos continuar em banho-maria, enquanto na Internet, a Língua Portuguesa está a ser vilipendiada, desbragadamente, não sei se de má-fé, ou se devido a uma agigantada ignorância, sem que nenhum decisor político português tome medidas para travar esta situação deplorável, da qual, por exemplo, o Google, empresa multinacional americana de serviços online e software, é o transmissor-mor dos disparates linguísticos, quando se trata de pesquisar em “português”, conforme a imagem mostra:
Estes “dereitos” estão ali desde 2015, sem que alguém de direito (linguistas, governantes, professores, ministros da Cultura e da Educação, Academia das Ciências de Lisboa [actualmente, vassala da Academia Brasileira de Letras] mexesse uma palha a favor da Língua Oficial do País que dizem servir, mas não servem.
Por cada calinada destas (são aos milhares na Internet) Portugal devia cobrar uma altíssima multa. Tenho certeza de que encheria os cofres e os Portugueses viveriam à grande e à francesa, até ao fim dos tempos.
Consideram-me melodramática? Dramática é a situação da NOSSA Língua. Eu apenas transmito uma realidade, que muitos varrem para debaixo do tapete, para não se incomodarem. A vida é curta, há que a gozar! Não é o que dizem? Mas eu não quero mais ser a loba solitária a uivar para a Lua, como os acordistas me consideram.
Será assim tão difícil Marcelo Rebelo de Sousa e os governantes portugueses perceberem o que diz o escritor David Soares, que faz eco do que uma infinidade de Cidadãos Portugueses Pensantes também consideram?
Isto é assim tão difícil de perceber?
As autoridades judiciárias não terão nada a dizer sobre esta violação da Lei e da Constituição da República Portuguesa?
E os que se afirmam defensores da Língua Portuguesa vão continuar a fazer-de-conta que o são, mas nada fazem, ou vão começar a agir?
NÃO é verdade que a Língua Portuguesa tenha 260 milhões de falantes, porque no Brasil NÃO se fala, nem se escreve Português, mas sim a Variante Brasileira do Português.
Origem da foto: Wikipédia
Ao ler acrónicade V. Exa. publicada no Jornal Público, sob o título «A língua portuguesa, um património de valor identitário e global», o «Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes», que rejeita a subserviência dos acordistas, levou um murro no estômago.
Primeiro, porque V. Exa. ousou escrever sobre a Língua Portuguesa (assim, com letras maiúsculas, como devem ser escritos os nomes das Línguas Oficiais de todos os países) usando uma grafia que NÃO identifica o País do qual V. Exa. é primeiro-ministro. E isto, para nós, constitui uma TRAIÇÃO à Nação Portuguesa, que se vê espoliada da sua Língua Natural (na sua forma grafada, com total desrespeito científico e histórico pela etimologia das palavras), apenas para benefício do Brasil, o único país da CPLP que tem a ganhar com esta vergonhosa barganha, à qual deram o nome de acordo ortográfico de 1990, na sua constante afirmação linguística que autoritariamente pretendem fazer prevalecer, à revelia das formas originais ou próximas do historicamente consagrado, apenas doutamnte adaptadas aos novos donos da Língua Mater Portuguesa. Os brasileiros apenas podem aspirar à formação de uma língua derivada, nunca à alteração de uma Língua Original.
Segundo, e pedimos desculpa por lhe dizermos isto, porque V. Exa. mostrou um claro desconhecimento acerca do significado do valor identitário de uma Língua.
A Identidade Linguística identifica um Povo, que se organiza sob o mesmo conjunto de princípios, vive no mesmo espaço físico, um País, sob um mesmo governo, partilhando do mesmo legado cultural e histórico, e que é falante da sua Língua Nativa, ou seja, da sua Língua Materna, no nosso caso, a Língua que nos deixou o Rei Dom Diniz – a Língua Portuguesa.
O conceito de Identidade Linguística é tão importante que está protegido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual defende o direito e o respeito pela Identidade Linguística de uma Comunidade, com uma Língua gerada e criada no seio dessa mesma Comunidade.
E o que é uma Comunidade Linguística?
É toda a sociedade humana que, radicada historicamente num determinado espaço territorial, se identifica como Povo e desenvolveu uma Língua comum como meio de comunicação natural e de coesão cultural entre os seus membros. A denominação de Língua Própria de um território refere-se ao idioma da Comunidade historicamente estabelecida nesse espaço territorial. Portanto, no nosso caso, Portugal.
Portugal tem a sua própria Cultura Linguística, que identifica o Povo e o País que nós somos. E isto é algo sagrado que deve ser respeitado.
Não podemos, NÃO devemos permitir que um outro Povo, com uma outra Cultura Linguística, num outro espaço territorial, se apodere da NOSSA Língua e a deturpe e a usurpe e continue a chamar-lhe Língua Portuguesa.
NÃO é verdade que a Língua Portuguesa tenha 260 milhões de falantes, porque no Brasil NÃO se fala, nem se escreve Português, mas sim a Variante Brasileira do Português.
A Língua Portuguesa NÃO deve ser medida por números, que é algo que não interessa aos Portugueses Pensantes, uma vez que esses números representam uma outra linguagem, uma outra cultura, um outro território, um outro Povo.
A Língua Portuguesa deve ser medida pela qualidade da sua escrita e da sua oralidade. É ela que fixa o Saber, o Pensamento e a Cultura de um Povo, e não pode andar por aí a ser escrita de um modo básico, sem regras e sem a mínima coerência, elegância e estética.
A Língua Portuguesa sempre teve enorme prestígio, por ser considerada uma das Línguas mais belas e mais bem estruturadas da Europa.
Senhor primeiro-ministro de Portugal, lamentamos dizer-lhe que foi decepcionante ler a sua crónica.
Vossa Exa. sabe que os vocábulos coletivo, projeção, objetivo, efetiva, ação, e centenas de outros, aos quais suprimiram as consoantes mudas, com função diacrítica, pertencem exclusivamente ao léxico brasileiro e NÃO ao léxico português, aquele que nos identifica como Povo?
Como pode ousar dizer que a Língua Portuguesa é um património de valor identitário, e, ao mesmo tempo, se permite que nos impinjam, de um modo ditatorial, uma grafia que identifica unicamente o Brasil, e mais nenhum país da CPLP?
Como muito bem considera Maria José Abranches «É bom não esquecer o país que somos, e a sua História recente: tivemos de lutar contra a ditadura, servida pela censura e pela PIDE, e que nos impôs a tragédia da guerra colonial; acedemos à Democracia, a partir do 25 de Abril de 1974... E é em Democracia que, mediante processos políticos ditatoriais, se despreza a Língua de Portugal – suporte histórico da nossa identidade – impondo-nos o AO90, que se assume textualmente como "um passo importante" para o "prestígio internacional" da Língua Portuguesa, e que visa apenas sobrevalorizar a língua do Brasil?
A questão do número de falantes está muito bem esclarecida nas citações do linguista português António Emiliano e do linguista brasileiro Maurício Silva:
António Emiliano, da Universidade Nova de Lisboa:
«Convém reflectir no que significa "prestígio internacional" da língua: se a questão se resume a contar e a exibir milhões de falantes (face aos milhões de outras línguas), então está-se, no limite, a pensar na língua em termos imperiais, o que, no tempo em que vivemos, não faz qualquer sentido. Mas, admitindo que a questão faz sentido, nestes precisos termos e para algumas pessoas posicionadas em centros de decisão, então é forçoso concluir que o "prestígio internacional" da língua é, e só pode ser – nestes termos precisos, repito – o "prestígio internacional" e imperial da língua brasileira.
Tenha-se em conta que a maioria dos mais de duzentos milhões de pessoas que supostamente são hoje luso-falantes é composta por indivíduos analfabetos ou com literacia reduzida, e também que muitos desses milhões não são falantes nativos de nenhuma variedade do português.» (in "Uma reforma ortográfica inexplicável: comentário razoado dos fundamentos técnicos do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) - (Parecer) - EXCERTOS - António Emiliano, Universidade Nova de Lisboa)
Maurício Silva, da Universidade de São Paulo:
«Assim, pode-se dizer que grande parte da discussão em torno da ortografia da língua portuguesa – como, de resto, em torno da própria língua – redunda na tentativa de afirmação nacionalista de uma vertente brasileira do idioma, em franca oposição à vertente lusitana.» (in “Reforma Ortográfica e nacionalismo linguístico no Brasil”, Maurício Silva (USP) - www.filologia.org.br/revista /.../5(15)58-67. html).
Mudou-se o governo, mas a vontade de continuar a trair Portugal continua.
Deixarei aqui os comentários que sábios portugueses fizeram à crónica de V. Exa., a qual ficará para a História como mais uma memória da TRAIÇÃO à Pátria, cometida por governantes portugueses, que se deixaram encantar pelo canto de uma falsa sereia, que só pretende destruir a Língua Portuguesa, para impor a sua Variante na ONU, transvertida do Português, principal objectivo, de toda esta vergonhosa barganha.
Fazendo nossas as palavras destes comentadores, espero que V. Exa. faça a diferença, levando em conta os nossos bons conselhos, NÃO seguindo o mau caminho dos seus antecessores, porque, tal como eles, corre o risco de ficar à porta da História.
Talvez quem escreveu a notícia, quisesse referir-se à obsessão de Marcelo Rebelo de Sousa pelas “selfies”.
Então, Marcelo poderia ir "retratar-se" junto dos cemitérios onde estão enterrados os corpos dos que os antepassados DELE mataram, e, do bolso DELE, pagar os custos da colonização feita pelos antepassados DELE, a Lula da Silva que, sem o mínimo pejo, está a cobrar esses custos, que ele acha que pertence a Marcelo. E já agora, que Marcelo peça muita desculpa pelo que ELE (Marcelo) fez de mal aos brasileiros do século XXI.
Porque nós, Portugueses do século XXI, não nos sentimos culpados de nada. A escravatura africana nasceu em África, com os africanos a escravizar outros africanos para os vender aos brancos que por ali passavam... Era um negócio da époa, como hoje há o negócio dos imigrantes escravizados, por aí... Não devemos nada a ninguém. Não roubámos nada. O ouro que os brasileiros dizem que Portugal "roubou" pertencia a Portugal, porque o Brasil era território Português.
E isto faz parte da História. Faz parte do PASSADO. E andar por aí a desenterrar mortos é coisa de gente mórbida e ignorante.
Pelo que se vê, os brasileiros esquerdistas andaram a fazer uma lavagem cerebral a Marcelo, como fazem aos desinstruídos brasileiros, que andam por aí a espalhar estas insipiências, demonstrando uma gigantesca ignorância sobre o que é a HISTÓRIA.
E sim, com a entrega da Língua Portuguesa ao Brasil, e agora com estas lamentáveis declarações, Marcelo TRAIU Portugal, diante de jornalistas estrangeiros, que deviam ter ficado com muita má impressão dos Portugueses.
É óbvio que as pessoas civilizadas do Século XXI d. C. lamentam profundamente a escravidão, a tortura e a morte de TODOS os seres humanos que, desde o aparecimento do Homem na Terra, foram submetidos a esses horrores, arbitrariamente. O que podemos fazer é aprender com os erros cometidos nesse Passado, para não voltar a cometê-los. No entanto, a História diz-nos que o Homem nada aprendeu com esses erros, e continua a cometê-los, cada vez mais sofisticadamente. E é isto que HOJE deve contar.
Numa destas, talvez os Egípcios do século XXI d. C. também queiram pedir desculpa a Isaac Herzog, actual Presidente de Israel, ou indemnizá-lo, pela cruel escravatura imposta ao Povo Hebreu, pelos Faraós.
Há coisas inacreditáveis, que só se devem à falta do SABER e da Lucidez.
É que por mais modernaços que os designers queiram ser nas suas concepções de arte, há uma coisa comum às Artes de todos os tempos: o bom gosto e a beleza.
A moeda que pretende assinalar os 500 anos do Nascimento de Luís de Camões, o nosso maior Poeta, é simplesmente FEIA, coisa de muito, muito, muito, mas muito MAU gosto.
Camões NÃO merece ser assim deformado.
Deve haver limites para a expressão artística, quando se trata de retratar pessoas. É que isto nem para caricatura serve. E a Arte da Caricatura é uma Arte.
A carantonha, que consta na moeda, mais parece uma CARETA CARNAVALESCA, tipo Caretos de Podence, sendo que estes últimos são muito mais artísticos e belos do que a careta da moeda.
E não me venham dizer que gostos não se discutem, porque isto nada tem a ver com gostos, mas com ARTE e respeito pela memória das pessoas.
Isto só prova que anda por aí uma seita destruidora dos símbolos da nossa História, da nossa Cultura, da nossa Língua, com uma intenção obscurantista.
E não querem que se diga que Portugal sofreu um golpe retrocessionista?
Eu não conhecia João Pedro Graça pessoalmente. Cruzámo-nos na Internet, através dos nossos Blogues, porque partilhávamos da mesma luta: restituir a Portugal a NOSSA amada Língua Portuguesa, livre daenfermidade que a desfigurou, o inadjectivável acordo ortográfico de 1990 (AO90, reduzindo-a ao estado mais básico que uma linguagem pode descer.
No seu Blogue Apartado 53, João Pedro Graça,corajosamente, com determinação, sem papas na língua, sem receio de ser politicamente incorrecto, defendeu a NOSSA Língua Portuguesa com unhas e dentes e outras ferramentas, que ele, eximiamente, sabia usar como ninguém mais o fazia.
Nunca teve prurido em que ou timbrassem de xenófobo ou racista, algo que ele não era, porque quando defendemos a nossa Língua, a nossa Cultura, a nossa História, de predadores malévolos, exercemos o nosso dever cívico de cidadãos portugueses. E o resto são balelas de quem NÃO sabe argumentar, de quem não tem como argumentar, e o mais fácil é chamar-nos de xenófobos e racistas.
João Pedro Graça partiu demasiado cedo, mas deixa-nos um legado precioso: o seuApartado 53, um precioso acervo documental sobre o maldito AO90, que há-de levar para o charco da História todos os seus intervenientes.
Desde 16/17 de Março de 2024 que não tínhamos notícias de João Pedro Graça, na suaPáginado Facebook. Estranhámos a sua ausência, poderia estar de férias, mas jamais esperávamos que ausência seria tão definitiva.
Hoje fomos surpreendidos pela triste notícia da sua morte.
João Pedro Graça era um Homem, com H maiúsculo, que nos habituámos a respeitar.
Um Homem que entrará para a História, como um cidadão Português que cumpriu briosamente o seu DEVER cívico de defender a nossa Identidade Linguística, ao contrário dos predadores da Língua, que ficarão às portas da História, como gente que passou pelo mundo e nenhum legado deixou aos vindouros senão cobardia, servilismo e mediocridade.
Uma GRANDE PERDA para a família e amigos, a quem envio as minhas mais sentidas condolências, mas também uma GRANDE PERDA para todos nós, para mim, que o tinha como um amigo, ainda que virtual.
Em sua memória, continuaremos a lutar como ele lutou, até que devolvam a DIGNIDADE à nossa Língua-Mãe.
P.S.:Por falar em culturas portuguesa e brasileira, morreu esta semana João Pedro Graça, professor e tradutor, que foiimpulsionadore primeiro subscritor da Iniciativa Legislativa de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico de 1990 (ILC-AO), que também subscrevi por imperativo de consciência e dever de cidadania. Iniciativa que a Assembleia da República, como foi oportunamente denunciado, tratou de silenciarrecorrendo a tudo o que tinha à mão. Apesar disso, João Pedro Graça não desistiu de lutar publicamente contra essa aberração a que polidamente chamaram “acordo” e cujo préstimo tem sido nulo, além de não contribuir para o futuro da língua portuguesa no mundo. João Pedro Graça morreu, mas não morreu a causa a que dedicou parte da vida e que continuaremos em sua memória. O “acordo” é que tarda a morrer, alimentado artificialmente pelo soro da ignorância.
Nuno Pacheco
***
Sim, "as culturas portuguesa e brasileira podem conviver em saudável harmonia, sem que qualquer delas perca identidade", no respeito pelas respectivas características da língua, oral e escrita, em que cada uma se exprime e define. Saúdo o esforço, a dedicação, o saber e o empenho com que João Pedro Graça - que infelizmente a morte nos roubou - defendeu a língua portuguesa, combatendo a imposição política aberrante, acéfala e criminosa do AO90 a Portugal. Subscrevi a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (ILCAO), para a qual recolhi centenas de assinaturas. E não posso admitir que, na democracia, que nos trouxe há 50 anos o 25 de Abril, a Assembleia da República se permita ignorar e desprezar a voz dos cidadãos expressa na ILCAO! Leiam e respeitem a Constituição!
Língua portuguesa e integraçãoé o título de um artigo de opinião, da autoria do acordista Diogo Godinho, e publicado no passado dia 09 de Março, no Jornal “Observador”.
Diz o opinante que «O conhecimento e uso da língua portuguesa torna-se condição indispensável para a integração de cidadãos de origem estrangeira», o que é algo absolutamente correCto.
E acrescenta: «Conforme prevê a nossa Constituição, a língua oficial da República Portuguesa é o Português, sendo tarefa fundamental do Estado a sua defesa e a sua difusão (art.º 9º, al. f) e art.º 11º, nº3 da CRP). Porém, não bastando tal obviedade, o legislador português clarificou ainda explicitamente noutros diplomas legais que a língua portuguesa seria a língua usada nas tramitações administrativas e judiciais do Estado (cfr. arts.º 54º C.P. Administrativo; 133º C.P. Civil ; 92º, nº1 C.P. Penal).»
Neste último parágrafo é que aporca torce o rabo, porque a questão é:
1 -A que Português a Constituição da República Portuguesa (CRP) se refere?
A Constituição da República Portuguesa refere-se ao Portuguêsaindaem vigor em Portugal, através do Decreto 35.228, de 08 de Dezembro de 1945, que estabelece os princípios de fixação para a grafia da Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 01 de Janeiro de 1946, e a qual ainda não foi revogada, por Lei alguma, e apenas uma LEI pode revogar outra Lei. Portanto, todos os que aplicam o chamado acordo ortográfico de 1990, desde o mais letrado ao mais ignorante, estão a infringir a Lei.
O próprio Estado Português, o próprio presidente da República Portuguesa, os governantes portugueses, os deputados da Nação, à excePção dos do Partido Comunista Português (PCP), que não se deixou deslumbrar pelo aceno dos milhões, estão a violar a Constituição da República Portuguesa, ao aplicarem um acordo ilegal e inconstitucional, segundo os pareceres, bem fundamentados juridicamente, de inúmeros juristas não-afectos ao regime, porque aos afectos ao regime, como os Profs. Jorge Miranda e Vital Moreira, parece-lhes que o AO90 é legal ainda que não ratificado, por todos os signatários, e, para tal, dão desculpas de mal pagador, que só convencem os ignorantes.
2 - Estará o Estado Português a cumprir a tarefa fundamental de defender e difundir o Português, de acordo com os artigos mencionados, no parágrafo referido mais acima?
Obviamente, NÃO está.
Neste artigo de Diogo Godinho, NÃO se fala da Língua Portuguesa, do Português, consignado na CRP. Fala-se do ACORDÊS, muitas vezes amixordizado, ou seja, a mistura da grafia portuguesa com a grafia brasileira, preconizada no mal engendrado AO90, que andam por aí a impingir aos estrangeiros, dizendo-lhes que é Português, enganando-os descaradamente. E isto devia ser tratado como crime.
E o que é mais estranho é o absurdo silêncio da Academia das Ciências de Lisboa (que ao que parece, actualmente, é uma mera serviçal da Academia Brasileira de Letras, pois é esta última que dá cartas nesta “Questão da Língua Portuguesa”, que ficará para a História, como o acto mais infame, mais vergonhoso, mais servil, mais idiota perpetrado por governantes portugueses do pós 25 de Abril, bem identificados, os quais, por mais incrível que possa parecer, permitiram que Portugal se transformasse no albergue dos medíocres, dos incompetentes, dos analfabetizados, dos que não querem saber, dos sem-brio, dos apátridas, dos acordistas que não conseguem PENSAR a Língua de Portugal!
Um texto que reflecte a miséria do ensino em Portugal.
A proibição de ensinar, imposta aos professores, veio logo com o 25 de Abril. Dei aulas de Português e de História ao 2º Ciclo, nos anos lectivos de 1973/74, 74/75 e 75/76, e foi por obrigarem os professores de História, em vez de História a "ensinar" uma disciplina (sem livros) que se chamava "Habitação, Vestuário, e outra coisa do género, que agora não me recordo" que abandonei o ensino.
Desde então, o ensino tem vindo a degradar-se cada vez mais, e hoje o meu neto, que anda no 8º ano, a Matemática, na óptica dele, chama-se "Pinta de Amarelo", porque os exercícios de Matemática são para "pintar de amarelo" determinadas coisas.
O que se pretende com este tipo de ensino a abeirar o ensino de infantário?
E o Português, que os professores actuais não sabem como grafar, e grafam à vontade do freguês? Não admira que a Matemática e a Português os alunos portugueses estejam na cauda da Europa.
O que pretenderão os governantes com este tipo de ensino? Formar analfabetos funcionais, para mais fácil os manobrar, no futuro?
Com os resultados da oitava ronda do PISA [Programa Internacional de Avaliação de Alunos], só se espanta quem seja ingénuo ou cobarde. Ou quem, irresponsavelmente, insiste em declarar que a educação em Portugal - e o país, de que a educação é o espelho -- está no bom caminho seja para o que for a que queiramos chamar "o futuro". Não. Portugal, que tem sido ultrapassado por países que ainda há pouco no ex-Bloco de Leste pouco mais seriam que territórios em transição para o dito "1º Mundo"; Portugal é hoje um país que se prepara para uma segunda metade da década de 2020 que será de diluição, destruição, esgotamento, subversão das instituições.
Desde Garrett e de Antero que não conhecemos senão uma classe política indigente, salvo excepções. Sucedem-se as comissões, os estudos, as radiografias à nossa sociedade. Publicam-se ensaios, livros; organizam-se conferências, multiplicam-se os encontros, os colóquios, os convénios. Todos, dos cafés de bairro às direcções das Universidades e Redacções de Jornais sabem que estamos doentes. Em jeito de cardápio barato a servir-se numa qualquer esplanada da pátria, preparamo-nos para ver os programas dos partidos que vão a eleições em Março de 2024. Com que esperança vamos votar? Em que classe política conhecedora do país real? Neste "fogo-fátuo" que é Portugal a entristecer a terrível verdade é esta: os portugueses, depois de Marcelo deixar cair definitivamente a sua máscara, sabem que são "Ninguém", como alegoricamente exclamou esse Romeiro que já éramos no século XIX.
Volto à questão do PISA e destes resultados reveladores. Portugal tem o 29º resultado (em trinta países!) em Matemática; tem o último lugar na literacia científica e ocupa o 24º lugar no que respeita à leitura. A culpa não será só da pandemia. Mas a pandemia agravou as dificuldades do quotidiano escolar e universitário. O tele-ensino foi apenas, como sempre neste país, "para inglês ver" e a equipa ministerial fazer o elogio da classe que jamais protege, mas sempre engana. Sejamos honestos: não só a profissão docente está absolutamente comprometida, como a própria escola pública (mas também colégios privados, pois o mal também chegará) e a Universidade no seu futuro. As condições de recrutamento não aliciam ninguém. Não teremos 30.000 professores em 2030 para fazer face à falta de profissionais neste sector. Os que entrarem depressa irão rumar a outras paragens. Os que persistirem serão carne-para-canhão dum sistema que paga mal, brutaliza, estupidifica e é cúmplice da ignorância larvar.
Com efeito, os resultados do PISA revelam o que a maioria sabe: que o que se vive no dia-a-dia das escolas impede qualquer hipótese de crianças e adolescentes aprenderem seja o que for de relevante. O quotidiano escolar é simples de descrever: os professores, esmagados por centenas de alunos, tendo a braços mil-e-um afazeres de natureza burocrática, deslocados da sua área de residência, congelados neste ou naquele escalão, tendo ordenados de miséria -- os professores não possuem qualquer estatuto real ou simbólico para enfrentar o que enfrentam. A tutela tira hoje para fingir que dá amanhã e depois-de-amanhã tira mais do que tirou da primeira vez. Que realidade é essa que os professores enfrentam? Esta: Uma geração inteira de adolescentes que, com 13, 14, 15, 16, 17 anos são mal-educados, ignorantes e sem curiosidade. Adolescentes cujos pais pressionam, com apoio das direcções, para que os seus filhos obtenham resultados de não menos que 16 a todas as disciplinas. O perfil dos jovens que frequentam hoje a escola portuguesa roça a delinquência. Mas são delinquentes com óptimas notas! É vê-los com as cabeças mergulhadas, durante as aulas, nos ecrãs dos tenebrosos telemóveis. É vê-los falar no português de caserna que espelha a ausência de utopia, a incuriosidade, a formatação de reformas educativas que visaram empobrecer a capacidade crítica. No digital -- aí é que está a autoridade: os influencers, os tik-tokers, os magos da estupidez a fingir de progresso. Esses são os verdadeiros educadores do país. Na maioria das escolas as direcções são coniventes. O rigor é atropelado pela facilidade; reprovar um aluno significa correr o perigo de ter os pais à espera. No melhor dos casos significa escrever um relatório inútil a justificar por que razão a reprovação faz sentido - facto que as direcções se apressam a desfazer. Professores competentes -- que os há, ainda -- são convidados a serem "flexíveis". A escola "inclusiva" de que os governantes gostam de falar é inclusiva apenas nisto: na pobreza salarial de quem ensina, na deliquência potencial de quem (não quer ser) ensinado. Criámos, portanto, os monstros: futuros juízes, políticos, advogados, médicos, professores, engenheiros, arquitectos, que nada leram, não sabem escrever e não sabem pensar.
Só os governantes é que ignoram o óbvio: as sucessivas reformas - com a diluição de disciplinas como História, Filosofia e Literatura (as que exigem a escrita reflexiva!) - são a raiz da nossa degradação social. Os resultados do PISA espelham bem cinco causas da nossa decadência acelerada: 1.º) As reformas curriculares facilitistas; 2.º) a má preparação científica da classe docente; 3.º) a pobreza salarial dos professores, não permitindo o acesso à cultura, sempre cara neste país pobre; 4.º) a incapacidade de pensar a educação supra-partidariamente e 5.º) a "vã cobiça", as modas, tudo quanto, sob a capa do discurso do sucesso, abre as portas à corrupção, à anarquia, à indigência. A violência existe nas escolas portuguesas. Saber ler e escrever e contar a sério -- isso não existe.
Isto vem a propósito de duas mensagens que uma professora me enviou, a propósito do AO90 vs. Língua Portuguesa, e que, por ser do interesse público, vou transcrever, com as minhas respectivas respostas, numa tentativa de informar os desinformados, ou incentivar os que não querem ser informados, para a informação, porque a desinformação é irmã gémea da ignorância.
1ª mensagem:
«Relativamente ao português ensinado nas escolas, não é verdade que seja a variante brasileira. No que concerne a ortografia, dada a obrigatoriedade de ensinar com as regras do AO, não se fica longe da variante brasileira. Mas a língua não é só ortografia: há a sintaxe, o léxico, a pontuação e a morfologia, que são ensinadas segundo a variante portuguesa, embora com influência pontual da variante brasileira.
Infelizmente, o português corrente já usa tantos vocábulos e expressões brasileiras, que o português de Portugal se tornou e se vai tornar cada vez mais brasileiro. E não há nada que possamos fazer para o evitar.»
Minha resposta:
Esta sua conversa leva-me a crer que é uma acordista, nada interessada em defender a Língua Portuguesa. Ou é impressão minha? Eu explicarei porquê.
Quanto à ortografia ensinada nas escolas (repare que eu não me referi à sintaxe, ao léxico, à morfologia, à fonética e à semântica):
Primeiro: Ela é, salvo aquelas poucas excePções e suas derivações, que escaparam à mutilação, a ortografia brasileira que me ensinaram, quando eu comecei a aprender a escrever no Brasil. Os meus netos, hoje, grafam exactamente do mesmo modo que eu grafava, quando comecei a aprender a escrever. Repare que eu disse grafam.
Segundo: Não é verdade que seja obrigatório a aplicação do AO90 nas escolas. Só o aplicam, porque NÃO querem incomodar-se. O AO90 é ilegal, é inconstitucional, e ninguém, em Portugal, é obrigado a aplicá-lo, porque não existe lei alguma que a tal obrigue. Existem Professores que não o aplicam, e não são penalizados, porque a lei vigente não permite essa penalização. Só os professores o aplicam.
Terceiro: NÃO há variante portuguesa da Língua. Há a Língua Portuguesa ou Português. Ponto final. Existe sim, a Variante Brasileira do Português que está a ser introduzida em Portugal de má-fé.
Quarto: Infelizmente, SE o Português corrente já usa tantos vocábulos e expressões brasileiras a culpa é unicamente dos professores, que se vergaram ao Brasileirês, ou então porque vêem demasiadas novelas brasileiras, em vez de lerem livros em Bom Português.
Quinto: NÃO existe Português de Portugal. Existe simplesmente Língua Portuguesa, que jamais se tornará cada vez mais brasileira, porque existe um batalhão de gente que não o permitirá. E quem está a ser cúmplice desta ingerência brasileira na nossa Língua são os professores servilistas.
Sexto: Há muita coisa que podemos fazer para mandar às malvas o AO90 e recuperar a GRAFIA portuguesa. E uma delas é não seguir o seu raciocínio. E não duvide nunca de que não é possível reverter a estupidez ortográfica vigente. Tudo se encaminha para que, estando o CAOS implantado, no que respeita à Língua, ou o governo RECUA, ou o governo CAI.
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2ª mensagem:
«Realmente não há nenhuma variante portuguesa, com a pressa expressei-me mal. Quanto ao português ensinado nas escolas, é obrigatório respeitar o AO desde o ano lectivo de 2011/12. A consequência de não o fazer é, no mínimo, um processo disciplinar. Nem uma acta se pode escrever sem o AO (eu tentei e fui logo avisada). Por outro lado, se alguns professores de Português ensinassem a ortografia anterior, contrariamente a todos os outros, assim como aos livros e manuais da disciplina, iriam causar a maior confusão aos alunos. E, nos exames, qualquer palavra escrita segundo a ortografia anterior é penalizada como erro ortográfico.
Acredito que professores de outras disciplinas não escrevam usando o AO no ensino, mas professores de Português parece-me impossível. Os pais que dessem por isso apareciam logo na escola furiosos, e é se não fossem contar o caso na CMTV. Eu felizmente já não dou aulas (e nos últimos anos só me calhou Francês), pelo que não tive de passar por esse dilema.»
Minha resposta:
Aos professores foi-lhes impingida a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro, que determinou [NÃO obrigou através de uma LEI] a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012. E os professores deviam saber que uma Resolução do Conselho de Ministros NÃO faz LEI. E diante da infâmia de terem de ensinar aos alunos a escrever incorrectamente a sua Língua Materna, deviam parar para pensar [é obrigatório o professor ser dotado de espírito crítico, para poder desenvolvê-lo nos alunos, para que estes possam pensar por si próprios e, sobretudo, questionar] e recusarem-se a desensinar os alunos, sem que houvesse uma Lei para tal.
A consequência disto, jamais poderia ser um processo disciplinar, porque, não existindo lei para o suportar, seria ilegal. Isto também os professores deviam saber.
«Eu tentei e fui logo avisada» diz a professora. E aceitou cegamente esta advertência?
«Se alguns professores de Português ensinassem a ortografia anterior, contrariamente a todos os outros, assim como aos livros e manuais da disciplina, iriam causar a maior confusão aos alunos», diz a professora. O problema dos professores é achar que os alunos são estúpidos.
Eu comecei a dar aulas de História e Português no ano lectivo de 1973/74, era ainda Bacharel, e recusei-me a ensinar aos meus alunos as mentiras históricas que vinham nos manuais. E expliquei-lhes porquê. E eles entenderam, sem a mínima dificuldade. Não ficaram confusos, e fizeram muitas perguntas, que foram respondidas com perguntas que eu lhes ia fazendo, apelando ao raciocínio deles e ao que eles viam à sua volta. À margem dos textos dos manuais, eles escreviam a História tal como ela se desenrolava, e não como o governo da altura queria que fosse.
«E, nos exames, qualquer palavra escrita segundo a ortografia anterior é penalizada como erro ortográfico». Diz a professora. Não há ortografia anterior. Há a ortografia em vigor, a de 1945. E a penalização sobre os alunos, que escrevem correctamente a sua Língua Materna, e lhe dão erro, além de tremendamente injusta, é ilegal.
Os professores de Português são os maiores culpados do caos ortográfico e desta imposição de uma grafia mutilada, que nada tem a ver com a Língua Portuguesa. Tem a ver, tão-só, com a estupidez acordista.
A maioria dos pais não sabe sequer o que é o AO90, ou como os filhos escrevem ou deixam de escrever. O que não deixa de ser muito lamentável.
E como para SABER é preciso LER, aqui deixo a sugestão da leitura deste livro, o qual, SE os professores de Português, que se deixaram vergar pela ignorância dos políticos, que impuseram o AO90 aos Portugueses, sem lhes dar cavaco, tivessem o hábito de ler, de se questionar, tivessem espírito crítico, tinham-no lido, porque foi bastamente divulgado, e nele explica-se tim-tim por tim-tim porque é que os professoresNÃO eram obrigados a ensinar os seus alunos a escrever e a ler “incorretamente” , ou seja, “incurrêtâmente”, pois é assim que deve ler-se este vocábulo brasileiro.
Sei que ela jamais virá, porque também sei que só responde quem tem algo para dizer.
Sei, igualmente, que nem todos os professores aceitaram subjugar-se a uma ordem ilegal. Esses estão fora do campo de acção desta carta.
Por que a escrevi?
Porque talvez esses professores não saibam o que muitos outros sabem, por isso, não se vergaram: sabendo-se como se sabe que a aplicação do AO90 é comprovadamente ilegal e inconstitucional, ninguém em Portugal tem a obrigação de obedecer a uma ordem para o aplicar, ainda mais não existindo LEI alguma que a tal obrigue.
Caros Professores
[não é preciso dizer caros e caras, professores e professoras, porque professores – plural colectivo – significa um grupo de docentes, onde estão incluídos eles e elas].
Realmente gostaria de ter uma resposta objectiva da vossa parte.
Esta matéria é demasiado séria e nociva ao ENSINO, em Portugal, para que possa ser silenciada, do modo como está a ser, por parte de quem deve defender um ENSINO DE QUALIDADE, que passa, todo ele, pela Língua Materna dos alunos. A Língua Materna, NÃO a LínguaMADRASTA que lhes estão a impor.
Os professores são um dos grandes culpados do CAOS no Ensino [a juntar ao presidente da República, ao primeiro-ministro, ao presidente da Assembleia da República – a este principalmente – aos deputados da Nação, aos partido políticos, com excepção do PCP, aos editores acordistas, aos órgãos de comunicação social acordistas, aos escritores acordistas, e aos outros, aos marias-vão-com-as-outras].
É com este estigma que a vossa geração de docentes quer ficar para a História?
Por favor, pensem ELEVADO, e tomem uma posição. Não serão penalizados, porque mais penalizados do que já estão a ser não é possível, até porque, juridicamente, não são obrigados a aplicar uma coisa que não está em vigor e é ilegal, porque NÃO há lei alguma que obrigue os professores a desensinarem os alunos, no que respeita à Língua Materna deles. Além disso, teriam o apoio massivo de milhares de portugueses. Podem crer.
Pensem nisto! E cresçam na consideração dos Portugueses Pensantes, que, neste momento, não vos apoiam, porque só pensam nos vossos direitos. E onde ficam os direitos dos alunos? Os direitos de uns acabam quando os direitos dos outros começam, e os professores só teriam a lucrar se pugnassem também pelo RESPEITO que os vossos alunos merecem, e que não está a ser levado em conta, por vós, que estais a formar uma geração de analfabetos funcionais. E essa NÃO é a vossa missão. E também lucrariam se pugnassem pelos DIREITOS dos alunos ao ensino da Língua Materna, aquela que nos deixou Dom Diniz, e que nenhuma raiz tem na América do Sul.
Uma luta só se ganha quando se tem razão. E a vós falta uma fatia importante dessa razão. Estamos convosco no que diz respeito aos 6-6-23. Mas é só.
Procurem a LEI (não resoluções de conselho de ministros, ou circulares, ou coisas similares). Procurem a LEI que vos obriga a aplicar uma grafia que NÃO pertence a Portugal, nem faz parte da Língua Materna dos alunos portugueses.
E se ma apresentarem, garanto-vos que venho a público admitir a minha grande ignorância. É que só uma LEI obriga a fazermos aquilo que NÃO queremos fazer.
A finalidade deste “acordo” político é que uma das seis ex-colónias, sul-americanas, submeta a sua ex-potência colonizadora, europeia, e as demais ex-colónias africanas desta, a uma forma de neo-imperialismo cultural que se consubstancia na “adoção” ditatorial de uma “ortografia única”: a brasileira. [“post”Anatomia da Fraude]
Concatenando sequencialmente, como óbvias relações de causa e efeito, a invenção da CPLP, oEstatuto de “Igualdade” (2000), a imposição do AO90 (2011)e, por fim, oAcordo de Mo(r)bilidade (2021), ficam ainda mais claros os reais objectivos de toda a trama. Com a intensa, sistemática e longa campanha de desinformação — nesta se incluindo a paradoxal vitimização política dos beneficiados(1, 2, 3)e o silenciamento da oposição através do insulto e da ameaça (1, 2, 3, 4, 5) –, os últimos dados revelam já que pelo menos três desses objectivos foram atingidos: a substituição da Língua portuguesa pelo crioulo brasileiro, aaculturação selváticae o estabelecimento de umEstado brasileiro na Europa. [“post” “Igualdade” pela porta dos fundos”]
Doutor em educação, é professor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL); presidente do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio de Janeiro (Ciee/RJ)
Temos maisde 300 milhões de pessoas no mundoutilizando, como ferramenta de trabalho, a nossa queridalíngua portuguesa. A preocupação da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da Academia Brasileira de Letras, hoje presidida pelo especialista Evanildo Bechara, tem sido a sua descomplicação. A esse empenho se juntam hoje o recém-eleito Ricardo Cavaliere e a competente imortal Ana Maria Machado.
São imprecisos os limites entre anorma cultae a linguagem popular. Ser moderno não é só adotar procedimentos de filmes, revistas, jornais e programas de televisão, como se faz em certas partes do Rio de Janeiro. Há um claro desejo de imitar o inglês, primeira língua de mais de 500 milhões de pessoas.
É claro que desejamos ampliar os laços que nos ligam à Comunidade dos Povos de LínguaPortuguesa (CPLP), como tem se referido continuamenteo presidenteLuizInácio Lula da Silva(PT). Sabe-se que só3% dos 350 mil verbetes registrados no Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa são escritos da mesma forma, o que merece uma ampla e contundenterevisão. Eis aí um maravilhoso pretexto para a ação decisiva danossa diplomacia, com o necessário trabalho em favor da sonhada unificação. O Itamaraty, numa nação que nem é tão rica assim, está empenhado em emprestar dinheiro aos povos necessitados. Não seria o caso de uma ação cultural mais expressiva?
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A modalidade da educação a distância (EAD), em grande expansão no mundo, pode ser um precioso instrumento de harmonização de procedimentos. Está na hora de somar esforços nesse sentido.
Quando vem à tona o nome do inesquecível Pelé,pensamos se não é um verbete que uniria as nações lusófonas. O Dicionário Michaelis saltou na frente. Sugerimos acompanhar a bela iniciativa.
Queremos nos deter um pouco mais sobre essa homenagem ao craque. Ouvi de um acadêmico que não concordava com a ideia, “pois com o tempo o nome de Pelé poderia ser esquecido”. Argumento furado, pois a história sempre ligará o nome do atleta doSantosaos títulos conquistados pelo Brasil com a sua ajuda e os gols inesquecíveis do “Rei do Futebol”.
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De toda maneira, este artigo está sendo feito em defesa da língua portuguesa e do seu futuro. A união lusófona é, politicamente, uma ideia altamente defensável e oportuna. A nossa diplomacia tem aí um belo campo de trabalho.
[Transcrição integral, conservando o brasileiro do autor brasileiro publicado num jornal brasileiro, incluindo as ligações internas do original. Inseri outros “links” (os de cor verde) a “posts” do Apartado, com extractos apensos. Imagem de topo: recorte do site “Talk2Travel“.]
a “posts” do Apartado, com extractos apensos. Imagem de topo: recorte do site “Talk2Travel“.]
A autora deste Blogue não adopta o “Acordo Ortográfico de 1990”, por recusar ser cúmplice de uma fraude comprovada.
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