Lamento muito que alguns desacordistas vejam ferocidade ou agressividade nos meus textos, onde apenas existe INDIGNAÇÃO, um direito que me assiste.
E se eu não demonstrar a minha indignação aos governantes, aos ministros, ao PR, aos deputados da Nação, aos políticos que querem, podem e mandam e que nos desgovernam, como é que eles vão saber que estou indignada, com a atitude INDIGNA deles perante a mixórdia ortotrágica, no dizer de Clara Ferreira Alves, em que transformaram a nossa bela e escorreita Língua Portuguesa?
Pensem nisto.
Usar de paninhos quentes NÃO resolve o grave problema em que se encontra a Língua Portuguesa, que já está com os pés na cova. Só falta um empurrãozinho, para que caia na cova e seja enterrada viva.
E eu, na qualidade de cidadã portuguesa, que paga impostos, é dotada de massa crítica e sabe fazer uso dos seus direitos cívicos, RECUSO-ME a dar esse empurrãozinho, a ser cúmplice desse crime de lesa-pátria, dessa traição. Muito pelo contrário, estou disposta a empurrar para a cova outras coisas que NÃO a Língua, que me identifica, que identifica a Cultura e a História do MEU País.
Eu NÃO sou apátrida. Eu defendo o MEU País, mostrando a minha indignação, pela indignidade da política adoptada para com a minha Língua Materna, aquela que identifica o MEU País.
Andam por aí a querer criar um exército para defender o quê, se nem conseguem defender o património maior que identifica a Nação: a Língua Portuguesa? E para isto NÃO é preciso exército algum. É apenas preciso que quem quer, pode e manda seja dotado de racionalidade, lucidez, dignidade, ter vergonha na cara, nobreza de espírito e não andar por aí a rastejar como se fosse um réptil, para receber somente o desprezo dos que nos querem espezinhar. Ninguém respeita os que rastejam, mas sim os que se elevam sobre a iniquidade.
Atentem na imagem que ilustra esta publicação. E digam de vossa justiça.
Quanto ao que me diz respeito, eu indignei-me ao ler esta pobreza ortográfica, na bula de um medicamento, fabricado em Portugal.
E não me venham dizer que isto é o tal Português que evoluiu, porque as palavras a vermelho NÃO pertencem ao léxico português, nem pertencem ao foro da evolução. Isto é fruto do maior retrocesso linguístico, desde que os Fenícios, no século XV a.C., desenvolveram, com base na escrita semita, as anotações fonéticas que passaram a ser alfabéticas, e deram origem ao primeiro alfabeto, composto por 22 símbolos, que permitiram a elaboração da representação fonética das palavras.
Afastar as palavras das suas raízes NÃO é evoluir, é sim retroceder à forma mais básica da sua estrutura. E uma Língua desestruturada NÃO é uma Língua, é um linguajar derivado da Língua.
E não podemos aceitar que a Língua Portuguesa, uma das mais belas e bem estruturadas Línguas europeias, seja reduzida a um dialecto, apenas porque alguém decidiu, não porque sim, mas de má-fé, deslusitanizar o Português.
Daí que seja urgente insistir na abolição do mostrengo chamado AO90, que só favorece os que não têm capacidade intelectual para pensar a Língua.
Isabel A. Ferreira
Fiquei completamente siderada com a imagem que ilustrou um texto publicado, ontem, neste Blogue, sob o título «Requiem pela Língua Portuguesa» [por Francisco João da Silva]
onde consta algumas Línguas Europeias, entre elas o PORTUGUÊS. Todas as outras Línguas vêm assinaladas com as respectivas bandeiras do seu País de ORIGEM. Excepto o PORTUGUÊS, que veio assinalado com a bandeira do Brasil.
Por alma de quem? Com autorização de quem?
Portugal é um País europeu, tem a SUA Bandeira e o SEU Idioma. Já NÃO será um País livre e soberano??????
O Brasil NÃO é um País europeu, para ter a sua bandeira a assinalar uma LÍNGUA EUROPEIA, pertencente a Portugal.
Quem seria o IGNORANTE que, além de não saber que o PORTUGUÊS é a Língua de Portugal, e a bandeira de Portugal NÃO É a bandeira brasileira, não sabe que Français é escrito com Ç, e que o “espanhol” NÃO existe?
Fiquei a remoer nestas ignorâncias expostas ao mundo, e na ingerência ilegítima nos símbolos maiores da IDENTIDADE PORTUGUESA: a sua Língua e a sua Bandeira.
Daí que venha repor a verdade, para que não se ande por aí a tirar proveito INDEVIDO dos símbolos do MEU País, uma vez que, em Portugal, quem devia defender a Constituição da República Portuguesa, Portugal e os INTERESSES dos Portugueses, anda por aí a fazer-de-conta que é o presidente da República de Portugal.
E isto é absolutamente INTOLERÁVEL.
Isabel A. Ferreira
REPONDO A VERDADE:
Caramba, podiam não gostar de Saramago, afinal ele era comunista, e em Portugal, ainda há quem alvitre que os comunistas comem criancinhas ao pequeno almoço, o que, no entanto, não era o caso de José Saramago.
Podiam não gostar da sua obra, do seu estilo literário. Mas caramba, José Saramago SABIA da Língua Portuguesa. Escrevia em Português, com mestria. A pontuação não era o seu forte. Não era. Mas o que importava era a sua ESCRITA e as suas histórias, tanto que, mereceu o Prémio Nobel da Literatura, em 1998, o único até hoje, em Portugal, e temo que possa ser o último, se os governantes portugueses continuarem a insistir no gravíssimo erro que foi a introdução, no nosso País, de uma grafia capada, absurda, idiota, algo que só ignorantes, amantes da estupidez, poderiam permitir e aplicar, e que dá pelo nome de “acordo ortográfico de 1990”.
Origem da imagem: Internet
A cegueira mental em que estão mergulhados os nossos actuais governantes, que mantêm activo um acordo ortográfico que só os descerebrados, por serem descerebrados, aceitaram cegamente, é muito redutora.
Como poderá reverter-se esta situação? Sim, porque esta afronta à nossa independência linguística, mais dia, menos dia, terá de ser revertida. Não podemos permitir que a próxima geração dos nossos filhos, dos nossos netos, enfim, dos nossos jovens, seja tratada abaixo de cão por gente que não tem a mínima ética, o mínimo brio profissional, nem espinha dorsal.
Tenho e li toda a obra que Saramago escreveu até à sua morte. Depois do seu desaparecimento físico, todos os que se diziam seus colaboradores e admiradores perderam todo o respeito por ele, o RESPEITO que ele mereceu em vida, como ESCRITOR, e desataram a conspurcar os seus escritos, substituindo-os pela mixórdia acordizada que os brutogueses - os que, não tendo respeito por si próprios, nem pelas suas origens, nem pela sua Cultura, pela sua História e, muito menos, pela sua Língua – começaram a expandir em Portugal, e só em Portugal, porque lá fora, os Portugueses na diáspora e os próprios estrangeiros, por não reconhecerem nessa mixórdia a alma das Línguas Europeias, pura e simplesmente, rejeitaram-na.
Um destes dias, entrei numa Livraria Bertrand (há muito que não entrava numa livraria) e ao entrar, senti um arrepio desconfortável. Eu, que tinha as livrarias como lugares sagrados, onde os livros eram uma espécie de divindades, e eu sentia-me no Céu.
Estranhei aquele arrepio, e ao dar dois ou três passos adiante, diante de mim estava alinhada a nova edição da obra de Saramago. Peguei num dos seus “novos” livros para senti-lo, e o que vi arrepiou-me ainda mais: desrespeitaram Saramago acordizando a sua obra.
Pousei o livro como se ele estivesse a queimar-me as mãos, e saí da livraria. As livrarias já não são lugares sagrados, onde os livros são uma espécie de divindades. E eu já não me sinto bem dentro delas, pois sou afrontada com algo ANORMAL, que me causa uma repulsa instintiva.
Numa entrevista, em 2008, no Brasil, Saramago disse o seguinte:
Pois transformaram o Português de Saramago em Húngaro, se bem que um Húngaro muito, muito deformado.
Porque era leitora de José Saramago (e para aqui nunca foi chamada a sua cor política, porque sei separar as águas) não quis deixar de prestar uma homenagem ao autor do genial “Ensaio Sobre a Cegueira”, na passagem do centenário do seu nascimento, deixando aqui o meu REPÚDIO pelo DESRESPEITO que ele mereceu, depois da sua morte, ao amixordizarem a sua Língua Portuguesa, que era o seu mais precioso instrumento de trabalho.
Ao amixordizarem a obra de Saramago, nenhum leitor conseguirá conhecer exactamente a escrita do mago da Literatura, chamado José Saramago
Isabel A. Ferreira
Andava eu no YouTube à procura de música relaxante e deparei-me com isto:
Link para a imagem: https://www.youtube.com/watch?v=Z8uvPLsah0s
Não, não “aleviei o meu estresse”. Muito pelo contrário. Até porque textos como este são aos milhares na Internet.
Chamem-lhe outra coisa, mas não lhe chamem Português. Por favor!
Esta situação, verdadeiramente caótica, está a obrigar milhares de Portugueses a fazer o que o João Pinto fez: mudar a língua do seu Android para Inglês.
Em jeito de desabafo, o João Pinto, desalentado com os tratos de polé que por aí dão à NOSSA Língua, chamando-lhe “português”, escreveu, em jeito de desabafo, o texto que aqui reproduzo e subscrevo.
Eu também prefiro pesquisar em Inglês ou Castelhano, quando vou à Internet. Porque apesar de ter aprendido a escrever e a ler no Brasil, a Língua degradou-se tanto, mas tanto, que já não a reconheço. Basta ler o texto do YouTube, que, na verdade, em vez de aleviar o meu estresse, atiçou-me os nervos, de tanto ver a nossa língua chicoteada!
Daí que seja urgente que alguém de direito faça alguma coisa para libertar a Língua Portuguesa.
E como diz o João Pinto, isto não é para ser lido como um ataque à VARIANTE brasileira do Português, que, para o Brasil, é absolutamente legítima. Só não lhe chamem “Português”, nem do Brasil, nem de outra parte qualquer. Por favor.
Ah! A propósito, isto não é racismo, nem xenofobia. Isto é simplesmente a constatação de algo que todos sentem, mas não consentem, por mera cobardia.
Isabel A. Ferreira
***
Por João Pinto
«Boa noite a todos,
Naturalmente como todos aqui sou contra o AO, não sigo o mesmo quando escrevo e, a não ser que seja forçado a fazê-lo, nunca o farei. Não porque foi “o que me ensinaram” (ainda creio ter em mim capacidade de aprendizagem), mas porque o acho desadequado na tradução fonética do Português de Portugal (PT-PT) e porque o afasta da origem comum das restantes línguas europeias.
O meu cérebro já aprendeu a ignorar o AO na maior parte dos casos com uma ENORME excepção: A Internet e tecnologia em geral.
Porque por mais que digam que o AO é uma aproximação, para a maior parte dos serviços online o que houve na realidade foi uma unificação da língua. Onde antes havia PT-PT e Português do Brasil (PT-BR), passou apenas a haver “Português”, que na prática representa o PT-BR.
Quebrou o que para mim é uma rotina antiga de pesquisar em Português e depois em Inglês, porque a esmagadora maioria dos resultados obtidos quando se pesquisa em Português são em PT-BR. Como não gosto de ler PT-BR, porque tem uma construção frásica diferente da que estou habituado e porque honestamente tem palavras que há vezes que não faço ideia o que significam, simplesmente pesquiso em Inglês. Hoje, cansado de “planilhas” e “camundongos” e “dublês” tive também de mudar a língua do meu Android para Inglês.
É com tristeza que tomo essas opções, mas sinceramente prefiro o Inglês ao PT-BR.
Esta para mim é a mentira profunda do AO. Não se apresenta como uma unificação da língua sendo, mas ao mesmo tempo mais que uma unificação é uma tentativa de substituição da língua Portuguesa (no geral em toda a sua diversidade) pelo PT-BR.
Nota importante: «Nunca para ser lido como um ataque ao PT-BR, que é uma variante do Português perfeitamente legítima.»
Fonte: https://www.facebook.com/groups/emaccao/permalink/3459113074134041/
(Porque em tempo de pandemia a Língua Portuguesa continua a ser atacada, também impiedosamente)…
Começarei por citar o já falecido Embaixador Carlos Fernandes que, na sua qualidade de Professor de Direitos Internacionais (Público e Privado), apresentou três estudos, três textos lapidares, reunidos em livro, demonstrando que a ortografia em vigor em Portugal é a de 1945. Em primeiro lugar, por não ter sido juridicamente revogada, em segundo lugar porque o processo de entrada em vigor do AO de 1990, não tendo o governo cumprido os passos processuais, que a sua aprovação implicava, é como se legalmente não existisse.
«Estes três estudos (porque incluímos neles a própria Nota Introdutória), em vez de serem análises frias ou mornas, são bem quentes, isto é, propositadamente provocadoras de discussão real, invectivando os adversários a vir à luta sabática, linguística e jurídica, a fim de clarificar, quanto antes e definitivamente, uma questão/situação, quer de facto quer jurídica, em que se está abusivamente mutilando a língua portuguesa, perante a passividade colaborante dos seus utilizadores, com a agravante de neles estarem incluídos Professores e Tribunais, não estando estes vinculados ao cumprimento da RCM 8/2011, de 25 de Janeiro, mesmo que ela fosse legal, que não é. A isto, quando eu estudei Direito, chamava-se ditadura.»
in Nota de rodapé, pág. 13, do livro «O Acordo Ortográfico de 1990 Não está em Vigor – Prepotências do Governo de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva» - Embaixador Carlos Fernandes, publicado pela Editora Guerra & Paz, em 2016.
Vamos aos factos.
Atente-se na transcrição da legenda do “ex-voto” (placa ou outro objecto que os crentes católicos oferecem a Deus, a Nossa Senhora ou a algum santo e que depositam num lugar de culto ao cumprirem um voto ou uma promessa) em que o devoto escreveu o seguinte: «M[ilagre] que fez N. Sr da Lapa a Aurelio Coelho Sernancelhe, q andando em sima de uma Amoreira sua molher, caiu abaixo ficou emperigo de vida, elle com grande afelição impelorou o socorro de N.S. logo conheceu milhoras no anno de 1892.»
in «Por Amor à Língua Portuguesa – Ensaio genealógico-filológico, científico-limguístico e pedagógico-didáctico, sisando a superação crítica do actual Acordo Ortográfico/1990» - Livro da autoria do ilustre filólogo em Humanidades Clássicas, Fernando Paulo Baptista, publicado em 2014, pelas Edições Piaget.
Facto: não precisamos de recuar ao ano de 1892. Basta dar uma volta pelas redes sociais, e pela Internet, YouTube, etc., para comprovarmos que este tipo de linguagem, condizente com a filosofia acordista: escrever como se fala, está bastamente disseminado por aí.
Facto: nunca nenhum adversário acordista (incluindo o mui ilustre constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa) veio a público rebater uma linha sequer do que o Professor de Direitos Internacionais, Embaixador Carlos Fernandes, e do que o filólogo Fernando Paulo Baptista, escreveram nos seus livros (já aqui referidos), ou o que o insigne Linguista António Emiliano escreveu nos seus artigos anti-AO90: clicar no seguinte link onde eles se encontram à disposição dos leitores:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/autores/antonio-emiliano/467/pagina/1
ou o que Nuno Pacheco, redactor principal do Jornal Público, denunciou nos seus artigos, e que atira por terra o AO90:
ou ainda nos inúmeros artigos de abalizados linguistas, professores, entre outros especialistas, publicados neste meu Blogue.
Nunca, ninguém, por exemplo, veio rechaçar o que eu própria tenho aqui publicado, e até podiam vir apodar-me de grande mentirosa e ignorante, se eu estivesse a dizer mentiras ou fosse uma refinada apedeuta.
Mas não! Os que se atrevem a contestar-nos tocam o samba de uma nota só: chamam-nos velhos do Restelo, e que o AO90 é uma grafia moderna, a grafia do futuro, fazendo parte do português contemporâneo (esta é de rir!) calcado da grafia brasileira, porque os brasileiros são milhões, então há que seguir os milhões, e porque farmácia já não se escreve pharmacia, como se estes sejam argumentos racionais que possam justificar a mutilação de uma das mais antigas Línguas europeias, com mais de 800 anos de história, apenas porque um punhado de gente pouco esclarecida assim o quer.
Facto: a tese já enunciada, do Embaixador Carlos Fernandes, a qual o constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa nunca contestou, e poderia fazê-lo, até como presidente da República que, frequentemente, é acusado de não estar a cumprir a Constituição, nesta matéria, não tem poder de ser ultrapassada por esta outra que diz que no que respeita a Acordos Internacionais subscritos por Portugal, predomina o princípio da prevalência, ou, pelo menos, da preferência aplicativa, do Direito Internacional face ao direito interno, que se aplica também ao Decreto que institui o AO45, e faz com que este seja tacitamente revogado (revogação de facto). Porém, o facto é que o AO90 é uma fraude, um negócio entre políticos e editores sem escrúpulos
Consultar este link, que conta a história deste negócio:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-negocio-do-acordo-ortografico-172469
Assim sendo, nenhum tribunal, imparcial e honesto, poderá dar ganho de causa a algo que está assente numa trapaça. Logo, a tese de que o que está em vigor em Portugal, de iure, ou seja, pela lei, pelo direito, é a da ortografia fixada pela Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945. O AO/90 não está em vigor em nenhum Estado.
O facto de se dizer que o AO90 não está em vigor, não implica que cruzemos os braços e deixemos que o AO90 siga o seu caminho. Não! Isto significa que temos de OUSAR e USAR o nosso direito à resistência, à objecção de consciência, ou mesmo à desobediência civil, incluindo os Professores, que são coagidos a ensinar a Língua Materna “incurrêtâmente” aos seus alunos, e isso representa uma enorme violência e violação ao Código de Ética dos Professores.
No ano lectivo de 1973/74, ainda como Bacharel, comecei a dar aulas na Escola Secundária Frei João de Vila do Conde, portanto em plena ditadura, e recusei-me a dar uma lição de História (também leccionava Português) que falava dos grandes feitos de António Oliveira Salazar, e das maravilhas do Regime. Disse aos alunos que aquilo era mentira e não era para se estudar. Dei-lhes a versão dos factos históricos reais, até porque os vivenciei, em Coimbra, no ano tórrido de 1969, e risquei com um X as páginas dessa matéria, uns quinze dias antes de acontecer o “25 de Abril”. Um dos meus alunos era filho de um agente da PIDE. Mas ainda assim ousei não distorcer a História, por ir contra a minha consciência ética, a minha formação moral de docente. Não, podia enganar os meus alunos. Eu era uma Professora livre, não um pau-mandado da ditadura.
Como disse e muito bem o Embaixador Carlos Fernandes, quando estudou Direito: [à imposição do AO90 nas escolas] chama-se ditadura, tal como era ditadura eu ter de ensinar a História deturpada. O que mudou em relação a este tipo de imposições?
Então, ou nós ousamos, ou nós perdemos a nossa dignidade, a nossa consciência ética, a nossa personalidade, e passamos a ser um mero pau-mandado. Mas para ter esta ousadia, é preciso ser um espírito livre e não ter medo de enfrentar os tiranos, e das ameaças de processos disciplinares ou represálias, ou de enfrentar os tribunais. Nenhum mortal tem o poder de amarfanhar a nossa consciência, se nós não permitirmos.
Por falar em tribunais: as incongruências do AO90, já denunciadas publicamente por uns e por outros, com apresentação de documentos válidos, já deveriam ter sido investigadas pela Procuradoria-Geral da República, uma vez que os políticos não têm o direito de lançar um País e um Povo para um colossal caos ortográfico, e se ande a enganar os estudantes portugueses, e a obrigar professores menos ousados a ensinar um arremedo de língua, sob ameaças e chantagens, com algo que é manifestamente ilegal e inconstitucional, conforme os pareceres jurídicos de abalizados especialistas na matéria.
Não é pelo facto de políticos pouco esclarecidos, atados à política do quero, posso e mando, estarem ditatorialmente a impor a um Povo a grafia de um país estrangeiro que esse Povo tem de curvar-se aos ditames ditatoriais actuais, como se curvava ao ditador-mor do Estado Novo.
Citando o Embaixador Carlos Fernandes, num artigo intitulado «O “Acordo Ortográfico” de 1990 não está em vigor» (mais abaixo referenciado): «Portanto, reiteramos, como a ortografia de 1945 não está revogada, e só o pode ser por lei ou decreto-lei, terá de sê-lo para deixar de vigorar, e, como o AO/90 não está, nem, a meu ver, pode estar em vigor, legalmente, em nenhum dos seus Estados signatários, é a ortografia de 1945 a única a vigorar, actualmente, em Portugal.»
Posto isto, se eu estivesse a dar aulas, hoje, não tinha a menor dúvida: como o AO90 não está em vigor, e é uma fraude (comprovada na documentação reunida na investigação jornalística que aqui é referida,) não serve os interesses de Portugal (porquanto impõe uma grafia estrangeira) e está a ser imposto sob ameaças e chantagens, não é obrigatório adoptar a ortografia estabelecida pelo AO90. Eu não a aplicaria, com toda a certeza.
O que é preciso é ousar. Não ter medo de bichos-papões. Não ceder às ameaças. Querem processar-nos? Processem. Que tribunal ousaria condenar um Professor que apenas quer cumprir o dever de ensinar os seus alunos a escreverem correCtamente a Língua Oficial do seu País?
Para complementar o que aqui se disse, sugiro a consulta destes links (mas há muitos mais) com muita informação a este respeito:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-ao90-nao-esta-em-vigor-em-estado-214336
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-acordo-ortografico-e-um-livro-para-210221
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/a-imposicao-do-acordo-ortografico-de-186154
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-ao90-esta-em-vigor-onde-224660
https://arautosdelrei.org/nao-e-qacordoq-nem-e-qortograficoq/
Isabel A. Ferreira
***
Clicar no link para ver a Parte I:
Exórdio:
Não sendo fácil exercer a profissão de Professor em Portugal, não é impossível exercê-la em sã consciência, e com uma responsabilidade incólume que legitime a confiança e respeito que lhe são devidos.
Em Portugal, não há imperadores, mas há professores que se vergam a governantes que não sabem nem o que fazem, nem o que dizem, e muito menos não imaginam a ignorância que estão a impôr aos Portugueses, não por decreto, mas por uma simples Resolução do Conselho de Ministros, que não tem valor de Lei...
Caros ex-colegas:
Já farta de ver triunfar as nulidades;
Já farta de ver a Língua Portuguesa amarfanhada nos meios de comunicação social;
Já farta de ver a passividade dos que podem pôr termo a esta tragédia linguística, mas não estão para se incomodarem;
Já farta do mesquinho servilismo a uma “ordem oficial” ilegal e inconstitucional;
Já farta de ver violar o direito das crianças a um ensino de qualidade, e a aprenderem a sua Língua Materna correCtamente;
Atrevo-me a dirigir-vos umas quantas palavras de repúdio, de protesto, de indignação pelo modo como os que deviam ser os guardiães do Ensino, da Educação e da Cultura têm conduzido a imposição ilegal e inconstitucional do Acordo Ortográfico de 1990, nas Escolas Portuguesas, contribuindo para a desalfabetização, desinstrução, deseducação e incultura das crianças portuguesas, que mereciam melhor sorte, superior ensino e maior respeito.
O que mais me custa suportar neste criminoso processo de desintegração da Língua Portuguesa, é a cobardia de todos os que se vergaram a uma ordem parva, e estão a incitar as crianças, ainda inocentes no seu desconhecimento das coisas, e que começam agora o seu aprendizado escolar, a escrever "incorretamente" a sua própria Língua Materna, produzindo erros ortográficos involuntariamente.
Digam-me o que é um "arquitêto", um "têto", um "dirêto", um "excêto" , uma "rec'ção"(pois é desta maneira que isto se lê)? Se forem capaz de chegar à raiz deste amontoado de letras gerado pelo AO90, e de me dizerem o que isto é, que significado tem, dou a minha mão a essa palmatória.
Isto é uma nítida violação da alínea c) do Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos das Crianças, que refere: a criança tem o direito a receber uma educação escolar (…) que favoreça a sua cultura geral e lhe permita – em condições de igualdade de oportunidades (algo que também é violado em Portugal) – desenvolver as suas aptidões e a sua individualidade, o seu senso de responsabilidade social e moral, para ser um membro útil à sociedade.
O que pretendem fazer das crianças?
Os analfabetos funcionais do futuro?
Desculpem, mas não têm esse direito.
Ensinar a Língua Portuguesa segundo o AO90 é um crime de lesa-língua e de lesa-infância, e não sou eu que o digo.
Se os governantes portugueses não têm capacidade moral e intelectual para o impedir, por uma manifesta e obscena subserviência ao estrangeiro e ao lobby de alguns editores mercenários (porque os há conscientes dos resultados funestos que a aplicação do AO90 terá para o futuro da Língua Portuguesa, que deixará de pertencer ao rol das Línguas Cultas Europeias, para ser uma qualquer outra coisa, indefinida e amarfanhada na ignorância, e os quais recusaram este ultraje linguístico), é dever de todos os Portugueses com responsabilidades na área do Ensino, da Cultura e da Comunicação Social exigir que o governo português suspenda imediatamente a aplicação ilegal e inconstitucional (agora que se está a denunciar a trafulhice que envolve um "acordo" ,que afinal não existe (*) ) e reponha o estudo da Língua Portuguesa Europeia nas escolas portuguesas, e que deixe de ser “obrigatório" algo que nunca teve nenhuma legitimidade legal para o ser, e por violar o direito à aprendizagem da legítima Língua Materna.
Deixem de enganar as crianças, impingindo-lhes gato por lebre.
Além disso, todos sabemos que a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 viola o disposto na alínea a) do artigo 9º da Constituição da República Portuguesa, que diz: são tarefas fundamentais do Estado garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam. Sabemos que o AO90 não promove a Cultura e a Língua Portuguesas.
Ora esta inominável tentativa de “abrasileirar” a Língua Materna dos Portugueses, a qual sendo um dos elementos da nossa nacionalidade, também é um baluarte da nossa autonomia, como nação, da nossa portugalidade, e se a vendermos ao desbarato, para que editores e governantes traidores da Pátria possam encher os bolsos, e apenas isso, viola a tarefa fundamental que o Estado Português tem, como garante da nossa independência.
Portugal é e sempre será, quer aceitem isto ou não, a origem dos actuais países livres que já foram colónias portuguesas. E não há nada, nem ninguém que possa alterar o passado.
Se os países que integram a CPLP adoptassem o que construíram a partir do que receberam do ex-colonizador, e se cortassem o cordão umbilical que ainda os mantém ligados a Portugal, quem os condenaria? Assim é com os países que já foram colónias inglesas, francesas, espanholas. Porquê este servilismo português a um nação estrangeira?
Depois que obtiveram a independência, cada país colonizado foi livre de optar pelo próprio destino. O que fizeram com a herança portuguesa, não é mais problema de Portugal.
E Portugal, como país independente, e com a sua milenar cultura europeia, um dos primeiros estados-nação do mundo, que deu novos mundos ao mundo, não tem de se vergar perante uma imposição político-jurídico-diplomática, de quem quer que seja, muito menos quando essa imposição está assente numa descomunal ignorância, ilegalidade e inconstitucionalidade.
Uma língua não evolui por um decreto qeu não existe. Não evolui por vontades assentes em interesses políticos e económicos.
Por que há-de Portugal ser o rebotalho da Europa, quando os outros países europeus, também ex-colonizadores, como os Ingleses, os Franceses, os Espanhóis, os Holandeses, os Alemães, não mexeram uma letra sequer, nas suas Línguas Maternas, para “unificarem” a língua herdada pelos países colonizados por eles?
É que é do bom senso e da racionalidade que se preserve a identidade linguística de cada país.
Contudo, ao que tenho verificado, até não é da vontade da maioria dos restantes países da CPLP que este acordo parvo vá adiante.
Então por que há-de Portugal rebaixar-se à vontade de um grémio desqualificado, constituído por ignorantes e traidores da pátria?
Finalmente, farei minhas as palavras de uma Professora lúcida, da qual, neste momento, não me recordo o nome, mas se ela, por acaso, vier a ler este texto, por favor, acuse a sua autoria:
«Tenho a maior consideração por todos os colegas que ensinam Português, e que se vêem confrontados com este flagelo. Não lhes invejo a sorte (ou o azar).
Sei que tenho uma posição privilegiada que me permite assumir a minha oposição ao AO90, porque beneficio da falta de uma posição oficial da minha Faculdade, e da posição contra o AO tomada pela Associação de Estudantes.
Sei também que posso sempre evocar, se isso vier a ser necessário, a minha autonomia científica nas minhas aulas e nos meus trabalhos.
O que já não me parece aceitável é que, os professores, que estão representados por sindicatos de diversas orientações políticas, nunca tenham exigido destes que dessem voz ao seu protesto.
Porque ver os sindicatos dos professores apelarem a manifestações e greves por razões políticas/sociais/laborais mas nunca por razões de carácter científico/educativo, como é o caso do AO90, descredibiliza a classe perante a opinião pública.
Se os professores se mobilizarem em torno de uma causa que não tem a ver com as suas condições remuneratórias, mas com o futuro dos alunos, estou certa de que teriam o apoio dos pais e dos encarregados de educação, talvez como nunca tiveram antes».
Este é o caminho.
Lembrem-se: sem desobediência nunca houve mudanças, nem evolução…
O que aqui está em causa não é o presente da Língua, porque esse está assegurado por todos os que estão a recusar-se a cumprir a “ordem oficial” que não tem a mínima legitimidade.
O que aqui está em causa é o futuro, é o modo como estão a transformar as nossas crianças nos analfabetos funcionais e ignorantes do futuro…
O que fazer?
Primeiro: recusar ENSINAR esta ortografia, que não é Portuguesa, às crianças.
Segundo: boicotar todas as publicações em AO90: livros, jornais, revistas… e tudo o que mais for…
Terceiro: não escrever em acordês nem em mixordês (o mais divulgado), porque temos esse direito.
Quarto: EXIGIR que o governo suspenda imediatamente a aplicação ilegal e inconstitucional do AO90 e reponha o ensino da Língua Portuguesa Materna, nas escolas portuguesas.
As minhas saudações desacordistas.
(*) Ver a trafulhice em que o AO9o está envolvido neste link:
Isabel A. Ferreira
Depois de ler o livro e ver e ouvir o debate (no vídeo aqui reproduzido) chega-se a uma, e apenas a uma conclusão:
O AO90 é uma coisa estúpida, engendrada por parvos, para ser usado apenas, e apenas, pelos que não nasceram absolutamente nada dotados para a aprendizagem de uma Língua Culta Europeia, seja ela qual for. Porque quem não é capaz de perceber que em Língua Portuguesa direCtor se escreve com um cê, também não percebe que direCtor também se escreve com cê, em Inglês e em Castelhano; e, direCteur, em Francês, também com cê. E quem diz direCtor, diz todas as outras palavras às quais se suprimiram as consoantes não pronunciadas comuns às restantes Línguas europeias.
Mas, obviamente, embora se esteja num beco, este beco tem saída, diz Nuno Pacheco.
Recomendo vivamente a leitura do livro e a audição do debate ao redor do livro, com Artur Anselmo [Academia das Ciências de Lisboa], Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia, Guilherme Valente [editor da Gradiva Publicações, S.A.] e de Nuno Pacheco ["Público"].
https://www.youtube.com/watch?v=VumXddbmchI
Se me contassem eu não acreditava. Mas li. E li no comentário (que abaixo reproduzo) e que me enviou o João Abreu, que se diz professor, mas aparenta nada saber das Ciências da Linguagem, nem da nobre missão de ENSINAR, e chocou-me particularmente o modo leviano e indigno como tratou a nossa venerável Língua Portuguesa, símbolo maior da nossa Identidade.
Tive de responder-lhe à altura.
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Primeiro: João Abreu, gostaria de saber o que significa esta frase: «Para acabar de vez com os penduricalhos na Ortografia! Resposta aos fanáticos ANTI AO90», porque estes “penduricalhos na ortografia” soam-me a qualquer coisa que nem ouso dizer alto. E “fanáticos anti AO90”, soa-me a algo distorcido, até porque os desacordistas têm toda a legitimidade de serem anti-acordo, porque o acordo é um malparido aborto ortográfico, e ser contra um malparido aborto ortográfico nada tem de fanático, mas de patriótico, que é um sentimento saudável e aconselhável, de amor à Pátria. Se não amamos e defendemos a Nossa Pátria, vamos amar e defender a pátria de quem? A dos outros, a dos que se estão nas tintas para nós?
Segundo: eu não estou nervosa, aplique a palavra certa: estou INDIGNADA, e não é por “coisa pouca”, porque não é “coisa pouca” um magote de ignorantes (que só assim podem ser chamados) terem a pretensão de destruir a Língua Materna dos Portugueses, que estava muito bem de saúde, e não necessitava que viessem feri-la de morte, a troco de uns trocos, e eu não seria EU, nem teria o direito à nacionalidade portuguesa, se não me INDIGNASSE com este LINGUICÍDIO, e num linguicídio não há debate de ideias, nem nada que possa ser construtivo. O AO90 é um linguicídio, ou seja, um CRIME de LESA-PÁTRIA e de LESA-LÍNGUA, e quando se trata de um crime não podemos andar a pôr paninhos quentes e fingir que um crime é algo aceitável, porque não é. E todos os que cometeram este crime serão severamente penalizados, tão certa como estar aqui a escrever isto. E bem merecem.
Terceiro: quem está mal informado é o senhor João Abreu, aliás, está muito mal informado. Segundo a LEI - o Decreto n.º 35 228, de 8 de Dezembro de 1945, que não foi revogado, logo, está em vigor, “detraCtor” escreve-se com Cê. E o que chama “nova ortografia”, não é nova, porque assenta na GRAFIA BRASILEIRA, vigente no Brasil, desde 1943. Além disso NÃO ESTÁ em vigor em país nenhum lusófono, e em Portugal (único país que a adoptou à ceguinha) só a utilizam os serviçais, os subservientes, os comodistas, os acomodados, os ignorantes optativos e os mal-informados. Não sei em qual destas categorias o senhor João Abreu se encaixa.
Quarto: é preciso muita lata (desculpe o termo) e ser completamente cego, para me vir dizer que eu escrevo incorreCtamente esta palavra, que pertence à Língua Portuguesa, assim como incorreCtly pertence à Língua Inglesa, incorreCtamente pertence à Língua Castelhana, e “incorretamente” pertence à Língua Brasileira. E como em Portugal, a Língua Oficial, consignada na Constituição da República (que suponho seja ainda) PORTUGUESA, é a Língua Portuguesa e não a Língua Brasileira, o senhor é que escreve “incurrêtamente” a palavra incorreCtamente, bem como todas as outras palavras às quais, colando-se ao Brasil, suprime as consoantes mudas (a que tem o desplante de chamar “penduricalhos”) e que estão lá por algum motivo, e o motivo é a sua função diacrítica. Ao suprimir as consoantes mudas, o senhor João Abreu, além de escrever incorreCtamente as palavras, também as pronuncia incorreCtamente, na Língua Portuguesa, em Portugal. Porque no Brasil eles escrevem “incorretamente” em Língua Brasileira. E então o senhor comete dois (erros) em um. O que para um professor é erro de palmatória. E só por isso, devia ser expulso do Ensino, por não cumprir correCtamente a sua missão de ensinar, e se for professor de Português, a sua falta é ainda maior.
E na verdade, nenhuma pessoa culta, em Portugal (no rol das quais me incluo) se vergou à imposição ILEGAL do AO90, nem o aplica, porque sabe PENSAR A LÍNGUA. Ao contrário dos acordistas que necessitam de “capar os penduricalhos” para conseguirem escrever (mal). Isto implica imediatamente dizer que os acordistas não têm capacidade inteleCtual para aprender nenhuma Língua Europeia, porque todas as Línguas Europeias estão cheias de “penduricalhos”. As crianças portuguesas aprendem as línguas europeias com uma perna às costas. Os estrangeiros, que vêm para Portugal, aprendem o Português integral, com uma perna às costas, com todos os “penduricalhos” da Língua, mas os acordistas portugueses não conseguem aprender a Língua com esses “penduricalhos”! Temos pena. A inteligência não se desenvolve em todos os seres humanos do mesmo modo.
Nós somos PORTUGUESES, não somos Brasileiros. E nenhum Português escreverá jamais numa ortografia que IDENTIFICA O BRASIL, mas NÃO IDENTIFICA Portugal. Além disso, o que obtusamente chama de “penduricalhos” faz parte de TODAS as Línguas Cultas Europeias. E que nós saibamos, Portugal AINDA é um PAÍS EUROPEU, com uma Língua europeia. SE Portugal deixar de ser um país livre e soberano (como pretendem os actuais governantes portugueses) para se transformar numa simples colónia, então terá a linguazinha que merece. Entretanto, surgirá um novo Dom Afonso Henriques, para reconstruir Portugal e devolver-lhe a dignidade perdida, graças à (des) governação de um punhado de ignorantes e seus ignorantes acólitos. E desse clone de Afonso Henriques é que rezará a História. Os outros serão atirados ao caixote do lixo dessa mesma História, onde estão todos os que passaram pelo Poder e não dignificaram Portugal.
Só por isto, o AO90 é uma carta fora do baralho, mas se lhe juntarmos tudo o resto, é o baralho todo fora do baralho, ou seja, uma aberração malparida, cujo destino é o caixote do lixo, em todos os países da dita lusofonia.
Quinto: a mim pode chamar-me ignorante à vontade, em matérias onde sou absolutamente ignorante, como Física Quântica, Astronomia, Física Nuclear, enfim, essas e outras matérias afins. Todos somos ignorantes em alguma coisa, já dizia Einstein. Mas não me chama ignorante a LÍNGUA PORTUGUESA, porque eu ESCREVO e a Língua é o meu instrumento de trabalho, e ninguém, no seu juízo perfeito, UTILIZA instrumentos de trabalho DEFEITUOSOS. CorreCto? Está a ver um médico a utilizar bisturis enferrujados? Também não está a ver-me a usar uma grafia MUTILADA, que não pertence a Portugal, mas sim ao Brasil, e que NÃO ESTÁ EM VIGOR em Portugal, porque não existe LEI alguma que obrigue um PORTUGUÊS a escrever à BRASILEIRA.
Sexto: desculpe perguntar: o senhor é professor de quê? Tem a noção do que diz ao dizer que a nossa aCtual grafia provém da reforma de 1911? NÃO PROVÉM. A nossa aCtual grafia provém da reforma de 1945, a que está em vigor. Não vou aqui dar-lhe uma aula de grafias. Sugiro que ESTUDE as reformas de 1911 e 1945 e se aperceba de que a Língua EVOLUIU, mas não foi destruída em nenhuma dessas datas. Com a reforma de 1990, a Língua não só REGREDIU, como foi desalmadamente DESTRUÍDA.
Na verdade, esta evolução veio facilitar a escrita, porque existia (e AINDA existe, um elevado índice de analfabetismo em Portugal como no Brasil) por isso é que quanto MAIS IGNORANTE é um povo, mais precisa de reformas ortográficas. Portugal é campeão europeu em reformas ortográficas, e isto significa que os governos NÃO INVESTEM NO ENSINO e na CULTURA, e mantêm o povo inculto, encruado, ignorante que está sempre a precisar que lhe “capem os penduricalhos”.
Em 1943, o Brasil fez uma reforma ortográfica UNILATERAL, pela qual foram suprimidas as consoantes mudas que o AO90 pretendeu introduzir em Portugal. Em 1945, o Brasil assinou com Portugal a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, que mantinha as consoantes mudas, e o Brasil, como continuava com um índice elevado de analfabetismo, rasgou essa convenção, e regressou à reforma de 1943, e então passaram a escrever “incorretamente” e é essa “incorr’ção” que os acordistas servis querem, à força, introduzir em Portugal.
Sétimo: dito isto, penso que não é preciso dizer mais nada, a não ser que CONTE bem contadas (ou também é mau a Matemática?) as palavras às quais “caparam os penduricalhos”. E nem que fossem duas ou três, bastava para o chumbar, num exame de Português, ou para levar umas boas palmatoadas. Eu levei-as, até porque vim do Brasil a escrever à brasileira, ou seja, de acordo com o AO43 = AO90 (mais retoques, menos retoques) e não me fizeram mal nenhum. Nem nenhuma criança das gerações da palmatória ficou traumatizada por causa disso. Agora é que querem fazer das crianças umas MARIQUINHAS, e ai Jesus! que não se pode chumbá-las (já nem falo na palmatória!). E isso é PÉSSIMO para elas.
Pois tenho a dizer-lhe que só os ignorantes e os muito intelectualmente inaptos não conseguem escrever o que os povos cultos e europeus escrevem há séculos, nas respectivas Línguas: as consoantes mudas, em linguagem culta, e “penduricalhos”, em linguagem inculta. Então o Inglês, o Francês, o Castelhano, o Alemão estão cheios de PENDURICALHOS, mas os alunos e professores desses países CONSEGUEM escrevê-los sem o mínimo problema. O defeito, devo concluir, está nos PROFESSORES PORTUGUESES, porque os alunos sabem que direCtor se escreve com Cê, em algumas outras línguas que estão a aprender, e fora das escolas. Apenas nas escolas, e porque fazem MUITA CHANTAGEM com as NOTAS, eles vêem-se obrigados a escrever incorreCtamente, para não serem penalizados, ainda que contra a LEI VIGENTE. Tudo isto terá um preço a pagar.
Portugal é o único país do mundo, onde os alunos são PENALIZADOS por escreverem correCtamente a sua Língua Materna, a que está EM VIGOR no País deles.
E isto só acontece num país terceiro-mundista, que anda a arrastar-se pelo chão, onde não existe BRIO PROFISSIONAL, onde se acha que “capar os penduricalhos” das palavras tem a ver com inteligência e não com INCAPACIDADE.
Tenha santa Paciência! Quando a classe de professores chegou ao nível da cave, não surpreende que o ENSINO esteja um CAOS em Portugal, e a escrita da Língua uma MIXÓRDIA. Porque ninguém tem dúvida de que nunca se escreveu tão mal, em Portugal, como actualmente. Caso único no mundo.
Aceite-se de uma vez por todas que este acordo é uma aberração e nasceu morto à nascença. Percebe-se o desespero dos acordistas por sentirem que a revogação desta aberração está a chegar... Sabe que não é só Portugal a querer revogar esta parvoíce?! A ortografia portuguesa (em Portugal) foi limada à perfeição... sem qualquer "gordura” ao longo dos séculos... Até que este desacordo foi martelado sem qualquer lógica ou fundamento e tentaram, sem sucesso, que os Portugueses escrevessem aberrações e incongruências... Por que lhe custa tanto ver os Portugueses, com um pingo de inteligência, a defenderem a Língua Portuguesa?
Ainda está por nascer aquele que terá alguma coisa POSITIVA a dizer a favor desta aberração. As reformas de 1911 e 1945 foram contestadas por poucos e por pouco tempo, e, na altura, estavam no terreno apenas o Brasil e Portugal, e os motivos dessa pouca contestação não tiveram nada a ver com a DESTRUIÇÃO da Língua, mas com as mudanças que muito naturalmente alguns não aceitam bem.
Contudo, HOJE, estão mais SEIS países a mandar às malvas o AO90, à excepção de Cabo Verde (porque a Cabo Verde interessa este servilismo a Portugal, por motivos completamente alheios à Língua, até porque eles adoptaram o Crioulo Cabo-Verdiano como Língua Oficial, e estão-se nas tintas para o Português acordizado, tido como língua estrangeira, que ninguém quererá aprender). O AO90 está a ser contestado desde o dia em que foi malparido, já lá vão 29 anos, e nestes 29 anos, milhares de escreventes de Português estão continuamente a protestar, e o AO90 só ainda não foi atirado ao lixo, porque vivemos numa DITADURA SOCIALISTA, pior do que a salazarista, porque a salazarista não se disfarçava de democracia.
O motivo actual da contestação ao AO90 NÃO É a evolução natural da ortografia, mas a sua destruição e descaracterização. E é isto que os acordistas não têm capacidade para encaixar.
Aceite isto, senhor João Abreu, e viverá feliz no paraíso. Até lá, com estes seus comentários, só contribui, ainda mais, para o enterro do aborto ortográfico. E nós só agradecemos.
Isabel A. Ferreira
Atentem nesta imagem:
Mostrei-a a duas crianças, uma de dez anos (4º ano) e uma de sete anos (1º ano), e disse-lhes: «Vejam esta imagem e digam-me se encontram nela alguma coisa que não está correcta».
Olharam atentamente e em segundos disseram quase ao mesmo tempo: «É a bandeira brasileira que está mal».
E está mal porquê? Perguntei.
Porque a bandeira que devia estar ali era a portuguesa, porque o Português é de Portugal. Quem respondeu foi a criança mais nova, demonstrando uma certa indignação (que não me surpreendeu) e a mais velha concordou, sem pestanejar.
Destas bandeiras apenas conheciam a espanhola e a brasileira. E obviamente a portuguesa que ali não está.
Depois teceram várias considerações acerca disto, não muito favoráveis a Portugal.
Entretanto, fui referenciando as outras línguas europeias, que ali estão representadas, com as bandeiras dos respectivos países, de onde são oriundas.
Então porquê o Inglês, cuja origem está em Inglaterra, não está representado pela bandeira inglesa? A pergunta foi inevitável.
Porque este é um site norte-americano, onde se fala e escreve o Inglês Americano, ligeiramente, e apenas ligeiramente, diferente da Língua Inglesa original, por isso, está, naturalmente, representado pela bandeira dos Estados Unidos da América, e não pela da Inglaterra.
Compreenderam.
Expliquei-lhes também quais daqueles países foram colonizadores e deixaram a sua Língua espalhada por esse mundo fora: Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Rússia.
As línguas destes países estão ali representadas pelas respectivas bandeiras, à excepção da Inglaterra (por motivos compreensíveis) e Portugal (por motivos incompreensíveis), se bem que sendo o site americano, o Português transpôs-se para brasileiro.
Na Língua Castelhana (mais correcto do que “espanhol”, de acordo com professores universitários) poderia lá estar a bandeira da Argentina, maior país sul-americano de expressão castelhana, também com as suas (poucas) diferenças do original. Mas não está, porque de facto, a Língua Castelhana (nome da comunidade linguística, Castela, que lhe deu origem nos tempos medievais) é língua europeia, oriunda de Espanha). É falada por mais de 500 milhões, mas a língua é de Espanha.
A Língua Francesa é a Língua oficial de 29 países, a segunda língua mais estudada no mundo, a seguir ao Inglês. Cerca de 500 mil a falam e escrevem, contudo, o seu a seu dono.
Aproveitei a ocasião para proporcionar às duas crianças uma aula de História, de Geografia e de Línguas, com base na História, na Geografia e nas Línguas, e não com base nas vontades dos políticos, que nada sabem de História, de Geografia e, principalmente, de Línguas.
Bem, o que quero dizer com isto?
Quero dizer que até as crianças conseguem ver o que os governantes portugueses não vêem, ou se recusam a ver, por alguma cegueira mental, ou por mera conveniência obscura.
Quero dizer que a bandeira que deveria ali estar a representar o Português, era a portuguesa, porque o Português é língua europeia, tal como o Alemão, o Tcheco, o Grego, o Castelhano, o Francês, o Italiano, o Neerlandês, o Polaco, o Esloveno, o Sueco, ali representadas pelas bandeiras dos respectivos países. Exceptuando a Língua Inglesa que, sendo aquele um site norte-americano, é natural que a Língua Inglesa (na sua versão americana), esteja ali representada pela bandeira americana, embora não devesse estar.
A bandeira brasileira, representando uma língua europeia, entre línguas europeias, não está, de todo, correcto.
Portugal deixou de ser um país, para se reduzir à condição de colónia?
Acham isto normal (parafraseando José Eduardo Moniz, no seu Deus e o Diabo)?
Eu não! Nem as crianças.
Isabel A. Ferreira
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Links para o citado site:
https://www.gatestoneinstitute.org/about/contact/
https://www.gatestoneinstitute.org/about/
O que anda, pode desandar. O que se faz, pode desfazer-se. E os erros são para corrigir, não para perpetuar. Diz o senso comum.
E a política deve ser praticada com a inteligência proveniente de um cérebro alojado na cabeça dos homens, e não com a “inteligência” alojada na cabeça do dedo mindinho dos pés dos homens.
Só a visão dantesca do caos ortográfico, generalizado em Portugal, inclusivé nas páginas oficiais dos governantes, imcluindo na da Presidência, deveria ser o bastante para que o aCtual governo português e o próprio presidente da República, que tem vergonha de tanta coisa, mas não, da mixórdia ortográfica, que pratica e consente, dessem o dito pelo não dito, e desandassem com o que andou mal, e desfizessem o que se fez mal, e corrigissem o monumental erro que foi obrigar a função pública e os organismos afeCtos ao Estado a aplicarem, sem qualquer base legal, uma ortografia mutilada, oriunda do Brasil.
Mas o mais insólito é o faCto de a resolução do conselho de ministros (assim em minúsculas, porque me apetece) onde foi parida a “ordem de marcha do AO90”, e que seria, alegadamente, apenas “obrigatória” para funcionários públicos e organismos do Estado, andar por aí a ser aplicada em certos meios de comunicação social, que nos garantem que adoPtam o AO90 porque foi obrigatório para os funcionários públicos e órgãos do Estado, como se eles fossem funcionários públicos ou órgãos do Estado; e também agora em anúncios, como se as empresas publicitárias fossem funcionalismo público ou órgãos estatais.
E é que, no meio disto tudo, ninguém, dos que aplicam a ortografia brasileira, se pergunta se são obrigados, por lei, a fazê-lo, uma vez que uma resolução do conselho de ministros não tem valor de Lei. Farão isto por modismo, por servilismo, por ignorância, ou pelo prazer da imitação?
Se gostam de imitar, imitem, ao menos, os idiomas europeus, os “parentes” mais próximos da Língua Portuguesa.
Posto isto vamos à sugestão:
Atentem nesta nota explicativa, que justifica do modo mais idiota possível, a mutilação das palavras:
Pois se o problema (para os adultos cabeças-duras, não para as crianças, que são inteligentes e conseguem aprender tudo, com a maior facilidade) é como saber que em concePção, direCção, etc., se vai escrever o pê e o cê, se não os pronunciam, sugiro algo muito mais simples e que evita mutilar as palavras que, sem as consoantes, ficam com a aparência de palavras carecas. Sugiro, então, que se comece a pronunciar as consoantes, que não se pronunciam, porque, afinal, já se lê algumas, por que, não todas?
Não, não me venham dizer que isto é retroceder na linguagem, porque não é. Isto é simplesmente «unicuĭque suum», expressão latina que significa «a cada um o (que é) seu», que no contexto da ortografia, significa «a cada palavra o que é dela, ou seja, todas as letras de que ela é composta».
Uma vez que pronunciamos contaCto, paCto, faCto, impaCto, por que não pronunciar aCto (aCção), e deixarmos o vocábulo intaCto, sem aquela aparência de palavra careca? É que ato, é do verbo atar, e atados e mudos estão todos os que não sabem escrever…
Se pronunciamos egíPcio, egiPtólogo, egiPtologia, não nos custa nada dizer EgiPto ou custa? (Aliás, eu sempre pronunciei o pê de EgiPto, por uma questão de coerência linguística), e a palavra que, com o AO90 inacreditavelmente perdeu o pê, não se transformaria em nome próprio masculino Egito, como em Egito Gonçalves, nosso grande poeta, até porque em nenhuma outra língua culta, EgiPto perdeu o pê. No Brasil perdeu o oê, para emitiram o s Italianos, que, como se sabe, nisto da linguagem têm grande influência no Brasil. Eles escrevem Egitto, tal como Nettuno e Umiditá (que os Brasileiros escrevem Netuno e Umidade, por influência italiana, e tantos outros vocábulos). Italianizaram milhentos vocábulos, e ainda querem que isto tenha alguma coisa a ver com Português? Os Italianos, ao menos substituíram os pês, por duplo tê. Mas os Brasileiros raparam as palavras e elas ficaram carecas.
Veja-se o que nos diz Fernando Kvistgaard: «Já agora, em Dinamarquês escreve-se: aktør, faktor, reaktor, sektor, protektor, eksakt, baptisme, optimum, e também Egypten, optik, faktum, receptionist, projekt, direkt, etc., etc.»
É que as línguas cultas não albergam palavras mutiladas. Em Dinamarquês, bem como em todas as outras línguas europeias, nestas e noutras palavras, pronunciam-se os cês e os pês, porque todas pertencem à grande família indo-europeia, tal como a Língua Portuguesa.
Ora, se a intenção é simplificar, que se simplifique a sério: é muito mais fácil pronunciar e escrever os pês e os cês, em TODAS as palavras, do que andar ó tio, ó tio, o que é que se corta, o que é que não se corta, em cada palavra, e transformarem a linguagem na mais imbecil mixórdia, sem precedentes em Portugal, e caso ÚNICO no mundo.
Além disso a pronúncia ficará semelhante à das outras línguas europeias, e as nossas crianças, que estão a aprender Inglês ou outra Língua, não terão a mínima dificuldade em dizer (diréCtôr) e escrever direCtor, em Português, bem como dizer (dairéCtâr) e escrever direCtor em Inglês.
Eu, que escrevo correCtamente as palavras, comecei já a pronunciar as consoantes que não se pronunciam, para que os meus netos as ouçam, e saibam que ali existe um cê ou um pê, embora desgraçadamente, na escola, tenham de escrever as palavras incurrêtâmente. Juntando a isto, ofereço-lhes livros infantis escritos em Bom Português, espólio da minha Biblioteca, e com isto vou amenizando o prejuízo de viverem num país em que lhes impingem gato por lebre. E se algum me pergunta o porquê de nos meus livros estar escrito coleCção, e nos da escola “coleção”, digo-lhes a verdade: coleCção é Português, “coleção” é brasileiro, e aculpa disto é dos professores e dos governantes, as duas classes mais desprestigiadas da actualidade. E não é só por causa da mixórdia que impimgem aos alunos.
Bem, esta parte da mutilação, ficaria, deste modo, facilmente resolvida, porque ao pronunciarmos as consoantes, não há como errar.
No que respeita à acentuação e hifenização, é seguir as regras mais básicas, já existentes, da Gramática, e não inventar modismos acordistas, para constar que o Brasil também teve alterações na sua grafia, porque a língua não é apenas som, mas também imagem, e as crianças deteCtarão automaticamente as faltas dos acentos em palavras como pára, ou vêem, dêem (não ficam mais compostinhas estas palavras com o chapeuzinho?) etc..
Quanto aos hífenes, as palavras que se formaram com a supressão dos hífenes são tão horrorosas, tão inestéticas, tão absurdas, que qualquer criança se assusta com estas aberrações ortográficas: autorretrato; antirreligioso; contrarreforma; contrarregra; radiorrelógio; autorradiografia; arquirrival; antirracional; contrarrazão; antirracial; antirrevolucionário; suprarrenal… entre outras, que ao ler parecem um trava-línguas, e ficamos com a garganta arranhada...
Não será visualmente mais elegante e muito mais percePtível (essa é a função dos hífenes) logo à primeira leitura: auto-retrato, anti-religioso, contra-reforma, contra-regra, radio-relógio, auto-radiografia, arqui-rival, anti-racional, contra-razão, anti-racial, anti-revolucionário, supra-renal, do que aqueles palavrões cheios de erres, assarrabulhados e de difícil compreensão para as crianças?
Se a intenção foi facilitar só complicaram. E de que maneira!
A nossa Língua é tida como uma das mais belas do mundo, também pelo seu visual elegante, e querem transformá-la numa aberração gráfica, com palavras mutiladas, umas, e carregadas de letras outras? O que pretende o governo português? Matar a Língua Portuguesa, para agradar aos brasileiros incultos? É que os Brasileiros Cultos têm tanta aversão a isto como nós.
Pois aqui fica a minha sugestão. Penso que será mais viável, do que o mixordês que anda por aí a apunhalar a Língua Portuguesa, sem dó, nem piedade.
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