Quinta-feira, 27 de Maio de 2021

Por via da “igualdade de género” a moda do “ele e ela” afinal, não é para “todos e todas”…

 

Se dermos uma voltinha pelas redes sociais, para tomar o pulso à linguagem que por aí anda disseminada, deparamos com a piroseira de que fala Miguel Esteves Cardoso, nesta imagem, cuja consulta do link, aconselho vivamente:  

https://portugalglorioso.blogspot.com/2016/02/portuguesas-e-portugueses-e-uma-estupidez.html

 

miguel_cardoso_portugueses.jpg

 

Além disso, ninguém leva a sério alguém que fale assim, como diz Ricardo Araújo Pereira, neste outro link, que também sugiro que consultem:

http://portugalglorioso.blogspot.com/2016/05/ricardo-araujo-goza-com-bloco-esquerda.html

 

ricardo_cartao_cidadao.png

 

E se tivermos em conta o que se passa com as inúmeras greves que vão agitando as águas da política em Portugal, haverá alguém que diga:

 

Greve dos Enfermeiros e das Enfermeiras

Greve dos Professores e das Professoras

Greve dos Juízes e das Juízas

Greve dos Bombeiros e das Bombeiras

Greve dos Funcionários e das Funcionárias públicos e públicas

Greve dos Funcionários e das Funcionárias judiciais

Greve dos Polícias (ou dever-se-á dizer Polícios) e das Polícias

Greve dos Guardas (ou será Guardos) e das Guardas prisionais

Greve dos Médicos e das Médicas

Greve dos Notários e das Notárias

Greve dos Trabalhadores e das Trabalhadoras dos Impostos

Greve dos Trabalhadores e das Trabalhadoras da Carris

Greve dos Funcionários e das Funcionárias dos Serviços dos Estrangeiros e das Estrangeiras e Fronteiras…

 

Então? Em que ficamos?

 

Mas há quem diga que dizer “meus caros amigos facebookianos” ou dizer “boa noite a todos” ou “os que estiveram na manifestação” é apoucar as mulheres, desconhecendo que uma coisa é pugnar pela igualdade de género, no que diz respeito a direitos (e apenas a direitos e não a uniformidades de ser, estar ou sentir), e outra coisa é usar o feminino e o masculino, e desprezar o nome colectivo, num discurso, apenas porque haverá algumas “mulheres” que se sentem diminuídas porque não as destacam do GRUPO de seres humanos, que inclui o feminino e o masculino.   

 

Ora isto é um grande disparate, que está a generalizar-se, e a tornar os discursos e textos numa parvoíce tal, que só diz do subdesenvolvimento mental de quem assim procede.

 

Aqui há tempos, chegou-me às mãos um comunicado da Câmara Municipal de Palmela a dizer o seguinte, e tentem ler o texto alto, fechando igualmente as vogais das palavras assinaladas, porque é fechadas que devem ser lidas, segundo as vigentes regras gramaticais, para que possam alcançar o efeito deste tipo de linguagem aparvalhada:

 

(os erros ortográficos estão assinalados, porque estamos em Portugal e a ortografia vigente é a de 1945, por não ter sido revogada).

 

«Voluntárias/os ajudaram a embelezar o Centro Histórico de Palmela

 

A 6.ª edição do projeto “2 (de)mãos por Palmela”, realizada a 18 de maio, juntou seis dezenas de voluntárias/os, que ajudaram a embelezar o Centro Histórico de Palmela.

 

Com a ajuda de todas/os, foi intervencionada, com trabalhos de pintura, uma área de quase mil metros quadrados, que incluiu o Centro Histórico de Palmela e os muros da Alameda 25 de Abril, da Fonte do Carvacho, da estrada nacional, em direção a Centro Histórico de Palmela (acima da Fonte) e do Largo do Passo da Formiga.

 

O Município de Palmela agradece a colaboração voluntária de todas/os as/os que participaram neste “2 (de)mãos por Palmela”, que contou com o envolvimento do Grupo de AEP40 (que, desde o primeiro momento, participa na atividade), do Centro Histórico de Palmela, da Magjacol, a par das/os cidadãs/ãos da comunidade, que se associaram a esta jornada no Centro Histórico de Palmela.

 

Leiam alto: Todas/os as/os. A par das/os cidadãs/ãos.

O que é isto? Que linguagem horrorosa é esta?

 

Já agora, o Grupo de Escuteiros, seguindo este raciocínio arrevesado, não teria de se designar Grupo de Escuteiros e de Escuteiras?

 

Isto é algo surrealista.  

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:44

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2019

Ó eles e elas que por aí andam: poupai-me, porque já ando com os nervos e as nervas em pé!

 

Texto dedicado às mulheres que têm um complexo de inferioridade em relação aos homens, e necessitam que especifiquem o seu género, quando alguém se dirige ao TODO, em que elas estão integradas.

 

É que já não aguento mais andar por aí e deparar-me com este modismo (= idiotismo) do “todas e todos” “amigas e amigos”, “eles e elas”, que virou uma moda muito deselegante e sinónimo de ignorância, a qual no Brasil é considerada uma PRAGA LINGUÍSTICA, e em Portugal “é um must. Como sempre, na cauda do mundo.

 

TODOS E TODAS.jpg

Origem da imagem: http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=29802

 

Chamam-lhe "linguagem inclusiva” e dizem que é por causa da “igualdade de género”, como se a igualdade de género passasse pelo mau uso da Língua Portuguesa.

 

Dizer “todos e todas”, “amigos e amigasé um pleonasmo vicioso. É mais do que uma reiteração (repetição), é um ERRO, isto porque o TODAS já está incluído no TODOS. Bem como TODAS as outras palavras masculinas que integram o FEMININO, e o TODO.

 

TODOS (neutro) engloba todos e todas. Trata-se de um princípio gramatical do Português, que não herdou do Latim o género neutro.

 

Tentarei explicar o que acima referi (a insciência que por aí vai), como se estivesse numa sala de aula, a explicar a alunos do Ensino Básico, por que não devemos aplicar esta PRAGA LINGUÍSTICA para igualar os géneros.

 

Quando dizem: todos e todas; Portugueses e portuguesas; caros e caras; adeptos e adeptas; amigos e amigas; camaradas e camarados (esta à Bloco de Esquerda) demonstram que desconhecem o significado dos vocábulos: todos ( = toda a gente; humanidade); Portugueses ( = povo luso, habitantes de Portugal); caros (adjectivo masculino plural = quem estimamos, seja do sexo masculino ou feminino); adeptos (adjectivo/substantivo masculino plural = apoiantes, sejam do sexo masculino ou feminino); amigos (adjectivo/substantivo masculino plural = pessoas a quem nos ligamos por afectos); camaradas (substantivo de dois géneros = pessoas que connosco partilham uma função comum); e de todos os outros vocábulos que englobam o feminino e o masculino, porque se referem a PESSOAS no seu todo: homens, mulheres, crianças, novos e velhos, menos novos e menos velhos. Simplesmente TODOS.

 

Diferente é dizer especificamente minhas senhoras (porque - em princípio - não serão homens) e meus senhores (porque - em princípio - não serão mulheres). E isto sem qualquer segundo sentido, porque aceito a condição humana, tal qual ela é concebida. Só não sou tolerante (nem tenho de ser) com os que tendo obrigação de SABER, porque lhes foram dadas todas as oportunidades e privilégios, se recusam a QUERER SABER. E para tal não há perdão.

 

Suponho que o que leva os que se julgam modernos, a aplicar este modismo queira imitar algumas línguas estrangeiras, como o Inglês ou o Castelhano, que especificam, por exemplo, filhos e filhas (sons and daughters, hijos y hijas), quando querem referir-se a boys and girls, e a chicos y chicas. Porém quando se referem à sua prole (filhos) dizem children e niños (ou hijos).

 

Contudo, na Língua Portuguesa, o vocábulo Filhos é um substantivo masculino plural = conjunto dos descendentes = DESCENDÊNCIA, PROLE…

 

E o vocábulo filho é um substantivo masculino singular = indivíduo do sexo masculino (ou animal macho) em relação a seus pais. Se queremos dizer que tivemos mais de um indivíduo do sexo masculino, dizemos que temos X filho(s). Mas se quisermos dizer que, no todo, tivemos seis descendentes, dizemos seis filhos.

 

Portanto, quem anda agora, por aí, a imitar línguas estrangeiras, ou os modismos oriundos do complexo de inferioridade que certas mulheres sentem em relação ao homem, não conhecem nem essas línguas, nem a própria língua.

 

Experimentem traduzir isto para Inglês: meus queridos amigos e minhas queridas amigas = my dear friends and my dear friends. Experimentem também traduzir: Ingleses e Inglesas = English and English.

 

Agora reparem: como se traduz o modismo ( = idiotismo) Portugueses e Portuguesas, que agora tanto se ouve por aí:

 

Para Inglês = Portuguese and Portuguese
Para Castelhano = Portugués y portugués
Para Italiano = Portoghese e portoghese
Para Francês = Portugais et portugais

Para Alemão = Portugiesisch und Portugiesisch

 

No que pretendem transformar a Língua Portuguesa? Já não basta o Acordo Ortográfico que destruiu a Língua? Querem transformá-la numa língua extraterrestre? Extra-europeia? Extra-indo-europeia? Uma língua de ignorantes?

 

Já não será tempo de deixar os modismos e regressar ao que estava bem e não necessitava de remendos mal costurados?

 

Sempre ouvi dizer que o que é demais é moléstia.

 

E já chega de tanta moléstia!

É de nos deixar os nervos e as nervas em pé!

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:08

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Quinta-feira, 23 de Maio de 2019

Por via da "igualdade de género" a moda do "ele e ela" afinal não é para "todos e todas"…

 

… se tivermos em conta o que se passa com as inúmeras greves que vão agitando as águas da política em Portugal.

Então vejamos.

 

014_VR_0207_ele_ela_pared.jpg

 

Não ouvimos dizer:

 

Greve dos Enfermeiros e das Enfermeiras

Greve dos Professores e das Professoras

Greve dos Juízes e das Juízas

Greve dos Bombeiros e das Bombeiras

Greve dos Funcionário e das Funcionárias públicos e públicas

Greve dos Funcionários e das Funcionárias judiciais

Greve dos Polícias e das Polícias

Greve dos Guardas e das Guardas prisionais

Greve dos Médicos e das Médicas

Greve dos Notários e das Notárias

Greve dos Trabalhadores e das Trabalhadoras dos impostos

Greve dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Carris

Greve dos Funcionários e das Funcionárias dos Serviços dos Estrangeiros e das Estrangeiras e Fronteiras…

 

Então? Em que ficamos?

 

Mas aos que lhes deram para variar da cabeça acham que dizer “meus caros amigos facebookianos” ou dizer “boa noite a todos” ou “os que estiveram na manifestação” é apoucar as mulheres, desconhecendo que uma coisa é pugnar pela igualdade de género, no que diz respeito a direitos (e apenas a direitos e não a uniformidades de ser, estar ou sentir), e outra coisa é usar o feminino e o masculino num discurso, apenas porque haverá algumas “mulheres” que se sentem diminuídas porque não as destacam do conjunto dos seres humanos (eles e elas).

 

Ora isto é um grande disparate, que está a generalizar-se, e a tornar os discursos e textos numa parvoíce tal, que só diz do subdesenvolvimento mental de quem assim procede.

 

Chegou-me às mãos um comunicado da Câmara Municipal de Palmela a dizer o seguinte (vou corrigir os erros ortográficos sublinhados, porque, que eu saiba, Palmela não é nenhuma localidade brasileira).

 

«Voluntárias/os ajudaram a embelezar o Centro Histórico de Palmela

 

A 6.ª edição do projeCto “2 (de)mãos por Palmela”, realizada a 18 de Maio, juntou seis dezenas de voluntárias/os, que ajudaram a embelezar o Centro Histórico de Palmela.

 

Com a ajuda de todas/os, foi intervencionada, com trabalhos de pintura, uma área de quase mil metros quadrados, que incluiu o Lavadouro de Sant´Ana e os muros da Alameda 25 de Abril, da Fonte do Carvacho, da estrada nacional, em direCção a Setúbal (acima da Fonte) e do Largo do Passo da Formiga.

 

O Município de Palmela agradece a colaboração voluntária de todas/os as/os que participaram neste “2 (de)mãos por Palmela”, que contou com o envolvimento do Grupo de AEP40 (que, desde o primeiro momento, participa na aCtividade), do Grupo Motard de Palmela, da Magjacol, a par das/os cidadãs/ãos da comunidade, que se associaram a esta jornada no Centro Histórico de Palmela.

 

Todas/os as/os. A par das/ os cidadãs/ ãos. O que é isto? Que patoá é este?

 

Já agora, o Grupo de Escuteiros, a seguir este raciocínio arrevesado de querer contentar o género feminino, não teria de se designar Grupo de Escuteiros e de Escuteiras?

 

Isto é algo surrealista. Ainda se houvesse COERÊNCIA!

E não há ninguém de direito que ponha fim a esta tragédia linguística?

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:36

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