… talvez os mesmos com que mimam as vossas mulheres, as vossas filhas, as vossas amigas, ou mesmo as vossas mães. Acertei? Só posso ter acertado!
Acontece que não pertenço ao mesmo rol das mulheres da vossa vida.
Além disso estou mais do que vacinada contra a virulência de machistas, cujos cérebros estão deslocados, ou seja, em vez de estarem localizados na caixa craniana, estão alojados mais abaixo [conforme a sensacional escultura que o artista cubano, Yoan Capote, concebeu].
Devo dizer que abomino o vosso tipo de criaturas, com o cérebro descido, e sei que vocês estão por todo o lado, nomeadamente, entre a classe política [a mais afectada] e a editorial, e comuns comentadores acordistas servilistas, brasileiros e portugueses, para quem a Língua Portuguesa é um monte de esterco, porque embora não tendo nome, nem cara, apenas anonimamente vocês conseguem vir aqui, cobardemente, despejar o lixo amontoado na vossa caixa craniana, propícia à acumulção de imundícies, por estar completamente OCA. Por vezes, lá deixam o rabo de fora e identifico-vos, claramente.
E porque não sou de me calar diante da estupidez, o meu recado é o seguinte:
- Estou vacinada contra a virulência de criaturas que não têm nome, nem cara, e cujo cérebro NÃO está encaixado no devido lugar. Por isso, estou-me nas tintas para a vossa verborreia: saibam que ela não me afecta, nem vai contribuir jamais para que me cale. Muito pelo contrário. CorreCto?
- E deixo-vos um conselho: FAÇAM O PINO. Talvez os vossos cérebros consigam encontrar o caminho até à vossa caixa craniana, e, com jeitinho, instalarem-se no devido lugar. Quem sabe, já instalados os cérebros, os neurónios não começam a funcionar normalmente, e vocês possam transformar-se em HOMENS PENSANTES?!!!!
Isabel A. Ferreira
Na verdade, esta invenção da linguagem inclusiva é uma desmedida patetice, se bem aplicada, como acabaram de ler, no título, porque se querem aplicá-la, terão de ser coerentes no discurso.
Nos discursos da celebração do "25 de Abril", o nosso presidente da República veio com "todas estas " e "todos estes", e vá lá que não imitou Ferro Rodrigues a dizer "Portuguesas e Portugueses". O deputado Alexandre Quintanilha também usou o "elas e eles", e os discursos ficam mais pobres e foleiros com este tipo de linguagem, que tem por objectivo igualar os géneros, mas quem os profere não tem a mínima noção da ignorância que demonstram ao juntar um subconjunto, ao conjunto, como o Dr. António Bagão Félix explica, e muito bem, no magistral texto, intitulado «Estatísticas com Género Gramatical a Papel Químico» que escreveu na sua habitual rubrica “Português”, publicada na sua página do Facebook.
Simplesmente brilhante e obrigatório ler.
Isabel A. Ferreira
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, por ser mulher, foi marginalizada num encontro com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde também se encontrava o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, como podemos ver na imagem. Contudo, NÃO É com o uso da disparatada linguagem inclusiva que, num próximo encontro, a Senhora Von der Leyen terá direito a um tratamento de igual para igual. Não é. Apenas uma atitude sentará a Senhora Von der Leyen ao lado daqueles dois machistas.
Fonte da imagem: https://hojemacau.com.mo/2021/04/14/sofagate-o-jogo-das-cadeiras-diplomatico/
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EM PORTUGUÊS
n. 34
𝑀𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑝𝑎́𝑡𝑟𝑖𝑎 𝑒́ 𝑎 𝑙𝑖́𝑛𝑔𝑢𝑎 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑔𝑢𝑒𝑠𝑎 (Fernando Pessoa)
ESTATÍSTICAS COM GÉNERO GRAMATICAL A PAPEL QUÍMICO
Estava equivocado. Segundo o censo de 2011, afinal há, no nosso País, 16.077.756 pessoas. Portugueses são 10.562.178 e portuguesas são 5.515.578. Nos portugueses estão incluídas as portuguesas, mas, como cada vez mais ouço “portugueses e portuguesas” (ou vice-versa), fiquei baralhado e fui fazer as contas. É que essa coisa dos conjuntos matemáticos, em que na sua união não se consideram os subconjuntos contidos num ou mais dos conjuntos, foi inventada antes deste século e, como tal, está antiquada.
Antes da pandemia, tenho uma vaga memória de que estive numa cerimónia presencial. Nos discursos da praxe, ouvi “todas e todos”. Éramos para aí umas duzentas pessoas. Pelas minhas contas, 110 homens e 90 mulheres, logo todas (90) e todos (110+90) seríamos 290, mais do que os 200 que julgava. Até me pus a pensar como se deve dizer se houver 100 homens e uma mulher (ou vice-versa). Será “todos e toda”? (ou “todas e todo?”)
As audiências televisivas pecam por defeito e a tiragem dos jornais deveria ser rectificada. É que, além dos espectadores, compradores e leitores, há que juntar as espectadoras, compradoras e leitoras.
Também não concordo com a ideia de que há carência de pessoal lectivo. Não é verdade, “professoras e professores” são muito mais do que professores, ainda que reconheça que seria bom que houvesse mais estabelecimentos de ensino por haver “alunas e alunos” que, pelos vistos, excedem o total dos alunos. E numa aula de antropologia dir-se-á “humanos e humanas” para caracterizar a espécie?
Nas eleições, a taxa de votação excedeu, em muito, os cadernos eleitorais. É que entre todos os eleitores e as eleitoras, não há abstenção que resista!
Portugal está muito mais envelhecido do que nos andam a dizer. Afinal o número de idosos não é de 2.010.064 pessoas. Temos de lhe juntar as idosas, que são mais de 1.000.000. Evidentemente, assim não há sistema de pensões que resista, a não ser que não se paguem, em duplicado, pensões às reformadas, mas apenas às que estão incluídas nos reformados. E quanto às vacinas contra a Covid-19, não há quantidade que chegue para todos e todas…
Só tenho filhas, netas e irmãos, pelo que, em reunião familiar, não tenho de dizer “filhas e filhos”, “netas e netos” e “irmãs e irmãos”. Interessante é reparar como se diz o conjunto dos nossos progenitores. A mãe e o pai juntos são pais, ou seja, o plural do pai. A avó e o avô são avós, que é o plural da avó! Segundo a linguagem de género, não se pode acusar nenhum deles de discriminação. Língua sábia…
Já quanto à minha relação com o transcendente, sou monoteísta, o que evita e até me proíbe de invocar “minhas deusas e meus deuses”.
Curioso é que esta prática matemática de juntar um subconjunto ao conjunto que já o contém, de modo a evitar infracções relacionadas com “estereótipos de género”, não se aplica a situações negativas ou indesejáveis. Ninguém balbucia “desempregadas e desempregados” (bastam os desempregados), “mortas e mortos” (bastam os mortos), “arguidas e arguidos” (bastam os arguidos), etc. Creio, também, que não vai aparecer num partido alguém a referir-se a “militantes e militantas”, não só porque esta forma feminina não existe, como correria o risco de ser redutora e alguém a entender como “militantes e mil e tantas”.
Dizem que, afinal, todos (e já agora, todas) dizem “minhas senhoras e meus senhores” no início de uma intervenção. Mas aqui, está-se a fazer uma distinção com urbanidade e elegância, pois que, neste caso, a palavra “senhores” é inequivocamente só destinada às pessoas do sexo masculino. Ou seja, matematicamente falando, o conjunto dos senhores não inclui as senhoras e vice-versa.
E acabo, agradecendo a todos quantos e a todas quantas fizeram o favor de me ler, concordando ou discordando.»
Fonte: https://www.facebook.com/antonio.bagaofelix/posts/10218818151313861
… ou «A pimbalhice que ocupa as mentes de quem nada tem para dar, para ajudar ao desenvolvimento do ser humano...!»
Um texto de Ferreira Joaquim que nos leva a classificar a dita linguagem inclusiva, como a maior idiotice dos últimos tempos, a qual assenta numa ignorância ilimitada ao redor das palavras.
E jamais as palavras ajudarão a integrar o que apenas as atitudes integrarão.
Origem da imagem: Internet
Por Ferreira Joaquim
«A pimbalhice que ocupa as mentes de quem nada tem para dar, para ajudar ao desenvolvimento do ser humano...!»
«Desde a antiguidade até à actualidade que ocorrem palavras em género feminino e que são usadas para referir-se a seres do género masculino. E, nem por isso, foi necessário mudar o conteúdo dos livros da biblioteca de Alexandria.
VEJAM e se vêem nisto alguma utilidade reflexiva... PARTILHEM!
Desde a antiguidade que é conhecida a forma de actuar dos SOFISTAS... que eram homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e que NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para SOFISTOS.
Actualmente, há milhares ou milhões de SURFISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e que NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para SURFISTOS.
Há milhares ou milhões de MACHISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para MACHISTOS.
Há milhares ou milhões de FEMINISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para FEMINISTOS.
Há milhares ou milhões de SEGURANÇAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e que NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para SEGURANÇOS.
Há milhares ou milhões de POLÍCIAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para POLÍCIOS.
Há milhares ou milhões de TERAPEUTAS DA FALA no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para TERAPEUTOS (muito menos, "DO FALO").
Há milhares ou milhões de FISIOTERAPEUTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para FISIOTERAPEUTOS.
Há milhares ou milhões de CINEASTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para CINEASTOS.
Há milhares ou milhões de MASSAGISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para MASSAGISTOS.
Há milhares ou milhões de TURISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para TURISTOS.
Há milhares ou milhões de ATLETAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para ATLETOS.
Há milhares ou milhões de GINASTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para GINASTOS.
Há milhares ou milhões de CICLISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para CICLISTOS.
Há milhares ou milhões de PUGILISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para PUGILISTOS.
Há milhares ou milhões de FUTEBOLISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para FUTEBOLISTOS.
Há milhares ou milhões de PARAQUEDISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para PARAQUEDISTOS.
Há milhares ou milhões de CANOISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para CANOISTOS.
Há milhares ou milhões de TENISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para TENISTOS.
Há milhares ou milhões de MOTOCICLISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para MOTOCICLISTOS.
Há milhares ou milhões de HIPISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para HIPISTOS.
Há milhares ou milhões de LINGUISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para LINGUISTOS.
Há milhares ou milhões de ISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para ISTOS.
Há milhares ou milhões de CIENTISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para CIENTISTOS.
Há milhares ou milhões de OFTALMOLOGISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para OFTALMOLOGISTOS.
Há milhares ou milhões de NUTRICIONISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para NUTRICIONISTOS.
Há milhares ou milhões de ISTAS no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para ISTOS.
E tantas e tantas palavras "...ISTAS" haverá no mundo... que são homens, e nunca se preocuparam com a palavra por a mesma apresentar uma terminação feminina ("....AS") e NUNCA NINGUÉM PEDIU que a língua mudasse o seu nome para que terminasse em "...ISTOS"
AQUI FICAM MUITOS MAIS:
Jornalista
Contabilista
Economista
Ecologista
Meteorologista
Museologista
Arquivologista
Radialista
Radiologista
Dentista
Esteticista
Estilista
Musicoterapeuta
(...)
Enfim...
Será que um dia, a maluqueira dos seres humanos (com tantos problemas verdadeiros para resolver no Planeta) os levará a gastar as suas energias a mudar o discurso das coisas em vez de melhorarem as coisas do discurso? Será que um dia vão aparecer grupos de homens a querer usar "palavros" porque as "palavras" são femininas? E haverá mulheres que quererão escrever "livras" porque os livros são "palavros machistos"... ?»
Fonte: https://www.facebook.com/groups/emaccao/permalink/3590960570949290/
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