Excelente razões, racionais razões, que apenas os cegos mentais não vêem, e que também são as minhas, e que deviam ser as razões de todos os Portugueses que se prezam de o ser; dos que utilizam as palavras como instrumento de trabalho, nas profissões que exercem; e também dos que governam Portugal, para que a Língua Portuguesa retome o lugar que é o dela, por direito, e que lhe foi abusivamente violado por ignorantes e mercenários.
Um texto objectivo, que resume o essencial da argumentação contra a fraude ortográfica, chamada AO90.
(Isabel A. Ferreira)
Por Miguel Mattos Chaves
«Razões contra o Acordo Ortográfico
- A Língua materna é o Português estabelecido ao longo de Séculos, neste sítio do Sudoeste Europeu;
- Esta Língua foi exportada para África, Ásia, Oceânia e América do Sul, a partir dos séculos XIV e XV;
- Foi adoptada como linguagem de comunicação comum, por vários povos;
- Foi tendo uma evolução de vocabulário e de escrita, tanto na origem, como nos povos adoptantes da mesma;
- Com a diáspora foi-se espalhando para outros países e territórios;
- Mas tendo sempre por base... a MATRIZ.
- Fazendo algum paralelismo com a expansão de outras línguas:
(A) O Castelhano expandiu-se, a partir da sua matriz europeia, para a América do Sul e Norte de África;
(B) O Inglês para a Ásia, Oceânia, América do Norte e África, a partir da sua matriz europeia;
- Nenhuma destas línguas é falada e escrita da mesma forma, nos territórios de origem e nos territórios (hoje países) de destino;
- Daí não advém nenhuma questão de comunicação; Não se dificultou, de nenhuma forma, a comunicação entre os vários Povos adoptantes e o Povo da matriz;
- Não há Nenhum Acordo Ortográfico que submeta qualquer das Línguas (Castelhano, Inglês ou Francês) à dimensão de outros territórios onde se adoptou a Língua Mãe;
- Isso não prejudicou, nem prejudica a Língua, nas suas diversas matizes, nem a sua força internacional;
- Todos respeitam os matizes diversos da língua comum e entendem-se bem na sua essência;
- Os EUA têm 300 milhões de habitantes, a Índia 1 bilião, a Inglaterra apenas cerca de 40 milhões, os Escoceses e Galeses cerca de 30 milhões;
- Nem por isso deixam de manter a sua autonomia Linguística;
- Não vejo, à face destes factos, nenhuma razão Teórica ou Prática, para Portugal adoptar (com carácter de Normas Positivas, de cumprimento obrigatório) as nuances da Língua falada e escrita noutras partes do Mundo;
- Não vejo a necessidade de se Desvirtuar a Língua Matriz;
- Por isso, e porque a Língua é um dos factores mais fortes da Identidade Lusíada.
Não vejo a utilidade de se atenuar a identidade de um Povo com 8 séculos de história, em favor de nuances com menos de 300 anos;
- Não vejo qualquer utilidade (a não ser pelo nacional-saloísmo) de adoptarmos um acordo que desvirtua a Língua Matriz do Mundo Lusófono.
Por mim nunca adoptarei a dita "nova" escrita.
Miguel Mattos Chaves»
Fonte:
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