Terça-feira, 24 de Agosto de 2021

Reduzir a língua escrita ao modo de dizer, não tendo em conta a etimologia das palavras, é um acto de incultura

 

ASPETO.PNG

 

A legenda desta imagem (retirada do documentário “Primeiras Civilizações”, na RTP 1) lê-se do seguinte modo, de acordo com as regras gramaticais da Língua Portuguesa: «u fâtôr âtrâtivo érâ u âspêto sucial».

 

Se alguém for capaz de me demonstrar, através de argumentos relacionados com as Ciências da Linguagem ou com a Evolução da Língua que as palavras a negrito têm alguma relação com a cultura linguística portuguesa, eu atiro a toalha ao chão, [não esquecer que passámos de ella para ela, porque a supressão de um dos L não mudava a pronúncia, nem o sentido do vocábulo, e isto é que se encaixa na linha evolutiva da Língua].

 

Aqui há tempos, perguntei a um determinado líder político, qual a posição do seu Partido acerca do AO90.

 

A resposta veio assim, via e-mail: “Eu, pessoalmente, escrevo e continuarei a escrever como sempre escrevi, mas o Partido, constituído maioritariamente por gente mais jovem, entende que a língua é um organismo vivo em evolução, portanto, estando o AO90 nessa linha evolutiva, optaram por aplicá-lo».

 

Esta seria a resposta perfeita, se o AO90 tivesse alguma coisa (ainda que muito remotamente) a ver com a linha evolutiva da Língua. Que é um organismo vivo, é verdade. Mas que retroceda de Língua para Variante dela própria, já nada tem a ver com vida ou com evolução, mas somente com um retrocesso assente numa espantosa ignorância.

 

Acontece que o AO90 nada tem a ver, nem de perto nem de longe, nem pouco mais ou menos, com evolução alguma. Muito menos da Língua.

 

E porquê?

 

Simplesmente porque o AO90 não foi engendrado a partir de motivações evolucionistas da Língua, ou assente nas Ciências da Linguagem, mas tão-só em interesses económicos de uns tantos editores/livreiros brasileiros e portugueses (reparem que eu não incluo aqui os africanos de expressão portuguesa, porque esses não foram para ali chamados) e, por arrasto (porque nestas coisas de interesses económicos sempre se vai por arrasto), de uns tantos políticos portugueses que, sem o menor pejo, patriotismo ou sentido de Estado, decidiram vender a Língua Portuguesa, culta e europeia (é bom referir este pormenor) ao Brasil e impor ilegalmente, vergonhosamente, impatrioticamente, a ortografia de 1943, adoptada unilateralmente pelo Brasil, e adaptada em 1990, à qual retiram uns acentos e uns hífenes , e chamaram-lhe Acordo Ortográfico de 1990,  algo tirado, à força, da ignorância mais profunda sobre a Língua Portuguesa, um dos maiores símbolos da Identidade de Portugal, aquele que exprime o ser e o sentir de todo um povo, porque sem a Língua, expressão oral e escrita, como saberíamos dos feitos tão excelentemente cantados por Luís Vaz de Camões?

 

A Língua de um povo diz da dignidade desse povo. Não pode ser o simples linguajar que os iletrados utilizam para se comunicarem entre si.

 

Quis o destino que Portugal, por ser um pequeno país, entalado entre o Oceano Atlântico e a gigantesca Espanha, ousasse rasgar as águas desse mar, em busca de outros mundos, para poder sobreviver.

 

Quis igualmente o destino que os Portugueses fossem um povo destemido e dotado para as marinhagens, e que «navegando mares nunca dantes navegados», de légua em légua, foram descobrindo terras, nelas se fixando e deixando a “marca” de Portugal.

 

Não caberá aqui discutir o mérito ou o demérito da colonização portuguesa, que não foi nem pior nem melhor do que a dos outros povos colonizadores.

 

Chegados aqui, falemos da Língua que deixámos aos povos que foram sendo colonizados, e que, no caso do Brasil (o grande responsável pela disseminação do mau Português, perdoem-me os meus quase compatriotas brasileiros, mas isto é um facto) foram primeiramente os indígenas (os mais genuínos daqueles que vieram a denominar-se brasileiros), e depois os colonos portugueses e de muitas outras origens, que foram assentando arraiais no gigantesco território que os Portugueses conseguiram tornar seu.

 

Até 1822, o Brasil (achado em 1500) existiu sob o “domínio português”. Mas depois desta data, já com brasileiros de terceira geração, libertaram-se desse domínio, e o que os recém-libertos fizeram com essa liberdade, também não é agora para aqui chamado.

 

O que é para aqui chamado é que esses brasileiros, por vontade própria, adoptaram a Língua Portuguesa como língua oficial (e poderiam ter escolhido qualquer uma das muitas línguas indígenas que então existiam) a qual foi sendo enriquecida pelo léxico autóctone e dos vários povos que no Brasil se foram fixando, incluindo o riquíssimo léxico africano, levado pelos escravos.

 

E isso foi muito bom para a Língua Portuguesa.

 

O que não foi bom foi o facto de, a dada altura, os políticos marxistas brasileiros, avessos ao colonialismo (como se pudessem mudar a História) para baixarem o elevado índice de analfabetismo,  decidirem simplificar e deslusitanizar arbitrariamente, a língua escrita, retirando-lhe as consoantes mudas, sem terem a mínima noção de que, ao fazerem-no, estavam pura e simplesmente a mutilar a língua, introduzindo palavras que antes tinham nexo e, bruscamente, por mera vontade política, deixaram de não ter sentido, nem origem, nem história, e transformaram-se em erros ortográficos (e passo por cima dos outros erros, incluindo os da concordância, espelhados também na linguagem oral). 

 

Além desta mutilação, castelhanizaram, italianizaram, americanizaram, afrancesaram a Língua Portuguesa, de tal forma que ela deixou de ser portuguesa e passou a ser uma mescla de várias línguas, algumas delas traduzidas à letra (e disto há inúmeros exemplos que ando a catalogar).

 

E são precisamente essas palavras mutiladas e mescladas, sem qualquer motivação científica ou evolucionista, que os políticos portugueses impatriotas e completamente desinformados (se é que me entendem) impingiram aos portugueses mais servilistas e acríticos, porque sim, por teimosia, por ignorância, por meros interesses económicos, por conveniências políticas obscuras.

 

Concluindo: não existe, nem pode coexistir um Português de Portugal e um Português do Brasil.

 

O Português é Português em qualquer país lusófono. Ponto final.

 

Dentre os oito países que fazem parte da Lusofonia (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor) apenas o Brasil desvirtuou a Língua Portuguesa, e não foi por motivos evolucionistas, como já referi.

 

O Português, dito do Brasil, não é mais do que uma Variante do Português, na sua versão mais pobre, ortograficamente falando, porque desenraizada da sua matriz culta greco-latina. Mas não só.  Também na Fonética/Fonologia, no Léxico, na Morfologia, na Sintaxe, na Semântica, a Língua que se fala e escreve no Brasil já é outra Língua - uma Variante da Língua Portuguesa.

 

Não existe um Português de Angola, ou de Moçambique ou de Cabo Verde, ou da Guiné, ou de São Tomé e Príncipe, ou de Timor.

 

O que há é muitos modos de dizer. A expressão oral pode variar até de cidade para cidade, dentro de um mesmo país. Mas não a escrita. A escrita é a portuguesa.

 

Os Brasileiros até podem dizer “mulé”, “muié”, “mulherrr”, mas se escreverem mulher, escrevem correCtamente.

 

Não critico o modo de falar de nenhum povo, se bem que falar bem não fica mal a ninguém.

 

Reduzir a língua escrita ao modo de dizer, não tendo em conta a etimologia das palavras, é um acto de incultura.

 

É triste, muito triste, vermos a nossa bela Língua Portuguesa escrita por aí, em documentos oficiais, nas televisões (as maiores divulgadoras da Língua deturpada), em jornais e revistas (salvo raras excepções), em  livros de (alguns) escritores menores, com a puerilidade de uma criança que acaba de se sentar nos bancos da escola primária, para aprender as primeiras letras, e junta-as conforme as ouve:

 

«Çaberão vóçax eisçelênciax u tamanhu da inurmidade da vóça falta de cunheçimentu da língua purtugeza [aqui o U não se lê, daí ser purtugeza, à moda acordista]?»

 

Tenham vergonha na cara, tenham dignidade, tenham a hombridade e a coragem de restituir a Portugal a ortografia portuguesa. Poderemos não ser milhões, mas somos milhares, e não nos embaraça nada ser uma das línguas minoritárias da Europa. Atrás do Português estão o Finlandês, o Dinamarquês, o Sueco. E estes três povos sofrem de algum complexo de inferioridade por causa disso? Obviamente que NÃO. Os Portugueses também NÃO!



Apenas os políticos portugueses e os seus servis seguidores, sofrendo desse complexo, arrastam-se atrás dos milhões, ainda que façam figura de parvos, e sejam gozados, por isso, em toda a parte.

 

Isabel A. Ferreira

***

 

Nota marginal:

 

Crítica de Pedro Luís Azevedo a este texto no Grupo «Em ACção contra o Acordo Ortográfico»

 

Discordo absolutamente da opinião da autora sobre um suposto abastardamento linguístico da nossa língua comum pela variante brasileira face à geratriz portuguesa.

Ambas têm rigorosamente a mesma valia. Há muitas palavras que, não fosse o Brasil, teriam desaparecido da língua viva portuguesa.

E muito mais.

E acho um erro crasso criar divisionismos artificiais na luta contra o "A"O90, até porque muitos expoentes da cultura brasileira rejeitam igualmente o aborto ortográfico.

 

Defesa do texto pela autora Isabel A. Ferreira

 

Pedro Luís Azevedo o senhor tem toda a liberdade de discordar da autora do texto.

Eu, pela minha parte, concordo com o senhor: a Língua Portuguesa e a Variante Brasileira da Língua Portuguesa têm, de facto, a MESMA VALIA: a Variante Brasileira da Língua Portuguesa tem valia no Brasil; a Língua Portuguesa tem valia em Portugal e nos países lusófonos que não aderiram ao AO90, assente na ortografia brasileira de 1943.

Aqui não se trata de criar divisionismos. Aqui há que defender a Língua Portuguesa, de Portugal, e a Variante Brasileira, do Brasil, que é o que fazem os expoentes da Cultura Brasileira, que MUITO prezo, porque no Brasil o aborto ortográfico limita-se aos acentos, nomeadamente ao trema, e hífenes, cuja supressão criou palavras HORROROSAS. Em Portugal são os acentos, os hífenes e a GRAFIA (que no Brasil ficou impoluta, e em Portugal foi mutilada, nada tendo a ver com a nossa Cultura linguística greco-latina.)

Quanto às muitas palavras que, não fosse o Brasil, teriam desaparecido da Língua viva portuguesa, há muitas, muitas outras que foram americanizadas, afrancesadas, italianizadas, castelhanizadas e deixaram de ser portuguesas. Certo?

Nada contra a Variante Brasileira. Tudo contra a imposição da Variante Brasileira aos Portugueses. E é isto que aqui está em causa.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Segunda-feira, 8 de Junho de 2020

O “Dia 10 de Junho” já foi um dia de orgulho para Portugal. Hoje, nem por isso – O dia foi desvirtuado…

 

O "10 de Junho" de 2020 vai ser recordado (não celebrado) no Mosteiro dos Jerónimos, apenas com oito presenças: presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro; presidentes do Tribunal Constitucional, do STJ, do STA e do Tribunal de Contas; e o Cardeal Tolentino de Mendonça.

 

E Marcelo Rebelo de Sousa explica: «O 10 de Junho será como achei que deveria ser o 25 de Abril e o 1.º de Maio”.

 

Será? Eu faço outra leitura desta “celebração” minguada.  

Vejamos.

 

CAMÕES TONÉ.JPG

 

No 10 de Junho (data da morte de Luís Vaz de Camões, em 1580) celebra-se (ou devo dizer celebrava-se?) o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mas também o Dia da Língua Portuguesa, da nossa Língua Mãe, da original, da europeia – a Língua de Camões - que transferiram para 5 de Maio, para ser o Dia (Mundial) da Língua Portuguesa, começando logo aqui o desvirtuamento desta lembrança.

 

O que os Portugueses celebravam (não celebram mais) no 10 de Junho era um Portugal que está a perder (se é que já não perdeu) a sua identidade linguística e cultural, ao alienar o seu mais precioso Património Cultural Imaterial - a sua Língua Portuguesa - porque uma Língua também é a sua ortografia, e esta anda por aí mutilada, esfarrapada, depauperada, afastada das suas origens indo-europeias, transformada no dialecto (=variante) de uma ex-colónia (Brasil). O que anda por aí mal escrita e mal falada já não é a nobre e celebrada “Língua de Camões”, mas tão-só uma mixórdia ortográfica e verbal, de que milhares de Portugueses, dentro e fora de Portugal (nas tais Comunidades Portuguesas), se envergonham.

 

Ó Tágides minhas, que me inspirais estas palavras, dizei-me o que há para celebrar neste dia 10 de Junho, no Mosteiro dos Jerónimos, onde descansam os imortais poetas Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa, que souberam honrar Portugal, espalhando a glória dos seus feitos e da sua Poesia, por esse mundo onde os Portugueses se abancaram?

 

Ó Tágides minhas, dizei-me que espécie de homens são estes, que entrarão no Templo e, diante dos túmulos destes imortais, soltarão ao vento vãs palavras, eivadas de vil hipocrisia, quando dos seus actos fazem atos, sem qualquer sentido, desonrando, desta forma, a memória de quem dignificou Portugal, com feitos valorosos.  

 

O 10 de Junho já não é o Dia de Portugal, mas de um País cujos governantes o venderam por trinta dinheiros.

 

 O 10 de Junho já não é o Dia de Camões, pois para o ser, os que vão aos Jerónimos não deviam fazer-de-conta que o celebram, pois se só o desonram, ao desonrarem a Língua que ele representa, e sabemos como o presidente da República de Portugal, a desonra, na sua página oficial!  



O 10 de Junho já não é o Dia das Comunidades Portuguesas, porque a identidade portuguesa está a desmoronar-se como um castelo de areia, construído junto à língua das ondas, na orla das águas, das praias do Oceano Atlântico…

 

O 10 de Junho já não é o Dia da Língua de Camões, porque essa está a aguardar que a libertem dos calabouços do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, onde a mantêm impiedosamente cativa.

 

E é essa Língua Cativa, que me mantém activa, por isso,  celebro-a, todos os dias, neste Lugar, onde a Língua Portuguesa chora e clama para que a libertem, e o 10 de Junho possa ser celebrado com a dignidade que merece.

 

CAMÕES.png

Belíssimo poema de Camões, eternizado por um outro imortal português, Zeca Afonso, nesta belíssima balada.

 

 

Esta é a NOSSA CULTURA, a que devia ser celebrada, no 10 de Junho. Não a queiram esmagar.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:52

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Terça-feira, 5 de Abril de 2016

A melhor forma de comemorar o "Dia de Camões" é devolver a Portugal a Língua Portuguesa

 

Este foi o título de um pequeno texto que escrevi em 2015, na véspera das comemorações do dia 10 de Junho, era presidente da República Aníbal Cavaco Silva.

 

Luís Vaz de Camões.jpeg

 

 E hoje torno a repetir (assim mesmo: torno a repetir, porque é preciso repetir muitas vezes para que os emperrados das ideias possam ter uma oportunidade de entender):

 

«Amanhã, o governo português pretende celebrar o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades, com cerimónias hipócritas, que em nada dignificam um país que foi vendido (seja lá a quem for) e perdeu um dos seus maiores símbolos identitários: a Língua Pátria.

 

Esta estátua jacente de Luís Vaz de Camões encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos. Os seus restos mortais estarão ali ou não, mas o que importa é o Homem de Letras que ele foi, e amanhã será celebrado numa língua que não é a Língua de Camões, aquela Língua que ele usou para tornar grande um Portugal pequeno.

 

Se pudesse falar, lá do limbo, onde com certeza se encontra, diria, desgostoso:

 

«Parai, ó (h)omens sem honra! Arrancasteis as raízes da Língua, com a qual celebrei os feitos dos Portugueses, e agora só restam palavras alteradas, afastadas das suas origens, para contar as proezas imperfeitas dos que venderam, por baixo preço, o meu País

 

***

Eu, como cidadã portuguesa, não serei cúmplice desta traição à minha Pátria.

 

Que acordo permitiu unificar que língua?

 

A Língua Portuguesa não foi, com toda a certeza.

 

A Língua Portuguesa não é aquela mixórdia de palavras mal escritas e mal ditas que o governo português pretende impingir-nos.

 

Com isto, as editoras perderam uma boa cliente: eu gastava fortunas em livros, e agora não gasto.

 

Espero que quem ama verdadeiramente a sua Pátria e os seus valores culturais identitários, digam um rotundo NÃO a esta deslealdade para com os Homens (com H maiúsculo) que nos deixaram uma Língua, e omens (sem H nenhum – se não se lê, não se escreve, não é esta a nova regra?) a mataram por trinta dinheiros.

 

Amanhã, em vez de flores, depositarei as minhas lágrimas no túmulo de Luís Vaz de Camões.

 

Os governantes portugueses depositarão flores no túmulo de Luís Vás de Camões.

 

E isto não é a mesma coisa.»

 

***

Um ano é passado, e temos um novo presidente da República: Marcelo Rebelo de Sousa que decidiu ir comemorar o Dia de Camões e de Portugal para Paris.

 

É chique comemorar o Dia de Camões e de Portugal em Paris.

 

Os emigrantes portugueses, que vivem naquela cidade, agradecerão, com toda a certeza.

 

O presidente aproveita a viagem e vai ver a selecção portuguesa de futebol.

 

Mas não seria muito mais digno de Camões, comemorar o Dia de Camões com a  exterminação do AO90 - o acordo do descontentamento de milhares de escreventes e falantes, precisamente da Língua de Camões?

 

Porque a língua que estão a impor ilegalmente às inocentes crianças portuguesas, que não têm como dizer NÃO (os adultos têm o dever cívico de se opor a esta ilegalidade, mas e as crianças?...) não é a Língua Portuguesa na sua forma grafada.

 

Trata-se, como todos sabemos, de uma mixórdia ortográfica sem precedentes, na História da Língua.

 

Vamos gritar bem alto: exigimos a exterminação do AO90, para comemorar o Dia de Camões.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:44

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