Segunda-feira, 7 de Outubro de 2024

«A língua portuguesa americana» ou uma nova maneira de insultar Portugal e os Portugueses, no jornal “Público brasil”, como se todos fôssemos parvos ou desprovidos de sentido crítico...

 

Pasmei, quando recebi via e-mail a mensagem abaixo referida:

«Envio-lhe este artigo caricato - como tantos neste espaço - publicado entre nós sob a chancela "Público brasil"»

https://www.publico.pt/2024/10/04/publico-brasil/opiniao/lingua-portuguesa-americana-2106501

 

Site José Antunes.PNG

Tradução: Português (endónimo: Português ou, por extenso, Língua Portuguesa) é uma Língua Românica Ocidental da família das Línguas Indo-Europeias originária da Península Ibérica da Europa. É nos documentos administrativos Latinos do século IX que se registam pela primeira vez palavras e frases escritas em Galaico-Português. 

Origem da imagem: https://www.joseantunes.com/  sítio de José Antunes  que, sentindo-se um exilado da Língua, quando os jornais em Portugal se fecharam para ele, investiu mais nos espaços de Língua Inglesa para onde já escrevia, entre outros que, entretanto, o convidaram. Custou-lhe muito ser impedido de escrever na sua própria Língua, quando a ela dedicou tantos, e mais 20 ao Jornalismo, e enraivece-se ao ver a forma como hoje se escreve. Todos os que amam a sua Língua Materna se enraivecem.

 

Quem me enviou o texto chamou caricato ao artigo que está na berlinda, e caricato é uma palavra suave para adjectivar o  que ali foi escrito.

Eu nunca li nada tão disparatado, tão sem nexo, tão eivado daquele complexo de vira-lata, que o jornalista brasileiro Nelson Rodrigues usou para caracterizar os seus compatriotas.

 

O autor de “A língua portuguesa americana”, um linguista que imagino ser brasileiro, mistura alhos com bugalhos; vai buscar, a um passado que já passou e não pode ser modificado, coisas que já não interessam para nada; malha naquele ferro já frio que já enjoa. E não vejo mais nenhum país do mundo, como é o caso do Brasil, a interferir tanto numa Língua que pertence a Portugal, um País livre e soberano [a não ser que Portugal já não o seja] e que não mais lhe diz respeito, até porque já não lhe pertence, devido a uma esquerda da ala mais ignorante a ter deslusitanizado.

 

O autor introduz um outro modo de insultar Portugal e os Portugueses, chamando à linguagem falada e escrita no Brasil, “português americano”, quando deveria chamar-lhe Variante Brasileira do Português. Até porque o vocábulo “americano” pode ser atribuído aos EUA, mais do que à América do Sul, à qual o Brasil pertence. Quando muito, poderiam designá-la como Variante sul-americana do Português, uma vez que é assim tão importante para os Brasileiros sentirem-se incluídos na América que eles gostariam de ser, mas não são, porque não tiveram capacidade para gerir o espólio deixado pelo ex-colonizador português, assim como os norte-americanos tiveram, para gerir o espólio deixado pelos Ingleses. E desta incapacidade, os Portugueses não têm culpa nenhuma. Porém, até já ouvimos Inácio Lula da Silva, em Madrid, ter o desplante de dizer que a culpa de o ensino no Brasil ser um fracasso é dos Portugueses. Será?

 

Não sei como é que o Público se deixou levar pela lábia brasileira e permitiu-se criar um jornal, onde Portugal e os Portugueses são frequentemente insultados, no seu próprio País!  Bonito serviço!!!!

***

O mesmo e-mail trouxe-me uma análise ao texto A língua portuguesa americana,  que passo a reproduzir, por ser do interesse público, e que é exactamente o que eu sinto e penso acerca desta infeliz incursão pela Língua que nasceu em Portugal, há quase 800 anos, e a mais ninguém pertence. Nenhum outro país do mundo se deixou tomar por parvo, como Portugal, em relação ao seu mais precioso símbolo identitário. Que espécie de decisores políticos temos? 

 

Eis os pontos essenciais dessa análise:

- Promoção da ideia que no Brasil existe uma Língua Portuguesa e não a Variante brasileira do Português.

 

- Lusofobia e Ressabiamento pela Colonização: o autor menciona que muitos brasileiros acreditam que teria sido "mais vantajoso" ser colonizado pelos ingleses, algo comum entre aqueles que vêem a colonização portuguesa de forma negativa. Isso revela um possível ressentimento em relação à herança colonial portuguesa, ignorando os desafios que outras ex-colónias britânicas também enfrentam. Além disso, há uma tendência a desvalorizar as contribuições portuguesas, como se a língua e cultura brasileira de matriz lusa fossem um fardo ou inferioridade herdada.

 

- Complexo de Inferioridade: o questionar sobre a legitimidade do português falado no Brasil, referindo-se à "língua" como "português americano" para evitar a designação "português europeu", pode ser visto como uma tentativa de distanciamento da herança portuguesa. Isso sugere um complexo de inferioridade ao enfatizar uma diferença que, embora real, pode ser exagerada para afirmar uma identidade própria.

 

- Incongruências: embora o autor critique a expressão "português europeu", ele também admite que muitos brasileiros fazem uso da Língua Portuguesa na Europa, apontando para uma contradição. Além disso, ele defende que o Brasil deveria se ver como parte da América, sem adoptar superficialmente aspectos dos EUA, mas ao mesmo tempo propõe a adopção de uma nomenclatura que ecoa essa influência norte-americana, o que parece paradoxal.

 

- Generalizações e Falta de Coerência: o texto faz uma generalização ao sugerir que falar brasileiro é partilhar de uma herança que não foi sempre ética ou nobre, sem explorar as matizes dessa afirmação. Isso gera uma percepção incompleta e reducionista da História e identidade linguística do Brasil, que é mais complexa e diversificada do que a dicotomia sugerida entre "português europeu" e "português americano".

 

Em resumo, o artigo apresenta uma visão que pode ser interpretada como ambígua e, por vezes, sem surpresa, ressentida em relação à herança portuguesa, enquanto busca simultaneamente afirmar uma identidade distinta, mas que carece de uma base sólida em certos pontos.

 

***

Nem todos em Portugal são parvos e desprovidos de sentido crítico.

 

Posto isto, penso que já era mais do que tempo de o Brasil abandonar a fase da primeira infância e dar um salto para a fase adulta e crescer como País livre, desatrelando-se de Portugal, porque enquanto andar atrelado ao ex-colonizador, a mendigar a muleta europeia e, muito ressabiadamente, a disseminar, por toda a parte, os maiores disparates sobre uma Língua que já NÃO é a deles, jamais chegará aos calcanhares dos Estados Unidos da América, como sempre foi do seu maior sonho.  


Um país só é adulto e livre quando abandona a fase da sua primeira infância, e deixa para trás as suas frustrações, delírios e um desmedido complexo de inferioridade. 

Isabel A. Ferreira

***

Comentário no «Público brasil»

Comentário Brasil.png

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:24

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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2024

Passam hoje 500 anos sobre o Nascimento de Luís Vaz de Camões. Qual a melhor forma de assinalarmos esta data? Defendendo a Língua que TODOS os Portugueses Pensantes designam como «Língua de Camões»

 

E a primeira pergunta que se impõe é a seguinte:

 

Por que motivo os decisores políticos portugueses decidiram NÃO assinalar os 500 do Nascimento de Luís Vaz de Camões, aquele que HONROU a Língua Portuguesa de tal forma que ficou imortalizada como “Língua de Camões”?


Não que tenha conhecimento dos desígnios ocultos dos que mandam e desmandam no nosso País, que, como sabemos, está entregue às urtigas, para que decidissem NÃO assinalar os 500 anos do Nascimento de Camões, SE até  Rosângela da Silva, conhecida como Janja, mulher de Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, mereceu ser agraciada, pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, destinada a distinguir serviços relevantes a Portugal ou na expansão da Cultura Portuguesa!!!! (Gostaríamos de saber que serviços a primeira-dama brasileira prestou a Portugal ou à expansão da Cultura Portuguesa.)

 

Nos tempos que correm, os estudiosos da obra e vida de Camões, já podem fixar com relativa certeza o ano de 1524, como o ano do Nascimento de Luís Vaz de Camões, em 23 de Janeiro, supõe-se que em Lisboa. O ano da sua morte sabemos que foi em 10 de Junho de 1580, dia que se fez feriado, em homenagem ao Poeta e à Língua Portuguesa, que ele soube usar com grandiosa mestria, tornando-se imortal no Poema Épico «Os Lusíadas», onde cantou os feitos dos Portugueses (e que não foram coisa pouca), obra comparável à Eneida de Vergílio, e à Ilíada e Odisseia de Homero. Mas a sua obra é feita também de belíssimos sonetos, poemas líricos, entre outras.

 

Qualquer pessoa que esteja a par do que se passa ao redor da “Questão da Língua”, em Portugal, que políticos acordistas, governantes acordistas, presidentes da República acordistas, ministros acordistas, deputados da Nação acordistas, comunicação social servilista-acordista e seguidistas acríticos dos acordistas, sem noção alguma do que é o AO90, querem esconder, fazendo disto um tabu maior do que a pedofilia no tempo de Salazar.

 

A “Questão da Língua” é tão grave, tão grave que os nela envolvidos da parte portuguesa, ficarão para a História como os cobardes traidores da Nação Portuguesa. Os da parte brasileira serão recordados como os usurpadores da Língua herdada do colonizador, por motivos que nada têm a ver com HONRA.

 

O que está por detrás desta questão, NÃO é tabu para os Portugueses Pensantes, nem para os poucos (o problema é sermos poucos) que se têm empenhado em denunciar a tramóia que sustenta o acordo ortográfico de 1990, em que estão envolvidos o Brasil (o que manda) e Portugal (o que obedece). Isto até já é público, mas os acima referidos acordistas e uma grande fatia da sociedade portuguesa impensante (aquela que não pensa) fazem-se de cegos, surdos e mudos, e nem são de cá, e assobiam para o lado, e aceitam, com uma indiferença assustadora (não esquecer que a indiferença é uma forma de ignorância) que Portugal, actualmente, NÃO tenha uma Língua própria, porque políticos ignorantes a venderam ao Brasil despudoradamente. E, cinicamente, desprezando e pisando a ALMA dos Portugueses, o Brasil comprou-a NÃO porque AME a Língua Portuguesa, mas porque a ODEIA ao ponto de a ter destruído ao deslusitanizá-la: americanizando-a, italianizando-a, castelhanizando-a e afrancesando-a.


Posto isto, não será legítimo pensar que os decisores políticos decidiram NÃO assinalar os 500 anos daquele que deu nome à Língua Portuguesa, a «Língua de Camões», por essa Língua ter sido destruída? Para quê estar a recordar o Poeta maior de uma Língua que foi deformada, menosprezada, mutilada, e que para esses decisores não vale nem um tostão furado?

 

Então, qual a melhor forma de assinalar os 500 anos de Nascimento de Luís Vaz de Camões, hoje?

 

É defendendo a «Língua de Camões», com todas as garras de fora.

É APELAR aos governantes portugueses, nomeadamente ao actual presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa,  acérrimo defensor do AO90, passando por cima da Constituição da República Portuguesa, e ao ex-presidente da República de Portugal, professor Aníbal Cavaco Silva, um dos grandes promotores da aplicação do DESAO90, em Portugal, que, se querem redimir-se do erro que um está a cometer, e o outro cometeu no passado,  contribuam para a anulação do acordo que não foi, e HONREM Portugal, HONREM Luís Vaz de Camões e HONREM a Língua Portuguesa, a Língua dos Portugueses.


Os Portugueses não são brasileiros. Não queremos trocar a NOSSA Língua pela Variante Brasileira do Português, nem na sua forma grafada, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, que só Portugal, muito subservientemente aplica, nem na sua forma oral, como António Costa, aludiu falando em nome dos Portugueses (um belo momento para estar calado).

 

Contudo, ainda vão a tempo de assinalar, institucionalmente, os 500 anos do Nascimento de Luís Vaz de Camões: o ano de 2024 ainda vai no início. Têm 11 meses para livrar Portugal de um acordo fraudulento, um insulto à inteligência dos Portugueses Pensantes.



A Língua Portuguesa, a Língua de Camões, a Língua de Portugal, a Língua que nos deu Dom Diniz,  NÃO é a Língua de Fernando Henrique Cardoso,  nem de Mário Soares, nem de Inácio Lula da Silva, nem de Aníbal Cavaco Silva, nem de José Sócrates, nem de Pedro Santana Lopes, nem de Augusto Santos Silva, nem de António Costa, e muito menos a de Marcelo Rebelo de Sousa, que pugna pela Língua dos seus netos: a Variante Brasileira do Português, a Língua Brasileira, ainda a ser.

 

A Língua Portuguesa é do Povo Português, que a espalhou pelo mundo.

VIVA a NOSSA Língua Portuguesa imortalizada pelo NOSSO Luís Vaz de Camões!

 

Isabel A. Ferreira

 

Retrato de Camões.png

O retrato de Camões por Fernão Gomes ou Hernán Gómez Román (pintor português de origem espanhola) em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi pintado ainda em vida do Poeta.

 

Selo comemorativo dos 400 anos de N. de Camões.jp

Selo português comemorativo dos 400 anos do Nascimento de Luís de Camões, em 1924, onde se mostra o poeta a salvar o manuscrito de Os Lusíadas no naufrágio; era então presidente da 1ª República Manuel Teixeira Gomes, apelidado de presidente-escritor.

 

Túmilo de Camões.png

Túmulo de Luís Vaz de camões, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:54

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Sexta-feira, 17 de Março de 2023

Marcelo fala de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo. Só NÃO fala do AO90

 

Não sei se já repararam que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa que mais aparece nas televisões, a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, e se houvesse um Óscar para o protagonista deste “filme” à portuguesa, Marcelo recebê-lo-ia com certeza absoluta.

 

Numa entrevista recente, Marcelo referiu-se ao “costismo” como uma “maioria requentada", "uma maioria cansada". Porém, esqueceu-se de olhar para si mesmo, com olhos de ver. Se olhasse, veria que a sua actuação como presidente da República, peca pelos mesmos defeitos: uma conduta egocêntrica requentada, cansada e que esgota quem o vê, todos os dias, a todas as horas, em todos os telejornais, a meter-se em tudo, EXCEPTO no que JAMAIS lhe trará algum prestígio, ainda que fuja do assunto como o diabo foge da Cruz.

 

O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Não o fazendo, o DESPRESTÍGIO, que tal atitude irracional trará, será inevitável.

 

Marcelo sabe disso, mas ainda assim, espera um milagre (?), e RECUSA-SE a responder às mensagens que, ultimamente, um grupo de cidadãos portugueses (eu incluída), preocupados com a destruição, cada vez mais evidente, da Língua Oficial de Portugal, obviamente, a NOSSA Língua Portuguesa, usando-a como moeda de troca, para a introdução da sua Variante Brasileira, em Portugal, que lá por ser falada e escrita por milhões, NÃO significa que esses milhões tenham de USURPAR a Língua que outros milhões falam e escrevem, por esse mundo fora.

 

Desta destruição, que está a desqualificar o ENSINO em Portugal, os governantes portugueses, inclusive o presidente da República actual, terão de prestar contas aos Portugueses, até porque o acordo ortográfico de 1990, responsável pela mixórdia ortográfica vigente, foi imposto através de uma ilegalidade e de uma inconstitucionalidade, fazendo isto parte de um pacote luso-brasileiro anti-linguístico, mais brasileiro do que luso, uma vez que o tal pacote só interessa ao Brasil.

 

Não sei se já repararam que o PR assenta a sua INDIFERENÇA para com os Portugueses Pensantes, que DEFENDEM o que lhe competia a ele defender - a Língua Portuguesa -  na BAJULICE dos órgãos de comunicação social, que andam sempre a pô-lo num pedestal, se bem que num pedestal de barro. Ele NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que está a seguir o caminho errado, e que já não tem a noção do que faz e do que diz?

 

Vou dar apenas dois exemplos, a propósito da polémica gerada em torno da vinda de Lula da Silva ao Parlamento, discursar no 25 de Abril: Marcelo afirmou que «com o Brasil as relações são sempre doces», descartando que tal polémica tenha afectado as relações diplomáticas entre os dois países. Hoje, com o reacender desta polémica, ouvi-o dizer o seguinte, num dos canais das nossas muito subservientes televisões: «[a presença de Lula da Silva] é uma presença óbvia, tão natural como respirar».

Se eu não tivesse ouvido isto, não teria acreditado.

A presença de Inácio Lula da Silva - o impulsionador-mor do malfadado AO90 -  nas celebrações do “25 de Abril”  «é uma presença óbvia, tão natural como respirar», só porque ele é o Chefe de Estado de um País, com quem Portugal mantém relações amistosas, tão amistosas que como ex-presidente do Brasil, Lula da Silva foi fazer um discurso a Madrid, e nele culpou os colonizadores portugueses pelos atrasos [monumentais] da educação no Brasil, conforme pode ser recordado no link da imagem?

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb

 

Capture.PNG

A presença de amigos da onça, numa cerimónia oficial, será assim tão óbvia e natural como respirar?

 

Em que medida é que o “25 de Abril” foi assim tão importante para os brasileiros, como já li algures na Internet?


Então e a presença dos restantes presidentes das Repúblicas da CPLP, a cujos países o “25 de Abril” trouxe a descolonização? Não serão também óbvias e naturais como respirar?


*

Brasil e Portugal, dois países tão “irmãos” que o primeiro quer subjugar o segundo, através de um engodo, que apenas os cegos mentais não o vêem como tal: o engodo da Variante Brasileira do Português, que milhões de brasileiros falam e escrevem, e que irreversivelmente NÃO é mais a Língua Portuguesa; não é mais a “Última Flor do Lácio”, de que falava Olavo Bilac; não é mais o “o balanço doce das palavras de Vinícius de Morais”. É uma Língua feita de retalhos de outras Línguas, nomeadamente do Português, do “Americano”, do Francês, do Italiano, do Castelhano, e das Línguas Indígenas e Africanas.

 

Marcelo NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que ele está a ir por caminhos onde lhe estão a estender passadeiras vermelhas, para o bajular? O PR vai nu, mas ninguém se atreve a dizer-lhe isto.  Os amigos NÃO existem para bajular. Os amigos existem para serem sinceros com os amigos.

 

O PR NÃO é só para andar por aí a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, EXCEPTO do AO90. O PR também é para RESPONDER às questões que os Portugueses lhe põem, relativamente a esse acordo, criado pelos brasileiros, o qual está a retirar-nos a NOSSA identidade.

 

Um presidente da República tem Obrigações e Deveres tão óbvios e naturais como respirar, para com o País e com o Povo que diz representar, e  aqui sim, o ÓBVIO e o NATURAL como RESPIRAR encaixa-se na perfeição.

 

E é em nome deste ÓBVIO e deste NATURAL como RESPIRAR que solicitamos a Marcelo Rebelo de Sousa que convoque todos os canais televisivos, rádios, jornais, enfim, todos os órgãos de comunicação social portugueses, para que, em direCto, possa explicar RACIONALMENTE aos Portugueses, por que motivo Portugal, que tem uma Língua com mais de 800 anos, uma das mais antigas da Europa, anda a rastejar aos pés do Brasil, com o intuito de, ilegalmente e inconstitucionalmente, fazer dela moeda de troca, para impor uma Variante, composta por um léxico, fruto de um cocktail  de palavras americanizadas, italianizadas, castelhanizadas, afrancesadas, e por acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas.

 

É que isto NÃO é uma atitude normal, num País livre e soberano, como Portugal. Ou Portugal, em nome da brasilidade que nos querem impor, já não será um País livre e soberano?

 

Isabel A. Ferreira

 

****

Comentários na Página do Facebook: 
PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90

 

parvoíce.PNG

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:00

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