Quarta-feira, 20 de Novembro de 2024

«Eu [Isabela Figueiredo] fazer, tu fazer, ele fazer», título publicado no “Expresso”, que nem um analfabeto, a soldo, escreveria. Dado o carácter ilógico do texto, dou-me a liberdade de dizer que “ela fazer” figura de urso...

 

A questão será: a soldo de quem?

 

Este texto chegou-me via e-mail [não assino jornais que não saibam honrar a identidade linguística portuguesa], com o título O VÓMITO.

 

Depois de ler o que li, compreendi que O VÓMITO é o título perfeito para algo que não lembraria nem ao mais analfabeto dos analfabetos fazer, ou seja, escrever um chorrilho de ignorâncias sobre um dos maiores símbolos identitários dos Povos: as Línguas Maternas.

 

Por isso, dou-me a liberdade de pensar como a pessoa que me enviou O VÓMITO, ou seja, o que a Isabela Figueiredo escreveu foram palavras vomitadas, possivelmente a soldo de alguém muito influente que, por sua vez, estará a soldo de outro alguém, ainda mais influente, e que quer acabar de vez com a Língua Portuguesa. E esta é a única certeza.

É que de borla ninguém se atreveria a expor-se, assim tanto, ao ridículo!

SÉRGIO VAZ.png

 

Vou servir-me das palavras do jornalista brasileiro, Sérgio Vaz, adequando-as a esta inacreditável circunstância, para dizer que a autora do texto «Eu fazer, tu fazer, ele fazer», para quem, a Língua serve apenas para falar uns com os outros, e a escrita que se lixe, avacalhou a Língua Portuguesa e expô-la ao ridículo, desmoralizou-a, bagunçou-a, desordenou-a, sem ter a mínima noção do burlesco da coisa. Isto é de quem nunca estudou Línguas e nada sabe da formação das Línguas. O estudo do Português não é diferente do estudo do Inglês, do Francês, do Castelhano, enfim, de todas as Línguas Cultas do mundo.

A autora do texto tem toda a liberdade de escrever o que escreveu, mas tem de saber que ao dizer o que disse está sujeita a sofrer consequências, nada abonatórias ao Prémio Urbano Tavares Rodrigues que lhe foi atribuído. O mestre Urbano deve estar a dar voltas no seu túmulo!!!!

 

Já agora, eu também pagava para ver a cara que fariam as pessoas cultas, se este texto fosse traduzido para várias Línguas e corresse mundo. Portugal havia de ficar de rastos!
 
«As línguas e os sofás existem para se estragar»?  

Será que a Isabela quis gozar com a Cultura Culta Linguística?

 

Isabel A. Ferreira

***

Eis O VÓMITO:

«OPINIÃO

Eu fazer, tu fazer, ele fazer

Isabela Figueiredo

Escritora, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues [????????]

 

O último acordo ortográfico gerou indignação, mas parece que não se deu o Apocalipse. Continuamos a entender-nos

 

14 novembro 2024 22:57

Sejamos honestos: a língua portuguesa não é a mais bonita do mundo. Menos para mim. Com ela cresci e me fiz. Quero mergulhar na minha língua e escarafunchar nela. Não lhe dou descanso.

 

Afinal, após o último acordo ortográfico que tanta indignação gerou, parece que não se deu o Apocalipse. Continuamos a falar e a entender-nos por escrito, sem grandes dúvidas. São todas naturalmente eliminadas pelo contexto, como com qualquer palavra homónima. Para sabermos se o verbo acreditar significa crer ou credenciar precisamos de estabelecer uma relação de sentido com a frase na qual está inserido. “Acredito no Fernando” é diferente de “acredito o Fernando”, tal como “para já” depende do contexto oracional para exprimir “parar” ou se tratar da preposição “para”, como em “vou para lá”. Usar a língua com medo de a estragar é um erro evitável. As pessoas que compram um sofá de pele, mas nunca lhe retiram o plástico protetor, passam a sentar-se num sofá de plástico. As línguas e os sofás existem para se estragar. Estragar não é necessariamente mau. Se a língua é um organismo vivo, precisa de movimento. Fazer exercício, embora nos possa custar, revigora-nos.

 

Não podemos partir do ingénuo princípio de que a língua já nos chegou inteira vinda do princípio dos tempos. Em 1924 não se falava nem escrevia o português de hoje. Ousemos projetar-nos em 2124, que está quase aí. O verbo “tar”, devidamente consagrado na fala, estará já consolidado na escrita?

 

Somos todos donos da nossa língua materna. Usamo-la e modificamo-la diariamente. Proteger a língua de maus-tratos é uma tarefa inglória. Não se pode travar a corrente de um rio.

 

Quanto mais desconhecemos a forma como uma língua funciona, devido a total iliteracia ou a desconhecimento da gramática, mais ela se altera. Atentemos na forma como articulam as pessoas que não sabem ler e escrever. Replicam exercícios fonéticos. Dizem o que ouvem, como ouvem, o que multiplica novas versões lexicais. Recentemente conheci uma senhora alentejana que me disse chamar-se Catana. É um nome muito invulgar. “Nunca conheci ninguém com esse nome”, disse. Surgiu-me a suspeita de que poderia tratar-se de uma corruptela de Caetana. Pergunteilho. Confirmou. “Sim, é isso, mas toda a gente me chama Catana.” Não é impossível que lhe apareça uma neta Catana em sua honra.

Há lugares do Brasil onde a morfologia e sintaxe do português se alteraram de tal forma pelo uso que os verbos perderam a flexão em género e número e quase se conjugam como em inglês. Uma espécie de “to do, did, done”. No Brasil, a miríade de criações vocabulares e semânticas mostra uma floresta amazónica linguística cheia de cor, som, seiva e pequenos brilhos que se extinguem ou acendem.

 

As línguas e os sofás existem para se estragar. Estragar não é necessariamente mau. Se a língua é um organismo vivo, precisa de movimento. Fazer exercício, embora nos possa custar, revigora-nos []

 

As línguas não se alteram por mero decreto. Quando chega o decreto, já elas mudaram há meio século. A Lei de Lavoisier aplica-se à língua que nem ginjas. Nela, nada se perde, e mesmo o que se ganha transforma-se.

 

Colunistas de jornal e puristas da língua que ainda tomam antiácidos para sobreviver ao acordo ortográfico (AO) de 1990 insurgem-se contra pessoas como eu, que desonram o português escrevendo como querem. Com e sem AO. Uma misturada. Lembram os velhotes obcecados em contar sempre a mesma história. É importante para eles, mas já ninguém os ouve. Não será desprezível lembrar que o uso da língua reflete posições e ambições de poder que ninguém quer perder. A este propósito, há uma história que gosto de contar: há quase década e meia, data da entrada em vigor do AO, os meus alunos, que invariavelmente se esqueciam de usar as consoantes mudas em “redacção” e “epiléptico”, insurgiram-se quando elas caíram. Sobretudo os que davam mais erros. Como era possível que tivessem de deixar de usar uma regra que nunca cumpriram? Diverti-me com isto, em silêncio. Escrevia-lhes no quadro “redacção”. Pedia que lessem. Liam redação. Segundo passo: escrevia “redação”. Liam redação. Qual a diferença, perguntava. “Como reagem quando leem banda desenhada brasileira? Esta alteração prejudica a mensagem?” Silêncio.

Avento uma explicação: a aquisição das regras gráficas de uma língua confere um estatuto social e cultural. Quem escreve de acordo com as regras pertence automaticamente a uma elite bem escrevente, com os privilégios sociais que daí advêm. Nunca lho tinham dito, mas inconscientemente sabiam-no. Absorveram-no informalmente.

 

Claro que os brasileiros se riem dos nossos pruridos linguísticos. Os brasileiros e todos os africanos e timorenses que usam a língua, que é deles, como lhes serve melhor. Agrada-me que a língua portuguesa pareça uma grande manta de croché que vai crescendo com malhas e desenhos diferentes, partindo de uma mesma técnica.

Deem 100 anos à belíssima língua na qual escrevo estas palavras e voltem cá para a ler e ouvir. Não vão gostar, porque nós, por defeito, não gostamos de mudança. Quem sabe se não nos soará como uma página de Gil Vicente, ou Camões, ou Padre António Vieira? Talvez tenhamos de contratar um tradutor recentemente desencarnado lá no outro mundo.

Pagava para assistir, senhores.»

 

in: https://expresso.pt/opiniao/2024-11-14-eu-fazer-tu-fazer-ele-fazer-41de746a

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:19

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Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024

Nova área do RTP Ensina -- Português Língua Não Materna (PLNM): mais um serviço made in RTP, para ENGANAR os estrangeiros

 

Porquê?

Porque o que pretendem impingir aos estrangeiros é o MIXORDÊS, que está bem patente no texto de propaganda desta iniciativa, transcrito mais abaixo.

Todos sabem, excePto alguns, que em Português, com ou sem AO90, escreve-se contaCto, porque em Portugal pronuncia-se o , mas a RTP, descaradamente, usa a grafia brasileira contato.

Por alma de quem?

Depois escreve, também à brasileira, objeto (que se lê, por via das regras gramaticais usadas em Portugal, mas NÃO no Brasil, ôbjêtu), quando no Português, que está em vigor, em Portugal, se escreve objeCto.

 

E se me vierem dizer que objeto (léxico brasileiro) é o modo como se grafa esta palavra de acordo com o ilegal AO90, que NÃO está em vigor em Portugal, temos que a RTP mistura Português com Brasileiro, o que dá uma nova linguagem a que se dá o nome de MIXORDÊS.

E é esse MIXORDÊS que a RTP quer “ensinar” aos estrangeiros, como sendo PORTUGUÊS, fazendo deles uns analfabetozinhos funcionais?

A isto, na minha terra, chama-se VIGARIZAR.

E há mais: o Espanhol, como Língua,  NÃO existe. O que existe é a Língua Castelhana (Castelhano) a Língua Oficial de Espanha, juntamente com o Galego, o Catalão e o Basco.

 

 Nesta página

RTP ENSINA.PNG

PT_linguaNaoMaterna-855x480.jpg

a RTP diz o seguinte:

«Esta nova área temática do RTP Ensina está vocacionada para ajudar os estudantes com línguas maternas diferentes do português. Simultaneamente, possibilita aos alunos portugueses conviver com palavras de outras línguas.

A área de PLNM  disponibiliza um conjunto de palavras em português, com tradução em diversas línguas, para promover a compreensão e o vocabulário básicos em um contato inicial com a língua. De forma semelhante ao projeto ‘Português para Ucranianos’, que também aqui se encontra, o Português Língua Não Materna está em desenvolvimento e passa por um processo de crescimento para incluir outros idiomas e mais conteúdos.

Para já, podem ser visionadas e ouvidas cerca de 200 palavras traduzidas de português para espanholfrancêsinglêsromeno ucraniano

Aproveitamos para nos despedir:

Obrigado, gracias, merci, thank you, multumesc e Дякую.

 ***

Eis um texto em Mixordês, e é isto que a RTP pretende impingir aos estrangeiros?

Que miséria!

Que vergonha!

Que falta de brio profissional!



Isabel A. Ferreira


publicado por Isabel A. Ferreira às 18:41

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Sábado, 5 de Outubro de 2024

Intolerável: no tradutor Google existe o Português e o Português (Portugal). Já nem sequer é “Português do Brasil”, ainda que não o seja. Apoderam-se de uma Língua estrangeira, e o Estado Português autoriza. Isto é anormal.

 

Os interesses de Portugal NÃO estão a ser defendidos por quem de direito.

O que aqui denunciamos é um INSULTO ao Estado Português e aos Portugueses.

 

Usurpação da Língua Portuguesa.png

 

Ontem, precisámos de traduzir do Inglês para Português uma palavra que desconheciamos, fomos ao tradutor do Google e deparámo-nos com isto:

tradutor.PNG


[Antes de prosseguirmos, um aparte: em Português, designamos a Língua da Polónia como Polaco. Polonês é à brasileira, mas somos portugueses e residimos em Portugal, não, no Brasil, portanto, NÃO deveríamos levar com brasileirices, nas nossas buscas, embora, devido às circunstâncias, tenhamos a sensação de que é Inácio Lula da Silva quem manda em Marcelo Rebelo de Sousa, chefe de Estado Português, e este não toma a atitude que qualquer Chefe de Estado tomaria, se a Língua Oficial desse Estado estivesse a ser indevidamente usada ebusada na Internet. Aqui, se quisessem ser honestos, o que deveria constar era simplesmente Português (porque há apenas UM, como o Inglês, o Francês, o Castelhano) e Variante Brasileira do Português, referente ao Brasil].

 

Ficámos estupfactos. O quê? Existe um Português (matriz) e o Português de Portugal, como se o berço do Português não fosse Portugal?

 

Fomos ver que “Português” era aquele que não era português, e usámos o vocábulo train, adivinhando o que poderia vir dali, e deparámo-nos com isto:

 

Train.png

 

Trem, é uma palavra pertencente exclusivamente ao léxico brasileiro. Mas a Língua mencionada é “Português”, e em Português não dizemos trem, para designar comboio. Trem (do Francês train) usamos para designar comitiva, trem de cozinha, trem de aterragem, entre outros significados, excePto comboio.


 Isto levou-nos a explorar mais. Fomos ver o que nos sairia, no Português (Portugal), e deparámo-nos com isto:

 

COMBOIO.PNG

 

CorreCto. Só que um estrangeiro sabe que Português é Português, assim como English é English, French é French e Castellano é Castellano [já agora, um aviso: o espanhol NÃO existe como Língua].


Então, fomos pesquisar ainda mais. Fomos ver se o Inglês, o Francês e o Castelhano também tinham duas designações: Inglês e Inglês (Grã-Bretanha); Francês e Francês (França); e Castelhano e Castelhano (Espanha).

Não encontrámos nada disso. Apenas Portugal permite que um país estrangeiro se apodere da sua Língua Oficial, e a use e abuse deste modo, a rondar o maquiavelismo.

Tal situação conduz os estrangeiros ao engano: e a isto chama-se FRAUDE, VIGARICE.

O que acontece no tradutor do Google, acontece por toda a Internet: o Brasil apossou-se da Língua Portuguesa, e esta é A língua deles, e nós, Portugueses, ficámos com a variante de Portugal, porque os decisores políticos brasileiros assim o determinaram, obviamente com a autorização subserviente dos decisores políticos portugueses, como parece.


Mas há ainda uma outra situação inadmissível:  a de 
que na opção “Português (Portugal)”, no Google Tradutor NÃO seja possível ouvir a dicção das palavras que, no “Português”, se é permitido ouvir em Brasileiro. A isto chama-se agir de má-fé. 

 

INADMISSÍVEL 3.PNG



Contudo, o uso e abuso do Brasil dos símbolos da Nação Portuguesa, também está espelhado na eliminação da NOSSA bandeira:

Bandeiras na ONU.png

Em Portugal, que pertence à União Europeia, não se fala, nem se escreve Brasileiro. A Bandeira que deve constar neste quadro é a Bandeira Portuguesa, se quiserem ser HONESTOS.

 

O abuso da bandeira entre bandeiras pertencentes unicamente à Europa, devia ser criminalizado. Isto leva ao engano os estrangeiros. O Brasil anda a espalhar pela Internet informações FALSAS, e a usurpar os símbolos portugueses.

 

Isto não fará parte de uma necessidade patológica da muleta europeia para se imporem ao mundo?

 

Por quê isto?

O Brasil ameaçaria Portugal com algo de que os nossos governantes sentem um medo tão terrível que lhes tolhe a inteligência, para se sujeitarem a esta humilhação pública, por todo o mundo? Ou a situação é mais obscura e humilhante do que uma simples alegada ameaça?

Isso é incompreensível e intolerável e deveria merecer intervenção judicial.
 

Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes

 

***

Nota: para aqueles que NÃO sabem, defender a  Língua Portuguesa, o Idioma dos Portugueses, NÃO é sinónimo de insulto, nem de racismo, nem de xenofobia, bem como dizer as verdades também NUNCA foi sinónimo de insultar.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:39

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Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024

Intolerável: no tradutor Google existe o Português e o Português (Portugal). Já nem sequer é “Português do Brasil”, ainda que não o seja. Apoderam-se de uma Língua estrangeira, e o Estado Português autoriza. Porquê?

 

Os interesses de Portugal NÃO estão a ser defendidos por quem de direito.

O que aqui denuncio é um INSULTO ao Estado Português e aos Portugueses.

 

Usurpação da Língua Portuguesa.png

 

Ontem, precisei de traduzir do Inglês para Português uma palavra que desconhecia, fui ao tradutor do Google e deparei-me com isto:

tradutor.PNG


[Antes de prosseguir, um aparte: em Português, designamos a Língua da Polónia como Polaco. Polonês é à brasileira, mas EU sou portuguesa e resido em Portugal, não, no Brasil, portanto, NÃO deveria levar com brasileirices, nas minhas buscas, embora, devido às circunstâncias, tenha a sensação de que é Inácio Lula da Silva quem manda em Marcelo Rebelo de Sousa, chefe de Estado Português, e este não toma a atitude que qualquer Chefe de Estado tomaria, se a Língua Oficial desse Estado estivesse a ser indevidamente usada na Internet. Aqui, se quisessem ser honestos, o que deveria constar era simplesmente Português (que há apenas UM, como o Inglês, o Francês, o Castelhano) e Variante Brasileira do Português, referente ao Brasil].

 

Fiquei estupefacta. O quê? Existe um Português (matriz) e o Português de Portugal, como se o berço do Português não fosse Portugal?

 

Fui ver que “Português” era aquele que não era português, e usei o vocábulo train, adivinhando o que poderia vir dali, e deparei-me com isto:

 

Train.png

 

Trem, é uma palavra pertencente exclusivamente ao léxico brasileiro. Mas a Língua mencionada é “Português”, e em Português não dizemos trem, para designar comboio. Trem (do Francês train) usamos para designar comitiva, trem de cozinha, trem de aterragem, entre outros significados, excePto comboio.


 Isto levou-me a explorar mais. Fui ver o que me sairia, no Português (Portugal), e deparei-me com isto:

 

COMBOIO.PNG

 

CorreCto. Só que um estrangeiro sabe que Português é Português, assim como English é English, French é French e Castellano é Castellano [Já agora, um aviso: o espanhol NÃO existe como Língua].


Então, fui pesquisar ainda mais. Fui ver se o Inglês, o Francês e o Castelhano também tinham duas designações: Inglês e Inglês (Grã-Bretanha); Francês e Francês (França); e Castelhano e Castelhano (Espanha).

Não encontrei nada disso. Apenas Portugal permite que um país estrangeiro se apodere da sua Língua Oficial, e a use e abuse deste modo, a rondar o maquiavelismo.

Tal situação conduz os estrangeiros ao engano: e a isto chama-se FRAUDE.

O que acontece no tradutor do Google, acontece por toda a Internet: o Brasil apossou-se da Língua Portuguesa, e esta é A língua deles, e nós, Portugueses, ficámos com a variante de Portugal, porque os decisores políticos brasileiros assim o determinaram, obviamente com a autorização subserviente dos decisores políticos portugueses, como parece.

Mas o uso e abuso do Brasil dos símbolos da Nação Portuguesa, também está espelhado na eliminação da NOSSA bandeira:

Bandeiras na ONU.png

Em Portugal, que pertence à União Europeia, não se fala, nem se escreve Brasileiro. A Bandeira que deve constar neste quadro é a Bandeira Portuguesa, se quiserem ser honestos.

 

O abuso da bandeira entre bandeiras pertencentes unicamente à Europa, devia ser criminalizado. Isto leva ao engano os estrangeiros. O Brasil anda a espalhar pela Internet informações FALSAS.

 

Isto não fará parte de uma necessidade patológica da muleta europeia para se imporem ao mundo?

 

Por quê isto?

O Brasil ameaçaria Portugal com algo de que os nossos governantes sentem um medo tão terrível que lhes tolhe a inteligência, para se sujeitarem a esta humilhação pública, por todo o mundo? Ou a situação é mais obscura e humilhante do que uma simples alegada ameaça?

Isso é incompreensível e intolerável e deveria merecer intervenção judicial.

Isabel A. Ferreira

***

Nota: para aqueles que NÃO sabem, defender a  Língua Portuguesa, o MEU Idioma, NÃO é sinónimo de insulto, nem de racismo, nem de xenofobia, bem como dizer as verdades também NUNCA foi sinónimo de insultar.

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:42

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Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024

RTP Notícias: Luís Montenegro defendeu que a ONU ganhava em ter Português como língua oficial. De que “português” estará a falar Montenegro, quando os intérpretes do “Português” na ONU falam “Brasileiro”? A quem quer enganar o PM?

 

Será este português amixordizado que se vê na imagem, que Montenegro pretende impingir à ONU?

DireCtas à portuguesa; proteção à brasileira?

 

Mixordês.png

 

Ou este:

 

Untitled.png

 

Lê-se na notícia que «Luís Montenegro considera que as Nações Unidas tinham muito a ganhar em ter o português como língua oficial e diz que o Governo está empenhado em dar esse passo».

As Nações Unidas tinham muito a ganhar ao adoPtar um Idioma truncado? Tem a certeza, Dr. Luís Montenegro?

Que os governos PS e PSD e o PR estão empenhadíssimos em dar esse passo já todos nós sabemos, pois desde há muito que andam a enganar o mundo com o tal “português” que NÃO é Português, mas tão-só a Variante Brasileira do Português, embrulhada no acordo ortográfico de 1990, para disfarçar. E a trapaça que se gerou ao redor deste empenhamento é uma vergonha para Portugal.

 

Primeiros-ministros e presidentes da República que NÃO defendem a Língua Portuguesa, não merecem consideração alguma.

 

Eu, pessoalmente, não tenho consideração por governantes que desprestigiam os cargos que ocupam, com este tipo de atitude subserviente, não defendendo os interesses de Portugal e dos Portugueses.
 

Que obrigação tem Portugal de servir os interesses brasileiros em detrimento dos interesses portugueses?

Lê-se também na notícia: «Declarações de Luís Montenegro ao canal ONU News. O primeiro-ministro português disse estar confiante de que o presidente brasileiro acompanha Portugal nesta matéria.»

Pudera! Desde há muito que o alvo do presidente do Brasil é introduzir na ONU, por vias nada ortodoxas, a Variante Brasileira do Português, transvertida de Português, porque a ONU só aceita Línguas nacionais, e não as suas variantes. E se algum dia, esse “português” transvertido assentar arraiais na ONU, esta perde toda a sua credibilidade, porquanto para agradar aos Troianos  traiu os Gregos, e isto é algo que não pertence ao foro de nações unidas, pois traição não faz parte da união de nações.


Farei minhas as palavras de João Robalo de Carvalho, que sugeriu, num comentário no Facebook, que os brasileiros se assumam como brasileiros e deixem o Português em paz, ou então adoptem a estrutura gramatical portuguesa se quiserem usar uma Língua Universal Maior.

 O Brasil precisa da muleta europeia, para impor o Brasileiro, e usam dos seus milhões de falantes como trunfo, como se esses milhões falassem Português! Só os parvos aceitam tal premissa.  Isto é algo que ultrapassa todos os limites da boa-fé.

As Línguas Oficiais da ONU são Línguas Universais Maiores: o Inglês, o Francês, o Castelhano, o Mandarim, o Russo e o Árabe. Todas elas são Línguas Originais. Nenhuma delas é uma Variante.

Luís Montenegro não terá a noção de que ao ceder ao Brasil,  nesta questão, está a apoucar a  Língua Portuguesa, a  Língua Oficial de Portugal?

 

De que nos serve governantes que não pugnam pelos interesses de Portugal?

Pensem nisto, Portugueses!

Acordem, Portugueses!

Ajudem a salvar a NOSSA Identidade, Portugueses!


Isabel A. Ferreira


Fonte da notícia:

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/onu-ganhava-em-ter-portugues-como-lingua-oficial-defende-montenegro_a1602594

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:32

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Sexta-feira, 16 de Agosto de 2024

NÃO existe Português de Portugal vs. Português do Brasil, muito menos Variante do Português de Portugal. Enquanto insistirem nestes antilogismos a Língua Portuguesa continuará a ser vilipendiada... (Parte I)

 

Então o que existe?

Existe a Língua Portuguesa, única e inviolável, e as suas Variantes, sendo a mais evidente, a Variante Brasileira do Português, que pretendem impor aos países da CPLP.

 

É do foro da estupidez dizer que existe um Português Europeu, e que este é uma variante da Língua Portuguesa, quando o berço da Língua Portuguesa é Portugal, e foram os Portugueses que a levaram aos quatro cantos do mundo, onde deixaram um rasto de dialectos oriundos dessa Língua Lusa.



NÃO existe Português do Brasil, porque o Brasil alterou a estrutura da Língua Portuguesa, afastando-a das suas raízes greco-latinas, criando uma variante que apenas pertence ao Brasil, e a mais nenhuma outra ex-colónia portuguesa, e muito menos a Portugal. E essa alteração não se limita apenas à ortografia, mas igualmente ao léxico, à morfologia, à sintaxe e à semântica, porém, a mais notória alteração acontece na fonologia. A partir destas alterações, já não se pode mais falar de “Português” quando falamos da Língua do Brasil.

 

Ponham, por exemplo, um cidadão angolano e um cidadão brasileiro, frente a frente, numa entrevista, na televisão, e depois perguntem a uma criança, que já frequentou a Escola Básica, quem fala o quê. A criança dirá, sem qualquer hesitação, que o angolano fala Português, e o Brasileiro fala Brasileiro. Assim, tal e qual. E se perguntarem a um estrangeiro que tenha conhecimentos do Português, ele dirá o mesmo.


Há por aí quem (até ao mais alto nível) queira pôr em evidência a Variante Brasileira do Português -- à qual chamam, indevidamente, “português” --   apenas porque ela é utilizada por mais de 200 milhões de pessoas.  E daí? O que temos nós a ver com isso, a não ser sentirmo-nos usurpados na nossa identidade linguística?

 

As Variantes do Castelhano e do Inglês são utilizadas por muito mais de 200 milhões de pessoas. A Língua Castelhana e a Língua Inglesa andam por aí a ser vilipendiadas? NÃO andam. E sabem porquê? Porque os decisores políticos Espanhóis e Ingleses não sofrem do complexo de inferioridade de que os portuguesinhos sofrem, e não andam por aí a fazer desacordos desortográficos, para imporem aos Espanhóis e aos Ingleses as variantes que esses milhões falam e escrevem.  

 

E enquanto os decisores políticos portuguesinhos continuarem a aceitar, servilmente, a designação de “Português do Brasil”, e a impor aos Portugueses não-pensantes [porque os há pensantes, logo, insubmissos] a Variante Brasileira do Português, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, com o argumento parvo de que eles são 200 milhões, a Língua Portuguesa continuará a ser vilipendiada.


Eles são milhões? E o que é que nós temos a ver com isso? Podiam ser muitos mais. E daí? Esses milhões têm lá a Variante deles, assim como os ex-colonizados espanhóis e ingleses têm as variantes deles, e os ex-colonizados espanhóis e ingleses não andam por aí a rastejar à ordem dos milhões...


O Brasil ainda não conseguiu cortar o cordão-umbilical com o ex-colonizador. Abominam a colonização portuguesa, até estão interessados em absurdas reparações históricas, deformaram a Língua pela qual optaram, quando se libertaram do jugo português. Por que não assumem de uma vez por todas a Variante Brasileira do Português, que, na escrita até pode parecer semelhante ao Português, mas na estrutura e na oralidade NÃO é. 



Nunca estudei Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Nem os Italianos, nem os Galegos, nem os Mirandeses falam a minha Língua. Eu não sei falar Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Mas leio e compreendo perfeitamente a escrita italiana, galega e mirandesa. Por que será?

 

Com esta idiotice de nos querem impingir a linguagem dos 200 milhões, criou-se uma terceira variante, que bem podemos designá-la como Mixórdia Portuguesa, que levou a uma balbúrdia ortográfica, única no mundo civilizado, onde a Escrita é um meio de comunicação e fixação do Saber, da Cultura e do Pensamento de um Povo.  Em Portugal, essa Mixórdia Ortográfica serve apenas para os básicos se comunicarem.

 

Este facto deplorável não deve dar ânimo a ninguém, porque quanto mais a balbúrdia se impõe, mais a Língua Portuguesa definha. Nunca ouviram dizer que uma mentira repetida muitas vezes transforma-se em verdade? Pois é! É o que está a acontecer nas redes sociais, na Internet, no Google, e os disparates que lá se escrevem começam a ser o pão nosso de cada dia. Nas redes sociais, na Internet, no Google apenas uma elite culta escreve em BOM Português.

 

José de Alencar.png

 

E a ignorância impera, ao mais alto nível, a este respeito. É só estar atento a quem fala e ao que se escreve nas televisões, para ver como se fala e escreve vergonhosamente a Língua Oficial de Portugal.  O que vale é que a Língua Portuguesa NÃO tem a projecção no mundo que têm o Mandarim (1,1 biliões de falantes); o Castelhano (480 milhões); o Inglês (380 milhões); o Hindi (341 milhões); o Árabe (315 milhões); o Bengali (228 milhões) [números de 2024], e, assim, a Língua Portuguesa, escrita e falada de um modo absolutamente deplorável, como se fôssemos um país de básicos, pode ser que passe despercebida.

 

Entretanto, soubemos que Angola tinha (não sei se ainda tem) a intenção de forçar a revisão do AO90. Rever o quê? Para quê? Devia era forçar a anulação pura e simples do abortográfico, porque os abortos não têm e nunca tiveram viabilidade possível.

 

Dizem-me que a questão do AO90 está nas mãos de Angola.

Estará? Angola até pode ser o caminho, mas quem quer, pode e manda, em Angola, ainda não mexeu uma palha neste sentido. Estão à espera de quê?  

 

E para tornar tudo isto ainda mais surreal, chegou-me, via e-mail, uma notícia que me surpreendeu pela negativa: em Portugal, nasceu mais um jornal, o PÚBLICO Brasil, com o objectivo de falar com os brasileiros que vivem em Portugal, e dar visibilidade à Variante Brasileira do Português, como se já não bastasse os subservientes órgãos de comunicação social, que, cegamente, se venderam ao ilegal AO90, tal como Judas se vendeu ao Sinédrio, por 30 dinheiros, e o Brasileirês, as brasileirices e os Brasileiros imperam, em Portugal, e já há portugueses com vontade de deixar de sê-lo.

 

Mas esta matéria é para desenvolver na Parte II, desta minha publicação.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:53

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Terça-feira, 5 de Março de 2024

AO90: «Uma causa “fraturante”»

 

Um precioso texto do Jornalista Octávio dos Santos, que esmaga (e bem) o AO90 e as individualidades que a ele estão associadas.

 

Os excertos a negrito são da responsabilidade da autora do Blogue, que também deixa aqui esta Nota:

Para quem não sabe, as palavrinhas “fraturante”, “correto” e “adoção” que aparecem neste texto, lêem-se “frâturant”, “currêtu” e “âdução”m,  segundo as regras da Gramática Portuguesa, porque lhes falta o e o , que servem de sinais diacríticos, para que as vogais possam pronunciar-se abertas: “fráCturant”, “curréCtu”, ”adóPção”.

Isabel A. Ferreira

 

Octávio dos Santos.png

 

Uma causa «fraturante»

 

Para os republicanos de Portugal e do Brasil alterar frequentemente a ortografia da dita «Língua de Camões» tornou-se não só um hábito, mas também uma obsessão, um vício, com várias mudanças prepotentes e incompetentes a ocorrerem nos últimos cem anos. E nenhuma foi, e é, pior, mais ofensiva e mais ridícula do que a consagrada no denominado «Acordo Ortográfico de 1990». 

 

Porquê? Porque, na verdade, não se trata de um acordo, mas sim de um exercício em estupidez, de uma rendição, de uma submissão, por parte de Portugal, aos grupos e às individualidades mais anti-portuguesas no Brasil. Porque é a aceitação de uma «ortografia» absurda, «anti-natura», distópica… porque introduzida e imposta nas terras de Vera Cruz em 1943 por um ditador, Getúlio Vargas, num impulso ultra-nacionalista que visava, ultimamente, cortar o mais possível as ligações, as influências e as ascendências europeias e lusitanas. Compare-se: nenhum país hispânico, nenhuma das ex-colónias espanholas nas Américas cometeu o mesmo crime com o legado linguístico que receberam da metrópole em Madrid; aliás, nenhuma ex-colónia em qualquer parte do Mundo procedeu a uma tal mutilação – de consoantes supostamente «mudas» ou de outras letras – da ortografia recebida da antiga potência colonizadora. Diferenças há sim, evidentemente, e daí as várias variantes de Inglês, Francês… e Castelhano que existem, mas são pequenas, poucas, não significativas.

 

A «adoção» oficial – mas ilegítima, ilegal, inconstitucional – em Portugal da ortografia brasileira é a expressão máxima da convicção por parte de muitos iludidos deste lado do Atlântico de que os «tugas» devem aceitar e celebrar a supremacia e a superioridade dos «brazucas» a todos os níveis de actividade. Porém, o Brasil não nos respeitará por nos submetermos e ajoelharmos, por – e Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa fizeram isso – elogiarmos o sotaque deles. Tanto mais que o Brasil não é um país «irmão» mas sim um país «filho» de Portugal. E se o «filho» deve respeitar o «pai» este também tem a obrigação se fazer respeitar. Tal não acontecerá se o «pai» aceitar escrever, e até falar, segundo o dialecto degenerado que o seu «filho», em acto de rebeldia, decidiu rabiscar. 

 

A introdução do AO90 em Portugal começou, é certo, com Cavaco Silva, mas a verdade é que a sua imposição só aconteceu de facto com José Sócrates… e com Lula da Silva. É por isso que é contraditório e descredibilizador, para qualquer partido e qualquer político, criticar e condenar aqueles dois presidiários irresponsáveis usando, ao mesmo tempo, a infame ortografia que os dois energúmenos protagonizaram e promoveram. Em Portugal quem obedece ao AO prostra-se perante o PS. Quem critica a Esquerda recorrendo a uma – à sua – linguagem adulterada perde toda e qualquer autoridade moral para a criticar. O AO90 é também como que uma causa «fracturante» (ou «fraturante»), uma medida «politicamente correcta» (ou «correta»), qual aborto ou eutanásia do idioma, uma «transição» da identidade de género da cultura (com «cirurgias» atrozes que se pretendem irreversíveis), uma reparação contemporânea pelos alegados crimes dos antigos conquistadores.     

     

É por tudo isto que o combate anti-acordista, sendo justo, indispensável e urgente, pode e deve ser igualmente um trunfo eleitoral. Tem mais hipóteses de ganhar votos e deputados um partido que se comprometa seriamente e solenemente a acabar definitivamente com este atentado à dignidade nacional. E um excelente meio para esse fim aguarda a sua recuperação das «catacumbas» da Assembleia da República: a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico, quiçá a derradeira e maior de todas as petições (e existiram várias ao longo dos anos) contra a aberração, e que, cumprindo todos os critérios exigidos por lei, deu entrada em 2019 para ser depois boicotada, impedida de ser levada a plenário para discussão e votação, pelo PS com a conivência do PSD. Já é mais do que tempo de, também aqui, se dizer, gritar, e escrever, «chega»!    

 

Fonte do texto: https://folhanacional.pt/2024/03/04/uma-causa-fraturante/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:46

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Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2024

«Protecção contra a corrupção da Língua Portuguesa»

 

Carta enviada por Carlos A. Coimbra, um cidadão português que vive em Toronto (Canadá) há longos anos, a uma personalidade televisiva portuguesa, a propósito da corrupção activa exercida sobre a NOSSA Língua, à qual as comunidades portuguesas na diáspora estão atentas, e que defendem com unhas e dentes, ao contrário dos decisores políticos e apolíticos portugueses.

Isabel A. Ferreira

 

Língua 1.png

 

Texto de Carlos A. Coimbra

 

«Quero então expor-lhe as minhas ideias quanto à presença da Língua no Brasil nos média de Portugal.

 

Aliás, uma pessoa que se interessa por, e tanto pesquisou sobre descobrimentos, deve forçosamente dar importância à língua que "viajou" pelo mundo fora.

 

Há vários aspectos por onde entrar no assunto, mas começo com a diferença entre sotaque (ou pronúncia) e corrupção da língua.

 

Eu admito não conhecer Portugal tão bem como quem lá vive. Mas sei que há diferentes pronúncias, como do Alto Minho, da área do Porto, a inflexão de Alentejano, o por vezes quase incompreensível São Miguelense, e a "corrupçon" da Madeira.

 

Mas todos usam a mesma gramática, a mesma semântica, sem mudar a ordem das palavras, nem as alterar (um brasileiro diria alterar elas).

 

E o mesmo se mantém em relação a Angolanos e outros nacionais de territórios que foram portugueses, embora o sotaque deles seja mais carregado.

 

Só que continuam a falar o mesmo Português.

 

Lendo textos escritos por um português ou pessoa de proveniência africana, não podemos extricar qualquer evidência acerca da origem da pessoa.  

 

Aliás, como comparação, entre os vários espanhóis (castelhanos) falados, eu sei distinguir o Castelhano original, o Mexicano, o Cubano e Porto-riquenho (caribenho) e o Argentino.

 

Contudo, todos falam o mesmo Castelhano, com a mesma gramática e ortografia; a única distinção é o facto de usarem alguns termos locais.

 

E quanto ao Inglês, lendo textos escritos por americanos e britânicos, vemos a mesma língua, embora haja diferenças pontuais na ortografia (z/s, or/our, etc...).

Ninguém pensou em unificar a ortografia, nem em usar em permanência locutores do outro lado (embora os média americanos usem alguns jornalistas não-americanos no estrangeiro, por razões que têm a ver com obtenção de vistos, por exemplo).

 

Agora falando do Brasileiro, a coisa é muito mais séria.

 

A modificação que os escravos foram fazendo à Língua dos colonizadores, em termos de pronúncia e possivelmente função da gramática das Línguas nativas, levou até a que os Brasileiros de hoje troquem a ordem normal das palavras, não usem verbos correctamente e tanto mais.

 

Um brasileiro que falava bom português gramaticamente foi o Presidente Temer...

 

E então posso passar ao vício de meter um 'i' onde ele não existe: abisurdo, opitar, e inúmeros outros exemplos.

 

E é contagioso! Exemplo:

Um tempo depois do 07 de Outubro, os Israelitas levaram jornalistas à povoação chamada Sderot (além de hebraico, é assim que está escrito na placa à entrada: Quer dizer "Boulevards", plural de Sder - eles formam plurais em -ot e em -im).

 

Esse grupo incluía pelo menos um português e uma brasileira.

Eu sei, porque vi uma peça na RTP e outra na Globo, na mesma noite.

Ora a brasileira dizia Siderot, devido à aversão que os Brasileiros têm a dizer duas consoantes juntas (Lula inclusivamente).

E fiquei chocado por ouvir o jornalista português copiar a brasileira, também dizendo Siderot!

Ainda mais curioso, noutra ocasião, ouvi outra repórter brasileira que preferia dizer Isderot (idêntico o que fazem com 'esporte').

 

Ora todo este linguajar "à brasileira" passa muito para lá de questões de pronúncia ou entoação, e consiste em corrupção da Língua.

Não se pode deixar de dizer isso quanto à introdução de sílabas que não existem.

 

Infelizmente, a Língua Brasileira tem características dominantes, tal como o Castelhano, senão basta ouvir portugueses que vivem há muito tempo no Brasil ou na Venezuela...

 

Isto é devido às Línguas serem parecidas, e tal não acontece comigo nem com quem mora na França (adoptam certos termos, mas não lhes afecta a pronúncia).

 

Não questiono o direito ao trabalho em Portugal de brasileiros, mas não quero ouvi-los na rádio e televisão a falar de assuntos que não têm nada a ver com o Brasil.

 

Isto particularmente quando os sotaques portugueses e africanos que referi não parecem ter lugar cativo nos canais de TV a que tenho acesso, e esses falam Português!

 

Creio que jornalistas portugueses até devem ficar ofendidos por serem preteridos. O caso do brasileiro na TVI/CNN-P a comentar futebol é um exemplo extremo, pois dá a ideia que se esgotou em Portugal quem saiba falar do assunto!

 

Aliás, quando um canal aqui em Toronto adquiriu uma meteorologista com pronúncia australiana, pode crer que eu protestei...

 

O Português falado já sofre de tantos erros...

 

E bem basta a falta de respeito pela audiência que leva a cair no Inglês fácil, em parte pela perda de vocabulário, causando até asneiras devido a não saberem o significado das palavras (ouvi uma comentadora que quando falava do Suez, lembrou o caso dum barco que entupiu o canal, e disse que era um verdadeiro "checkpoint", quando tal seria um "bottleneck").

 

Qual a necessidade de usar alguém que nem fala o Português correcto, e que em qualquer momento pode dizer uma "brasileirice"?

 

Eu nasci com inclinação para lógica (levou-me aos computadores) e Línguas (passou de entretenimento a conhecer a fundo o Inglês, a falar Italiano além de Castelhano e Francês, e saber o suficiente de Alemão; as minhas maiores peneiras vêm de me ter ensinado mais que o suficiente Russo, antes de haver Internet).

E sou compreendido em muita coisa de várias outras línguas estranhas, sem pretender que as falo minimamente, só por diversão. Até o tradutor do Google me entende, e isso tem utilidade neste país de imigrantes.

 

Mas o que interessa aqui é que quero fazer o que posso para proteger o verdadeiro Português da influência do Brasileiro, e que não seja considerado "variedade europeia", como me escandalizou a professora Dr.ª Sandra Duarte Tavares, pois assim caracterizou o meu Português original, enquanto assessora da Língua (!) na RTP.

 

Ofenderam-me, insultaram-me, tanto o PM como o PR: um disse que até gostaríamos de falar com o sotaque brasileiro, e o outro lembrou-se de imitar (mal) a fala brasileira, enquanto Chico Buarque ficou de boca aberta a pensar sabe-se lá o quê do indivíduo...

 

Pois lembro-me de dois casos:

Num jogo amistoso entre não me lembro quem e um Benfica em que entraram Ricardo Araújo Pereira e Fernando Mendes, o Ronaldo (o original, chamado "Fenômeno" pelos brasileiros - com ô) magoou-se, foi para o banco e foi entrevistado: Lesionou-se? Hem? Lesionou-se? Heeeem? Machucou-se?

Aí ele finalmente entendeu...

 

E recordo que a propósito de não sei quê, no Brasil, perguntei a uma pessoa: mas que explicação lhe dão a si?

Nada de resposta até eu modificar a pergunta...

O 'lhe' e o 'a si' não faziam parte do entendimento da Língua da pessoa...

 

Isto está indecentemente comprido, mas eu queria apresentar os meus argumentos duma maneira mais completa, que não têm nada a ver com xenofobia (aprecio, por exemplo, o Português que ucranianos falam).

E tenho a certeza de que mais tarde vou lembrar-me de mais que podia ter escrito...

 

Cumprimentos,

Carlos A. Coimbra,

Toronto»

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:14

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Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2024

“Corrução”? No título de uma notícia “online”? Desde 31 de Janeiro? Esta gente devia ser chamada à Justiça por CORROMPER a Língua Portuguesa -- a Língua Oficial de Portugal

 

CORRUÇÃO.PNG

(Retirei hoje, esta imagem do site, mas se, por um acaso, se lembrarem de corrigir o erro (o que considerarei muito louvável), o link do texto, no fim desta publicação, confirmará a minha indignação)

 

Também na “Questão da Língua” há muita corruPção -- ainda por cima este é pronunciado e escrito nas mais diversas Línguas mundiais: Português, Inglês, Alemão, Castelhano, Francês, Ucraniano, Polaco, Romeno, Brasileiro, Catalão, Sueco, Luxemburguês, etc., por aí fora...

 

Ainda mais por cima o facto de este erro monumental estar online desde 31 de Janeiro, e não ter uma alminha que desse conta do erro e se apressasse a corrigi-lo para não deixar ficar mal os envolvidos, nomeadamente a RR. É o que faz contratar mão-de-obra barata ignorante.



No meu tempo de Jornalismo no activo, nos Jornais por onde passei, isto dava direito a um despedimento, muito bem despedido.

 

Quem assim escreve deve regressar ao 1º ano da Escola Básica, para aprender com um Professor com maiúsculo, como se escreve uma palavra tão simples como corruPção. Até os Brasileiros grafam à portuguesa este vocábulo, embora o pronunciem com ô, acrescentando-lhe um i: «côrrupição».



Bem sei que o AO90, muito ignorantemente, manda mutilar as palavras que tenham cês e pês não pronunciados. E então há gente que leva isto tão a sério, mas tão a sério, que quando vê um ou um à frente, instintivamente, elimina-os da palavra. Isto é de gente que não sabe pensar a Língua. E se não sabe pensar a Língua como pode exercer uma profissão em que a Língua é o seu mais precioso instrumento de trabalho?  Isto já ultrapassa a ignorância que políticos ignorantes permitiram que se disseminasse por aí, ao imporem ilegalmente um acordo ortográfico engendrado por Antônio Houaiss e Malaca Casteleiro, com as mais obscuras intenções.

Este tipo de erros estão espalhados por toda a parte, nas televisões  e nos jornais, revistas e publicações acordistas. E não há ninguém da classe intelectual, da classe docente, da classe política, da classe literária, da classe das letras, da Academia das Ciências de Lisboa que grite bem alto um BASTA a esta pouca vergonha?



Dizem-me: «ah! mas isto é uma gralha». Não, não é uma gralha. Uma gralha fica apenas uns segundos, vá lá, uns minutos online. Isto é ignorância, desleixo e nenhum brio profissional.



Seria um acto de inteligência genial, de um QI acima dos 140, que uma autoridade maior da República Portuguesa pusesse mãos a esta obra e extirpasse de uma vez este cancro chamado AO90, já com metástases espalhadas por todas as áreas do Saber, o qual está a matar a Língua Portuguesa.  

Este é o momento de dizer BASTA!!!!!!
Estamos com eleições à porta. Como estão a comportar-se os partidos políticos que se candidatam à corrida para o PODER, no que respeita a esta vergonha nacional?
Não haverá ninguém, entre os que governam, com vergonha na cara? Com brio político? Com inteligência genial? Terão todos um QI abaixo de 90Isto já ultrapassou a questão política. Isto já entrou no campo da falta de inteligência, da falta de bom senso, da falta de brio profissional, da falta de vergonha na cara.

 

Nunca Portugal esteve cotado tão por baixo como nos tempos que correm, que nem a sua Língua Materna uma boa fatia dos portugueses sabe escrever!!!! País tão cheio de analfabetos e semianalfabetos ao mais alto nível!!!!!

BASTA!!!!! Há que dizer BASTA! a esta vil subserviência a um País que maliciosamente usurpou a NOSSA Língua Portuguesa!

Se os governantes portugueses permitem tal abuso, nós NÃO permitimos.


Isabel A. Ferreira

Fonte da imagem:

https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/01/31/uma-semana-depois-arranca-interrogatorio-a-suspeitos-de-corrucao-na-madeira/364976/

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:28

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Quarta-feira, 21 de Junho de 2023

APELO a enviar a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, no sentido da Defesa da Língua Portuguesa, conforme definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa

 

Este é o APELO de um Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes, descontentes com os atropelos à Constituição da República Portuguesa, no que à Língua Materna dos Portugueses –  a Língua Portuguesa – diz respeito. 
 

 O APELO foi redigido por um Jurista, que presta apoio a este Grupo Cívico.

 

APELO.png

 

Dirigimo-nos a Vossa Excelência apelando à Sua intervenção no sentido da defesa da Língua Portuguesa, tal como esta nos surge definida no n.º 3, do artigo 11.º da Constituição da República Portuguesa.

 

Permita-nos, Vossa Excelência, o exercício do nosso dever cívico e obrigação de invocarmos a Lei Fundamental, designadamente no que tange aos deveres e obrigações que dela decorrem para todos os agentes do Estado, e, em especial, para o Presidente da República, enquanto primeiro e máximo representante do Estado. Estado a quem cabe, nos termos da alínea f) do artigo 9.º também da Constituição da República Portuguesa “[a]ssegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da Língua Portuguesa”.

 

Bem sabemos, Excelência, que, nos últimos anos, em concreto desde que o Estado impôs aos portugueses a aplicação de uma grafia que consideramos inconstitucional, tais deveres não têm sido cumpridos.

 

Esta não é uma questão de somenos importância. É um imperativo de cidadania. É um dever que nos é imposto pela Constituição da República Portuguesa. Trata-se, na verdade, da defesa do nosso Património Linguístico –  a Língua Portuguesa –  da nossa Cultura e da nossa História, os quais estão a ser vilmente desprezados.

 

Apelamos a Vossa Excelência que, nos termos consagrados na Constituição da República Portuguesa e no uso dos poderes conferidos ao Presidente da República, diligencie uma efectiva promoção, defesa, valorização e difusão da Língua Portuguesa.

 

Apelamos a Vossa Excelência que defenda activa e intransigentemente uma Língua que conta 800 anos de História.

 

Apelamos a Vossa Excelência que contrarie a imposição aos Portugueses da Variante Brasileira do Português, composta por um léxico que traduz acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas, e essencialmente baseado no Formulário Ortográfico Brasileiro de 1943.

 

Apelamos-lhe, Senhor Presidente da República, que proporcione às nossas crianças a possibilidade de escreverem conforme a grafia da sua Língua Materna –  aquela que foi também a Língua Materna de Gil Vicente, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Fernando Pessoa, Fernando Campos, Luís Rosas, Altino do Tojal, Luísa Dacosta, Fernando Dacosta, José Saramago e tantos, tantos outros, cujas obras estão a  ser acordizadas, num  manifesto insulto à Cultura Culta Literária Portuguesa – ao invés de numa grafia desestruturada, incoerente e desenraizada das restantes Línguas europeias, as quais também estão a aprender (Inglês, Castelhano, Francês).

 

Apelamos a Vossa Excelência, ao Presidente da República Portuguesa, mas também ao académico e cidadão Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que deixe à posteridade, como SEU legado, a reposição da Língua Portuguesa, a nossa Língua, aquela que fixa o Pensamento de um Povo, escrita e falada escorreitamente, com elegância visual, com beleza, com estilo, seguindo o exemplo dos nossos Grandes Clássicos, antigos e modernos, atrás já referidos, para que a nossa Língua, a nossa Cultura e a nossa História, de quase nove séculos, não se percam nas brumas do tempo.

 

Apelamos, em suma, a Vossa Excelência, que seja reconhecido e revertido o gravíssimo erro cometido e por via do qual o Estado Português adoptou o Acordo Ortográfico, anulando-o, e restituindo a Portugal e aos Portugueses a sua Língua.

 

Com os nossos melhores cumprimentos

(Nomes dos subscritores)


***

Por que é importante subscrever este APELO?

Porque Língua Portuguesa só há UMA. Nem a verdadeira, nem a falsa.   Somente a Língua Portuguesa. A única, e poderá estar em extinção, não, daqui a décadas, mas já amanhã, se se continuar a assobiar para o lado. 

 

Preservá-la é uma tarefa de todos, não pode ser apenas tarefa de alguns.

 

Para subscrever o APELO ao PRl basta enviar o Nome e a Profissão para o e-mail do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa»: isabelferreira@net.sapo.pt

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:15

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