É porque a verdade dos fatos, no Brasil, é uma coisa. Em Portugal a verdade dos fatos é outra.
Estará o senhor Paulo Jorge Colaço Rosa a referir-se à verdade dos fatos-macaco dos funcionários da autarquia?
No Brasil, os fatos não se vestem. Lá vestem-se ternos.
Em Portugal os fatos servem para vestir. E ternos são os namorados muito enamorados.
De faCto, este cê, que é mudo no Brasil, em Portugal não é. Logo, lê-se e escreve-se.
***
Também sabemos que, no Brasil, os Brasileiros são contatados para muitas acções.
Em Portugal, os Portugueses não contatam, nem são contatados.
Em Portugal, os Portugueses contaCtam e são contaCtados (do Latim contaCtus), porque em Portugal lê-se o cê.
***
Sabemos que no Brasil, talvez por influência da colónia italiana, bastante importante no país, os meses do ano são escritos com letra minúscula: febbraio (fevereiro); giugno (junho).
Em Portugal, os meses do ano grafam-se em letra maiúscula, tal como nas restantes grandes línguas europeias: Fevereiro, Junho (Língua Portuguesa); February, June (Língua Inglesa); Février, Juin (Língua Francesa); Februar, Juni (Língua Alemã).
***
No Brasil, talvez igualmente por influência da colónia italiana, vai-se diretamente (direttamente) para a cadeia, se se é apanhado, em flagrante, a roubar alguém.
Em Portugal, não. Em Portugal pode ir-se direCto (do Latim direCtus) ou direCtamente para a cadeia, se se é apanhado, em flagrante, a roubar alguém. Diretamente, que se lê dirêtamente (o cê mudo tem função diacrítica, e o Tê a dobrar no italiano também tem, e a vogal E lê-se aberta, e sem o cê terá de ler-se dirêtamente), não se vai.
***
No Brasil, atua-se (átuá-si) quando é preciso.
Em Portugal, aCtua-se (do Latim aCtum = aCção).
***
Ah! mas agora o que não se lê não se escreve. Então e o acordo ortográfico para que serve? Dirá o senhor Paulo Jorge Colaço Rosa, presidente da Câmara Municipal de Mértola.
Acontece que o acordo ortográfico foi imposto ilegalmente ao Portugueses, e não está em vigor em país nenhum, dizem os juristas. E só os mal informados e os servilistas o aplicam. Se bem que, entre esses, existe uma tendência para abrasileirar o que mandam e o que não mandam, porque desconhecem o Português e o Brasileiro.
Em vigor, em Portugal e em mais seis países, está a ortografia do AO45. No Brasil, unilateralmente, está em vigor a ortografia de 1943.
E como é do senso comum, que o acordo ortográfico de 1990 não veio UNIFICAR a ortografia dos oito países ditos lusófonos, como pretendiam os seus engendradores, porque tal tarefa é completamente impraticável, só os cegos mentais não vêem isto, e uma vez que na ilegal aplicação do AO90 mistura-se alhos com bugalhos, e o que se escreve e se lê é uma mixórdia linguística, jamais vista em qualquer país do mundo ( e eles são 193) e Portugal é caso único, qual é a atitude mais racional a tomar quanto a esta matéria?
Acertaram. A REVOGAÇÃO imediata deste inútil e irracional acordo ortográfico, que nenhum país (nem o Brasil) quer. E Portugal também não. Em Portugal, os únicos que o querem (e estão em minoria) são os que, ao que parece, recebem ordens, oriundas de um submundo oculto e obscuro que manieta os governantes portugueses, presidente da República incluído, para que se destrua Portugal, destruindo o seu mais precioso símbolo identitário: a Língua Portuguesa.
E todos sabemos que Portugal pagará muito caro por tudo isto. E o pior, é que já começou a pagar.
Isabel A. Ferreira
Atentem nesta imagem:
Mostrei-a a duas crianças, uma de dez anos (4º ano) e uma de sete anos (1º ano), e disse-lhes: «Vejam esta imagem e digam-me se encontram nela alguma coisa que não está correcta».
Olharam atentamente e em segundos disseram quase ao mesmo tempo: «É a bandeira brasileira que está mal».
E está mal porquê? Perguntei.
Porque a bandeira que devia estar ali era a portuguesa, porque o Português é de Portugal. Quem respondeu foi a criança mais nova, demonstrando uma certa indignação (que não me surpreendeu) e a mais velha concordou, sem pestanejar.
Destas bandeiras apenas conheciam a espanhola e a brasileira. E obviamente a portuguesa que ali não está.
Depois teceram várias considerações acerca disto, não muito favoráveis a Portugal.
Entretanto, fui referenciando as outras línguas europeias, que ali estão representadas, com as bandeiras dos respectivos países, de onde são oriundas.
Então porquê o Inglês, cuja origem está em Inglaterra, não está representado pela bandeira inglesa? A pergunta foi inevitável.
Porque este é um site norte-americano, onde se fala e escreve o Inglês Americano, ligeiramente, e apenas ligeiramente, diferente da Língua Inglesa original, por isso, está, naturalmente, representado pela bandeira dos Estados Unidos da América, e não pela da Inglaterra.
Compreenderam.
Expliquei-lhes também quais daqueles países foram colonizadores e deixaram a sua Língua espalhada por esse mundo fora: Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Rússia.
As línguas destes países estão ali representadas pelas respectivas bandeiras, à excepção da Inglaterra (por motivos compreensíveis) e Portugal (por motivos incompreensíveis), se bem que sendo o site americano, o Português transpôs-se para brasileiro.
Na Língua Castelhana (mais correcto do que “espanhol”, de acordo com professores universitários) poderia lá estar a bandeira da Argentina, maior país sul-americano de expressão castelhana, também com as suas (poucas) diferenças do original. Mas não está, porque de facto, a Língua Castelhana (nome da comunidade linguística, Castela, que lhe deu origem nos tempos medievais) é língua europeia, oriunda de Espanha). É falada por mais de 500 milhões, mas a língua é de Espanha.
A Língua Francesa é a Língua oficial de 29 países, a segunda língua mais estudada no mundo, a seguir ao Inglês. Cerca de 500 mil a falam e escrevem, contudo, o seu a seu dono.
Aproveitei a ocasião para proporcionar às duas crianças uma aula de História, de Geografia e de Línguas, com base na História, na Geografia e nas Línguas, e não com base nas vontades dos políticos, que nada sabem de História, de Geografia e, principalmente, de Línguas.
Bem, o que quero dizer com isto?
Quero dizer que até as crianças conseguem ver o que os governantes portugueses não vêem, ou se recusam a ver, por alguma cegueira mental, ou por mera conveniência obscura.
Quero dizer que a bandeira que deveria ali estar a representar o Português, era a portuguesa, porque o Português é língua europeia, tal como o Alemão, o Tcheco, o Grego, o Castelhano, o Francês, o Italiano, o Neerlandês, o Polaco, o Esloveno, o Sueco, ali representadas pelas bandeiras dos respectivos países. Exceptuando a Língua Inglesa que, sendo aquele um site norte-americano, é natural que a Língua Inglesa (na sua versão americana), esteja ali representada pela bandeira americana, embora não devesse estar.
A bandeira brasileira, representando uma língua europeia, entre línguas europeias, não está, de todo, correcto.
Portugal deixou de ser um país, para se reduzir à condição de colónia?
Acham isto normal (parafraseando José Eduardo Moniz, no seu Deus e o Diabo)?
Eu não! Nem as crianças.
Isabel A. Ferreira
***
Links para o citado site:
https://www.gatestoneinstitute.org/about/contact/
https://www.gatestoneinstitute.org/about/
A CPLP é uma comunidade constituída por Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste. O que unia estes países era a Língua Portuguesa mais ou menos uniformizada na sua essência e diversificada na sua especificidade, à excepção do Brasil, que criou uma outra língua, distanciando-se do Português, na fonética, na ortografia, na sintaxe, no léxico, na acentuação e até na semântica.
A dada altura, foi introduzida nesta comunidade de países de Língua Portuguesa, a Guiné-Equatorial, que não fala Português, mas passou a integrar (à pressão e, entre outros, por interesses económicos) a Língua Portuguesa (que ninguém fala) nas línguas oficiais do país, a Castelhana e a Francesa, apenas para se entranhar na CPLP.
E Portugal, um país que se diz democrático, permitiu unir-se por laços fantasmas, a um país que vive numa terrível ditadura militar, e cujo presidente foi apontado pela revista Forbes como o oitavo governante mais rico do mundo, apesar do seu país ser considerado um dos mais pobres da Terra, e onde se usa o canibalismo como arma psicológica de guerra.
Depois temos Cabo Verde, um país aparentemente lusófono, mas onde a maioria do povo nunca deixou de falar os seus dialectos, nomeadamente o Crioulo Cabo-Verdiano, uma língua crioula, de base lexical portuguesa. Como os restantes outros países ditos lusófonos, Cabo Verde aderiu ao AO90, com bastantes benefícios para a mais importante editora local: a do escritor Germano Almeida.
No entanto, em 2017, a Língua Portuguesa passou a ser ensinada em Cabo Verde como segunda língua (língua estrangeira) e o Crioulo Cabo-Verdiano passou a ser a língua oficial de Cabo Verde. Pela lógica das coisas, Cabo Verde está fora da lusofonia.
No entanto o chefe do Estado cabo-verdiano, José Carlos Fonseca, preside a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
É bem verdade que a CPLP não gira apenas ao redor da Língua Portuguesa, gira essencialmente ao redor de negócios, onde, no entanto, também está incluída a negociata da Língua, através da qual uns tantos mercenários enchem os bolsos.
Nesta negociata do AO90, que está a destruir a Língua Portuguesa, em Portugal, e apenas em Portugal, não colaboraram Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Timor Leste. E embora São Tomé e Príncipe tivesse assinado o dito, e dito que aderiu, na verdade, naquele País, a língua mais falada e utilizada é a Língua Francesa, e percebe-se bem porquê: os seus vizinhos não são Portugueses. São Franceses.
Dito isto, que espécie de Comunidade de Países de Língua Portuguesa é a CPLP? Terá razão de existir? Há quem diga que não. E eu sou uma delas.
Portugal é um país territorialmente pequeno, mas já teve uma ALMA GRANDE. Agora não tem mais. E mais pequeno fica, quando se verga aos interesses dos estrangeiros, porque não tenhamos dúvidas: todos estes países (à excepção da Guiné-Equatorial, que nem sequer é para aqui chamada) são nossos irmãos. São. Mas até entre irmãos deve reinar a máxima: amigos, amigos, negócios à parte, para que o caldo não se entorne. Mas todos eles são fundamentalmente países estrangeiros, livres e autónomos. Com culturas próprias, riquíssimas, bastante diversificadas, incluindo as variantes linguísticas. Algo que cada país deve preservar para si próprio.
E todos, à excePção de Portugal, estão a preservar as suas culturas e a tratar da vida deles.
Portugal é o único que se está nas tintas para a sua Cultura, para a sua Língua e para a sua Identidade.
E eu, como cidadã portuguesa LIVRE, envergonho-me dos governantes que actualmente desgovernam Portugal, sem espinha dorsal. No futuro serão recordados como aqueles que optaram pelo lado errado da História. E isto é muito triste.
Isabel A. Ferreira
Hoje, recordo aqui um texto que publiquei em Outubro de 2016, para que saibam do meu amor pela Língua Portuguesa e do meu grande apreço pela Cultura Brasileira, tão maltratada no Brasil e tão pouco (ou nada) divulgada em Portugal.
Do Brasil, os Portugueses conhecem apenas as novelas, o samba e o futebol. E a isto chama-se pobreza cultural.
De Portugal, os Brasileiros sabem apenas que eram escravocratas e andaram a roubar o ouro do Brasil, que, na verdade, pertencia aos indígenas, os verdadeiros donos daquelas terras. E a isto chama-se descontextualização histórica.
Quando falamos de Língua Inglesa, falamos de que país?
De Inglaterra, obviamente.
Quando falamos de Língua Castelhana, falamos de que país?
De Espanha, evidentemente.
Quando falamos de Língua Francesa, falamos de que país?
De França, claramente.
Ainda que estas três línguas, destes três países, antigos colonizadores, sejam as línguas oficiais de vários países que se tornaram independentes, espalhados pelos cinco continentes.
Teremos alguma dúvida? Não temos, certamente.
E quando falamos de Língua Portuguesa, falamos de que país?
Eu não tenho qualquer dúvida: falamos de Portugal, seguramente.
É que a Língua Portuguesa, tal como as línguas que referi, tem origem na Europa, não tem origem em África, nem nas Américas (do Norte e do Sul), nem na Ásia, nem na Oceânia.
Mas os nossos políticos, mais uns tantos apátridas e outros tantos traidores, dirão sem pestanejar (como já ouvi): quando falamos de Língua Portuguesa, falamos do Brasil, porque no Brasil os falantes são milhões…
São milhões, os falantes? E daí? O que é que isso significa?
Nos EUA, também serão milhões, os falantes, mas quando falamos de Língua Inglesa, falamos de Inglaterra, naturalmente.
Na América do Sul, igualmente serão milhões, os falantes, mas quando falamos de Língua Castelhana, falamos de Espanha, decididamente.
Sempre assim foi e sempre assim será, porque podemos reescrever a História, mas não podemos reescrever a Origem.
Não conhecendo exactamente a negociata obscura que está por trás da tentativa de destruição da Língua Portuguesa, (reparem que eu disse tentativa), mas desconfiando, podemos dizer, sem qualquer margem de dúvida, que a nossa identidade linguística está a sofrer o maior atentado jamais perpetrado contra uma qualquer Língua do mundo, e todos os responsáveis pela governação de Portugal, desde o presidente da República, ao primeiro-ministro, ao presidente da Assembleia da República, passando pelos deputados (e deputadas, deverei dizer assim, à parola?) da Nação, estão-se nas tintas para que se diga que assim como o Hino Nacional é A Portuguesa, a Língua Nacional é a Brasileira, porque é deste modo que o AO90 é designado por aí…
Mas para que não digam que eu tenho algum sentimento menor pela Cultura Brasileira, que estudei como sendo também a minha, deixo aqui uma declaração de amor à Língua Portuguesa, através de um poema que aprendi, era ainda adolescente, e que sempre guardei nas minhas mais gratas memórias, como um dos mais belos poemas do Poemário Brasileiro.
Trata-se da Canção do Exílio, do poeta Gonçalves Dias, expoente do romantismo brasileiro, e que eu venero.
Este é um dos poemas mais conhecidos da Literatura Brasileira. Curiosamente, foi escrito em Julho de 1843, quando Gonçalves Dias se encontrava a estudar em Coimbra, a cidade eleita do meu coração.
A Canção do Exílio, escrita em Português, tornou-se emblemática na cultura brasileira, por aludir à tão saudosa pátria distante… Um sentimento que foi também o meu, quando, no Brasil, suspirava pelo suave murmúrio das águas do rio Mondego, deslizando por entre o arvoredo, no Choupal…
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
***
Unificar o quê?
Para quê?
Com que obscura intenção?
Isabel A. Ferreira
Quando falamos de Língua Inglesa, falamos de que país?
De Inglaterra, obviamente.
Quando falamos de Língua Castelhana, falamos de que país?
De Espanha, evidentemente.
Quando falamos de Língua Francesa, falamos de que país?
De França, claramente.
Ainda que estas três línguas, destes três países, antigos colonizadores, sejam as línguas oficiais de vários países que se tornaram independentes, espalhados pelos cinco continentes.
Teremos alguma dúvida? Não temos, certamente.
E quando falamos de Língua Portuguesa, falamos de que país?
Eu não tenho qualquer dúvida: falamos de Portugal, seguramente.
É que a Língua Portuguesa, tal como as línguas que referi, tem origem na Europa, não tem origem em África, nem nas Américas (do Norte e do Sul), nem na Ásia, nem na Oceânia.
Mas os nossos políticos ignorantes, mais uns tantos apátridas, também ignorantes, e outros tantos traidores, igualmente ignorantes, dirão sem pestanejar (como já ouvi): quando falamos de Língua Portuguesa, falamos do Brasil, porque no Brasil os falantes são milhões…
São milhões, os falantes? E daí? O que é que isso significa?
Nos EUA, também serão milhões, os falantes, mas quando falamos de Língua Inglesa, falamos de Inglaterra, naturalmente.
Na América do Sul, igualmente serão milhões, os falantes, mas quando falamos de Língua Castelhana, falamos de Espanha, decididamente.
Sempre assim foi e sempre assim será, porque podemos reescrever a História (se houver novas fontes que anulem as anteriores), mas não podemos reescrever a Origem.
Não conhecendo exactamente a negociata obscura que está por trás da tentativa de destruição da Língua Portuguesa, (reparem que eu disse tentativa), mas desconfiando, podemos dizer, sem qualquer margem de dúvida, que a nossa identidade linguística está a sofrer o maior atentado jamais perpetrado contra uma qualquer Língua do mundo, e todos os responsáveis pela governação de Portugal, desde o presidente da República, ao primeiro-ministro, e ministros, principalmnte o dos negócios DOS estrangeiros, ao presidente da Assembleia da República, passando pelos deputados (e deputadas, deverei dizer assim, à parola?) da Nação, estão-se nas tintas para que se diga que assim como o Hino Nacional é A Portuguesa, a Língua Nacional é a Brasileira, porque a grafia preconizada pelo AO90 é a grafia brasileira.
Mas para que não digam que eu tenho algum sentimento menor pela Cultura Brasileira, que aprendi como sendo também a minha, deixo aqui uma declaração de amor à Língua Portuguesa, através de um poema que aprendi, era ainda adolescente, e que sempre guardei nas minhas mais gratas memórias, como um dos mais belos poemas do Poemário Brasileiro.
Trata-se da Canção do Exílio, do poeta Gonçalves Dias, expoente do romantismo brasileiro.
Este é um dos poemas mais conhecidos da Literatura brasileira. Curiosamente, foi escrito em Julho de 1843, em Coimbra, a cidade eleita do meu coração.
A Canção do Exílio, escrita em Português, tornou-se emblemática na cultura brasileira, por aludir à tão saudosa pátria distante… um sentimento que foi também o meu, quando, no Brasil, suspirava pelo suave murmúrio das águas do rio Mondego, deslizando por entre o arvoredo, no Choupal…
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
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Unificar o quê?
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Porquê?
Com que (obscura) intenção?
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