João José Santos, um desacordista convicto, fez este comentário à notícia de que Marcelo Rebelo de Sousa estaria disposto a rever o AO90: «Não há que rever o Acordo Ortográfico de 1990. Há que restabelecer a língua tal como ela se encontrava antes do acordo. É que Portugal não tem de fazer acordos linguísticos com nenhum país. Cada país é autónomo e responsável pela língua que usa. Temos uma Língua milenar, que é nossa. Somos responsáveis por ela e devemos mantê-la com as suas características. Os outros povos tratem do seu Português que, se se desviar muito do Português de Portugal, deverá ser chamado de Brasileiro (…) ou de qualquer outra coisa»…
O facto é que, actualmente, se a Língua Portuguesa ainda é Língua Portuguesa, deve-se ao bom senso de Angolanos, Moçambicanos, Guineenses, São-tomenses, e Timorenses que se recusaram a embarcar na canoa furada apresentada pelo Brasil a Portugal, e, na qual Portugal entrou cegamente, a rastejar, subserviente como um escravo, sem ter a mínima noção do que é a HONRA, saltando para a escuridão, em prejuízo da Identidade Portuguesa.
Agora querem que os restantes países lusófonos entrem nessa canoa, para se afundarem também, num descabido querer ser mais papista do que o papa?
E o pior é que, por mais que as pessoas esclarecidas, Portugueses, Afribanos de expressão portuguesa e Brasileiros cultos, juristas, embaixadores, escritores e jornalistas (que não se venderam ao negócio da Língua e ao governo traidor da Pátria), linguistas e filólogos honestos (porque os há desonestos) tentem mostrar aos governos português e brasileiro, com argumentos de peso, a inutilidade, a fragilidade, a ilegalidade, a inconstitucionalidade, a idiotice deste AO90, os governantes continuam a fazer-se de cegos, surdos e mudos ao apelo da razão, e nós gostaríamos de saber porquê…
Por alma de quem querem vender a Língua Portuguesa ao Brasil?
Isabel A. Ferreira
. Não há que rever o Acordo...