«Não usarei este AO90 por não ser normal…»
Quem o diz é um Professor:
«Por cá, as luminárias políticas, que se dobram em salamaleques de obediência estúpida a valores que nada têm a ver com cultura, querem impor um acordo protervo, iníquo, vil e pérfido. Muitos dos nossos agentes políticos (nomeadamente os que ainda estão na governação) não sabem proferir uma frase em condições, proferem "acórdos", "precaridade" e outras bojardas que tais. São os mesmos que acham de bom tom falar na "alavancagem da economia", no "élan dos mercados", no "respaldo das reformas" e etc.. Não usarei este AO90 por não ser normal nem profícuo para a nossa Língua. E sempre posso usar o artigo 21 da CRP...»
Mário Ribeiro Caiado
***
Mário Ribeiro Caiado é um homem com a mente bem aberta! “Gandarês de gema” – como se auto-intitula, este professor que já dá aulas há 41 anos – a maior parte do tempo em Vale de Cambra, onde reside – define-se um homem “muito curioso”, que enveredou pela área das línguas, pois a cultura em geral e a “origem das palavras” sempre o apaixonou. Formado em Filologia Germânica, deu – e ainda dá – aulas de Inglês, Alemão, Espanhol e Português. Mais sobre Mário Ribeiro Caiado, neste link:
http://miraonline.pt/um-homem-com-a-mente-bem-aberta/
O AO90 gerou uma anormalidade intrínsica e extrínseca a ele. É de lamentar que os restantes professores portugueses não tivessem usado o Artigo 21 da Constituição da República Portuguesa: Direito de Resistência, para pôr fim a esta anormalidade.
Pois é, o Povo ainda não se apercebeu de que os governantes são nossos serviçais, porque somos nós que lhes pagamos os salários, para que nos governem a Casa, ou seja, o País, tarefa que eles cumprem mal e parcamente. Por sua vez, os governantes não têm a noção de que são nossos serviçais, julgando-se uns deuses, e fazem o que bem entendem em proveito dos lobbies a quem servem mais do que ao Povo e a Portugal.
A Educação está um caos. Mas é o caos na Educação que convém aos governantes, porque, desse modo, manterão o povo domesticado. Um Povo instruído e educado não se verga aos políticos, como uma boa fatia do povo português se verga, por falta de instrução, educação e cultura.
Eu já fui professora de Língua Portuguesa. Mas já não sou, infelizmente.
Porque se fosse, ter-me-ia RECUSADO a ensinar DISPARATES aos meus alunos, como me recusei a ensinar DISPARATES HISTÓRICOS, quando dei aulas de História, e isto no ano lectivo de 1973/74, era eu ainda bacharel, e estava debaixo das patorras da ditadura.
Depois veio o 25 de Abril, e acabaram com a História. Puseram-nos a dar uma disciplina, na qual tínhamos de INVENTAR a matéria: Alimentação, Habitação e Vestuário.
Foi então que decidi abandonar o Ensino, por andar às turras com o SISTEMA. Ainda tentei resistir, contudo, a aversão de servir um Sistema caduco, que, apesar da Revolução de Abril, continuou com um pé enterrado no passado, foi mais forte.
Ainda hoje continuo às turras com o Sistema, pelos mesmos motivos e por muitos outros. Sem regalias. Sem reforma. Sem subsídios. Nada devo ao Estado. O Estado deve-me tudo, até porque o ajudo a pagar os salários dos que (des) governam o meu País.
Dediquei-me ao Jornalismo Freelance, para continuar a lutar por DIREITOS e pela nova Constituição da República Portuguesa, gerada pela Revolução de Abril, e que os governantes não cumprem.
É que se quisermos entrar na engrenagem, que faz avançar o mundo, é preciso, antes de mais, aprendermos a perder regalias.
E eu perdi regalias, mas não perdi a minha liberdade, e tenho a certeza de que já contribuí bastante para agitar as águas, no meu País, infelizmente muito estagnado, para o meu gosto, no que diz respeito à evolução de mentalidades.
Portugal jamais será um grande PAÍS enquanto as mentalidadezinhas forem pequenas, e continuarmos a falar e a escrever anormalmente a Língua que é a nossa: a Portuguesa, a Indo-europeia, a Românica, a Greco-latina.
Isabel A. Ferreira
… porque neste Lugar, onde se pugna pela objectividade; onde se apresentam factos corroborados, mas também opiniões de gente lúcida; e onde a jurisprudência (ciência do Direito e da Legislação) fala mais alto do que qualquer delírio político, não há lugar para ambiguidades, nem para obstáculos, nem para mistérios.
Tudo neste Blogue é uma questão de Justiça, e uma vez que o meu compromisso é essencialmente para com os meus leitores, impõe-se que eu justifique o mencionado no título desta publicação.
Fonte da imagem: http://www.panoptica.org/o-que-e-a-teoria-da-justica/
A gigantesca iliteracia que impediu a interpretação acertada dos textos que denunciam a gigantesca fraude que envolve o AO90, e que já foram publicados neste Blogue, obrigou-me a um indispensável esclarecimento, que me pareceu pertinente, uma vez que muitos foram os meus “leitores-predadores” (não confundir com os meus leitores) que me acusaram de estar a inventar estas fraudes e de as assinar como Conselho Internacional de Oposição ao Acordo Ortográfico de 1990.
Daí que nada mais natural do que vir a público esclarecer o que aos olhos de alguns não estava claro, e andavam a difundir mentiras, também porque abomino que me acusem de coisas que não faço, nem sou, e aproveitei, igualmente, a ocasião para pôr os pontos em certos iis, para que não houvesse qualquer dúvida.
Esse esclarecimento pode ser consultado neste link:
Acontece que o CIO-AO1990 não gostou da minha justificada atitude.
Por conseguinte, como a autora do Blogue sou eu, eu é que estou a dar a cara por esta causa, eu é que recebo as acusações dos leitores-predadores, que andavam a disseminar mentiras, logo, não tendo patrões, não recebo ordens de ninguém. Aliás, devo dizer que no tempo em que tinha patrões, se eu não concordasse com a ordem, recusava-me a cumpri-la, ainda que me despedissem (no entanto nunca fui despedida por este motivo, mas já o fui por incomodar políticos e lobbies).
Acontece que isto gerou um qui pro quo entre a minha pessoa e o CIO-AO1990, e, como não gosto de qui pro “quos”, decidi não colaborar mais com este Concelho.
Tal significa que as denúncias vão prosseguir, porque ainda falta denunciar a parte mais fraudulenta, provavelmente noutro lugar, num lugar, naturalmente muito mais adequado do que este modesto Blogue, com uma blogueira muito insubmissa.
Entretanto, será dado um próximo passo no combate a esta fraude, em que está envolvido o AO90 que, nem que chova raios e coriscos, não há-de ficar impune.
As denúncias das fraudes podem ser consultadas, nestes links:
«Governos de Sócrates e Lula mentiram sobre o Acordo Ortográfico»
(Parte I)
«Acordo Ortográfico de 1990 nu nca entrou em vigor»
(Parte II)
«São Tomé e Príncipe nunca entrou no «Acordo Ortográfico» de 1990»
(Parte III)
«Cabo Verde nunca se vinculou ao «Acordo Ortográfico» de 1990»
(Parte IV)
«Cabo Verde não tem «instrumentos de ratificação» dos protocolos ao Acordo Ortográfico de 1990»
(Parte IV-A)
«A data do depósito do «instrumento de ratificação» do 1º protocolo de Cabo Verde é falsa»
(Parte IV-B)
«A data de depósito do «instrumento de ratificação» do 2º protocolo de Cabo Verde também é falsa»
(Parte IV-C)
«Brasil e Portugal declararam datas discrepantes do Acordo Ortográfico de 1990»
(Parte V – Brasil)
(Parte V-A)
Isabel A. Ferreira
. Ano novo, luta velha, por...
. O processo da denúncia da...