Morreu o “pai”, e agora que morra também o “filho”, ao qual chamou Acordo Ortográfico de 1990.
Que Malaca Casteleiro possa descansar em paz, e que Deus lhe perdoe o MAL que ele fez a Portugal e aos Portugueses, ao destruir a nossa Língua Materna.
É caso para questionar: «A morte para o homem, ou a morte pára o homem?» como observou o amigo João Lutas Craveiro.
«Não foram para já adiantados pormenores sobre as cerimónias fúnebres do linguista João Malaca Casteleiro, figura central na elaboração do novo Acordo Ortográfico (de 1990).
O linguista João Malaca Casteleiro, figura central na elaboração do novo Acordo Ortográfico, morreu na sexta-feira, aos 83 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, onde estava internado, disse hoje à Lusa uma colega e ex-aluna do professor catedrático.
Malaca Casteleiro, natural de Teixoso, Covilhã, licenciou-se em Filologia Românica, em 1961, tendo obtido o doutoramento pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1979, com uma dissertação sobre a sintaxe da língua portuguesa.
Professor catedrático naquela faculdade desde 1981 e membro da Academia das Ciências de Lisboa, Malaca Casteleiro foi o principal responsável na elaboração do novo Acordo Ortográfico de 1990, acordo esse que só entrou em vigor em Portugal mais de uma década depois (2009). Foi o coordenador científico do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências.
Foi também director de investigação do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, conselheiro científico do Instituto Nacional de Investigação Científica e presidiu ao Conselho Científico da Faculdade entre 1984 e 1987.
Foi ainda presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia entre 1991 e 2008, tendo durante a sua longa carreira de professor orientado muitas de teses de doutoramento e de mestrado.
Em Abril de 2001, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Não foram para já adiantados pormenores sobre as cerimónias fúnebres de Malaca Casteleiro.
Em declarações à agência Lusa, Margarita Correia, professora auxiliar da Faculdade de Letras de Lisboa e antiga aluna de Malaca Casteleiro, recordou o professor agora falecido como “uma pessoa muito generosa”, que “ajudou muita gente” e figura “importante na difusão do português na China e em Macau”.
Margarita Correia referiu que foi aluna de mestrado e doutoramento de Malaca Casteleiro e lembrou que o linguista e professor tinha duas frases predilectas que gostava de repetir aos alunos: “Dando liberdade e exigindo responsabilidade” e “quem nunca fez nada nunca é criticado”.
Recordou também que, em Outubro passado, Malaca Casteleiro foi alvo de uma homenagem dos seus pares da comunidade de países língua portuguesa, que decorreu na Universidade do Porto.»
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