Tendo em conta que se por todas as sessões do Gladiador II forem esperados milhares de espetadores, que para imitar a personagem do filme – que usa uma bela espada para espetar os seus adversários nas lutas que trava ao longo do filme – levarem a sua própria espada para espetarem também (o quê? ainda não sabem o quê) ou simplesmente para se exibirem como espetadores que são, é de prever que o negócio do fabrico de espadas vá prosperar bastante.
Se a moda pega, até porque exibir uma espada faz de um espeCtador um espetador (*), vamos ver muitos espetadores também no futebol e noutros tipos de espeCtáculos.
(*) Atenção! Espetador, que se lê isp’tâdôr, NÃO significa aquele que assiste a um espeCtáculo, mas sim aquele que espeta seja o que for, com um instrumento pontiagudo, por exemplo, como os toureiros, que são profissionais em espetar, pois espetam os Touros com bandarilhas e espadas.
Para quem não sabe, a palavra espetador é atribuída apenas aos parvos, a quem disseram que com o AO90 é para cortar os cês e os pês, e eles nem olham a que palavras.
Os Brasileiros, que mutilaram uma quantidade infinita de palavras, grafam à portuguesa a palavra espeCtador, porque pronunciam esse cê, tal como eu sempre pronunciei. Porque não? Mas os Angolanos não pronunciam o cê, mas escrevem-no, como mandam as regras da Gramática Portuguesa. As regras acordistas são um chorrilho de disparates.
Com a ascensão do AO90, que foi introduzido em Portugal para DEFORMAR a Língua Portuguesa, com o argumento de vir uniformizar o Português, Língua oficial de oito países ditos lusófonos – ma non tropo, pois, não podemos esquecer-nos dos inúmeros dialectos que os povos de todas as ex-colónias portuguesas falam, e são muitos mais do que aqueles que realmente falam ou escrevem Português , não me venham falar de milhões – essa uniformização foi apenas uma alucinação, que trouxe água no bico, e só os parvos caíram nessa armadilha.
Terminando: a palavra espetador faz parte daquele rol de termos que apenas os parvos escrevem. Eis apenas uma amostrinha: aspeto (âspêtu), exceto (eiscêtu), exceção (eisc’ção), perceção (p’erc’ção), infeção (inf’ção), perspetiva (p’ersp’tiva), inspeção (insp’ção), para (pârâ) [verbo parar] e muitas mais outras que tais assim...
Olhar para estas palavras, assim mutiladas, é como olhar para uma flor à qual retiraram as pétalas que faziam dela uma flor.
As palavras mutiladas NÃO são palavras, são tiras de letras encaixadas umas nas outras sem o mínimo nexo.
Para ler, escrever e falar uma Língua é preciso ter massa cinzenta.
Isabel A. Ferreira
O todo-poderoso actual governo português, ontem, desdobrou-se em artiguinhos e artiguelhos para disseminar uma linguagem grafada que é REJEITADA por milhares de lusófonos e lusógrafos, nos quatro cantos do mundo.
Por outro lado, neste mesmo dia, enquanto uns assinalavam o Dia Mundial da Linguagem gerada pelo AO90, numa sessão conjunta das Academias de Letras e Ciências da CPLP, a Academia Angolana de Letras, através do seu Presidente, Paulo de Carvalho, reafirmou a sua OPOSIÇÃO ao Acordo Ortográfico, afirmando que «a AAL é claramente pela não-ratificação do Acordo Ortográfico nos termos em que ele foi concebido» uma vez que não foram acauteladas as particularidades de cada Estado-membro da CPLP, como pode ouvir-se neste vídeo:
Por sua vez, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, actualmente presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, o coveiro-mor da Língua Portuguesa, teve o desplante de ir para o DN dizer o seguinte, numa mensagem que claramente DESRESPEITA Portugal, os Portugueses e a Língua Portuguesa, pretendendo fazer-nos a todos de parvos:
A que Português é que SS se refere?
Obviamente à VARIANTE BRASILEIRA do Português, a quem ele sempre se curvou e continua a curvar servilmente, pelo que deixou dito neste artigo falacioso, uma vez que não corresponde à realidade, e a realidade é que os Portugueses na diáspora, ou os estrangeiros que na realidade querem aprender a Língua Portuguesa, NÃO aceitam a grafia gerada pelo AO90, que o SS propaga, mal escrito e mal falado por quem o adopta cá dentro, e, lá fora, apenas como língua de comunicação, mas NÃO como Língua Literária. E isto é que os algozes da Língua Portuguesa ainda NÃO encaixaram, e julgam que todos engolem o gato, quando lhes vendem a lebre.
E este servilismo foi transmitido ao novo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que é o novo SS da Língua Portuguesa. Nem sequer tiveram a inteligência de disfarçar.
João Gomes Cravinho, publicou um texto no Jornal PÚBLICO, um texto que envergonha Portugal e os Portugueses. Um texto que demonstra o servilismo de um ministro português, que não sabe grafar à portuguesa.
O 5 de "maio" (de acordo com a grafia de Cravinho, que é a grafia brasileira, pugnada pelo AO90) é, sem a menor dúvida, o dia da mixórdia ortográfica gerada pelo AO90. Um dia menor, um dia triste para a Cultura Linguística Portuguesa. Um dia para NÃO celebrar.
Porque o dia para celebrar a Língua Portuguesa é o dia 10 de Junho, desde 1981, quando o Parlamento, de então, assim o proclamou, para homenagear Luiz Vaz de Camões. E é no 10 de Junho que todos os Portugueses, que se prezam de o ser, devem celebrar a Língua Portuguesa.
E concordo plenamente com os comentários que foram feitos a este texto que pode ser consultado aqui:
E foi esse achincalhamento da Língua que ontem os ministros portugueses tentaram assinalar, num evidente e muito democrático DESPREZO pelos milhares de vozes que se opõem à ruína do nosso mais notável Património Cultural: o Idioma dos Portugueses, do qual os Africanos de expressão portuguesa, nomeadamente os ANGOLANOS são o último reduto, porque em Portugal até o presidente da República, que devia defender os VALORES LINGUÍSTICOS de Portugal e com eles a NOSSA Identidade, é o primeiro a violar a inviolabilidade do NOSSO Património.
Porém, mais dia, menos dia, todos sabemos que todos os algozes da Língua Portuguesa terão de pagar por este crime de lesa-pátria.
Isabel A. Ferreira
Comentário no post O que talvez não se saiba sobre o AO90 e é crucial saber, para não se fazer papel de parvo
Que vergonha de texto. Quanta xenofobia! A “variante brasileira” é cultural. E deve ser respeitada tanto quanto a lingua raiz. Percebe-se bem que você entende pouco da língua e suas nuances, descriminar o português falado no Brasil é discriminar o povo e sua cultura, o que é crime. Também nao concordo com o acordo, como também nao concordo que o português “brasileiro” nao seja aceito em Portugal. Seus argumentos só sustenta uma ignorância predominante aqui em Portugal, a falta de respeito e a soberba com outros povos. Retrato.
Cristiellen a 1 de Agosto 2021, 02:25
(Para bom entendedor...)
Cristiellen, vamos aos factos, porque FACTOS não são FATOS:
Mas antes de ler esta minha resposta ao seu comentário, aconselho-a a consultar, num bom dicionário de Língua Portuguesa, o significado da palavra XENOFOBIA. E a propósito poderia pesquisar também o significado de LUSOFOBIA, que se adapta perfeitamente ao que o Brasil fez com a Língua Portuguesa, algo que mais nenhum país, dito “lusófono”, que adoptou o Português como língua oficial, fez.
Facto 1: A VARIANTE BRASILEIRA da Língua Portuguesa (NUNCA esquecer que PORTUGAL é o BERÇO da Língua Portuguesa) é muito cultural, sob o ponto de vista da Cultura Brasileira, aliás, riquíssima, mas muito mal apoiada e divulgada, por falta de uma política cultural elevada, obviamente por culpa dos políticos, e esse “cultural” ninguém contesta. E obviamente que essa VARIANTE deve ser respeitada como Língua do Brasil, e isto também ninguém contesta.
Facto 2: se você tivesse lido o texto com olhos de VER e não apenas de olhar (e olhe que estou a ser delicada, porque poderia adjectivar esta sua “leitura” de outro modo), não diria este absurdo: «percebe-se bem que você entende pouco da língua e suas nuances, descriminar o português falado no Brasil é discriminar o povo e sua cultura, o que é crime». Minha cara, o que é CRIME é pegar na Língua Portuguesa (a língua de outro povo) e DESLUSITANIZÁ-LA, americanizando-a, afrancesando-a, castelhanizando-a, italianizando-a, mutilando-a, afastando-a das suas raízes indo-europeias, por motivos POLÍTICOS bastante OBSCUROS, e continuar a chamar-lhe LÍNGUA PORTUGUESA. Chamem-lhe Língua Brasileira, porque portuguesa ela já não é, incluindo na fonética/fonologia, na sintaxe, no léxico, na morfologia, na semântica. Mas pior do que isso é tentar impingir aos Portugueses essa VARIANTE, quando Portugal TEM uma Língua europeia íntegra: a sua própria Língua.
Facto 3: a VARIANTE BRASILEIRA do Português é ACEITE em Portugal, (não ACEITA) desde que falada pelos Brasileiros. Se os Brasileiros frequentam escolas portuguesas terão de aprender PORTUGUÊS, tal como EU tive de aprender BRASILEIRO quando estudei nas escolas brasileiras, que não aceitavam e não aceitam o NOSSO Português. Se os Brasileiros forem estudar para Inglaterra terão de aprender Inglês, não é verdade? É que a VARIANTE BRASILEIRA do Português está tão distanciada do NOSSO Português, que já é OUTRA Língua.
Facto 4: a ignorância predominante não está em Portugal, nem a falta de respeito e a soberba com outros povos, como você diz, também não está em Portugal, até porque nas escolas portuguesas estudam Ucranianos, Indianos, Chineses, Franceses, entre outras nacionalidades, que se integram perfeitamente, porque não têm a pretensão de serem MAIS do que nós e exigir MORDOMIAS. Quando vamos para um país estrangeiro, dançamos conforme a música desse país. Foi o que EU fiz no Brasil. E SEM REFILAR, porque refilar, nessa circunstância, é da IGNORÂNCIA. Não vamos MUDAR a NOSSA Cultura apenas para fazer o jeito aos estrangeiros, nem a tal somos obrigados. E quem não estiver bem, que se mude. Nenhum estrangeiro jamais mudou a sua CULTURA para fazer o jeito a quem emigra. Nunca ouviu dizer que «em Roma sê romano»? Pois em Portugal seja portuguesa, como eu fui brasileira, no Brasil, e adorei. Até porque 80% da minha família é BRASILEIRA.
Posto isto, e porque FACTOS não são FATOS, fique lá com a sua sabedoria, que eu ficarei com a minha IGNORÂNCIA.
Isabel A. Ferreira
Neste conturbado momento que o nosso País atravessa, quando as injustiças estão a vir à tona, em catadupa, como se não existissem Justos nem Justiça em Portugal, esta carta, de Amadeu M., dirigida a Augusto Santos Silva é uma daquelas pérolas raras, extremamente realista, a qual, se houvesse os tais Justos e Justiça em Portugal, depois da sua publicação, amanhã mesmo, os responsáveis pela mixórdia ortográfica portuguesa, imposta aos Portugueses, sem que lhes fosse pedida licença, os levaria a pedir a demissão, ou, no mínimo, mexer os cordelinhos para acabar com o AO90, como milhares de lusófonos desejam.
Bem sabemos que pedir a demissão de um cargo, que por um qualquer motivo, falhou nos seus objectivos, é algo para gente com espírito superior, com honra, e dotada de uma postura erecta. Contudo, tenhamos esperança de que, entre o joio político, exista um grão de trigo, que possa fazer rejuvenescer o trigal.
Esta carta é de leitura obrigatória, para todos os que abominam o capenga AO90, (para usar um termo brasileiro tão ao gosto dos acordistas).
Isabel A. Ferreira
Por Amadeu M.
«Excelentíssimo Senhor Ministro Augusto Santos Silva,
Na impossibilidade de o contactar, pessoalmente ou pelo endereço electrónico do ministério, venho por este meio notificá-lo e à sua filial governativa, (órgãos do poder, Presidente da República, Justiça e Parlamento), e todos os meios de comunicação social (Jornais, TV e Editoras acordistas) do seguinte:
A maioria dos portugueses está contra o AO90.
Todos temos “o direito à indignação”, frase muito na moda, proferida em tempos por alguém do seu partido (PS), pela falta de respeito e educação do Sr. e dos órgãos de soberania do poder instalado em Portugal, do extravasar das competências limitadas pela Constituição da República, da qual o mais alto magistrado da Nação devia ser o seu garante.
Nos meios académicos do país o AO90 é conhecido por “dialecto brasileiro”, “cartilha brasileira”, “aborto ortográfico”, “mixordês” e “mortografia”, etc., etc., imposto pelos órgãos do Governos de Portugal, com a concordância e prepotência do Exmº Sr. ex-presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Isto foi feito à revelia de todos os homens do saber, por uma resolução do Conselho de Ministros, ao tempo do Sr. José Sócrates para que os portugueses, principalmente as crianças em idade escolar, aprendessem a escrever uma língua estranha, imposta a todas as escolas e instituições do Estado.
O AO90 e todo o processo de o tornar válido pelo Sr. Ministro e o seu partido PS, BE, PSD e o CDS, excepcionando o PCP (cuja posição continua dúbia) de que são acérrimos defensores, ficou pela fase da ratificação dos países signatários, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor!
O Sr. ministro, Augusto S. Silva, como guardião-mor deste “aborto ortográfico” fez questão de, em Janeiro de 2016, afirmar em público e aos órgãos comunicação social:
«Angola e Moçambique estão prestes a ratificar o acordo, é uma questão de tempo», (frase repetida de tempos a tempos para calar as vozes discordantes).
Sr. Ministro, passados cinco anos, a tal ambicionada ratificação por si desejada e pela sua filial, está por executar, e como deve saber, (o Sr. e os órgãos de poder sabem de certeza) nunca será ratificado, por isso é que criaram em 2004 um 2º protocolo modificativo ao Tratado inicial, para tornear o problema, (necessidade absoluta e urgente de o por em prática, sem o consentimento dos outros signatários do tratado).
Angola, Moçambique, Guiné e Timor dizem que o AO90 firmado com o Brasil, é uma autêntica vigarice, está cheio de incongruências e excepções, é mentiroso, criminoso, completamente inútil, patético e, acima de tudo, é ilegal.
Só o Sr. Ministro e a sua filial governativa e os seus membros acordistas acham que não, e vá-se lá saber porquê! Resta saber se ouve dinheiro a passar por baixo da mesa.
Como o povo não é burro, com o devido respeito que se tem pelo “burro”, há muitos interesses obscuros por trás desta tramóia.
O tratado original do chamado Acordo Ortográfico de 1990, garantia que o mesmo só entraria em vigor quando todos os intervenientes o ratificassem na sua ordem jurídica.
Essa intenção foi reafirmada em protocolo modificativo de 1998.
Em 2004, há um segundo protocolo modificativo, em que o governo português, inquietado por tanta demora, (os signatários do tratado não o ratificavam), afirmou:
“Basta haver a ratificação de três países para que o acordo [aborto] entre em vigor”.
Não é preciso ser um génio da jurisprudência para detectar aqui um abuso de poder e má-fé, da parte do poder político.
Como permitir que o segundo protocolo tenha força de lei se ele nem sequer foi ratificado por todos os países?
O resultado está à vista de todos, é o caos ortográfico instalado em todas as instituições do Estado com a gravidade inerente, em tornar a língua numa autêntica mixordice, afastando-a da matriz culta indo-europeia, e obrigatória às crianças em idade escolar, sob coacção, a todos os professores de ensino.
Como alguém escreveu, um caos “tecnicamente insustentável, juridicamente inválido, politicamente inepto e materialmente impraticável”.
E como não há lei alguma que o sustente, nós, pessoas de bem e de carácter, continuamos a escrever correctamente de acordo com a Lei em vigor.
O Sr. e os seus, queriam ou querem uma mera unificação da ortografia em todo o espaço lusófono, e deixar tudo como está, ou melhor tudo como foi feito, agredindo barbaramente a etimologia das palavras, com o propósito de tornar a ortografia portuguesa numa autêntica “mixordice”.
Ninguém percebe esta sua obstinação e a precipitação dos políticos do país.
Sujeitamo-nos agora à vergonha de Angola e Moçambique, Timor-Leste, Guiné Bissau, não aceitar o acordo porque têm demasiado respeito pela Língua Portuguesa!
Quando as Resoluções do Conselho de Ministros são de lesa-pátria, o mínimo que se pede é a desobediência civil.
Ainda bem que há tantos portugueses que não foram no engodo, não ficaram cegos só porque o Sr. e os seus membros acordistas lhes disseram que «está na lei», e ninguém sabe que lei é essa.
Parece que os tempos mudaram, dando a entender que cada qual faz o que bem lhe apetece.
O país já não é de analfabetos, como o Sr. e outros da sua classe querem que seja, embora, com este aborto, queiram fazê-lo regredir para esses tempos de atraso.
O que vemos escrito em textos oficiais, jornais e televisões para nós é uma autêntica vergonha nacional.
O Sr. Ministro devia saber, que na nossa “democracia”, a justiça, as garantias individuais e as leis obedecem a uma série de formalismos e burocracias, são dispendiosos (de iniciativa particular e privada) cuja observância, cega, é mais importante dos que as garantias legais, sociais e pessoais dos cidadãos; nomeadamente de não discriminação em função da situação económica, grau de instrução, capacidade física e intelectual.
Isto porque os despachos normativos e seus formalismos são feitos para permitir estas infâmias, em que o Sr. e o seu Governo são mestres neste tipo de situações.
Estamos perante um Governo de “faz-de-conta”.
Tudo isto acontece apesar de o governo ser de “esquerda”, socialista ou de centro de direita ou esquerda, como gostam de ser chamados.
Citando Guerra Junqueiro:
«Partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogo nas palavras, idêntico nos actos, iguais uns aos outros como metades do mesmo zero, pela razão que alguém deu no Parlamento de não caberem todos de uma vez na mesma sala de jantar…».
Raios partam todos os abutres, vampiros malditos, instituições e os governos que lhes oferecem, de bandeja, as leis e os formalismos (e a inércia das instituições) que permitem a estes vampiros alimentarem-se da destruição da sociedade (a começar pelos valores).
Perdeu-se a noção de norma, aliás com a vossa preciosa ajuda, meteram a colher onde não são chamados, criaram uma coisa a que chamam de AO90, como se fosse um conceito científico - o de "pronúncia culta" para justificar a pseudo aproximação da ortografia à oralidade com o Brasil.
O resultado está à vista de todos, com excepção da inteligência suprema do Sr. Ministro e do governo de um país chamado Portugal, escrevem uma panóplia de vocábulos estranhos à Língua Portuguesa de matriz culta indo-europeia, provenientes dos vários dialectos que se fala no Brasil.
Os exemplos seguintes demonstram a estupidez e o ridículo a que isto chegou.
O país mergulhado num completo “anarquismo ortográfico” (não se sabe o que é certo ou errado), palavras que vão minando a aprendizagem nas escolas, onde as nossas crianças em idade escolar são obrigadas a ler e a escrever:
parabenizar, contato, cidadje, falço, sobrescrite, descaçámos, desfitava, exchefe deceção, registro, reptis, efeituar, abatises, galera, esporte, bilhão, sobetas, esporte, águaardente recetáculo, ruinas , escaço, assignadas, deslisa etc., etc., etc…etc..
E tantos outros disparates, que é impossível enumerá-los a todos.
Erros, em qualquer parte, são erros, insistir nos erros é pura estupidez.
Na ortografia portuguesa, com o mais alto beneplácito dos deputados, Presidente da República e tribunais, um erro passou a ser uma verdade indiscutível.
Está-se a perder cada vez mais a noção do que é certo e do que é errado, e cai-se no ridículo do absurdo.
Os juízes do tribunal constitucional são nomeados pelos partidos. Existem juízes da (relação, supremo e constitucional), de todas as cores partidárias. A justiça ao arbítrio da política.
O que esperar dos tribunais, quando os juízes são nomeados pelo partido do governo? A nosso ver, responda quem souber.
Escrevem alegremente em “acordês”, ou melhor, em “mixordês” que se está a generalizar em todo o espaço português, tornam-no obrigatório nas escolas e nas instituições do país.
Afinal que sentido de Estado?
Será possível confiar no Supremo Tribunal, no Tribunal Constitucional ou no TEDH (Tribunal Europeu dos Direitos do Homem) onde o Estado português tem sido um réu permanente e condenado repetidas vezes?
Está na cara! Toda a gente sabe! Toda a gente vê! É o que diz o povo. Só não vê o Sr. ministro dos Negócios Estrangeiros e a sua filial governativa e os seus membros delatores (Presidente da República, Parlamento, tribunais, jornais, editoras e TV) da república das bananas!
E, nestes casos, não há garantias constitucionais que nos valham, porque ninguém respeita a Constituição, nem mesmo o Sr. Presidente da República, que diz ser o seu garante.
A forma ardilosa com que as instituições judiciais pretendem, neste caso, dar cobertura e protecção aos criminosos, é antiga e muito utilizada em Portugal:
Consiste no arrastar dos processos, na morosidade da justiça, invocando falta de meios, quando o que existe, de facto, é manipulação e falta de “vontade” de actuar.
Um outro factor importante são os testemunhos utilizados para este efeito.
Não tenho dúvidas de que indiciam ser fabricados e obtidos com promessa de protecção para o envolvimento (os crimes) dos seus autores.
Isto só é possível porque nos Tribunais, todos os dias se mente e ninguém é condenado por perjúrio.
Além disso, dentro das instituições, são tolerados todo o tipo de falhas, devidas à incompetência e/ou premeditação; isto é: só existe tolerância absoluta para a incompetência, com que se auto-desculpa a premeditação.
Contudo, torna-se ainda mais complicado confiar nos 230 deputados que compõem a AR, porque 206 são maçónicos, os outros 24 são o que são, ou melhor, são aquilo que quiserem ser!
Quem sabe, por que razão o Sr. Presidente da República, como ilustre professor e jurista, não determina a sua abolição?
O mais alto magistrado da Nação, o Sr. Presidente da Republica, com todos os instrumentos constitucionais que tem ao seu dispor, nada faz, ou melhor, nada tem feito para pôr cobro a esta situação, e faz do assunto “ouvidos de mercador”.
Questionado pelos os órgãos de comunicação social sobre o AO90, prontamente respondeu, como é seu cariz, ser um “não-assunto”, perfilando-se ao lado do Sr. Ministro e do Governo.
Que lástima Sr. Presidente, que falta de senso e carácter!
Não se espere que isto melhore, não existe ninguém que tome uma atitude firme e séria, o mixordês avança, afasta cada vez mais a Língua Portuguesa da sua matriz culta indo-europeia!
E para que se saiba que toda a gente sabe! Como deve ser! Já se passaram dez anos, tudo continua na mesma, apesar da gravidade e da verosimilhança das denúncias.
Isto tem de ter um fim, para bem de todos nós e do País que nem país é com este tipo de democracia, num “Estado de direito democrático”, frase muito ao gosto do poder político.
Portugal, é conhecido lá fora como sendo um país de brandos costumes, e onde os governantes não tomam decisões importantes, para corrigir o que está mal.
O “aborto ortográfico”, foi feito por meia dúzia de imbecis, à pressa e às escondidas, ao serviço dos propósitos políticos, ligados à maçonaria, e a ortografia portuguesa começou a ficar em farrapos.
Os professores sob coacção, e não coação, (acto ou efeito de coar, os brasileiros assim escrevem) palavra muito utilizada pelo Sr. e pelos seus acólitos (jornais, televisões e outros meios de comunicação social) iniciaram nova aprendizagem dos vários dialectos, transmitindo-os às criancinhas em idade escolar, desprezando deste modo a Língua Portuguesa de Matriz Culta Indo-Europeia.
Desde 2011, está instalado o caos ortográfico em Portugal! e tudo isto podia evitar-se, desde que houvesse gente poderosa para o evitar.
Os idiotas, são sempre idiotas, não conseguem ver o que é óbvio, ou se o vêem fazem questão de não o ver, sentem-se realizados por uma coisa qualquer, a destruição do Património Cultural Imaterial de Portugal”, a Língua Portuguesa de matriz culta indo-europeia
Vejam, as palavras acentuadas na penúltima sílaba, como devem ser escritas e por via do “mortográfico” deixaram-no de o ser:
Como deve ser escrito está a negrito.
Entre parêntesis, por via do AO90 é como passou a ser escrito.
pára (para)
móveis (moveis)
úteis (uteis)
fácil (facil)
ordinário (ordinario)
miséria (miseria)
míssil (missil)
ágil (agil)
alcançável (alcançavel)
capitólio (capitolio)
Etc., etc., etc., etc., é impossível enumerar todas, pois só os idiotas, por serem idiotas, é que escrevem desta forma e obrigam a escrever aos demais!
Um país em que a classe política da “república das bananas” pactua com estas anomalias vai destruindo a LÍNGUA Portuguesa de matriz culta indo-europeia muito rapidamente e em força.
O que se pode chamar a isto, senão uma absoluta incompetência?
Na nossa opinião, seria matéria clara para o Tribunal Constitucional, mas como acreditar, se ele próprio escreve em “mixordês”?
Não convém esquecer a violação grosseira, cometida com requintes de bestialidade primitiva, ao simples acto despótico da política.
Irrita haver gente favorável às modas, quando são as modas que conduzem o rebanho, e já basta o que basta, quanto mais ouvir os "méeee" concordantes.
Outro dos problemas do actual “aborto” é que grande parte dos seus paladinos não fazem a menor ideia de como aplicá-lo, precisamente porque é uma autêntica “mixordice”.
Confunde-se dicção com fonética, fixa-se a ortografia com base na fala apenas.
Em termos práticos, a tão apregoada mudança da língua (os defensores valorizam a mudança, confundindo mudança com evolução) começa a ser operada da má escrita para a fala, e não da fala para a escrita.
Só mesmo alguém muito poderoso e com coragem para enfrentar este grupelho sem escrúpulos é capaz de acabar com esta “lama” de vez!
O esquema está tão bem montado e encruzilhado, que nem com um 25 de Abril idêntico ao que houve, se conseguiria deitar abaixo esta máfia!
Uma força muito mais poderosa do que a da ditadura do Salazar!
O único meio não seria começar a desvendar as trafulhices que levaram Portugal à ruína e também daí recuperar o dinheiro que foi roubado neste tipo de situações? Ou confiscar as empresas (jornais, TV e outras) que teriam recebido subornos ou ajudas por baixo da mesa e saber quem serão os próximos a serem denunciados?
Sr. Ministro, para terminar, Portugal será como o Sr. e a sua filial governativa querem que seja: pobre, moribundo, corrupto e traiçoeiro, e de um povo de emigrantes e sem valores.
Homenagem seja feita a Vasco Graça Moura, que tanto lutou contra “esta horda de imbecis” [expressão dele].»
Amadeu M.
Um apanhado do que por aí se diz, a este respeito.
Tudo já foi dito e esmiuçado.
O facto é que, em Portugal, não existe um governante sequer, com capacidade de ver o óbvio e acabar com a fantochada do AO90, não digo palhaçada para não ofender os mui digníssimos palhaços, que têm muito mais dignidade do que aqueles que, sem saberem o que fazem, o que dizem e o que escrevem, estão a contribuir, aceleradamente, para o analfabetismo funcional e para a iliteracia, no nosso desventurado País, que anda por aí, sem rei nem roque.
Isabel A. Ferreira
Jamais a Variante Brasileira da Língua Portuguesa terá lugar na ONU, porque na ONU só vigoram as Línguas originais. Não as variantes.
E é da Variante Brasileira da Língua Portuguesa que os acordistas falam, quando falam da implantação do Português na ONU.
Além disso, a Língua Portuguesa acordizada não tem prestígio algum, em parte alguma. Não se sabe qual a intenção das mentiras que por aí circulam, a respeito do falso prestígio do AO90.
O maior acinte que se faz à Língua Portuguesa não é o uso de palavras inglesas. É sim, o uso de palavras brasileiras, que desvirtuam a Língua Portuguesa e fazem-na recuar a uma variante ( = dialecto) oriundo dela própria. E a isto chama-se retrocesso.
O PS está comprometido com isto até à ponta dos cabelos. O AO90, projecto nascido da cabeça do intelectual esquerdista brasileiro Antônio Houaiss, foi desde o início um empreendimento com fins lucrativos, apoiado por uma poderosa máquina política e comercial com ramificações em Portugal (in O Diabo).
Há quem diga que o intuito dos esquerdistas brasileiros é colonizar o ex-colonizador através da Língua, e que o intuito dos esquerdistas portugueses, que estão agora no Poder (e não só), é rastejar aos pés do Gigante, para se tornarem visíveis no mundo. E se assim é, estão a conseguir, mas pela negativa: estão a apequenar-se. Pobrezinhos!
***
Comentário no post «O português brasileiro precisa de ser reconhecido como uma nova língua»
Concordo plenamente consigo. Não percebo porque é que os brasileiros ficam ofendidos quando alguém lhes diz que eles falam brasileiro? Eu, no entanto, sinto amargura quando em qualquer site ou aplicação do telemóvel procuro o idioma português e em vez de ter a bandeira portuguesa a representar, tem a brasileira. Sou a favor dos brasileiros assumirem a própria língua e que o governo português desista de alterar o acordo ortográfico, como se estivessem desesperadamente a tentar manter o mínimo de ligação entre Portugal e Brasil. De que vale dizer que o Português é das línguas mais faladas no mundo quando na realidade referem-se ao português brasileiro??
Batista a 16 de Junho 2020, 00:01
Caro Batista,
O texto não é meu. É assinado por um brasileiro. Mas estou absolutamente de acordo com ele.
Também não percebo por que é que os brasileiros não aceitam o óbvio. Eu tenho uma teoria, que também não é inteiramente minha, porque a retirei de um contexto que me levou a isto: a mal informada, malformada e ignorante esquerda brasileira pretende colonizar Portugal através da Língua, como “vingança por terem sido colonizados pelos Portugueses, e não pelos Ingleses». E eu acredito piamente nisto.
Tudo leva para esse caminho, incluindo o das bandeirinhas. A bandeira portuguesa desapareceu da Internet, para assinalar o “Português”. E isto o que será?
Estou completamente de acordo consigo: de que vale dizer que o Português é das línguas mais faladas no mundo, quando na realidade se referem ao “brasileiro” (retiro-lhe o “português” porque é uma designação errada) que será a nova língua do Brasil. Tão certo, como eu estar aqui a escrever isto. (Isabel A. Ferreira)
***
«Avestruzes e a enxurrada de disparates: laticínios virá de lata, adoção de doces, adotar de dote, coação (de pessoas) de coar? Ótica será da família de otite? Conceção difere de concessão, receção de recessão, interseção de interceção?! Mas qual é a razão para não reconhecerem que o AO90 correu mal? Por que razão os políticos não desenterram a cabeça da areia?!» (José Sousa Dias)
***
No Líbano fala-se, além do Francês, e alguns dialectos, o Árabe Libanês, que é uma variante do Árabe falado no Líbano, (tal como a variante brasileira do Português) embora muitos considerem o Libanês uma língua separada (tal como no Brasil e fora dele há quem considere, inclusive linguistas brasileiros, a Variante do Português falado no Brasil uma língua separada – o Brasileiro.
O senhor Antônio Houaiss era brasileiro nato, filho de libaneses, com todo um passado e antepassados libaneses. Nada o ligou nunca a Portugal e à Língua Portuguesa. O senhor Houaiss conhecia a Variante Brasileira do Português, que quis deslusitanizada (isto dito por ele) e os seus dicionários são a maior prova disso. E deslusitanizar significa afastar o Português, da sua Matriz.
Os Portugueses não têm nada que gostar ou não gostar do que os Brasileiros falam ou escrevem. Os Portugueses sabem, como todo o mundo sabe, que no Brasil escreve-se e fala-se uma variante do Português, que o maior dialectologista português, Leite de Vasconcelos, considerava dialecto, e que significa o mesmo que variante.
Brasil e Portugal não falam a mesma Língua: em Portugal fala-se Português. No Brasil fala-se a Variante Brasileira do Português.
Português falam e escrevem os africanos de expressão portuguesa (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, etc.), porque estes não deslusitanizaram o Português, e escrevem-no e falam-no à moda Portuguesa. Os Cabo-verdianos falam e escrevem o Crioulo cabo-verdiano, e que já é Língua Oficial, oriundo do Português. Um dia será a vez do Brasil.
Quando um português e um brasileiro vão à televisão debater qualquer assunto, até as crianças dizem que um fala Português e o outro fala Brasileiro. Isto é elementar.
O Brasil mantém o “português” na Língua por conveniências políticas, contudo, a bandeira que a caracteriza é a brasileira. E só uma questão de tempo, para retirarem o “português” da designação da Língua.
Numa coisa os Brasileiros têm razão: a reclamação a fazer será junto às universidades e academia de letras portuguesas, bem como junto aos políticos portugueses que, atacados por um gigantesco complexo de inferioridade, acharam que se se colassem ao Brasil, no que respeita à Língua, agigantavam-se. Mas esqueceram-se de um pormenor: a língua que o Brasil fala e escreve já não é portuguesa. E isto é tão desprestigiante para Portugal que a imprensa internacional noticiou o Acordo Ortográfico de 1990 (que substituiu a grafia portuguesa pela brasileira, na sua generalidade) como sendo a primeira vez na História que uma ex-colónia (Brasil) determina como o ex-colonizador (Portugal) vai escrever a própria Língua (a Língua Portuguesa, a oficial, a Materna) no presente e no futuro. Este isto é vergonhoso para Portugal e para os Portugueses.
Por isso, quem ama a Língua e a Cultura e a História Portuguesas e Portugal lutará para que o Brasil fique com a sua Variante, e Portugal fique com a Língua Portuguesa, a original, até porque seria um retrocesso se Portugal trocasse a sua Língua por uma Variante de si própria.
Mas o problema não é dos Brasileiros, que puxam a brasa para a sardinha deles (como se diz por cá). O problema é dos políticos portugueses, complexados, ignorantes e cheios de interesses obscuros. Ou melhor, são bons paus-mandados.
***
Os Brasileiros são contra a aberração que o AO90 representa apenas devido aos acentos e hífenes. A restante “grafia”, ou seja, a supressão dos pês e dos cês, onde eles são absolutamente essenciais (para nós, mas não para eles) e que eles suprimiram e que o AO90 impõe, faz parte da grafia brasileira: setor, diretor, adotar, adoção, afeto, aspeto, e todas as outras palavrinhas sem sentido para os Portugueses, mas não para os Brasileiros, onde se suprimiram os pês e os cês. À excePção de excePção e suas variantes; infeCção e suas variantes; recePção e suas variantes, e demais vocábulos (uns poucos) que os Brasileiros escrevem correCtamente, e os Portugueses escrevem mal, de um modo básico, primário, a roçar o analfabetismo.
Isto é um facto, mais do que comprovado, por quem tem o cérebro a funcionar em pleno, conhece a Variante Brasileira da Língua Portuguesa, tanto quanto conhece a Língua Portuguesa.
E Brasileiros e Portugueses não estão do mesmo lado da barricada, nesta matéria. Isto é uma falácia. Aparentemente parecem estar. Mas não estão.
Os Brasileiros são os únicos, dentre os restantes povos lusófonos, que só têm a ganhar se Portugal ceder às pretensões de se fixar na grafia brasileira. Para eles é uma questão apenas de acentuação e hifenização. Para os Portugueses é tudo: acentuação, hifenização, grafia, identidade, dignidade e tudo o resto.
O AO90 só se mantém devido à falta de informação que por aí circula. Os meios de comunicação social servilistas estão proibidos de informar a este respeito. E se não fosse essa desinformação, e o complexo de inferioridade dos políticos portugueses, e os suportes obscuros que os motivam, o AO90 há muito que já se tinha extinguido.
(*) Quando me refiro à Língua Portuguesa refiro-me à Língua Portuguesa, a genetriz das muitas variantes e dialectos que, a partir dela, se espalharam pelos quatro cantos do mundo.
Antes do actual “boom” de chegada de estrangeiros a Portugal, milhares de estudantes estrangeiros (provenientes de todo o mundo) passaram pela Universidade de Coimbra (falarei da minha experiência, apenas) para estudarem a Língua Portuguesa e não tiveram qualquer dificuldade. Sou testemunha disso, porque em Coimbra, nós, alunos portugueses, ajudávamos os alunos estrangeiros no Português, em troca de eles nos ensinarem a Língua deles. A mim calharam-me japoneses. E eles aprenderam a minha língua, e eu aprendi a deles. Esta troca de conhecimentos é que enriquece a convivência e a aprendizagem universitárias.
O que pretendem que Portugal faça, neste tempo, em que nem Língua que nos identifique como Portugueses temos? Adaptar o já tão esfarrapado ”Português” ao “boom” de estrangeiros (Brasileiros e Timorenses) que frequentam as nossas escolas e universidades, ou seja, de acordo com a notícia, que referirei mais adiante?
Origem da imagem: Internet
A notícia diz o seguinte:
«"Fala português!" Artigo científico fala em discriminação de brasileiros e timorenses nas universidades portuguesas.
Investigadoras analisaram o acolhimento de alunos brasileiros e timorenses. Dizem que há discriminação de quem não fala português de Portugal e que as universidades não estavam preparadas para "boom".»
Uma das autoras de um artigo sobre o acolhimento a estudantes internacionais em Portugal alerta para a falta de preparação das universidades para o actual ‘boom’ de alunos estrangeiros que já são a maioria em alguns cursos.
Juliana Chatti Iorio, uma brasileira a viver em Portugal há 20 anos, assinou o artigo intitulado “O acolhimento de estudantes internacionais: brasileiros e timorenses em Portugal”, juntamente com Silvia Garcia Nogueira (Universidade Estadual da Paraíba, Brasil), recentemente publicado na Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios.
No artigo lê-se que “ainda há muito a ser feito, como uma maior atenção às dificuldades de brasileiros e timorenses com o português de Portugal”.
Como disse???????
Primeiro: NÃO existe Português de Portugal. Existe pura e simplesmente o Português ou Língua Portuguesa, o que, obviamente, está já implícito SER de Portugal, porque o Português não é de mais nenhum país do mundo. O Português nasceu em Portugal, é de Portugal, e tudo o que se pareça com o Português são variantes ou dialectos oriundos do Português. Ponto final.
Segundo: então os Brasileiros e os Timorenses, que têm como língua oficial o Português, não conseguem entender-se com a Língua Portuguesa, quando os Ingleses, Franceses, Espanhóis, Italianos, Japoneses, Chineses, Ucranianos, entre outras nacionalidades, que estudam em Portugal, entendem-se perfeitamente com a NOSSA Língua?
Alguma coisa aqui está errada, e não é a Língua Portuguesa.
Quando um português vai estudar para o Brasil ou para um qualquer país estrangeiro não tem qualquer mordomia, por parte dos países que o acolhe. Ou o estudante se adapta, ou não se adapta, e retorna à base, ou seja, torna ao seu país de origem.
Quando os alunos do Programa Erasmus (**) andam por aí a estudar, ou vêm para Portugal estudar, ninguém tem mordomias nenhumas, em parte alguma. Se não sabem a Língua, aprendem-na. Ninguém, em país nenhum, MODIFICA a língua do país para fazer o jeito aos estrangeiros. E o que acontece normalmente, é que TODOS se adaptam, às mais estranhas Línguas, ou não fôssemos nós, seres dotados de inteligência.
Quando fui para o Brasil estudar, ninguém mexeu um dedo [e muito bem] para ajudar a portuguesinha (como me chamavam carinhosamente) na questão das consoantes que não se escreviam. Ou aprendia, ou vai para a tua terra escrevê-las! Era assim. E como boa estrangeira, que era, aprendi o brasileiro, para me manter no Brasil. E não foi só na escrita, mas também na oralidade, nos tchis, nos djis, nos ius, talvez com um ligeiro sotaque (paralelamente estudava numa escola inglesa) que me valia, por vezes, também a alcunha de inglesinha, o que me deu muito jeito no tempo dos racionamentos: as portuguesinhas tinham direito a um litro de leite, na leitaria do bairro. A inglesinha (alta, esguia, cabelo claro e trancinhas) tinha direito a dois litros de leite. Nada mau.
Em entrevista à agência Lusa, Juliana Chatti Iorio disse que «hoje, há cursos em Portugal que têm mais estudantes estrangeiros do que portugueses, e eu penso que muitas faculdades ou institutos não estavam preparadas para isso (o tal boom de estudantes estrangeiros). Nem tinham de estar. Chegados a um país estrangeiro, ou nos integramos nos hábitos, na Língua, nos costumes, ou estamos mal.
É óbvio que entre estudantes (era o que eu fazia) quando chegava uma leva de estrangeiros, como boa anfitriã, fazia tudo para integrar os novos amigos (Brasileiros, sobretudo, mas também Japoneses, Ingleses, Italianos, entre muitos outros): a minha casa era a casa deles, e com eles treinava a Língua Portuguesa, para que se adaptassem mais facilmente, porque tudo começa com a comunicação.
Juliana Chatti Iorio queixa-se a respeito das relações humanas, onde continua a encontrar dificuldades: «Devido mesmo ao choque de culturas, acaba por ser um problema, uma vez que muitos funcionários e professores não conhecem a cultura desses alunos e muitos desses alunos também não conhecem a cultura em Portugal».
Muitos funcionários e professores NÃO conhecem a cultura desses alunos, NEM têm de conhecer. Porém, os estrangeiros que vêm para Portugal, devem fazer o trabalho de casa e interessarem-se por saber o mínimo sobre Portugal, e depois desenvolver esse conhecimento, para se integrarem. É assim que qualquer estudante português faz, quando vai para o estrangeiro.
Não são os Portugueses que têm de adaptar-se aos hábitos dos estrangeiros ou à Língua deles. Mas sim os estrangeiros é que têm de se adaptar à Língua e aos hábitos dos Portugueses.
No artigo lê-se que «a não aceitação da língua portuguesa falada e escrita por esses estudantes, bem como os casos de discriminação sofridos em sala de aula por parte de alguns professores, evidenciou que ainda muito trabalho deverá ser feito para desconstruir a representação de que o português é imune ao racismo e possui uma pré-disposição para o convívio com outros povos e culturas».
Mas isto nada tem a ver com discriminação. Aliás, aos portugueses, em geral , só lhes falta lamber o chão que os estrangeiros pisam. Um português que vá para o Brasil estudar depara-se com o mesmo problema: os Brasileiros NÃO aceitam que escrevamos direCtor, seCtor, adoPtar, etc., por aí fora, porque estas palavras NÃO fazem parte da língua do Brasil. Eu tive de as aprender sem consoantes, se quis ter boas notas. É natural que em Portugal palavras como “diretor”, “setor”, “adotar”, enfim… não sejam aceites, porque não fazem parte da NOSSA Língua. Por alma de quem deveriam fazer?
Não são os Portugueses que têm de adaptar-se aos Brasileiros, mas os Brasileiros é que têm de adaptar-se aos Portugueses. Não são obrigados a isso, é óbvio, mas é recomendável.
A investigadora explica que, «à chegada, os alunos brasileiros depararam-se com algumas dificuldades que não estavam à espera, nomeadamente ao nível da compreensão do português».
Mas então não falamos a mesma Língua? Ficam abespinhados comigo quando digo que NÃO falamos a mesma língua, precisamente porque os Brasileiros não nos entendem, e agora vêm com esta?
Isto é absolutamente normal. Qualquer aluno que vá para o estrangeiro estudar, depara-se com as mesmas dificuldades. Mas não andam a queixar-se. Procuram adaptar-se imediatamente. Não andam a dizer «ah, vocês têm de mudar a vossa língua ou os vossos costumes por que estamos cá…», como o fazem os Brasileiros.
Quem vem de fora ou vai para fora é que tem de se ADAPTAR.
Mas o mais estranho é ISTO:
«Muitas vezes, os próprios professores não aceitam a língua portuguesa falada e escrita no Brasil, discriminando mesmo o seu uso em sala de aula e não permitindo o uso de livros cuja tradução seja feita no Brasil», refere Juliana Chatti Iorio.
Muitas vezes, os próprios professores não aceitam a língua portuguesa falada e escrita no Brasil? Não é o facto de aceitar ou não a língua falada e escrita no Brasil (uma língua estrangeira). Se os alunos brasileiros forem estudar em escolas norte-americanas ou inglesas, de certeza que os professores NÃO ACEITARÃO a língua falada e escrita no Brasil, porque estão nos EUA ou em Inglaterra, e NÃO no Brasil. Em Portugal dá-se o mesmo. E no Brasil a mesma coisa. Lá, ou aprendemos brasileiro, ou estamos mal. Não acontece o mesmo a TODOS os estudantes que vão para o estrangeiro estudar?
Isto é tão óbvio que NÃO dá para compreender as queixinhas de Juliana Chatti Iorio.
Quanto ao discriminar (???) o seu uso do “brasileiro” (como as crianças portuguesas lhe chamam) em sala de aula e não permitindo o uso de livros cuja tradução seja feita no Brasil, é absolutamente normal. Não o fariam nos EUA ou em Inglaterra ou noutro qualquer país do mundo. Estão em PORTUGAL, portanto, as regras têm de ser portuguesas. E tal atitude não é discriminação. Tal atitude é apenas um procedimento normal. No Brasil jamais permitiriam um livro escrito em Língua Portuguesa, com os cês e pês nos devidos lugares. Os livros escritos em Portugal, não são aceites no Brasil. E isso é NORMAL. A mim, uma editora brasileira, quis TRADUZIR para Brasileiro, um livro que escrevi em PORTUGUÊS. Não permiti.
Não estou a criticar. Estou a corroborar um FACTO, que ocorre em qualquer país do mundo.
Porque haveriam os Brasileiros de serem acolhidos de modo diferente dos Ucranianos, dos Chineses, dos Ingleses, dos Africanos e doutras nacionalidades que estudam em escolas portuguesas?
Diz a senhora Juliana Chatti Iorio «a discriminação é notada quando um professor se vira para um aluno brasileiro e diz, por exemplo, ‘fala português!’, ou quando um professor diz que as traduções feitas por editoras brasileiras não têm qualidade».
Bem, os professores devem dizer o mesmo aos Ucranianos, Chineses e Ingleses que frequentam a turma. Se estivessem nos Estados Unidos da América, diziam-lhe: fala em Inglês! Não estamos no Brasil.
Quanto à falta de qualidade das traduções feitas por editoras brasileiras é um facto: as traduções brasileiras são péssimas. Mas nós por cá também temos disso. Se há bons tradutores, há outros que é de fugir, e os livros, traduzidos pelos maus tradutores, são um lixo.
Diz Juliana Chatti Iorio «Portugal não dá o devido valor à língua portuguesa a partir do momento em que permite o uso do inglês em sala de aula, que não luta pela afirmação da quinta língua mais falada no mundo e a partir do momento em que possui muito mais ferramentas em inglês para acolher os estudantes Erasmus do que para acolher os estudantes lusófonos».
Portugal não dá o devido valor à Língua Portuguesa. Isto é verdade. Actualmente Portugal não dá o devido valor à Língua Portuguesa, porque a tem vendida ao Brasil. Em Portugal abrasileirou-se a ortografia, a partir da imposição do ilegal AO90, e a Língua Portuguesa anda de rastos. Nas escolas ensina-se o mixordês.
E se dá mais ferramentas à Língua Inglesa, do que à Brasileira, faz muito bem, pois aquela é a Língua de comunicação global, e todos os alunos portugueses devem aprender o Inglês tão bem quanto o NOSSO Português, para poderem safar-se lá fora, porque ao contrário do que a senhora Juliana julga, nem a Língua Portuguesa, nem a sua Variante Brasileira têm qualquer expressão no mundo. Fala-se português nos países que o têm como língua oficial. Ponto. Mais nada.
E a senhora Juliana acrescentou esta coisa de pasmar: “ainda age como se fosse a ‘metrópole’ a ditar as regras do uso da língua portuguesa às suas ‘colónias’, quando inferioriza a maneira como a língua portuguesa é utilizada pelos outros países lusófonos”.
Muito se engana a senhora Juliana. Não é a “ex-metrópole” que quer ditar as regras do uso da Língua Portuguesa às suas ex-colónias. A verdade é apenas UMA: é a ex-colónia do Brasil que quer impor a sua grafia à ex-metrópole, e às restantes ex-colónias, e só ainda não conseguiu, porque existe uma forte resistência e oposição a essa pretensão. E ninguém inferioriza (aqui está o complexo que tolhe os Brasileiros há séculos) a Língua utilizada pelos outros países lusófonos, porque a língua utilizada pelos outros países lusófonos é a PORTUGUESA, à excepção de Cabo Verde (que tem o Crioulo Cabo-Verdiano como língua oficial) e do Brasil, onde se fala e escreve o Brasileiro, já reconhecido no mundo, como tal.
Não queira a senhora Juliana virar o bico ao prego.
E o artigo prossegue com este absurdo:
Ideia errada sobre Portugal justifica desilusão
«Justifica as dificuldades que os estudantes sentem,» no dizer da senhora Juliana, «com o facto de estes partirem com um imaginário que nem sempre corresponde à realidade encontrada.»
O mesmo dizem os Portugueses que rumam ao Brasil. Parte-se com ilusões assentes, por vezes, em premissas erradas. Contudo, em Portugal, os Brasileiros são bem acolhidos (no meu prédio vive uma dezena de Brasileiros, e a todos dei as boas-vindas, que gostaria de ter recebido no Brasil e nunca recebi, mas não dou qualquer valor a isso, por isso, faço aos outros o que gostaria que me fizessem, ainda que não mo façam. Nem recebi eu, nem os meus conterrâneos, que como se sabe, são bastantes, no Brasil.
Diz a senhora Juliana: «Muitos imaginaram uma hospitalidade diferente daquela que encontraram. (…) As diferenças culturais também se podem traduzir num choque cultural vivenciado quotidianamente na instituição e no país de acolhimento. Os estudantes brasileiros apontaram “a falta de aceitação da língua portuguesa como é escrita e falada no Brasil” como “uma falha no acolhimento de Portugal”. Por seu lado, os timorenses, “por não dominarem bem o português, sentiram que as dificuldades na chegada, em circular pela cidade, e para escolher moradia foram, por esse motivo, reforçadas – ainda que a língua portuguesa, ao lado do tétum, também seja um idioma oficial do Timor-Leste”.
Mas isto é tão normal e óbvio, que não sei porquê tanta aflição. Quando vamos para um outro país, tudo isto é tão natural como respirar. O que pretendia a senhora Juliana, que andassem com ela ao colo? Quando vamos para um país estrangeiro, não esperamos que venham todos para a rua saudar-nos, esperamos? Os Brasileiros e os Timorenses, ou outro qualquer povo, lusófono ou não, são tratados como os Portugueses são tratados nos países dos outros. Ou não? Ninguém nos vai receber com fanfarra. Ou vai? E isso importa-nos? Não nos importa nada. Somos capazes de nos adaptar e darmos a volta e integrarmo-nos, sem qualquer descabido queixume.
Quando vim do Brasil para Portugal acabar o curso universitário em Coimbra, vinha a brasucar, na escrita e na fala. Pedi um tempo aos professores para me adaptar. Tempo concedido. Não EXIGI que andassem comigo ao colo. E eu sou PORTUGUESA, mas fui tratada como uma aluna estrangeira, nos primeiros tempos, obviamente. Num mês, pus a escrita e a fala em dia, com a maior facilidade e naturalidade. E segui em frente.
E esta investigação conclui o seguinte: “a falta de informações sobre o funcionamento do sistema académico e problemas nas interacções em sala de aula com outros alunos e com professores resultou, muitas vezes, em má compreensão dos conteúdos ministrados nos cursos”. A ausência de divulgação dos serviços de apoio disponíveis para eles, também. Além disso, alguns estudantes bolseiros timorenses reclamaram da falta de orientação para os gastos com a bolsa e de ajuda com documentos (vistos, sistema académico, etc.) e os brasileiros referiram que até tiveram alguma assistência, inclusive com o processo de inscrição no curso, mas que só souberam da existência de alguns serviços prestados pela universidade e de associações que os poderiam ter ajudado, quando já estavam em Portugal».
Senhora Juliana, isto não acontece apenas com os Brasileiros e com os Timorenses, acontece igualmente com os Portugueses que vivem em Portugal. Nós, para os governantes e para as instituições estatais, estamos abaixo de cão. Quando é para nos sacarem dinheiro, vão para as televisões gritar. Quando é para recebermos privilégios, calam-se todos, e nós que adivinhemos. Por que haveria de ser diferente com os estrangeiros?
As autoras do estudo recomendam um «maior apoio na chegada e nos momentos iniciais desses alunos no país de destino. Conhecer as especificidades das culturas de origem desses estudantes e estar disponível para aprender sobre a melhor forma de recebê-los são estratégias que poderiam ser adoptadas pelas universidades portuguesas, de modo que a dádiva da hospitalidade correspondesse a práticas do bem receber, e que anfitriões e hóspedes pudessem dar, um ao outro, o melhor de si»
Nenhum país põe tal coisa em prática, quando há muitos alunos de várias nacionalidades. É pedir o impossível.
Estão à espera de apoio estatal ou do povo? O Estado não dá mimos a ninguém, talvez o nosso PR pudesse ir tirar umas selfies e distribuir beijinhos à chegada dos Brasileiros. Ainda não vi que fosse. O Povo, esse, penso que é caloroso com os estrangeiros. Ele adora tudo o que vem do estrangeiro. Não devem ter razão de queixa.
Bom, mas as duas perguntas finais a fazer são as seguintes: fazem todas estas exigências quando vão estudar para os EUA? Ou para Inglaterra? Ou França? Quando estudantes portugueses vão para o Brasil estudar, o Brasil brinda-os com este tipo de mordomia que exigem de Portugal? Ou cada um amanha-se como pode?
De tudo o que li, ficou-me um pulga atrás da orelha: ou muito me enganei ou a senhora Juliana insinuou que o Brasil deveria impor as sua regras a Portugal, incluindo a Língua falada e escrita no Brasil, para que os Brasileiros possam sentir-se em casa?
(**) O programa Erasmus, acrónimo do nome oficial em língua inglesa, European Region Action Scheme for the Mobility of University Students, é um plano de gestão de diversas administrações públicas, que apoia e facilita a mobilidade académica dos estudantes e professores universitários através do mundo inteiro.
Origem da notícia:
Isabel A. Ferreira
Porque é da inteligência olhar para as coisas com olhos de ver, e não com olhos de não-querer-ver.
Sabem o que distingue os “Velhos do Restelo” (os que têm saber e defendem a Língua Portuguesa), dos “Novos de São Bento e Belém” (os que não têm saber e estão a destruir a Língua Portuguesa)? Responderei a esta pergunta, mais adiante, depois da leitura do texto de Luciano Amaral.
Para já vamos a outra questão: recebi, via e-mail, a imagem, que aqui reproduzo, de um texto, assinado por Luciano Amaral, publicado no Correio da Manhã em 03 de Março de 2014, um texto com cinco anos, mas de validade actualíssima. Infelizmente.
Todos os que estamos a trabalhar para restaurar a Língua Portuguesa, em Portugal, sabemos que ela será restaurada, mais dia, menos dia, porque um País não pode avançar para o futuro, sem uma Língua que o identifique.
E neste momento, Portugal não tem uma Língua que seja SUA.
O que se passa actualmente é que Portugal perdeu a sua Língua, perdeu a sua identidade linguística, perdeu o brio, perdeu o profissionalismo, perdeu a vergonha, perdeu a dignidade, e agora só quer ser “grande” outra vez, como no tempo do Império, à pala do Brasil.
Concordo em absoluto quando Luciano Amaral diz que «os portugueses só entendem a sua imaginada grandeza como algo para além de Portugal: antes era o império. Agora é a lusofonia (…), a coisa vai tão longe que chega muitas vezes ao ponto da anulação do País».
Bem, mas acontece que o País já está anulado. Um país que perde a sua Língua, fica automaticamente anulado. Portugal desviou-se da Europa, e anda por aí, à deriva, sem rei nem roque: é que nem é deste lado do Atlântico, nem do outro. Não tem uma Língua que o identifique: nem portuguesa, nem brasileira.
Um País que não cuida da sua Língua, não merece o estatuto de País. É simplesmente uma colónia da ex-colónia.
Estão muito enganados aqueles que acham que o “Acordo Ortográfico de 1990” é essencial para o “prestígio” da Lusofonia. Mas que acordo, que prestígio, que lusofonia?
Uma Língua só dá prestígio a alguma coisa, quando é uma LÍNGUA. Neste momento, a língua que circula em Portugal é apenas uma imitação de língua, que identifica o Brasil, mas não identifica Portugal. Por isso se insiste que cada país fique com a respectiva Língua.
A língua que actualmente é grafada (e já começa a ser falada) em Portugal é made in Brazil (escrito assim à americana). E digam-me lá: que outro país do mundo, senão Portugal, mudou a Língua que o identificava, para adoptar uma língua, made num país estrangeiro?
Todos sabemos o que está por trás deste “acordo” para o qual não foram chamados os restantes seis países ditos lusófonos. Apenas o Brasil e Portugal se enfronharam numa negociata de bradar aos céus, cheia de mentiras. Repletíssima de fraudes!
Como diz Luciano Amaral, e muito bem, este “acordo” nasceu apenas do delírio português de que (ainda) existe uma entidade chamada “Lusofonia” e da ambição do Brasil.
Acontece que o Brasil não se distanciou, do modo como se distanciou, e cada vez se distancia mais, da Língua Portuguesa, para ficar eternamente ligado à língua do colonizador, e não fruir de uma língua própria, de uma língua que o identifique como uma Nação independente. E quem não acredita ou não aceita este incontestável facto, é bocó (já agora, e uma vez que estamos numa de brasileirismos…)
Portugal amesquinhou-se. Portugal deixou-se levar pelo “sonho brasileiro”. O Brasil acenou-lhe com os “milhões” de falantes e escreventes de uma língua a que eles, por enquanto, ainda chamam Portuguesa, mas que, na verdade, já não é portuguesa, e nem sequer é estudada nas escolas, como tal. E Portugal sentiu-se um pigmeu, e deslumbrou-se com a ideia de se agigantar à pala de uma Língua que tem o destino marcado para ser Brasileira.
Nada é mais perverso e caracterizador da pequenez de espírito, do que políticos pigmeus deslumbrados com a fictícia grandeza de um gigante. Se ao menos soubessem a história de David e Golias!
O Brasil tem todo o direito de ter o seu “sonho brasileiro”. Porque não? O nosso Rei Dom Diniz também teve o seu “sonho português” e ficou para a História como o responsável pelo nascimento oficial da Língua Portuguesa. Em 1290, Dom Diniz decretou que a “língua vulgar” (o galaico-português falado) fosse usada na corte, em vez do Latim, e designada como “Português”. E é facto que o Rei adoptou uma língua própria para o reino de Portugal, tal como o seu avô Afonso X “O Sábio”, e de quem era tradutor, fizera com o Castelhano.
E foi assim que do Latim se passou ao dialecto galaico-português, e deste, à Língua Portuguesa. E será assim que o Português (ainda dito) do Brasil, e que tecnicamente é classificado como um dialecto, evoluirá naturalmente para Língua Brasileira.
Resta saber quem será o governante brasileiro que ficará para a História como o responsável pelo nascimento oficial da Língua Brasileira.
Este é o percurso natural das línguas que os povos que dominam outros povos vão deixando pelo caminho…
No que a isto diz respeito, não entendo a estranheza e os ataques de certas pessoas, que não param para pensar, que não lêem, que não procuram informar-se, nem querem, porque deliram com as falsas grandezas.
Portugal está dividido entre os ditos “Velhos do Restelo” e os “Novos de São Bento e Belém”. Qual a diferença entre uns e outros?
É que os “Velhos do Restelo” escrevem correCtamente a Língua Portuguesa, a oficial, a que permanece em vigor, a do Convénio Luso-Brasileiro 1945.
E os “Novos de São Bento e Belém” desprezaram a Língua Portuguesa, e substituíram-na por uma novilíngua conhecida por Mixordês, uma mistura do Português e do Brasilês.
E para que não digam que estou a inventar coisas (o Brasilês) aqui deixo a fonte onde fui beber o significado deste termo, que considero bastante interessante: Dicionário inFormal, neste link:
https://www.dicionarioinformal.com.br/brasil%C3%AAs/
Significado de Brasilês Por C (SP) em 02-03-2011
Brasilês é uma lingua falada no Brasil.
Embora derivada do português, tem sintaxe, morfologia, fonética, semântica e vocabulário autóctones, especialmente pela absorção de elementos lingüísticos de origem indígena e africana,
Em virtude da grande extensão do nosso país, o brasilês apresenta grande diversidade de sotaques sem que isto afete o significado das palavras.
Isto é muito natural para um universo de mais de 180 milhões de pessoas falando o mesmo idioma.
***
Porque é da inteligência olhar para as coisas com olhos de ver, e não com olhos de não-ver.
Isabel A. Ferreira
Fico pasmada com a ignorância que por aí vai, no que respeita ao modo como agora se escreve a Língua Portuguesa.
A maioria dos Portugueses não sabe o que é isso do AO90. Quando se pergunta por aí por que escrevem “fatura” em vez de faCtura, a resposta é de pasmar: «Agora escreve-se assim». E porquê? «Porquê o quê?». Por que é que agora se escreve assim? «Ora porque agora é assim, mandam escrever assim». Sabe o que é o Acordo Ortográfico de 1990? «O que é isso?».
Um destes dias, numa estação de serviço na A7, li o seguinte, num aviso colado à máquina registadora: «Se quiser fatura, deve pedi-la quando afatuar o pagamento». E isto já foge ao âmbito do “acordo”.
Ainda estava do lado de cá da fronteira com Espanha. Mas em Espanha não se escreve assim tão mal. Aliás, em país europeu nenhum, se escreve assim tão mal.
Os Portugueses, no seu gosto desenfreado e patológico de imitar tudo o que é estrangeiro, acabam por cair na parvoíce e na deselegância, neste caso, na deselegância da escrita.
Em Portugal, como aliás em todos os países ditos lusófonos, quase ninguém sabe o que é o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), e as implicações perniciosas da sua aplicação.
E quando nos aparece alguém a dizer (uns, parvamente, outros, ingenuamente): «Ah! Agora escreve-se assim» e lhes falamos, por exemplo, no livro do Embaixador Carlos Fernandes «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor» os parvos evocam imediatamente o Malaca Casteleiro (esse é que as sabe!); os ingénuos não se interessam por leituras, estão mais virados para o futebol e para os programas altamente "colturais" dos “casamentos” e "namoros", transmitidos na SIC e TVI, a somar às novelas.
E quem ganha com esta parvoíce de uns, e ingenuidade de outros?
Obviamente, os actuais governantes portugueses, os que se arvoram em "donos da Língua", e que recebem ordens para destruir a Língua Portuguesa e promover o Dialecto do Brasil.
Até porque eles sabem que Portugal é o país europeu com o maior índice de analfabetismo; e também sabem que 80% da população não se interessa nada por estas coisas da Cultura, da Língua e da Identidade Portuguesas, e que as informações cruciais acerca das verdades sobre o AO90 confinam-se a um universo de 20% dos Portugueses.
É uma falácia dizer que o AO90 tem a ver com a evolução da Língua, quando é um tremendo retrocesso passar de cavalo para burro, ou seja, de Língua para Dialecto.
Posto isto, aqui deixo uma informação útil, assente nos pareceres de juristas, de linguistas habilitados (porque os há desabilitados, co mo Malaca Casteleiro e quejandos) e dos estudiosos desta droga alucinogénia chamada AO90, e principalmente baseada no livro: «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor – Prepotências do Governo de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva», do Embaixador Carlos Fernandes, que nenhum governante, incluindo o PR, e professores de Português leram, para estarem informados do que é essa fraude do AO90.
- O AO90 agride barbaramente a etimologia das palavras, empobrecendo a ortografia portuguesa, desenraizando-a da sua família indo-europeia;
- O AO90 é tecnicamente insustentável; juridicamente inválido, politicamente insciente e materialmente impraticável;
- O AO90 não tem validade internacional, até porque não passa de uma fraude;
- O AO90 é ilegal e inconstitucional, não estando em vigor na ordem jurídica internacional;
- Os professores ensinam nas escolas portuguesas, sob coacção, uma ortografia baseada na "Cartilha Brasileira", juridicamente ilegal, porquanto não existe lei alguma que o sustente;
- Na ordem jurídica internacional a Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Nº 8/2011, que “obrigou” à aplicação do AO90, não tem qualquer valor de lei;
- Não é preciso ser um génio da jurisprudência para reconhecer que Portugal agiu de má-fé e com abuso de poder, ao permitir que o 2º protocolo tivesse força de Lei, uma vez que este protocolo não foi ratificado por todos os países, segundo o tratado original;
- O AO90 é uma burla à Lei Constitucional e aos princípios elementares da Democracia e do Estado de Direito;
- O AO90 viola o princípio da igualdade dos Estados;
- Não existe Lei alguma que o torne obrigatório, a única Lei existente que está em vigor em Portugal e na ordem jurídica internacional é o Decreto-Lei Nº 35.228, de 8 de Dezembro de 1945, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/73, de 6 de Fevereiro de 1973, que não foi revogado;
- A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Nº 8/2011, que “obrigou” à aplicação do AO90, não tem valor de lei;
- Nenhum cidadão português pode ser penalizado por se recusar a aplicar o AO90, algo que é ilegal, é uma fraude e não tem validade internacional;
- Rejeitar o AO90 é um acto de cidadania, não punível por Lei;
- Quem aplica o AO90 ou está mal informado ou de má-fé.
- Quem aplica o AO90 é cúmplice de uma ilegalidade, de uma inconstitucionalide, de mentiras e de fraudes cometidas pelos intervenientes;
Consultar este link, para confirmação:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/documentosprovasmentirasfraudes-do-203378
- A aplicação ilegal do AO90 sujeita-nos à vergonha de Angola, Moçambique, Timor, Guiné Bissau e S. Tomé e Príncipe não aceitar o acordo porque têm mais respeito pela Língua Portuguesa do que os portugueses que o aplicam ilegalmente, sendo os governantes, (presidente da República à cabeça, como Chefe de Estado), o primeiro-ministro, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Educação, os principais responsáveis pelo caos ortográfico instalado em Portugal.
***
Depois disto, a grande e crucial pergunta, que todos os Portugueses devem fazer, principalmente os professores, exigindo uma resposta urgente e objectiva, antes de se curvarem servilmente diante do monstro ortográfico, é a seguinte:
Qual a Lei ou Decreto-lei que obriga os Portugueses a aplicarem o AO90?
É que só uma lei ou um decreto-lei poderá obrigar os cidadãos portugueses a aplicarem a ortografia brasileira, disfarçada de AO90. Onde está essa Lei? E não venham com a RCM Nº 8/201, porque isto não tem qualquer valor de lei.
Ninguém é obrigado a fazer o mesmo que as outras pessoas fazem, só por imitação, ignorância ou servilismo (a isto chama-se carneirada). E carneirada é o que mais há em Portugal.
E não esquecer que passar a palavra sobre esta informação útil é um dever cívico de todos os Portugueses que se prezam de o ser.
Isabel A. Ferreira
Fico pasmada com a ignorância que por aí vai, no que respeita ao modo como agora se escreve a Língua Portuguesa.
A maioria dos Portugueses não sabe o que é isso do AO90. Quando se pergunta por aí por que escrevem “fatura” em vez de faCtura, a resposta é de pasmar: «Agora escreve-se assim». E porquê? «Porquê o quê?». Por que é que agora se escreve assim? «Ora porque agora é assim, mandam escrever assim». Sabe o que é o Acordo Ortográfico de 1990? «O que é isso?».
Um destes dias, numa estação de serviço na A7, li o seguinte, num aviso colado à máquina registadora: «Se quiser fatura, deve pedi-la quando afatuar o pagamento». E isto já foge ao âmbito do “acordo”.
Ainda estava do lado de cá da fronteira com Espanha. Mas em Espanha não se escreve assim tão mal. Aliás, em país europeu nenhum, se escreve assim tão mal.
Os Portugueses, no seu gosto patológico de imitar tudo o que é estrangeiro, acabam por cair na parvoíce e na deselegância, neste caso, na deselegância da escrita.
Em Portugal, como aliás em todos os países ditos lusófonos, quase ninguém sabe o que é o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), e as implicações perniciosas da sua aplicação.
E quando nos aparece alguém a dizer (uns, parvamente, outros, ingenuamente): «Ah! Agora escreve-se assim» e lhes falamos, por exemplo, no livro do Embaixador Carlos Fernandes «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor» os parvos evocam imediatamente o Malaca Casteleiro (esse é que as sabe!); os ingénuos não se interessam por leituras, estão mais virados para o futebol e para os programas altamente "colturais" dos “casamentos” e "namoros", transmitidos na SIC e TVI, a somar às novelas.
E quem ganha com esta parvoíce de uns, e ingenuidade de outros?
Obviamente, os actuais governantes portugueses, os que se arvoram em "donos da Língua", e que recebem ordens para destruir a Língua Portuguesa e promover a Variante Brasileira do Português.
Até porque eles sabem que Portugal é o país europeu com o maior índice de analfabetismo; e também sabem que 80% da população não se interessa nada por estas coisas da Cultura, da Língua e da Identidade Portuguesas, e que as informações cruciais acerca das verdades sobre o AO90 confinam-se a um universo de 20% dos Portugueses, até porque os órgãos de informação estão proibidos de abordar esta matéria.
É uma falácia dizer que o AO90 tem a ver com a evolução da Língua, quando é um tremendo retrocesso passar de cavalo para burro, ou seja, de Língua para Variante de si mesma.
Posto isto, aqui deixo uma informação útil, assente nos pareceres de juristas, de linguistas habilitados (porque os há desabilitados, como Malaca Casteleiro e quejandos) e dos estudiosos desta droga alucinogénia chamada AO90, e principalmente baseada no livro: «O Acordo Ortográfico de 1990 Não Está em Vigor – Prepotências do Governo de José Sócrates e do Presidente Cavaco Silva», do Embaixador Carlos Fernandes, que nenhum governante, incluindo o PR, e professores de Português leram, para estarem informados acerda do que é essa fraude do AO90.
- O AO90 agride barbaramente a etimologia das palavras, empobrecendo a ortografia portuguesa, desenraizando-a da sua família indo-europeia;
- O AO90 é tecnicamente insustentável; juridicamente inválido, politicamente insciente e materialmente impraticável;
- O AO90 não tem validade internacional, até porque não passa de uma fraude;
- O AO90 é ilegal e inconstitucional, não estando em vigor na ordem jurídica internacional;
- Os professores ensinam nas escolas portuguesas, sob coacção, uma ortografia baseada na "Cartilha Brasileira", juridicamente ilegal, porquanto não existe lei alguma que o sustente;
- Na ordem jurídica internacional a Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Nº 8/2011, que “obrigou” à aplicação do AO90, não tem qualquer valor de lei;
- Não é preciso ser um génio da jurisprudência para reconhecer que Portugal agiu de má-fé e com abuso de poder, ao permitir que o 2º protocolo tivesse força de Lei, uma vez que este protocolo não foi ratificado por todos os países, segundo o tratado original;
- O AO90 é uma burla à Lei Constitucional e aos princípios elementares da Democracia e do Estado de Direito;
- O AO90 viola o princípio da igualdade dos Estados;
- Não existe Lei alguma que o torne obrigatório, a única Lei existente que está em vigor em Portugal e na ordem jurídica internacional é o Decreto-Lei Nº 35.228, de 8 de Dezembro de 1945, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 32/73, de 6 de Fevereiro de 1973, que não foi revogado;
- A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Nº 8/2011, que “obrigou” à aplicação do AO90, não tem valor de lei;
- Nenhum cidadão português pode ser penalizado por se recusar a aplicar o AO90, algo que é ilegal, é uma fraude e não tem validade internacional;
- Rejeitar o AO90 é um acto de cidadania, não punível por Lei;
- Quem aplica o AO90 ou está mal informado ou de má-fé.
- Quem aplica o AO90 é cúmplice de uma ilegalidade, de uma inconstitucionalide, de mentiras e de fraudes cometidas pelos intervenientes;
- A aplicação ilegal do AO90 sujeita-nos à vergonha de Angola, Moçambique, Timor, Guiné Bissau e S. Tomé e Príncipe não aceitar o acordo porque têm mais respeito pela Língua Portuguesa do que os portugueses que o aplicam ilegalmente, sendo os governantes, (presidente da República à cabeça, como Chefe de Estado), o primeiro-ministro, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Educação, os principais responsáveis pelo caos ortográfico instalado em Portugal.
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Depois disto, a grande e crucial pergunta, que todos os Portugueses devem fazer, principalmente os professores, exigindo uma resposta urgente e objectiva, antes de se curvarem servilmente diante do monstro ortográfico, é a seguinte:
Qual a Lei ou Decreto-lei que obriga os Portugueses a aplicarem o AO90?
É que só uma lei ou um decreto-lei poderá obrigar os cidadãos portugueses a aplicarem a ortografia brasileira, disfarçada de AO90. Onde está essa Lei? E não venham com a RCM Nº 8/201, porque isto não tem qualquer valor de lei.
Ninguém é obrigado a fazer o mesmo que as outras pessoas fazem, só por imitação, ignorância ou servilismo (a isto chama-se carneirada). E carneirada é o que mais há em Portugal.
E não esquecer que passar a palavra sobre esta informação útil é um dever cívico de todos os Portugueses, que se prezam de o ser.
Isabel A. Ferreira
Sabem o que distingue os “Velhos do Restelo” (os que defendem a Língua Portuguesa), dos “Novos de São Bento e Belém” (os que estão a destruir a Língua Portuguesa)? Responderei a esta pergunta, mais adiante.
Para já vamos a outra questão: recebi, via e-mail, a imagem, que aqui reproduzo, de um texto, assinado por Luciano Amaral, publicado no Correio da Manhã em 03 de Março de 2014, um texto com cinco anos, mas de validade actualíssima. Infelizmente.
Todos os que estamos a trabalhar para restaurar a Língua Portuguesa, em Portugal, sabemos que ela será restaurada, mais dia, menos dia, porque um País não pode avançar para o futuro, sem uma Língua que o identifique.
E neste momento, Portugal não tem uma Língua que seja SUA.
O que se passa actualmente é que Portugal perdeu a sua Língua, perdeu a sua identidade linguística, perdeu o brio, perdeu o profissionalismo, perdeu a vergonha, perdeu a dignidade, e agora só quer ser “grande” outra vez, como no tempo do Império, à pala do Brasil.
Concordo em absoluto quando Luciano Amaral diz que «os portugueses só entendem a sua imaginada grandeza como algo para além de Portugal: antes era o império. Agora é a lusofonia (…), a coisa vai tão longe que chega muitas vezes ao ponto da anulação do País».
Bem, mas acontece que o País já está anulado. Um país que perde a sua Língua, fica automaticamente anulado. Portugal desviou-se da Europa, e anda por aí, à deriva, sem rei nem roque: é que nem é deste lado do Atlântico, nem do outro. Não tem uma Língua que o identifique: nem portuguesa, nem brasileira.
Um País que não cuida da sua Língua, não merece o estatuto de País. É simplesmente uma colónia da ex-colónia.
Estão muito enganados aqueles que acham que o “Acordo Ortográfico de 1990” é essencial para o “prestígio” da Lusofonia. Mas que acordo, que prestígio, que lusofonia?
Uma Língua só dá prestígio a alguma coisa, quando é uma LÍNGUA. Neste momento, a língua que circula em Portugal é apenas uma imitação de língua, que identifica o Brasil, mas não identifica Portugal. Por isso se insiste que cada país fique com a respectiva Língua.
A língua que actualmente é grafada (e já começa a ser falada) em Portugal é made in Brazil (escrito assim à americana). E digam-me lá: que outro país do mundo, senão Portugal, mudou a Língua que o identificava, para adoptar uma língua, made num país estrangeiro?
Todos sabemos o que está por trás deste “acordo” para o qual não foram chamados os restantes seis países ditos lusófonos. Apenas o Brasil e Portugal se enfronharam numa negociata de bradar aos céus, cheia de mentiras. Repletíssima de fraudes!
Como diz Luciano Amaral, e muito bem, este “acordo” nasceu apenas do delírio português de que (ainda) existe uma entidade chamada “Lusofonia” e da ambição do Brasil.
Acontece que o Brasil não se distanciou, do modo como se distanciou, e cada vez se distancia mais, da Língua Portuguesa, para ficar eternamente ligado à língua do colonizador, e não fruir de uma língua própria, de uma língua que o identifique como uma Nação independente. E quem não acredita ou não aceita este incontestável facto, é bocó (já agora, e uma vez que estamos numa de brasileirismos…)
Portugal amesquinhou-se. Portugal deixou-se levar pelo “sonho brasileiro”. O Brasil acenou-lhe com os “milhões” de falantes e escreventes de uma língua a que eles, por enquanto, ainda chamam Portuguesa, mas que, na verdade, já não é portuguesa, e nem sequer é estudada nas escolas, como tal. E Portugal sentiu-se um pigmeu, e deslumbrou-se com a ideia de se agigantar à pala de uma Língua que tem o destino marcado para ser Brasileira.
Nada é mais perverso e caracterizador da pequenez de espírito, do que políticos pigmeus deslumbrados com a fictícia grandeza de um gigante. Se ao menos soubessem a história de David e Golias!
O Brasil tem todo o direito de ter o seu “sonho brasileiro”. Porque não? O nosso Rei Dom Diniz também teve o seu “sonho português” e ficou para a História como o responsável pelo nascimento oficial da Língua Portuguesa. Em 1290, Dom Diniz decretou que a “língua vulgar” (o galaico-português falado) fosse usada na corte, em vez do Latim, e designada como “Português”. E é facto que o Rei adoptou uma língua própria para o reino de Portugal, tal como o seu avô Afonso X “O Sábio”, e de quem era tradutor, fizera com o Castelhano.
E foi assim que do Latim se passou ao dialecto galaico-português, e deste, à Língua Portuguesa. E será assim que o Português (ainda dito) do Brasil, e que tecnicamente é classificado como um dialecto, evoluirá naturalmente para Língua Brasileira.
Resta saber quem será o governante brasileiro que ficará para a História como o responsável pelo nascimento oficial da Língua Brasileira.
Este é o percurso natural das línguas que os povos que dominam outros povos vão deixando pelo caminho…
No que a isto diz respeito, não entendo a estranheza e os ataques de certas pessoas, que não param para pensar, que não lêem, que não procuram informar-se, nem querem, porque deliram com as falsas grandezas.
Portugal está dividido entre os ditos “Velhos do Restelo” e os “Novos de São Bento e Belém”. Qual a diferença entre uns e outros?
É que os “Velhos do Restelo” escrevem correCtamente a Língua Portuguesa, a oficial, a que permanece em vigor, a do Convénio Luso-Brasileiro 1945.
E os “Novos de São Bento e Belém” desprezaram a Língua Portuguesa, e substituíram-na por uma novilíngua conhecida por Mixordês, uma mistura do Português e do Brasilês.
E para que não digam que estou a inventar coisas (o Brasilês) aqui deixo a fonte onde fui beber o significado deste termo, que considero bastante interessante: Dicionário inFormal, neste link:
https://www.dicionarioinformal.com.br/brasil%C3%AAs/
Significado de Brasilês Por C (SP) em 02-03-2011
Brasilês é uma lingua falada no Brasil.
Embora derivada do português, tem sintaxe, morfologia, fonética, semântica e vocabulário autóctones, especialmente pela absorção de elementos lingüísticos de origem indígena e africana,
Em virtude da grande extensão do nosso país, o brasilês apresenta grande diversidade de sotaques sem que isto afete o significado das palavras.
Isto é muito natural para um universo de mais de 180 milhões de pessoas falando o mesmo idioma.
***
Porque é da inteligência olhar para as coisas com olhos de ver, e não com olhos de não-ver.
Isabel A. Ferreira
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