Este título, que pertence a um texto inserido no Blogue Diga Não à Inércia, refere-se à não recondução de Joana Marques Vidal para PGR.
Porém, ao ler a notícia, facilmente podemos levá-la para outras matérias que não esta, uma vez que Marcelo Rebelo e Sousa falhou, e está constantemente a falhar perante os Portugueses em muitos outros aspectos, nomeadamente, no que respeita à preservação da Língua Portuguesa.
E quanto a isto, ele anda a enganar, não quase toda a gente, mas TODA A GENTE.
Esta notícia diz o seguinte:
«O Sr. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sucumbiu aos interesses do PM António Costa, ao não pressionar o governo (A. Costa) para reconduzir a PGR Joana Marques Vidal a um segundo mandato.
Muita gente tinha medo da PGR Joana Vidal... e assim, a nova Procuradora por certo, servirá melhor os interesses de alguns envolvidos em casos mediáticos.
O nosso Presidente perde assim uma grande oportunidade de mostrar aos portugueses que o interesse do país está acima dos interesses partidários e corporativos. Uma tristeza...»
É preciso um Presidente de pulso forte perante o Governo, e não um Presidente só de afectos e selfies... que passa a esponja em muitos assuntos.»
In:
https://diganaoainercia.blogspot.com/2018/09/presidente-marcelo-falhou-perante-os.html?m=1
Proponho reescrever a notícia, para dizer ao que venho:
O Senhor Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sucumbiu aos interesses do PM António Costa, e do ministro dos Negócios dos Estrangeiros, ao não pressionar o governo (A. Costa) para revogar o AO90, quando o PCP apresentou um projecto de lei que ia nesse sentido.
Muita gente tem medo de António Costa e de Santos Silva, e, por isso, cede às pressões que um e outro fazem, para melhor servir os interesses de alguns poucos, em detrimento dos interesses de Portugal.
O nosso Presidente perde assim uma grande oportunidade de mostrar aos Portugueses que o interesse do País está acima dos interesses dos estrangeiros. Uma tristeza...
É preciso um Presidente de pulso forte perante o Governo, e não um Presidente só de afectos e selfies... que passa a esponja em muitos assuntos, nomeadamente a venda da Língua Portuguesa ao Brasil.
Para que servirá um presidente da República, se não defende a Constituição da República Portuguesa, e anda por aí a defender o Dialecto Brasileiro (variante brasileira do Português) na sua forma grafada, impondo-o ilegalmente aos Portugueses?
Marcelo Rebelo de Sousa falhou (falha) perante os Portugueses ao não mandar eliminar o ILEGAL AO90, como é da sua competência, até porque a sua aplicação é inconstitucional.
Isabel A. Ferreira
Um texto lúcido que vale a pena ler.
«Vanguardismo de opereta»
Por Pedro Correia
«Alguns apologistas do chamado acordo ortográfico defendem-no com zelo passional alegando que o fazem em nome do progresso. São incapazes de perceber que o progresso nada tem a ver com isto. Ou até terá, mas no sentido contrário ao que pretendem.
Progresso tem a ver com literacia. E as sociedades com maiores índices de alfabetização são precisamente aquelas que têm uma ortografia consolidada há séculos e jamais necessitaram de “reformas” unificadoras neste domínio. Britânicos e norte-americanos, por exemplo, nunca precisaram de acordo algum para limarem as suas notórias divergências ortográficas, que não constituem obstáculo para a compreensão mútua – pelo contrário, só enriquecem o inglês partilhado pelos compatriotas de Shakespeare e Mark Twain, cada qual com o seu sotaque.
Quanto mais estabilizada estiver a ortografia de uma língua, maior é o correspondente índice de alfabetização dos utentes desse idioma. E o inverso também se aplica em países como o nosso: Portugal produziu três profundas reformas ortográficas em menos de um século sem com isso deixar de ser um dos países com menores índices de literacia da Europa.
Pensei em tudo isto ao ler o mais recente comunicado da Procuradoria-Geral da República, alusivo à audiência que o director do Jornal de Notícias solicitou a Joana Marques Vidal. Neste comunicado, Afonso Camões é alternamente referido como “director” e “diretor” do referido matutino.
Se ao mais elevado nível das instituições estatais perdura a indefinição sobre a ortografia, não custa imaginar as incertezas do cidadão comum sobre este mesmo tema. Pouco admira, portanto, que tantas “reformas” acabem por fabricar legiões de analfabetos funcionais, incapazes de redigir o mais simples texto de acordo com o quadro normativo. Porque a norma, nesta matéria, continua a oscilar ao sabor de vontades políticas de ocasião: muda o regime, logo muda a ortografia.
Foi assim na transição da monarquia constitucional para a I República, e desta para o Estado Novo, e da ditadura para a democracia.
Os que insistem em abolir as chamadas consoantes mudas, arrancando as raízes etimológicas da escrita como se fosse um indício de progresso, estão afinal condenados a perpetuar os humilhantes padrões de iliteracia vigentes entre nós. O fosso entre o nosso idioma e as grandes famílias ortográficas europeias não é sintoma de avanço, mas de retrocesso civilizacional.
Entretanto, os auto-intitulados “progressistas” que tanto se gabam de escrever “diretor”, como se fosse o último grito da moda, continuarão a escrever “director” em inglês, “director” em espanhol, “directeur” em francês e “direktor” em alemão.
O “progresso” ortográfico, à luz deste vanguardismo de opereta, termina algures na ligação rodoviária entre Elvas e Badajoz.»
Fonte:
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/vanguardismo-de-opereta-7043236
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