(Carta aberta a António Costa)
Fonte da imagem Tradutores Contra o Acordo Ortográfico:
Senhor primeiro-ministro, peço desculpa pelo tratamento informal, mas foi deste modo que o imperador romano Júlio César, vítima de uma conspiração de senadores para destituí-lo do cargo, se mostrou surpreendido com a atitude do seu filho adoptivo, Marcus Brutus, quando este também o apunhalou, entre tantos outros senadores, e o imperador, já moribundo, sussurrou perplexo: «Até tu, Brutus!»
E a frase, proferida no século I A.C., arrastou-se até aos dias de hoje, para indicar surpresa quando uma pessoa trai a confiança de outra.
Naturalmente, a circunstância aqui será outra.
Contudo, temos quase todos os ingredientes deste episódio romano, para reconstruirmos um cenário idêntico, agora no século XXI d.C., quando um grupo insignificante de impatriotas decidiu APUNHALAR a Língua Oficial Portuguesa.
António Costa, primeiro-ministro de Portugal, de costas voltadas para os Portugueses, Brasileiros e Africanos (de expressão portuguesa) mais cultos, teima em continuar a impingir-nos uma ortografia que nem é carne nem peixe (desculpando-me a expressão).
Depois que o AO90 começou a ser ilegalmente aplicado (como deve saber melhor do que eu), a Língua Portuguesa transformou-se numa salada russa, que nem é Português nem acordês.
E quem tem de escrever, escreve mal uma e outra coisa: políticos, governantes, jornalistas e até professores.
É vergonhoso receber um ofício de uma autoridade ministerial dizendo que “foram compridos os pressopostos do Despacho n.º tal …” e mais adiante qure o “Serviço de Proteção” e “Direção Regional”… enfim, um texto que envergonha a escadaria do Palácio de São Bento.
Poucos serão os que, em Portugal, escrevem bem em Português, ou em acordês, a mescla de uma ortografia sem pés nem cabeça, que torna a língua escrita numa vergonhosa mixórdia.
Não há ninguém em Portugal que saiba escrever acordês correCtamente, nem os próprios engendradores deste aborto ortográfico.
E todos os países a sério têm um Língua Oficial, que deve ser preservada e aplicada pelos seus representantes máximos com o máximo rigor: no mínimo, sem erros ortográficos. Já não se pede que sejam exímios escritores.
E o vírus AO90, que atacou a Língua Portuguesa que, como sabe, é o símbolo maior da Identidade de Portugal, assim como a Bandeira Nacional e o Hino Nacional, está a enxovalhar Portugal, sem que quem tem o dever de defender esses símbolos mexa uma palha para eliminar o mal que corrói a Língua.
E ainda pior: são os próprios governantes que dão o mau exemplo, não sabendo escrever nem em Português, nem em acordês, ou devo dizer como se diz por aí: bechara-malaquês, socratês, lulês, brasileirês, ou mixordês, todos os nomes em que se transformou a nossa amada Língua Portuguesa.
Está a ver onde isto já vai…?
Nós, que temos na Língua Portuguesa o nosso instrumento de trabalho, não podemos permitir que políticos avessos à Cultura Culta desestruturem, deste modo aviltante, este símbolo maior da nossa Identidade.
E muito menos um primeiro-ministro pode andar por aí a escrever numa língua descaracterizada. Ora é uma coisa. Ora é outra. Uma língua com duas caras.
«Até “tu”, António!» Apunhalas a Língua!
O primeiro-ministro de uma Nação, que se quer culta e moderna, não pode, não deve apunhalar a Língua Portuguesa, desta maneira.
Os Portugueses, Brasileiros e Africanos de expressão portuguesa, que não se subjugaram ao lobby político-editorial vendilhão da Língua, estão de olhos voltados para a Assembleia da República Portuguesa, esperando que os políticos cumpram o seu dever: devolvam a Portugal a sua grafia oficial, culta e europeia.
É uma vergonha o que está a passar-se na República Portuguesa, que não tem uma Língua Oficial aprumada, como o têm os restantes países europeus. Nenhum país jamais se rebaixou a tanto quanto se rebaixou Portugal.
Por alma de quem, senhor primeiro-ministro?
Isabel A. Ferreira
… mas agora, que ele anda por aí à solta, em liberdade incondicional, os assassinatos da Língua Portuguesa estão a acontecer em catadupa…
E os responsáveis pelo Ensino, pela Cultura e pela Educação onde estão?...
Vejamos alguns dos milhares de descalabros que se publicam por aí… em órgãos oficiais e… outros menos oficiais… com o aval de um (des)governo que deve milhares de Euros à Cultura Culta.
Pois, o estudo do impate ambiental… é de tal modo impatante que nos dá um calafrio… E no final ficamos sem saber se o fato de quem escreveu isto estava mal costurado…
***
E esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico… Então não foi? Não se vê logo o nível inteletual deste acordista?…
***
Isto de operações téCnicas na Cidade Invita, que fica ali para os lados da Bacoquice, onde os alunos puderam contatar em dirÊto os tais recursos, parece-me a linguagem de um tatibitate que ainda não aprendeu nem a falar, nem a escrever…
***
E as convições onde ficam?
Isto é ou não é um autêntico caos linguístico?
E nós vamos deixar que as nossas crianças, que agora começam a aprender a ler e a escrever, entrem neste labirinto asneirento e façam figura de ignorantes daqui a uns tempos, como estes que adotaram o AO90, e nem sequer sabem o que isso é?
***
Não sei qual será a data desta declaração. Mas seja qual for, ainda vamos a tempo de SALVAR A LÍNGUA.
Precisamos é de AGIR. Urgentemente.
Deixemos apenas que o novo governo tome posse e assente arraiais em São Bento.
Origem das imagens desta publicação:
. «Até "tu", António!» Apun...
. Antes da invenção do AO90...