Primeiro: O AO90 não é um acordo. É um falso acordo. Trata-se da imposição aos países ditos lusófonos, da ortografia brasileira, assente na mutilação de vocábulos, que fazem parte do léxico Português, a qual apenas uns poucos, em Portugal, servilmente e cegamente, aceitaram pôr em prática, por motivos estranhos e obscuras negociatas.
Segundo: O falso AO90 não é um acordo, porque apenas três países concordaram, e muito menos ortográfico. Se alguma coisa for será algo (t)ortográfico, sem ponta por onde se lhe pegue.
Terceiro: A respeito desta matéria, não reconheço competência alguma nem ao actual governo português, nem a quem quer que seja que, baseado numa descomunal ignorância quer impor aos Portugueses a ortografia brasileira que, perdendo as suas raízes latinas, a sua matriz etimológica, e ganhando outras raízes, que nem sequer sabemos quais são, não é a Língua Portuguesa. E não sendo a Língua Portuguesa é ilegítimo utilizá-la em Portugal, pelo simples querer de ministros desabilitados nesta matéria.
Quarto: Assim sendo, e como cidadã legitimamente portuguesa, recuso-me a aceitar que a minha Língua Materna seja imposta a Portugal, na versão brasileira mutilada, desenraizada e cheia de erros, dos mais básicos, exercendo, deste modo, o meu dever de resistir a qualquer ordem que ofenda o meu direito de escrever correCtamente a Língua Oficial de Portugal, ainda em vigor, ou seja, a preconizada na Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945, que lei nenhuma revogou, e o direito à minha liberdade de dizer NÃO a algo que é ilegal, inconstitucional e lesa a Soberania e Identidade Portuguesas.
Isabel A. Ferreira
Se é, tenho a dizer que isto não é uma ortografia, é uma tortografia, feita de palavras tortas, sem sentido e rectidão, onde se ababelam as letras.
Os vocábulos que constituem o Léxico da Língua Portuguesa, da original, da verdadeira, têm dignidade. Todos eles.
E estes, os que os linguicidas inventaram e agruparam num monstro chamado AO90, além de não terem a mínima dignidade, são meras letras que se juntam e nada significam.
O que será contato? Extração? Ação? Atividades? Projetos? Exceto? Receção? Setor? Adotar? Teto? Arquiteto?
«A aplicação do Acordo Ortográfico na administração pública. Perante isto, o poder político prefere continuar a fingir que está tudo bem. Já os defensores do acordo, em desespero de causa e reconhecendo implicitamente os danos provocados, lançam agora alertas sobre os novos erros (http://goo.gl/RzIhP2).
Depois de um processo forçado, atabalhoado e precipitado, a forma de lidar com os seus nefastos efeitos tem sido ainda pior.»
Imagens daqui: http://www.jf-areeiro.pt/
Fonte: Tradutores Contra o Acordo Ortográfico
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