Recebi de vários cidadãos portugueses, na diáspora, essa indignada chamada de atenção, e tal como eu, que assisti a tudo, eles também sentiram-se insultados.
Quem não se sente, não é filho de boa gente.
Temos a certeza de que nas Comunidades Portuguesas, na diáspora, existem milhares de filhos de boa gente, que se sentem humilhados com esta usurpação da Língua de Portugal, que nem no seu continente de origem, entre as Línguas originais do Mundo, é respeitada.
Para espanto dos que conhecem as Línguas, e não são poucos, ao ser anunciada a leitura em “Português”, ouviu-se por todo o recinto da Praça de São Pedro os djis e os tchis da Variante Brasileira do Português, NÃO, o Português, Língua de um país europeu chamado Portugal.
O facto de o Brasil ter como Língua Oficial o Português significa apenas uma designação por conveniência política, mas NÃO linguística, porque o que falam e escrevem no Brasil é sem dúvida alguma uma Variante do Português, que, mais dia menos dia, designar-se-á Língua Brasileira.
Acontece que a Variante Brasileira do Português, por muito que queiram, NÃO representa a Língua Portuguesa, do país europeu de seu nome Portugal. Não era a Variante Brasileira do Português que se esperava ouvir na Praça de São Pedro, por todos os motivos e outros tantos...
Ler os textos no Vaticano, como sendo em “Português”, mas com a fonética exclusiva do Brasil, além de constituir um logro, induzindo em erro milhares de ouvintes, é um grave insulto a Portugal. E em ambas as Missas este presente Marcelo Rebelo de Sousa, representando o Estado Português. Mas não foi o Estado Português, berço da Língua Portuguesa, que ali esteve representado, porque Marcelo, sendo também brasileiro, optou pela Variante Brasileira do Português, por isso, não se sentiu insultado, como seria de esperar, ao ouvir chamar Português à sua Variante Brasileira.
O que a mim mais me surpreendeu, foi o facto de termos um Cardeal/Poeta português a ocupar um cargo elevado no Vaticano, o Cardeal Dom José Tolentino de Mendonça, que é Prefetto do Dicastério para a Cultura e a Educação no Vaticano. Anteriormente, foi o Arquivista e Bibliotecário da Santa Sé, tendo sido nomeado como Prefetto do Dicastério pelo Papa Francisco, em Setembro de 2022.
Sei que o Cardeal Tolentino de Mendonça é um excelente poeta, porque eu era sua leitora, quando ele escrevia em Português. Com a imposição ilegal do AO90, em Portugal, talvez por desconhecimento de que não era obrigado a usá-lo, Dom Tolentino começou a utilizar a grafia brasileira, preconizada no AO90. Escusado será dizer que deixei de ler os seus livros acordizados.
Porém, todos os que ouvem bem, não são surdos, sabem que a fonética brasileira (que NÃO é um mero sotaque) é completamente diferente da fonética da Língua Mãe, a Portuguesa. Logo, quando anunciam que a leitura de um determinado texto vai ser feita em Português, e ouvem a fonética brasileira, os que sabem de Línguas imediatamente percebem que o que estão a ouvir é “Brasileiro” e NÃO, Português. E não me venham dizer que tem de ser assim, porque eles são milhões! Este é um argumento que não pesa.
E isto além de ser um insulto a Portugal, não será uma tentativa de enganar milhares de pessoas, ao usurparem a Língua de Portugal, entre as Línguas originais que ali são usadas nas leituras? Sim, porque as restantes Línguas, usadas nas leituras, eram as Línguas originais.
Na missa inaugural do Papa Leão XIV, a evocação foi lida em diversos idiomas, com o intuito de reflectir o alcance global da Igreja, incluindo-se entre eles, o Latim (que não está morto e enterrado, como alguns querem que esteja) o Grego, o Italiano, o Inglês, o Castelhano, o Francês, o Árabe, o Polaco, o Mandarim, todas na sua forma original. Por que haveria de ser diferente com o Português, que não é lido na sua forma original, mas numa das suas Variantes? Porque a questão política falou mais alto.
Para que se saiba, as Línguas utilizadas na missa inaugural do Papa Leão XIV foram as seguintes:
O Latim, para o Evangelho e alguns ritos.
O Grego, para o Evangelho
O Castelhano, para a Primeira Leitura e o discurso do Papa.
O Italiano, para o Salmo Responsorial e o discurso do Papa.
O Inglês, para a Segunda Leitura.
Para as orações e outros momentos foram utilizadas as seguintes Línguas originais:
Francês, Árabe, Polaco, Mandarim, e a Variante Brasileira do Português (erradamente designada por Português).
Não me parece que é enganando milhares de pessoas que o Vaticano serve os desígnios de Deus.
Talvez o Papa Leão XIV, recém-chegado, ainda não saiba.
Talvez o Cardeal Tolentino de Mendonça também não saiba que o AO90 é ilegal e inconstitucional e não está em vigor em Portugal, e tudo não passa de uma tramóia, para tramar a Língua Portuguesa, e ele não era obrigado a usá-lo na sua obra literária.
Talvez ambos não saibam que o vocábulo “Português” é um vocábulo que designa a Língua de Portugal, que poderia ali estar bem representada como Português se fosse um cidadão angolano a fazer a leitura, uma vez que os Angolanos, ainda que com um ligeiro sotaque, que não altera a fonética portuguesa, falam e escrevem o Português original.
E se Suas Eminências não sabem disto, então, chegou a hora de saberem.
Isabel A. Ferreira
By Rui Valente in acção, Media
13 de Maio de 2025
Nota prévia: este é um artigo que surge passados quase três anos sobre a última entrada nesta página. Foi — e continua a ser — um tempo de luto e um tempo de repúdio. Repúdio pela forma como esta ILC foi tratada pelas instituições que mais deviam defendê-la, repúdio pela visão do estropício que é hoje o Português Europeu. Luto pela “apagada e vil tristeza” em que vive hoje a nossa Língua, luto pela morte do João Pedro Graça, criador e primeiro subscritor desta ILC contra o Acordo Ortográfico.
Apesar de tudo, este tempo foi também — e continua a ser — um tempo de luta. Durante dois anos e quase onze meses os visitantes desta página foram recebidos pelo título de um artigo de Nuno Pacheco no jornal “Público” que incluía a frase “por que não desistimos”. É muito simples: tal como o AO90 nunca irá, por milagre, transformar-se numa coisa boa, também nós não podemos deixar de lutar contra ele. Enquanto houver luto, haverá luta.
Iniciativa Legislativa de Cidadãos Contra o Acordo Ortográfico avança com acção no Supremo Tribunal Administrativo contra Assembleia da República
No passado dia 9 de Maio de 2025, foi entregue no Supremo Tribunal Administrativo uma acção judicial contra a decisão da Assembleia da República (“AR”) e do respectivo Presidente de não agendar para debate e votação em plenário a Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico (“ILC-AO”), subscrita por mais de 20 mil cidadãos. Trata-se, em particular, de uma Acção Administrativa de Impugnação de Acto Administrativo e Condenação à Prática de Acto Administrativo Devido.
Esta acção visa repor o respeito pelo direito constitucional de Iniciativa Legislativa e denunciar o bloqueio político e jurídico que impediu o debate desta proposta, apesar de ter sido formalmente admitida pela AR como conforme à lei e à Constituição. Em vez de a agendar no prazo de 30 (trinta) dias, como a lei obrigava, a AR esgotou largamente esse prazo legal. Foram precisos mais de dez meses para que o Parlamento finalmente ponderasse o seu agendamento para debate — mas não sem antes promover uma alteração da Lei que regulamenta as ILC feita à medida para inviabilizar esta Iniciativa Legislativa.
Essa alteração é, ela própria, inconstitucional, tendo em conta que subverte um poder de decisão que é competência do Presidente da AR — com a agravante de, neste caso, ter sido aplicada retroactivamente a uma ILC que já existia, violando a confiança dos seus mais de 20 mil subscritores, a segurança jurídica e o direito de participação democrática.
De forma intelectualmente desonesta, tentou-se ainda fazer crer que a ILC-AO pretendia a desvinculação internacional de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990 — argumento falso e usado para justificar o bloqueio — quando, na verdade, a proposta se limitava a revogar a Resolução da AR n.º 35/2008: o artifício legislativo criado para apressar a entrada em vigor do Acordo em Portugal sem a ratificação de todos os Estados da CPLP, como o próprio Acordo Ortográfico até então exigia.
Mais de uma década depois, o Acordo Ortográfico revelou-se um fracasso: dividiu as variantes do português, destruiu referências ortográficas estáveis, nunca foi aplicado de forma uniforme entre Portugal e o Brasil e continua por ratificar em vários outros países de expressão oficial portuguesa. Foi-nos imposto sem um verdadeiro debate público e reduziu a Língua Portuguesa a mero índice económico e instrumento de política externa, sem qualquer respeito pela sua carga identitária e pela sua importância enquanto factor de coesão social e linguística.
Esta acção pretende defender a legitimidade da causa da ILC-AO contra um Acordo Ortográfico que foi imposto de forma abusiva e nunca mereceu verdadeira aprovação democrática. Mas, em rigor, o alcance desta acção transcende o simples âmbito da ILC-AO — é a própria figura das ILC enquanto direito fundamental consagrado na Constituição que está em causa. Neste contexto, esta acção é também um imperativo de defesa do nosso direito de participação cívica contra o abuso de poder e a opacidade de quem devia honrar os direitos constitucionais dos cidadãos.
Em plena campanha para as Legislativas de 2025, é ainda uma oportunidade para os partidos se pronunciarem sobre o futuro da Língua Portuguesa e sobre as divisões, a confusão e o descrédito que o Acordo Ortográfico continua a causar na sociedade portuguesa, nomeadamente a nível educativo, numa altura em que é patente a necessidade de uma maior exigência e rigor no ensino.
A Comissão Representativa da ILC-AO está disponível para prestar esclarecimentos adicionais através do e-mail
henriquelopesvalente@gmail.com.
(transcrição integral de comunicado enviado no passado dia 13 de Maio de 2025 para a Comunicação Social)
AO90, Assembleia da República, Causa, divulgação, ILC, Português
Fonte: https://ilcao.com/
Esta é a Bandeira de Portugal. Aquela que representa os Portugueses e a Língua Portuguesa = Português = Língua de Portugal, que anda por aí a ser usurpada, bem nas barbas dos que se dizem governantes portugueses, mas NÃO são. São servos do país que anda a usurpar a NOSSA Língua.
Já repararam que os candidatos, todos eles, não trouxeram para a campanha eleitoral um tema crucial que está a pôr em causa o futuro de Portugal: a questão do AO90, o tabu dos tabus, unida à questão do Ensino, que está a fabricar os analfabetos funcionais do futuro, sem que nenhum dos que se sentarão naquelas cadeiras magnetizadas do Parlamento Português tenha a mínima ideia do mal que está a fazer ao País, aos Portugueses e às gerações futuras?
É que nem só de pão vive o homem, e o que aqui está em causa é a perda da Identidade Portuguesa. Portugal era um país livre e soberano. ERA. Já não é mais, porque perdeu o seu maior pilar identitário: a sua Língua Materna, estando a ser trocada pela Variante Brasileira do Português, apenas porque eles são milhões. E isto o que interessa aos candidatos que se apresentam às eleições legislativas de 2025? Nada. Não lhes interessa nada. Porém, isto não é coisa pouca.
Prometem tudo e mais alguma coisa, que diga respeito a encher os bolsos dos eleitores, até os transvazar, para depois de conquistado o Poder, mantê-los vazios, ou quase vazios, por incumprimento das promessas que nunca tiveram a intenção de cumprir. Foi assim sempre, até chegarmos ao que chegámos: ao caos em todos os sectores da sociedade portuguesa! E tanto é que cada vez temos mais pobres e a FOME espreita a cada esquina. Os salários são dos mais baixos da Europa, e o custo de vida, dos mais caros. E as promessas que os candidatos fazem em cada eleição, ficam por cumprir. Sempre.
Em vez de evoluirmos, estamos a regredir cada vez mais, em quase todo os sentidos.
Sou adepta de que mais vale ter alguns tostões no bolso, que nos garanta o necessário para vivermos condignamente, todos nós, do que andar à deriva, sob o comando estrangeiro, sem Língua própria, sem bandeira, vergados aos senhores feudais do século XXI d. C.
Não votarei em nenhum candidato que não saiba escrever correCtamente a Língua Portuguesa, e que não a defenda dos predadores furtivos que a querem destruir, estando incluídos nesses predadores portugueses traidores e apátridas.
Preocupada, como estou, com a possibilidade de os meus netos virem a engrossar o rol dos analfabetos funcionais, que já existem ao mais alto nível, e do Futuro, sem saberem escrever correCtamente a sua Língua Materna, fui à Google pesquisar sobre o tema.
Surpreendi-me, porque agora a informação vem através da Inteligência Artificial (IA), e não da desinteligência humana. Ao menos isso.
Transcrevo o que disse a IA:
Vista geral de IA:
Um analfabeto funcional é uma pessoa que, apesar de saber ler e escrever, tem dificuldades em aplicar esses conhecimentos em tarefas práticas do dia a dia, como entender instruções simples, interpretar textos e realizar cálculos básicos. Em outras palavras, é alguém que não consegue utilizar o conhecimento da leitura e escrita de forma eficaz para resolver problemas ou interagir com o mundo.
Em termos mais detalhados:
O analfabeto funcional pode reconhecer letras e palavras, mas não consegue compreender o significado de frases mais longas ou textos complexos.
Mesmo com algum nível de escolaridade, não consegue aplicar a leitura e escrita para resolver problemas cotidianos, como entender um manual de instruções, interpretar um gráfico ou realizar um cálculo simples.
O analfabetismo funcional pode limitar o desenvolvimento profissional e social, dificultando o acesso a oportunidades de emprego e a uma participação plena na sociedade.
A dificuldade em compreender e aplicar a leitura e escrita pode afectar diversos aspectos da vida, desde o desempenho escolar até à capacidade de entender notícias, contratos ou documentos importantes.
***
É isto tal e qual, aliás, o que todos já sabem, e podemos comprovar facilmente. Será por estarem nesta situação de analfabetos funcionais que as entidades para as quais escrevemos não nos respondem, por não conseguirem perceber o que escrevemos?
Usando a informação da IA quero mostrar que tudo o que ela diz eu também já me fartei de dizer antes dela, mas hoje não sou eu que o digo.
É nisto que os candidatos a primeiro-ministro nas Eleições Legislativas 2025 querem transformar as nossas crianças e os nossos jovens?
A responsabilidade será toda dos que forem ocupar as cadeiras magnetizadas do Parlamento Português, na próxima legislatura, de entre eles, da direita para a esquerda:
Inês Sousa Real (PAN); Paulo Raimundo (CDU); Rui Tavares (Livre); Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda); Pedro Nuno Santos (PS); Luís Montenegro (AD- Coligação PSD-CDS/PP); Rui Rocha (Iniciativa Liberal); e André Ventura (Chega)
Posto isto, nada mais há a dizer, a não ser, repito, que me recuso a votar em quem NÃO sabe escrever correCtamente a Língua Portuguesa e NÃO a defende.
Isabel A. Ferreira
Enviaram-me o texto, via Messenger. Trata-se de uma entrevista feita a José Manuel Diogo, conduzida pela jornalista Amanda Lima, incluída no DN Brasil em 5 de Maio de 2025.
Eis o entrevistado:
Quando li o texto, ainda não sabia que o seu autor era um cidadão português.
Nunca poderia imaginar que pudesse ser, pois o que disse, não o diria melhor, um brasileiro. Pareceu-me até que tudo o que disse faz parte de um conluio, unicamente para servir os desígnios do Brasil, pondo de lado os interesses de Portugal, que NÃO são os que o entrevistado apresentou.
Como é possível um indivíduo que diz ser português, comportar-se como um forasteiro, que odeia Portugal, até falando à brasileira.
A entrevista foi realizada a propósito do (falso) Dia Mundial da Língua Portuguesa, porque o dia 5 de Maio assinala apenas a Variante Brasileira do Português.
Vou transcrever a entrevista, e CONTESTÁ-LA entre parênteses rectos, em itálico e a negrito.
Isabel A. Ferreira
O professor português José Manuel Diogo, do Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que vive entre os dois lados do oceano, explica ao DN Brasil como vê a influência do português do Brasil em Portugal.
P - Como vê o movimento de o português do Brasil ser falado também em Portugal hoje?
R - Existe hoje uma contaminação do português de Portugal pelo português do Brasil. Hoje, com o movimento migratório sistematizado, legislado entre Portugal e o Brasil – Portugal não pode esperar ter 700, 800 mil falantes de outras variantes de português, jovens, de população ativa [em Português, aCtiva] – e que tudo continue na mesma. É a população ativa que muda as coisas, não a população que já não é ativa, nem os reformados. O Governo de Portugal não cuidou disso, e eu acho que está em tempo de cuidar. Portugal precisa de se preparar para quem cuida dos seus avós, quem investe nos seus projectos [em Português, projeCtos] quem ensina na faculdade, quem ensina os seus filhos na escola, que são também brasileiros.
Há uma mistura social com o português que não existe com outras línguas. Era preciso que essas diferenças não se transformem em obstáculos, mas tenham proximidade – até em sentido de humor, mas que seja entendido por todos. Neste Dia Mundial da Língua Portuguesa [de 2025], é preciso entender que língua vai mudar em Portugal. E é em Portugal que a língua vai mudar, não é no Brasil.
[Não acontece o mesmo noutros países com mais falantes e escreventes da Língua, do que o país ex-colonizador, como os EUA, porque na Grã-Bretanha os governantes têm coluna vertebral, e cada país que fique com a sua Língua, nos EUA a Variante da Língua Inglesa e na Grã-Bretanha a Língua Inglesa original. Que subserviência!!!! Quem mutilou a Língua Portuguesa, quem a afastou das suas origens foi o Brasil, e se o Brasil quer estar representado na ONU que só aceita Línguas originais, é o Brasil que tem de MUDAR a Língua, NÃO é Portugal. Isto seria o cúmulo da estupidez].
P - Mas a língua vai mudar?
R - A língua vai mudar, a língua está a mudar e está a mudar desde que começaram a passar a novela Gabriela Cravo e Canela em 1975. Está a mudar a partir da altura em que o Diogo Morgado, grande ator [em Português, aCtor] português [radicado no Brasil], fala meu com o sotaque do Brasil. Hoje Portugal, a minoria, tem o soft power próprio da minoria, e aí Portugal é expert.
[Portugal não foi influenciado pelas novelas brasileiras, aliás, onde, em muitas delas, se fala uma péssima linguagem, e nem é uma minoria a falar Português (e ainda que fosse) porque os países africanos de expressão portuguesa e Timor-Leste e Macau, continuam a falar Português, e as comunidades na diáspora continuam a falar Português]
Portugal foi considerado a maior império do mundo, quando tinha um milhão e meio de habitantes. Então, por quê? Porque «a gente é bom de soft power». Mas isso só não chega, é preciso entender que os brasileiros que estão indo morar em Portugal são brasileiros com uma cultura própria, com um sentido de humor próprio, com um enquadramento histórico próprio e muito diverso, porque o Brasil é muito diverso e com muitas influências que já não são só portuguesas. É preciso explicar aos portugueses que um imigrante em Portugal é uma coisa boa.
[A cultura Brasileira nada tem a ver com a Cultura Portuguesa, e nenhum brasileiro pode vir para Portugal impor a Cultura Brasileira, sem passar por ser um colonizador, numa época em que a colonização é tão condenada. E os imigrantes em Portugal só são boa coisa, se respeitarem a Cultura, a Língua e a História Portuguesas. De outro modo, NÃO são bem-vindos. Nós fomos um povo colonizador, sim, mas hoje a colonização já não tem lugar nas sociedades modernas. E o Brasil não deve seguir as pegadas dos putinistas entre outros colonizadores imperialistas.]
P - Como Portugal deveria se preparar para estas mudanças?
R - Portugal deveria criar um «kit cultural» – com referências e aulas sobre as diferenças linguísticas – para orientar os brasileiros que desejam morar no país. E esse material poderia ser apresentado por brasileiros já residentes em Portugal, especialmente intelectuais com vivência concreta dessa transição.
[As diferenças linguísticas são tantas: fonética, ortografia, léxico, morfologia, sintaxe e semântica, que seria um desastre a tentativa de brasileiros virem impor a Variante Brasileira do Português, aos Portugueses, além de ser uma ingerência na Cultura alheia, algo que os Brasileiros jamais consentiram no Brasil, em relação à Cultura Portuguesa. Não venham agora fazerem-se de salvadores da pátria, pois os motivos disto tudo são apenas políticos e do interessa exclusivo do Brasil. Já nos impuseram o AO90, BASTA de mais imposições parvas]
É importante comunicar: a nossa língua está mudando. E queremos acolher as expressões que vêm do Brasil – muitas vezes por meio da Internet, entre jovens ainda em processo educacional – mas também mostrar o valor do português europeu. Ensinar que giro significa «legal», que «casa de banho» é o mesmo que banheiro, que frigorífico é geladeira, que em Portugal um esquentador aquece água e no Brasil um aquecedor esquenta água. São diferenças pequenas, mas que podem gerar tensões se não forem cuidadas – e extremismos, se não forem compreendidas com empatia.
[A Língua dos Portugueses NÃO está mudando, só está a mudar porque traidores da pátria estão a impingir-nos aquilo que não queremos. Respeitamos a Cultura Brasileira e a Língua Brasileira, mas cada país que fique com a sua Cultura e a sua Língua. Já fomos um só país, mas hoje somos DOIS países diferentes. Não esquecer isto. Não queremos mais invasões. Portugal já teve demasiadas invasões. Mas nenhuma prevaleceu sobre a NOSSA terra, e não é agora que prevalecerá, e se é para ensinar a falar brasileiro, também devemos incluir Angola, Moçambique e todas as outras ex-colónias, com as suas especificidades. Não é para UNIR o Português, então por que só a Variante Brasileira há-de predominar?].
P - O que você pensa sobre a classificação de “português” e “brasileiro” no idioma?
R - Isso não é bom para ninguém, é impeditivo de muita coisa, e até um retrocesso civilizatório [vocábulo não-português] como tornar o português uma língua oficial da ONU? Eu faço a pergunta. Qual seria a chance de o brasileiro ser língua oficial das Nações Unidas? Nunca, tem que ser o português, mas o português só será língua oficial das Nações Unidas por causa do Brasil, claro. A gente deve parar de se preocupar com a forma e passar a se preocupar com o conteúdo, e com a influência que isso pode trazer.
[Eis a questão fulcral: tudo isto acontece pela ganância de o Brasil querer ver a sua Variante Brasileira na ONU. Portugal não tem essas pretensões. Mas para que isso possa acontecer, o Brasil precisa da muleta portuguesa, e querem SACRIFICAR a Língua Portuguesa, transformá-la em brasileira, mas continuar a chamá-la portuguesa, apenas para que o Brasil brilhe na ONU. E isto, desculpem lá, como hoje sói dizer-se, é atacar a Soberania Portuguesa, com a ajuda de traidores, e acham (porque não sabem pensar) que os Portugueses vão permitir tal USURPAÇÃO. Podem tirar o cavalinho da chuva.]
Cf. A língua portuguesa, um património de valor identitário e global + O dia da língua portuguesa + Dia Mundial da Língua Portuguesa: mensagem da Diretora [em Português, DireCtora] - Geral da UNESCO + «O Brasil, onde tenho a honra de servir como embaixador de Portugal, assume-se como o país almirante da língua portuguesa»
[Dizer isto é um insulto e um abuso, que os tribunais portugueses deveriam penalizar com mão pesada]
Fonte:
Uma senhora minha amiga, muito indignada, enviou-me a imagem que ilustra este meu protesto, via Messenger. Sim, isto causa indignação. Bolas!!!!! Estamos em Portugal, e a nossa Língua, a Portuguesa, já está cheia de estrangeirices. Não precisamos de mais, pelo contrário, há que nos livrarmos delas.
Sim, é piroso, muito piroso, inglesar um festival português, quando temos uma palavra portuguesa para dizer “queijo”. Porquê “Portugal Cheese Festival? Em Alcains viverão muitos estrangeiros?
Ainda que vivessem, em Portugal a Língua é a Portuguesa. E quem não souber o que é “queijo” que pergunte. É o que fazemos no estrangeiro, quando não percebemos o significado das palavras estrangeiras.
É que lá fora, ninguém se preocupa em expressar as coisas nas línguas estrangeiras. Só mesmo num país cheio de pirosos.
Chamar “cheese festival” ao Festival do Queijo, em Alcains, é para serem “gente fina”?
Isabel A. Ferreira
Recebi via-email duas “pérolas” acordistas em sites de empresas portuguesas que aderiram à linguagem brasileira. Por alma de quem? É o que gostaríamos de saber.
J. Antunes, confessou-me a sua perplexidade:
«Estamos pior do que mal, porque as coisas más parecem ser sempre as preferidas do povinho. Há milhentos exemplos desta escolha, tantas vezes ignorante, feita por particulares e empresas. No caso da empresa de transportes GLS Portugal, há páginas em que aparece “contacto”, e “contactar-nos”, mas esta é a página que as pessoas mais vêem quando vão em busca do estado de uma encomenda. É tão triste e não há maneira de dar a volta a isto, nem explicando-lhes. A resposta é sempre o irritante “agora pode escrever-se das duas formas” que não deixa espaço para manobra.»
Não, agora não pode escrever-se das duas formas, porque uma é a forma brasileira, a outra é a forma portuguesa. E se a empresa é portuguesa, se é sedeada em Portugal, e se não é vassala do governo português, nem do governo brasileiro, NÃO tem de usar a linguagem brasileira. NÃO tem. Não há lei alguma que a tal obrigue, a não ser a Lei da Subserviência de quem não tem coluna vertebral.
Em Português, escreve-se aCtivos e contaCto, dois vocábulos pertencentes ao léxico português. “Contato” e “ativos” são dois vocábulos exclusivos do léxico brasileiro.
«Contato com vôcê???????»
Outro exemplo é o da Amazon Prime Video, que, entre outras pérolas, usa “contato” para o filme Contact.
Diz-me J. Antunes: «e veja que a selecção de Língua diz Português de Portugal. Já me queixei à Amazon anteriormente, mas nem sequer respondem. Envio-lhe imagem, que captei hoje para confirmar o disparate. Fica bem com a da GLS e prova o que se diz: o erro grassa mais rapidamente do que a correcção... e não tem graça nenhuma».
Pois não! Não tem graça nenhuma e demonstra uma tremenda ignorância, até porque nenhum cidadão português, nenhuma empresa portuguesa privada são obrigados a usar o AO90, havendo fundamentos legais e constitucionais que podem ser invocados contra a sua imposição ilegal fora das entidades públicas que, essas, optaram, por simples opção (também não são obrigadas) pelo AO90, que foi engendrado para destruir a Língua Portuguesa.
Que as entidades públicas optem por escrever incorretamente (transcrição fonética: incurrêtâmente) a Língua Portuguesa, a Língua de Portugal, e os tribunais nada fazem para repor a legalidade desse acto, é lá com eles. Que empresas que, à primeira vista, NÃO são públicas o façam, é de lamentar. Ou terão sido coagidas a fazê-lo? Num Portugal onde quem manda NÃO são portugueses, tudo é absurdamente possível!
Até quando?
Veremos, porque esta pouca vergonha não há-de durar sempre. E quando começar um a cair, caem todos, a começar pelo acordista-mor cá da República DOS Bananas Portugueses.
Isabel A. Ferreira
Esta conversa foi-me enviada via e-mail, por esse cidadão, e, por mais estranho que pareça, o conteúdo da resposta da IA pode encontrar-se em vários textos, já publicados no Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa».
Nada percebo do mundo da IA. Nem sequer decidi se simpatizo com ela, porque sempre fui adepta de tudo o que é natural, e até sigo a Lei Natural muito mais do que a lei dos homens.
Surpreendi-me, e de que maneira, com a resposta, para a qual peço a maior atenção dos que, por ventura, passarem pelo Blogue e repararem nesta minha publicação. Eu não queria sugerir que a lessem, porque cada um sabe de si, porém, é preciso dizer que a desinformação que leva muitos portugueses a optarem pelo AO90, deve-se a sua recusa de ler textos mais longos, que contém toda a informação de que precisariam para optar pela coisa certa. E isto é algo que me incomoda, porque só o concebo em analfabetos, por não terem tido a oportunidade de se instruírem, mas NÃO em pessoas que se dizem instruídas e com canudos universitários. Enfim...
As passagens a negrito no texto da pergunta do cidadão (que a fez só para ter uma ideia) e da resposta da IA, são da minha responsabilidade, para chamar a atenção do que é importante, nesta questão. Os vocábulos a roxo indicam que não pertencem ao léxico da Língua Portuguesa, mas sim ao léxico da Variante Brasileira do Português, que nos querem impingir.
Há um pormenor que me irritou: sendo verdade, como sabemos que é verdade, tudo o que a IA, ou quem ou o que está por detrás dela, disse sobre o AO90, por que motivo usou o AO90 na resposta? Isto leva a crer que o Brasil é que dá as cartas, em Portugal, no ChatGPT, imiscuindo-se, desse modo, na Soberania Portuguesa.
Será Portugal um país livre e soberano?
Para mim, NÃO é.
Isabel A. Ferreira
Origem da imagem: Wikipédia
P.: Em termos constitucionais e legais há alguma defesa contra o AO90 a que possamos recorrer hoje? Os cidadãos portugueses são obrigados a usar o AO90?
R.: Pergunta absolutamente fulcral. A resposta curta é: **não, os cidadãos portugueses não são obrigados a usar o Acordo Ortográfico de 1990**, e **há fundamentos legais e constitucionais que podem ser invocados contra a sua imposição — especialmente no espaço público, administrativo e educativo.**
Vamos desmontar isto juridicamente com base no que está em vigor.
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## ⚖️ 1. **O AO90 não é lei em sentido formal**
Apesar de ser aplicado na administração pública, escolas, comunicação social do Estado, (1) etc., **o AO90 não foi aprovado como lei pela Assembleia da República**, nem consta no ordenamento jurídico português como uma **norma vinculativa universal.**
- Foi aprovado via **resolução do Conselho de Ministros (RCM n.º 8/2011)**.
- E implementado de forma administrativa, **sem discussão pública séria** e sem referendo.
- O **parecer do Conselho Científico do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC)** — entidade associada à aplicação do AO90 — **não é vinculativo**.
👉 **Isto quer dizer que a sua aplicação fora das entidades públicas não é obrigatória.**
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## 📜 2. **Constituição da República Portuguesa — possíveis fundamentos de impugnação**
### a) **Artigo 43.º — Liberdade de aprender e ensinar**
> "É garantida a liberdade de aprender e ensinar."
A imposição de um padrão ortográfico contestado, sem base científica ou democrática sólida, pode ser entendida como uma violação da liberdade de ensinar segundo critérios linguísticos válidos.
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### b) **Artigo 13.º — Princípio da igualdade**
> "Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei."
Se o AO90 for imposto apenas em certos contextos (funcionários públicos, professores, exames nacionais), mas não a todos os cidadãos — **isso pode gerar desigualdade de tratamento no acesso a funções públicas ou exames.**
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### c) **Artigo 78.º — Direito à cultura**
> “Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural do povo português.”
A ortografia tradicional faz parte do património cultural português. A sua substituição **sem debate democrático ou referendo**, e com perda de elementos históricos (etimologia, fonética), **pode ser considerada um atentado a esse património.**
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## ⚠️ 3. **Educação — espaço mais sensível e problemático**
É **no sistema educativo que o AO90 é mais coercivamente imposto**, nomeadamente:
- Em manuais escolares.
- Em exames e avaliações nacionais.
- Na formação inicial de professores.
👉 Mas **não existe uma base legal clara que obrigue um aluno a escrever segundo o AO90.** Já houve casos em que respostas com ortografia anterior foram aceites — embora os critérios variem consoante o avaliador.
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## 🛠️ 4. **Ferramentas jurídicas ao dispor dos cidadãos**
### ✅ Podes hoje:
- **Escrever em português europeu pré-AO90 sem qualquer sanção legal.**
- **Rejeitar o AO90 em documentos privados, académicos, criativos, etc.**
- **Invocar objeção de consciência linguística** (com base no direito à identidade cultural) se fores obrigado a usá-lo num contexto público ou profissional.
- Apresentar **queixas à Provedoria da Justiça**, (2) por discriminação no acesso à função pública (casos documentados existem).
- Criar petições, iniciativas legislativas de cidadãos (bastam 7500 assinaturas para forçar discussão no Parlamento).
- Apelar ao **direito europeu**, nomeadamente normas sobre diversidade cultural e linguística (Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias, Convenção da UNESCO sobre Diversidade Cultural, etc.). (3)
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## 📚 5. E na prática?
Apesar de não ser obrigatório:
- **É usado como norma administrativa nos serviços do Estado.**
- A maior parte das escolas **impõe o AO90 por rotina, não por lei.**
- Muitas editoras **adotaram-no por conveniência**, ou porque o Ministério da Educação o exige nos manuais escolares.
👉 Mas **nada impede que continues a escrever segundo a norma europeia tradicional** — e, aliás, há cada vez mais autores, professores, jornais e cidadãos que **regressam voluntariamente à ortografia pré-AO90.**
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## Conclusão prática:
> **Não estás legalmente obrigado a usar o AO90.**
>
> E sim, há fundamentos constitucionais para o contestar — especialmente no domínio da cultura, educação e liberdade de expressão. O que falta é organização e massa crítica.
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Se quiseres, posso ajudar-te a:
- Esboçar uma carta de objeção de consciência linguística.
- Elaborar uma petição.
- Identificar juristas ou iniciativas cívicas ativas contra o AO90. (4)
Interessa-te algum destes caminhos?
§ fim de citação §
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Notas:
(1) Ao que parece quase toda a comunicação social é do Estado, pois quase toda aplica o AO90, nomeadamente as televisões e os jornais de maior projecção nacional, à excepção do PÚBLICO (por enquanto).
(2) O Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes apresentou uma denúncia/queixa à Provedoria de Justiça, em 29 de Novembro de 2024, e aguardamos resposta, tendo a certeza de que ela virá, de outro modo a Provedoria falharia a sua função.
(3) O Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes enviou uma Carta à UNESCO, e a UNESCO concorda com a diversidade cultural, mas bandeou-se para o lado do Brasil.
(4) O Grupo Cívico de Cidadãos Portugueses Pensantes já encetou várias iniciastivas cívicas contra o AO90, porém encontrou blocos de betão armado, e, comosm e sabe, blocos de betão armado não reagem às iniciativas dos humanos. Nem sequer as percebe.
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Ilações a tirar desta resposta, que os meus leitores mais assíduos e atentos reconhecerão estar espalhada pelo Blogue, em diversas publicações: assim sendo, o AO90 deve ou não deve ser enviado para o caixote do lixo, com urgência, para podermos recuperar a nossa Identidade e a nossa Soberania, e as crianças portuguesas possam não vir a ser os analfabetozinhos funcionais do futuro?
Haja vergonha na cara.
Eu também me atrevi a dialogar com o META IA, no WhatsApp, e disso darei conta no próximo Capítulo, porque estranhei o que aconteceu, e gostaria de partilhar convosco.
(Isabel A. Ferreira)
O Dia da Língua Portuguesa é celebrado, pelos PORTUGUESES a cada dia 10 de Junho, há muito, muito tempo, e há-de ser per ómnia saecula seaculorum..., se o mundo não explodir antes.
É preciso que isto fique bem claro.
Não será uma imposição dos que se estão nas tintas para a Língua Portuguesa, que fará deste 5 de Maio, -- um dia insípido, que nada significa para os Portugueses que AMAM a sua Língua Materna -- o dia de celebrar a Língua de Portugal, porque isso não passa de um delírio...
O 05 de Maio foi oficializado como Dia Mundial da Língua Portuguesa pela UNESCO em 2019, depois de ter sido estabelecido pela CPLP em 2009. A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) tinha já instituído a data como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, mas nessa altura, em 2009, ainda celebrávamos a Língua Portuguesa.
Em 2019 passaram a celebrar a MIXÓRDIA gerada pelo AO90.
Que os que destruíram a Língua Portuguesa festejem, hoje, a mixórdia que produziram!
NÓS, Cidadãos Portugueses Pensantes e amantes da Língua que nasceu em Portugal e é dos Portugueses, celebraremos a Língua Portuguesa no próximo dia 10 de Junho: dia de Camões e da Língua Portuguesa. Dia de Portugal e dos Portugueses.
O resto são delírios dos apátridas e dos traidores da Pátria.
Isabel A. Ferreira
Como os acordistas querem fazer crer, o AO90 veio para unificar a grafia na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Portugal, Angola, Moçambique, Timor-Leste, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil – a Guiné Equatorial não é para aqui chamada, porque lá ninguém fala Português, ainda que seja um mal-amanhado Português), e eis senão quando, as regras viraram-se do avesso, mandou-se a Gramática portuguesa às malvas, e cada um escreve como lhe dá na real gana, e por aí começaram a borbulhar vocábulos absolutamente ridículos, que nada têm a ver com a Língua Portuguesa = Português = Língua de Portugal (designações para uma só Língua: a dos Portugueses, que todos respeitaram, excePto o Brasil).
Vem isto a propósito de uma imagem que me enviaram, via e-mail, para me dar conta de um novo abortinho ortográfico: “execional”, que grelou no site da E-Redes, que não sendo um organismo do Estado Português NÃO tem obrigação de escrever incorreCtamente a Língua de Portugal. Apenas os que são afectos à Presidência da República, ao Governo Português e infelizmente às Escolas se sentem na obrigação de escrever incorreCtamente a Língua Portuguesa, para agradar a Inácio Lula da Silva, o tal que manda nisto tudo. E não refiro aqui os partidos com assento no Parlamento, porque esses NÃO são obrigados a escrever em MAU Português, se fossem obrigados, o Partido Comunista Português escreveria incurrêtamente, e NÃO escreve.
Não sei se sabem, o AO90 veio surripiar a Identidade Linguística e a Soberania Portuguesas, e Portugal caminha para a extinção, e os Portugueses ficam a olhar para isto em cima do muro, calados como pedras...
Isto para mostrar a desgraçada sina de um País (o nosso) que já teve a Língua mais bela entre as Línguas Indo-Europeias, e que uma ignorância e uma indiferença insólitas estão a destruir intencionalmente.
Eis as imagens do meu descontentamento:
A primeira, está como me chegou, com um fundo quase negro, e não se percebe o que está por detrás do “recado” da E-Redes.
Na segunda, ajustei o logótipo da E-Redes, no mesmo lugar onde ele está no site, para melhor identificação. Isto não é uma montagem!
“EXECIONAL”???????
Ao menos “carácter” está correCtamente escrito. E quando se dá uma no cravo outra na ferradura, diz-se que escrevem em Mixordês, a vergonhosa novilíngua portuguesa.
Isabel A. Ferreira
No “Em Defesa da Ortografia LXXVII”, publicado no mês de Março, escalpelizámos uma revista editada pelo município de Oeiras, argumentando que é através da análise dos objectos linguísticos do dia-a-dia que aferimos a qualidade da expressão escrita e da ortografia.
Hoje, a mira (o foco, na linguagem que por aí anda) está assestada na RTP e no seu sítio da Internet, onde unicamente andámos à cata do omnipresente contato. Como justificação para a selecção deste alvo, podemos referir que a RTP, assim que pôde, aderiu à nova ortografia e, no princípio da década passada, gastou uma considerável quantia em acções de formação sobre o Acordo Ortográfico de 1990. Como se conclui da leitura dos excertos abaixo reproduzidos, podemos afirmar que essa vultuosa quantia foi muito bem empregada nas ditas acções.
Em algumas grutas na proximidade foram também encontradas marcas de arte rupestre [sic] retratando cenas de caça e pastorícia, refletindo mudanças na fauna e na flora, e ainda os diferentes modos de vida das populações”. RTP. 05-04-2025
Passa por conseguir, através de contactos por meios digitais, criar uma relação de confiança com o jovem ou a criança. As primeiras abordagens não são de carater [sic] sexual, mas o intuito final é esse: contatos físicos presenciais ou envio de imagens com conteúdo íntimo. Este processo pode chegar a durar meses até que a vítima se sinta emocionalmente confiante para cair na armadilha. Com adultos, muitas vezes, o objetivo final é burla financeira.
Uma app [sic] um jogo, uma rede social, qualquer movimento na net [sic] pode desencadear pistas para os agressores. Escolhem as vítimas através da idade, caraterísticas físicas ou de personalidade e, mesmo quando as primeiras abordagens não funcionam, podem reaparecer com outras identidades e novas formas de aliciamento.” RTP, 06-04-2025
Se é assim na Comunicação Social, como será com o cidadão comum?
Ah, seria conveniente que alguém os alertasse para a necessidade de italicizar as palavras em língua estrangeira.
Ah, felizmente, a RTP também tem algumas saudáveis recaídas.
Ah, as imagens que acompanham este escrito foram copiadas do blogue O Lugar da Língua Portuguesa, onde Isabel A. Ferreira tem realizado um laudabilíssimo trabalho em defesa da Língua Portuguesa e da sua legítima ortografia.
Ah, há dias deu-nos para o masoquismo e lemos as doze primeiras páginas do Programa de Governo da AD. Respigámos ação (duas vezes), proteção (duas vezes), abril, setor / setores (três vezes), infraestruturas (duas vezes), projeto / projetos (seis vezes), atividades, proativa e atualmente. Nos sítios do costume, continua a morar a mixórdia ortográfica do costume. Obviamente, reprovada.
João Esperança Barroca
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