Não é apenas em França que a Língua Portuguesa está em declínio. Um pouco por todo o mundo, a Língua Portuguesa está a perder o seu viço, a sua beleza, a sua roupagem indo-europeia, porque está viciada, está mutilada, está empobrecida na versão acordizada que gente ignorante quer disseminar pelo mundo.
O que é preciso é que a Língua Portuguesa recupere a sua beleza gráfica, a sua riqueza lexical, e não ande por aí a ser ensinada "à brasileira", com o rótulo de Portuguesa. Para que a Língua Portuguesa se imponha no mundo, Portugal tem de anular urgentemente o execrável "acordo ortográfico de 1990", que só veio lançar o caos linguístico e desprestigiar a Língua dos Portugueses, o Português de Lei, e devolver-lhe a dignidade perdida.
A Língua Portuguesa não é uma mercadoria, para que políticos apátridas andem, por aí, a vendê-la, ao desbarato.
É preciso saber que Português as escolas estrangeiras andam por aí a ensinar.
Chamam "português" à Variante Brasileira do Português, que está a ser impingida em Portugal e nas escolas estrangeiras, contudo, a Variante Brasileira está muito longe do Português. É outra linguagem, que apenas ao Brasil pertence.
É preciso saber do que falamos, quando falamos de Língua Portuguesa, para que seja ensinada nas escolas e universidades do mundo, com propriedade.
Isabel A. Ferreira
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«A língua portuguesa em França»
Texto de
Isabelle de Oliveira
«Em França, a língua portuguesa encontra-se numa situação de declínio por razões orçamentais, mas também por falta de consideração, ou ainda, por falta de afirmação e de real vontade política. Até agora, o português ainda não se tornou uma disciplina de maior importância nas universidades francesas. A errónea concepção de uma língua pouco útil incentivou os decisores a limitar o recrutamento de docentes de português tanto no âmbito do ensino secundário como no ensino superior.
Os representantes políticos esquecem, ou pior ainda, desconhecem, que a importância de um idioma não se mede, apenas, pelo número de falantes e da influência diplomática ou poderio económico dos países em que é utilizado. Por isso, o grande desafio é o de promover o ensino do português como língua estrangeira vocacionada para o mundo dos negócios.
Uma missão para a qual os recursos educacionais (livros, métodos, etc.) ainda existem em número muito limitado e de uma forma muito incompleta. A Universidade da Sorbonne Nouvelle prossegue esforços no sentido de colmatar estas lacunas, tornando a oferta do ensino do português suficientemente alargada para responder a todas as solicitações dos estudantes. Percebe-se, cada vez mais intensamente, que o domínio do português potencia oportunidades de negócio e, por esse motivo, não por acaso, países como a China elegeram a aprendizagem da nossa língua como objectivo estratégico. Não é fortuitamente que na Universidade da Sorbonne Nouvelle sempre tivemos estudantes chineses, árabes e russos a inscreverem-se para aprender o português, sempre em conjugação com outros idiomas. No Instituto do Mundo Lusófono também apostamos, claramente, no ensino do Português de Negócios como língua de especialidade, com currículos especificamente vocacionados para o mundo empresarial. Mas, claro está, ainda há um trabalho importante a fazer no domínio da língua de especialidade, que pode vir a atestar o potencial económico da língua portuguesa, aliado ao facto de constituir, também, um importante instrumento de desenvolvimento humano.
O fado reservado à língua portuguesa é incompreensível à luz do tratamento reservado às restantes línguas. Com efeito, se todas as línguas são iguais em dignidade, isso não acontece a nível do seu uso e da sua dimensão internacional. A França celebrou acordos bilaterais com Portugal e Brasil relativos ao ensino das respectivas línguas. Então, o que tem sido factualmente concretizado por Portugal nesta matéria? O que concebem os nossos representantes políticos? Recomenda-se que alcancem: A Europa dos cidadãos só pode edificar-se sobre a Europa das línguas. [(*)]
Por outro lado, admite-se que este comportamento pouco compreensível possa decorrer de um certo complexo de inferioridade que ainda vai grassando na mente de alguns pseudo-iluminados, os quais, apesar de tudo, ainda vão tendo algum poder de decisão...
Inferioridade porquê?
Baseada em que factos?
Somos um país com oitocentos anos de História. Propagámos a nossa língua, a nossa cultura e o nosso saber pelos cinco continentes do mundo.
Influenciamos e potenciamos o desenvolvimento humano em todas essas latitudes. Sempre em português e fomentando o comércio, as trocas comerciais, legando ao mundo o conhecimento de realidades e produtos muito diversos.
A competência e meritocracia dos portugueses espalhados pelo mundo é conhecida e reconhecida, bem como as suas capacidades de trabalho, de esforço e de auto-progressão! Actualmente, de forma inequívoca, em todas as áreas de conhecimento: nas Ciências, nas Artes, no Ensino, nas áreas técnicas, no Desporto, etc..
Os Portugueses no Mundo -- e, concomitantemente, a Língua Portuguesa no Mundo -- constituem uma mais-valia incalculável da qual urge tirar partido e, sobretudo, afirmar e desenvolver sem medos!
Fonte: https://www.dn.pt/opiniao/a-lingua-portuguesa-em-franca-17207308.html
[(*)] ... ou sobre as Línguas da Europa.
Nascida há 42 anos em Barcelos, Isabelle Oliveira foi levada em bebé para França. Hoje, preside ao Instituto do Mundo Lusófono, um órgão criado em 2015, para promover a lusofonia além-fronteiras.
Mas que lusofonia?
Foto: Adelino Meireles/Global Imagens
E o que Isabelle Oliveira disse acerca da Língua Portuguesa pode ser ouvido neste link:
E o que há a dizer sobre o que se acabou de ouvir?
Há a dizer que a Língua Portuguesa está, de facto, em decadência, em Portugal, e apenas em Portugal, desde que foi imposto, à revelia dos Portugueses, o ilegal, o imoral, o inconstitucional, o inútil, o fraudulento AO90, assente na grafia brasileira, e o que se escreve hoje, é simplesmente uma mixordice que não tem paralelo no mundo, porque nem é brasileiro, nem português.
Antes disto, a Língua Portuguesa gozava de muito boa saúde, em Portugal, que é o que mais nos interessa (mas também nos países africanos de expressão portuguesa). O Brasil está fora desta apreciação, porque criou uma linguagem própria, distanciada do Português usado pelos restantes países ditos lusófonos.
Nenhum português está interessado em que se escreva e fale incorreCtamente a sua Língua Materna, por milhões de pessoas. Esta matemática não interessa a Portugal.
Reponha-se a grafia portuguesa, regressemos à NOSSA Língua Portuguesa, e ela renascerá das cinzas, da escuridão, da vergonhosa imposição do estrangeirismo que ninguém pediu: o AO90, assente basicamente na grafia que os Brasileiros começaram a usar a partir de 1943, a mesma que aprendi, quando comecei a ler e a escrever, numa escola brasileira, aos seis anos de idade.
A decadência não está na Língua, está nos políticos que, ignorantemente, querem, porque querem, que a Língua Portuguesa desapareça do mapa. Hoje mesmo, li algures, na Internet, que quando o dito "Português do Brasil" passar a designar-se Língua Brasileira, o que é tão certo como eu estar aqui a escrever isto, em Portugal, falar-se-á e escrever-se-á o "português brasileiro". Assim mesmo.
E nisto está toda a decadência da Língua Portuguesa.
Aliás a Língua Portuguesa desapareceu da Internet.
Não interessa fundar institutos de Português, se é para ensinar o "brasileiro”, porque a Língua defendida pelo AO90, não é e jamais será a Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
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