Depoimento da escritora e jornalista Inês Pedrosa sobre o Acordo Ortográfico de 1990, publicado em 02/03/2019
Origem da foto: https://www.wook.pt/autor/ines-pedrosa/7788
Concordo absolutamente com Inês Pedrosa.
No Brasil: percePção, recePção, excePção e todas as suas derivantes.
Em Portugal: perceção, receção, exceção (perc'ção, rec'ção, exc’ção).
Mas há mais.
Embora não seja grafia, é o léxico:
No Brasil: bonde, anistia, úmido, fato, contato, registro, planejar, deletar, parabenizar, escanear, estresse, ducha, trem, mídia, time, pet, enquete, Caribe, caminhão, espírito natalino… etc., etc., etc...
Em Portugal: eléCtrico, amnistia, húmido, facto, contacto, registo, planear, eliminar, felicitar, digitalizar, stress, duche, comboio, media, equipa, animal de estimação, Caraíbas, camião, espírito natalício... etc., etc., etc.…
A isto os acordistas chamam UNIFICAR as Línguas do Brasil e de Portugal.
Isabel A. Ferreira
No Programa «O Último Apaga a Luz» - Episódio de 01 de Fevereiro na RTP3, a propósito da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, que procura a revogação imediata da Resolução da Assembleia da República (que não faz lei) que determinou a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, a escritora Inês Pedrosa salienta que «O Acordo Ortográfico é uma aberração científica e sempre foi muito criticado por vários pareceres de especialistas. Não uniformiza, cria maior distância entre Portugal e Brasil e impossibilita que percebamos a lógica da língua. Além disso, nunca foi ratificado por todos os países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Ou seja, não temos acordo nenhum.»
E que não temos acordo nenhum já o Brasil o disse, em 11 de Janeiro de 2019, na Rádio Câmara, da Câmara dos Deputados - Palácio do Congresso Nacional (Brasília):
Só os governantes portugueses, cegos por alguma luminosidade obscura, não conseguem ver o óbvio, e insistem no erro.
E o erro custará bastante caro a Portugal, além de o lançar no caos linguístico e no desprestígio, ou seja, na perda de influência, de autoridade e de identidade.
«A CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o Acordo Ortográfico e a Guiné Equatorial. Tudo interligado e usando a língua portuguesa para os mais variados e questionáveis negócios, desde a (re)venda de livros escolares e outros aos interesses económicos e geoestratégicos. E há ainda a acrescentar a inutilidade do Instituto Camões. É o que explica sucintamente a escritora Inês Pedrosa (página oficial) no programa "O Último Apaga a Luz" (RTP3, 20/07/2018).»
. INÊS PEDROSA: «ESTE ACORD...
. Inês Pedrosa: «O Acordo O...