Então o que existe?
Existe a Língua Portuguesa, única e inviolável, e as suas Variantes, sendo a mais evidente, a Variante Brasileira do Português, que pretendem impor aos países da CPLP.
É do foro da estupidez dizer que existe um Português Europeu, e que este é uma variante da Língua Portuguesa, quando o berço da Língua Portuguesa é Portugal, e foram os Portugueses que a levaram aos quatro cantos do mundo, onde deixaram um rasto de dialectos oriundos dessa Língua Lusa.
NÃO existe Português do Brasil, porque o Brasil alterou a estrutura da Língua Portuguesa, afastando-a das suas raízes greco-latinas, criando uma variante que apenas pertence ao Brasil, e a mais nenhuma outra ex-colónia portuguesa, e muito menos a Portugal. E essa alteração não se limita apenas à ortografia, mas igualmente ao léxico, à morfologia, à sintaxe e à semântica, porém, a mais notória alteração acontece na fonologia. A partir destas alterações, já não se pode mais falar de “Português” quando falamos da Língua do Brasil.
Ponham, por exemplo, um cidadão angolano e um cidadão brasileiro, frente a frente, numa entrevista, na televisão, e depois perguntem a uma criança, que já frequentou a Escola Básica, quem fala o quê. A criança dirá, sem qualquer hesitação, que o angolano fala Português, e o Brasileiro fala Brasileiro. Assim, tal e qual. E se perguntarem a um estrangeiro que tenha conhecimentos do Português, ele dirá o mesmo.
Há por aí quem (até ao mais alto nível) queira pôr em evidência a Variante Brasileira do Português -- à qual chamam, indevidamente, “português” -- apenas porque ela é utilizada por mais de 200 milhões de pessoas. E daí? O que temos nós a ver com isso, a não ser sentirmo-nos usurpados na nossa identidade linguística?
As Variantes do Castelhano e do Inglês são utilizadas por muito mais de 200 milhões de pessoas. A Língua Castelhana e a Língua Inglesa andam por aí a ser vilipendiadas? NÃO andam. E sabem porquê? Porque os decisores políticos Espanhóis e Ingleses não sofrem do complexo de inferioridade de que os portuguesinhos sofrem, e não andam por aí a fazer desacordos desortográficos, para imporem aos Espanhóis e aos Ingleses as variantes que esses milhões falam e escrevem.
E enquanto os decisores políticos portuguesinhos continuarem a aceitar, servilmente, a designação de “Português do Brasil”, e a impor aos Portugueses não-pensantes [porque os há pensantes, logo, insubmissos] a Variante Brasileira do Português, disfarçada no acordo ortográfico de 1990, com o argumento parvo de que eles são 200 milhões, a Língua Portuguesa continuará a ser vilipendiada.
Eles são milhões? E o que é que nós temos a ver com isso? Podiam ser muitos mais. E daí? Esses milhões têm lá a Variante deles, assim como os ex-colonizados espanhóis e ingleses têm as variantes deles, e os ex-colonizados espanhóis e ingleses não andam por aí a rastejar à ordem dos milhões...
O Brasil ainda não conseguiu cortar o cordão-umbilical com o ex-colonizador. Abominam a colonização portuguesa, até estão interessados em absurdas reparações históricas, deformaram a Língua pela qual optaram, quando se libertaram do jugo português. Por que não assumem de uma vez por todas a Variante Brasileira do Português, que, na escrita até pode parecer semelhante ao Português, mas na estrutura e na oralidade NÃO é.
Nunca estudei Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Nem os Italianos, nem os Galegos, nem os Mirandeses falam a minha Língua. Eu não sei falar Italiano, nem Galego, nem Mirandês. Mas leio e compreendo perfeitamente a escrita italiana, galega e mirandesa. Por que será?
Com esta idiotice de nos querem impingir a linguagem dos 200 milhões, criou-se uma terceira variante, que bem podemos designá-la como Mixórdia Portuguesa, que levou a uma balbúrdia ortográfica, única no mundo civilizado, onde a Escrita é um meio de comunicação e fixação do Saber, da Cultura e do Pensamento de um Povo. Em Portugal, essa Mixórdia Ortográfica serve apenas para os básicos se comunicarem.
Este facto deplorável não deve dar ânimo a ninguém, porque quanto mais a balbúrdia se impõe, mais a Língua Portuguesa definha. Nunca ouviram dizer que uma mentira repetida muitas vezes transforma-se em verdade? Pois é! É o que está a acontecer nas redes sociais, na Internet, no Google, e os disparates que lá se escrevem começam a ser o pão nosso de cada dia. Nas redes sociais, na Internet, no Google apenas uma elite culta escreve em BOM Português.
E a ignorância impera, ao mais alto nível, a este respeito. É só estar atento a quem fala e ao que se escreve nas televisões, para ver como se fala e escreve vergonhosamente a Língua Oficial de Portugal. O que vale é que a Língua Portuguesa NÃO tem a projecção no mundo que têm o Mandarim (1,1 biliões de falantes); o Castelhano (480 milhões); o Inglês (380 milhões); o Hindi (341 milhões); o Árabe (315 milhões); o Bengali (228 milhões) [números de 2024], e, assim, a Língua Portuguesa, escrita e falada de um modo absolutamente deplorável, como se fôssemos um país de básicos, pode ser que passe despercebida.
Entretanto, soubemos que Angola tinha (não sei se ainda tem) a intenção de forçar a revisão do AO90. Rever o quê? Para quê? Devia era forçar a anulação pura e simples do abortográfico, porque os abortos não têm e nunca tiveram viabilidade possível.
Dizem-me que a questão do AO90 está nas mãos de Angola.
Estará? Angola até pode ser o caminho, mas quem quer, pode e manda, em Angola, ainda não mexeu uma palha neste sentido. Estão à espera de quê?
E para tornar tudo isto ainda mais surreal, chegou-me, via e-mail, uma notícia que me surpreendeu pela negativa: em Portugal, nasceu mais um jornal, o PÚBLICO Brasil, com o objectivo de falar com os brasileiros que vivem em Portugal, e dar visibilidade à Variante Brasileira do Português, como se já não bastasse os subservientes órgãos de comunicação social, que, cegamente, se venderam ao ilegal AO90, tal como Judas se vendeu ao Sinédrio, por 30 dinheiros, e o Brasileirês, as brasileirices e os Brasileiros imperam, em Portugal, e já há portugueses com vontade de deixar de sê-lo.
Mas esta matéria é para desenvolver na Parte II, desta minha publicação.
Isabel A. Ferreira
Graças à resistência dos mais velhos a Língua Mirandesa resistiu.
Graças à resistência dos mais velhos a Língua Portuguesa também resistirá.
Foi assim também com a Língua Galega.
Portugal tem duas Línguas Oficiais – a Língua Portuguesa e a Língua Mirandesa, que devia ser de estudo obrigatório [é opcional], em todas as escolas portuguesas, devido à tendência dos políticos em querer acabar com as Línguas oficiais de Portugal, para as substituir pela Variante da Língua Brasileira.
A Língua Mirandesa tem uma história que vem de tempos antigos, e que está contada aqui para quem estiver interessado em consultar. Trata-se de um texto que o Município de Miranda do Douro publicou no seu site, e o qual me deixou perplexa, por estar escrito no NOSSO Português grafado à brasileira.
É tão importante proteger a Língua Mirandesa, que devia ser Língua obrigatória em todas as escolas portuguesas, como é importante proteger a Língua Portuguesa, e foi com grande desgosto que vi no site do Município de Miranda do Douro a história do Mirandês grafada à brasileira.
Há que proteger as DUAS Línguas Oficiais de Portugal, do mesmo modo.
Vejo que a Mirandesa é mais acarinhada do que a Portuguesa.
Não queiram destruir também essa Língua única acordizando-a como estão a fazer com o Português.
Então o Município de Miranda do Douro quer proteger a Oficial Língua Mirandesa, que tem 3.500 falantes, e descarta a outra Língua Oficial – a Portuguesa? Por alma de quem? Se como todos os que estão informados sabem que o AO90 é ILEGAL e INCONSTITUCIONAL, e que ninguém em Portugal é obrigado a aplicá-lo?
Há aqui algo que não bate certo.
Estejam atentos, irmãos mirandeses, não vá o diabo tecê-las e o Mirandês transformar-se em brasileiro, como está a acontecer com a Língua Portuguesa.
A Língua Mirandesa é uma maravilha. Há que preservá-la intacta e disseminá-la, porque se a Língua Portuguesa for transformada em brasileira, ficaremos com o Mirandês PURO, como Língua Oficial de Portugal.
As Línguas minoritárias são jóias culturais que temos o dever de defender e preservar. Por que estão a defender o Mirandês, mas a usar a Variante Brasileira do Português, em vez do Português?
Ouçam a maravilhosa sonoridade do Mirandês aqui
Costumo ver o programa “Visita Guiada”, por Paula Moura Pinheiro, aos domingos de manhã, na RTP3, que é dos poucos que fogem à mediocridade da programação televisiva em geral, apesar de nos esbofetear com uma “conceção” e quejandas palavras no genérico do programa, o que constitui um insulto à Portugalidade, (que os moderneiros (*) rejeitam por desconhecerem o conceito) ou seja, é um insulto ao carácter específico da Cultura e da História de Portugal, neste caso é um insulto à Cultura Linguística Portuguesa.
No passado domingo, a Visita Guiada foi à Terra de Miranda (do Douro) onde, actualmente, se fala a única e verdadeira Língua Oficial de Portugal, a Língua Mirandesa (que era a segunda língua oficial do nosso País, identitária de Miranda) uma vez que a Língua Portuguesa (que era [passado] a primeira língua oficial portuguesa, identitária de Portugal) foi adulterada: está abrasileirada (setor, atua, inspeção, inspetor, teto, arquiteto, fatura, direto, adota, ação, insetos, etc.), mixordizada (fato, por facto, contato por contacto, ora directo, ora direto, ora acção, ora ação, etc.) e falsificada (circunspeto, concetual, receção, aspeto, exceto, infeção, infetar, injetar, respetivo, conceção, deceção, espetador, correção, aceção, anticoncetivo, conceção, confeção, contraceção, deceção, deteção, infete, impercetível), ao ponto de esta linguagem já não ser mais reconhecida como portuguesa, porque, na verdade, não é.
Imagem: o Arqueiro da Fraga do Puio (Picote – Mirando do Douro – Arte rupestre no Parque Natural do Douro Internacional)
Gostei de ouvir o linguista António Bártolo Alves (**) que, com enorme paixão, falou da Língua Mirandesa, reconhecida como língua europeia minoritária e segunda (agora única) língua oficial portuguesa, desde 1999, e que se aprende nas escolas.
O que mais me chamou a atenção foi a ligação da Língua com a História do lugar, porque as palavras arrastam a História, as palavras são a nossa História, as palavras contam a nossa História, no dizer de António Bártolo Alves.
O Mirandês não é um dialecto, nem uma variante sincrónica na evolução da Língua Portuguesa. Tem diferenças nas silabas tónicas, mas também na morfologia, na sintaxe e no léxico. É uma língua oriunda do Latim, uma mistura entre o Leonês (que se falava naquelas terras antes do tratado de Alcanizes, assinado entre os reis de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312), e de Portugal, D. Dinis (1279-1325), em 12 de Setembro de 1297) e o Galaico-Português com forte influência deste no vocabulário, o qual remonta ao povoamento dos enclaves raianos da antiga Terra de Miranda, já no fim da Idade Média, onde ficou cristalizado pelo isolamento geográfico.
E é o fio da linha das palavras que nos conduz à História, de acordo com António Bártolo Alves.
E a que História nos conduz as palavas setor, atua, inspeção, inspetor, teto, arquiteto, fatura, direto, adota, ação, insectos, circunspeto, concetual, receção, aspeto, exceto, infeção, infetar, injetar, respetivo, conceção, deceção, espetador, correção, aceção, anticoncetivo, conceção, confeção, contraceção, deceção, deteção, infete, impercetível e outras que tais, às centenas…?
Alguém é capaz de me dizer a que História nos levam estas palavras?
Não é por acaso que Portugal tem a mais inferior taxa de escolaridade, e o maior índice de analfabetismo da Europa. Portugal é um país envelhecido, cheio de desigualdades, onde não se vislumbra um futuro promissor, onde os licenciados em determinados cursos (estou a lembrar-me dos Engenheiros Florestais e Biólogos) estão, por exemplo, a secretariar hostals ou empresas de exportação (conheço alguns) daí que os nossos cérebros estejam a emigrar e a ter grande sucesso lá fora, além de auferirem salários substancialmente superiores aos de Portugal.
Portugal atrasou-se na Educação, e agora, com esta parvoíce do AO90, é o único país do mundo que escreve à balda, como se a escrita não fizesse parte do Idioma. Como já ouvi da boca de alguém a quem fizeram uma lavagem cerebral, neste sentido: a língua serve para comunicar, não para escrever. Como se o Pensamento, a História, a Literatura, o Saber se fixasse na oralidade!
Nesta Visita Guiada a Miranda, falou-se de Identidade, da identidade do Povo Mirandês, através da sua Língua.
De acordo com o linguista António Bártolo Alves, «as Línguas humanas fazem parte do ADN humano. Das cinco ou seis mil Línguas existentes, o Mirandês é uma delas, faz parte do ADN dos Mirandeses, e cada vez que perdemos um elo linguístico, ficamos mais pobres».
O Português está em vias de não fazer parte das línguas do mundo.
A Terra de Miranda tem o seu Idioma e a sua identidade intactas. Portugal perdeu todos os elos que o ligavam à História das Línguas Europeias. Perdeu a sua identidade. Ficou paupérrimo.
Contudo, a Língua Portuguesa sobrevive num gueto onde um ainda elevado grupo de Portugueses, com espírito identitário e que têm a Língua Portuguesa no seu ADN, não a deixará morrer, assim como um grupo de Galegos com espírito identitário e com a Língua Galega no seu ADN, não a deixaram morrer, e ela ressurgiu das cinzas em que a transformou a imposição do Castelhano, e hoje é uma Língua novamente viva, falada e estudada nas escolas da Galiza.
Não percamos a esperança, porque os maus não se aguentam por muito tempo.
(*) Para quem não saiba, moderneiros são aqueles que, pretendendo ser gente moderna, espezinham a Cultura e a História, com uma ignorância atávica.
(**) O linguista António Bártolo Alves, nascido em Picote, Miranda do Douro, em 5 de Dezembro de 1964, é também investigador e divulgador da Língua Mirandesa. Licenciou-se em Português-Francês pela Universidade do Minho, onde apresentou uma tese de mestrado sobre a Língua Mirandesa. Em 2002, doutorou-se pela Universidade de Toulouse. É professor do ensino secundário. Assumiu vários cargos de gestão e representação, sendo actualmente também director do Centro de Estudos António Maria Mourinho, presidente da direcção da FRAUGA e Secretário Territorial para Portugal da Associação Internacional pela Defesa das Línguas e das Culturas Ameaçadas (AIDLCM).
Isabel A. Ferreira
Em tempo de crise sanitária, económica e financeira, não podemos baixar a guarda, na luta contra esta outra crise, que abala a soberania e a independência portuguesas: a venda da Língua Portuguesa ao Brasil.
«Defender a Língua Portuguesa é defender a parte crucial da nossa existência como povo soberano e independente». Quem o diz é um amigo meu, Doutor em Engenharia Civil, Professor Catedrático em Angola, onde além dos muitos dialectos locais, também se fala e escreve Português culto e europeu, o qual não quis identificar-se, por motivos óbvios.
Um texto crucial, absolutamente obrigatório ler e reter e nele reflectir, para que possamos continuar a ser europeus e, sobretudo, portugueses.
Os que acham que Portugal é um país sul-americano olhem bem para este mapa: Portugal é um país que, com a Espanha, constitui a Península Ibérica, situada na parte mais ocidental de um continente chamado Europa. Em Espanha fala-se Castelhano, Galego, Catalão e Basco; em Portugal, fala-se Português (uma das primeiras línguas cultas da Europa medieval a par do Provençal), e Mirandês (as duas Línguas oficiais portuguesas) somando-se a estas, mais quatro dialectos – Sendinês, Guadramilês, Riodonorês e Minderico (este último em extinção).
Esse meu Amigo, ausente há vários anos de Portugal, e cujo nome é considerado por ele um aspecto relativamente secundário, visitou o meu Blogue e inteirou-se da luta que se trava em Portugal em defesa da Língua Portuguesa.
Inacreditável, não é?
É que os Portugueses já foram chamados a defender o território contra a investida de vários invasores, entre eles, Mouros, Espanhóis, Ingleses e Franceses, na sua fase histórica. Já tiveram de defender direitos, ideais e ideias. Mas jamais passaria pela cabeça de ninguém (daí ser caso único, desde que o mundo é mundo) um povo (ou parte dele, porque há sempre os seguidistas, aqueles que seguem alguma coisa, seja boa ou má,sem nunca se questionarem ou fazerem juízos de valor) ter de vir defender a sua Língua Materna, apenas porque uns poucos ignorantes (e como bastam uns poucos!) querem substituí-la por uma ortografia estrangeira.
Pois esse meu Amigo, a propósito de um artigo onde apresento argumentos assertivos contra esta “invasão de bárbaros acordistas”, escreveu um texto, em Bom Português, que nos devolve a confiança no povo que já fomos, mas ainda podemos ser. Uma lição daquela História que já não se ensina nas escolas portuguesas e, por isso, tanto faz, como tanto fez, escrever esta ou aquela Língua, desde que se facilite a escrita, que é o que mais me dói ouvir da boca dos que aceitaram, sem pestanejar, a ortografia brasileira, com a supressão das consoantes mudas com uma função diacrítica, e de acentos e hífens, onde tudo isso faz falta, para se compreender a Língua.
Escreve então esse meu Amigo:
«De todos os modos o essencial do que ali diz é certamente o que repetirá (como eu, até à exaustão) em todos os seus escritos, defendendo aquilo que é a parte crucial da nossa existência como Povo Soberano e Independente, a nossa Língua.
Sem saudosismos ou passadismos retrógrados, penso que nos falta, na actualidade, como Povo, o reconhecimento daquilo que fomos capazes de fazer, quando libertos de amarras e de constrangimentos que não os nossos. Começámos por ser os primeiros a libertar a nossa parte da Península da presença dos muçulmanos, enquanto os nossos vizinhos só o fizeram quase 250 anos depois. Partimos para o mar, e embora não tivéssemos sido os primeiros (os Vikings, segundo parece, haviam-no feito com Eric, o Vermelho, por alturas do ano 1000, mas de resto sem quaisquer consequências sociais ou económicas), fizemo-lo em todas as direcções e demos início à globalização, há quase 600 anos. Dobrámos a África, chegámos à índia, à China, à Austrália e ao Japão, descobrimos o Novo Mundo (acredito, porque bem provada, na tese de Mascarenhas Barreto sobre a naturalidade portuguesa de Cristóbal Colón) e dominámos uma boa parte da África por onde tínhamos de passar nas nossas andanças para Leste.
Deixámos, por onde andámos, uma forma de viver única, não massacrámos, nem eliminámos fisicamente nenhum povo da Terra, como fizeram americanos e espanhóis, e a forma como nos relacionámos com todo o Mundo foi, essencialmente, feita na base da diplomacia. Houve naturalmente confrontos, mas quase nunca provocados por nós, que basicamente nos defendemos ou ajudámos a defender os nossos aliados. Deixámos atrás de nós um legado de saudade e de um humanismo imenso. Ainda hoje as gentes de Goa, de Malaca ou de Timor, recordam com um enorme respeito os Portugueses, para não falar na forma como somos recebidos no interior de Angola ou Moçambique pelos mais-velhos, aqueles que tiveram a oportunidade de conviver connosco. Eu sou testemunha disso, todos os dias em Angola.
Sem nacionalismos bacocos, poderemos dizer que atrás de nós ficou um legado muito peculiar, feito com erros, com imperfeições, certamente, mas com muita entrega, muito empenho, dedicação e carinho. Creio que a palavra "paternalismo" tem inteiro cabimento na forma de nos relacionarmos com os outros povos, não tanto na parte que pode significar superioridade, mas sobretudo naquilo que exprime aproximação e mesmo afecto. E é curioso verificar que é como Pai que olham para nós.
Para um povo que tinha 1.5 milhões de almas ou pouco mais no início da arrancada, vivemos num mundo onde quase 300 milhões de pessoas falam a nossa língua. Que é deles também, sem deixar de ser a NOSSA, e só perdemos identidade, só nos deslustramos perante todos eles se deixarmos de ser quem sempre fomos e tentarmos agora, como muitos imbecis procuram, disfarçar-nos atrás das cortinas da História, procurando fazer-nos desaparecer da vida desses povos, desvanecer o nosso carácter, quase a pedir desculpa de existirmos. Essa gente, que nos ataca e pretende afinal destruir-nos por dentro, não é Portuguesa, essa gente faz-se de Portuguesa por razões de interesse, e por isso porfia em contestar o que fomos, negar os nossos sucessos, tentando com isso apagar-nos da História. E a Língua, essa forma NOSSA de comunicarmos e de veicularmos o que somos, disseminar-se-ia de algum modo numa multidão de gentes, vindo a perder-se assim o rasto das suas origens.
Nos tempos que correm, em que vemos todos os dias soçobrar um pouco mais tudo aquilo que tem sido ao longo destes 875 anos de história colectiva, a razão que nos aproxima e justifica entre os demais povos da Terra, é com esperança redobrada que percebemos que não estamos sós e que aqui e ali se levantam cada vez mais vozes indignadas que protestam. E por isso me apraz muito participar neste seu blogue, onde encontro a primeira linha de defesa dos valores que são nossos, daquilo que nos pertence.
E diz mais à frente:
Foi esse querer que nos levou para longe, e que dá força ao pensamento de Gilberto Freire, o ilustre sociólogo brasileiro que definia o português "como alguém que nasce em Portugal e vai morrer não se sabe aonde". Talvez seja essa uma parte do nosso drama, o nosso verdadeiro estigma, saímos e não voltamos, acreditando que a retaguarda estivesse sempre protegida. Hoje, regressados ao quinhão natal vindos das 7 partidas do Mundo, espantamo-nos com a recepção fria quando não agreste com que nos acolhem e mal entendemos a vontade que impera no desfazer de tudo o que fomos e ainda somos. A Língua é o espaço vital, o traço de união que liga todo o Mundo onde já vivemos soberanamente e onde ainda sobrevivemos por força da nossa razão e de modo algum pela razão da força, que já não temos, ou quase nunca tivemos. Neste aspecto eu não posso deixar de me maravilhar com a capacidade extraordinária de um Paiva Couceiro, que acompanhado de meia dúzia de auxiliares (os chamados sipaios), desceu o Rio Cubango em Angola e trouxe para Portugal os povos de um território imenso (maior do que o território que nos sobra hoje), designado como Cuando-Cubango, construindo os fortes de Cuangar, Calai, Dirico e Mucusso, com duas ou três praças europeias em cada um. Ou o extraordinário Henrique de Carvalho que "abraçou" as Lundas (também maiores do que Portugal), sozinho, em conversações com os muatas quiôcos, e as ligou à nossa bandeira.
Onde está essa gente? Onde vive o espírito desses homens que olhavam para longe e impunham aos demais, sem usar necessariamente da força, a sua maneira de pensar? Fizemos um Brasil imenso, o maior país da América do Sul, com uma decisão e um querer impressionantes, resistindo ao "esfrangalhamento" em que caíram os territórios espanhóis (vale a pena ver o site Brasil Paralelo onde jovens historiadores brasileiros se fascinam a perceber o que lhes foi escondido por tantos anos). São eles as nossas melhores testemunhas.
Há uns anos a esta parte foi descoberto nas florestas da Amazónia uma fortaleza feita em cantaria de granito, onde se destacava uma placa que tinha os seguintes dizeres: - “Sua Majestade D. Pedro II, Rei de Portugal e dos Algarves (segue-se toda a panóplia de títulos que bem conhecemos)… queria que aqui se fizesse um forte. E fez-se.”
E hoje parece que nos envergonhamos de olhar para trás. Parece ser incorrecto tomar como exemplo os exemplos do passado, ou referir a grandeza única do nosso querer e do nosso pundonor. Não se trata de nacionalismos exacerbados ou fora do tempo, trata-se tão-somente de percebermos quem somos e porque estamos aqui. E olhando à nossa volta, percebemos que a estrénua resistência e enorme vontade que se lê e entende por detrás da evidente pobreza cultural da nossa gente, apenas demonstra que faltam os líderes, os guias que apontam os caminhos e a quem ninguém ousa desobedecer. Como dizia Pessoa ao terminar a Mensagem: - «mais que o mostrengo que a minha alma teme, manda a vontade que me ata ao leme, d’El-Rei D. João II». Ou lembrando o épico, no mais conhecido: - "um fraco rei faz fraca a forte gente"...
Será que nem a Língua, nem aquilo que falamos e que traduz quem somos, resiste ao ímpeto destruidor da “canalha”(*)?
«Floresça, fale, cante e ouça-se e Viva a Portuguesa Língua. E já, aonde for, Senhora vá de si, Soberba e Altiva…» (Lembro António Ferreira, no já distante século XVI, na carta que então escrevia a Pêro de Andrade Caminha, e pergunto-me: - o que nos aconteceu, que maldição é esta? Como pudemos chegar a este ponto, a esta encruzilhada que parece fatal, e onde o Futuro se decide em todos os momentos?).
Não faço do Passado uma forma de viver. Mas tenho certo que o Presente e o Futuro só existem para quem tem Passado.
Será talvez esta a explicação do nosso descontentamento, não sei...»
Um Amigo
(*) Como melancolicamente se queixava D. Pedro V aos seus amigos, dos ataques, já nesse tempo incisivos, dos predadores de serviço.
***
Pois é! Também não sei, meu caro Amigo.
Mas uma coisa eu sei, nós dois sabemos: «Por detrás da evidente pobreza cultural da nossa gente, está realmente a falta de verdadeiros líderes, os guias que apontam os caminhos e a quem ninguém ousa desobedecer».
Sabemos que os «fracos governantes, que actualmente nos (des)governam fazem fraca a forte gente que ainda somos».
Sabemos também que destes fracos governantes não rezará a nossa gloriosa História, pois nela serão perpetuados como os que tentaram destruir uma das primeiras línguas cultas da Europa medieval – a Língua Portuguesa, que continuaremos a defender até que a Irracionalidade dê lugar à Razão.
Isabel A. Ferreira
Quem o diz é um amigo meu, Doutor em Engenharia Civil, Professor Catedrático em Angola, onde além dos muitos dialectos locais, também se fala e escreve Português culto e europeu.
Os que acham que Portugal é um país sul-americano olhem bem para este mapa: Portugal é um país que, com a Espanha, constitui a Península Ibérica, situada na parte mais ocidental de um continente chamado Europa. Em Espanha fala-se Castelhano, Galego, Catalão e Basco; em Portugal, fala-se Português (uma das primeiras línguas cultas da Europa medieval a par do Provençal), e Mirandês (as duas Línguas oficiais portuguesas) somando-se a estas, mais quatro dialectos – Sendinês, Guadramilês, Riodonorês e Minderico (este último em extinção).
Esse meu Amigo, ausente há vários anos de Portugal, e cujo nome é considerado por ele um aspecto relativamente secundário, visitou o meu Blogue e inteirou-se da luta que se trava em Portugal em defesa da Língua Portuguesa.
Inacreditável, não é?
É que os Portugueses já foram chamados a defender o território contra a investida de vários invasores, entre eles, Mouros, Espanhóis, Ingleses e Franceses, na sua fase histórica. Já tiveram de defender direitos, ideais e ideias. Mas jamais passaria pela cabeça de ninguém (daí ser caso único, desde que o mundo é mundo) um povo (ou parte dele, porque há sempre os seguidistas, aqueles que seguem alguma coisa, seja boa ou má,sem nunca se questionarem ou fazerem juízos de valor) ter de vir defender a sua Língua Materna, apenas porque uns poucos ignorantes (e como bastam uns poucos!) querem substituí-la por uma ortografia estrangeira.
Pois esse meu Amigo, a propósito de um artigo onde apresento argumentos assertivos contra esta “invasão de bárbaros acordistas”, escreveu um texto, em Bom Português, que nos devolve a confiança no povo que já fomos, mas ainda podemos ser. Uma lição daquela História que já não se ensina nas escolas portuguesas e, por isso, tanto faz, como tanto fez, escrever esta ou aquela Língua, desde que se facilite a escrita, que é o que mais me dói ouvir da boca dos que aceitaram, sem pestanejar, a ortografia brasileira, com a supressão das consoantes mudas com uma função diacrítica, e de acentos e hífens, onde tudo isso faz falta, para se compreender a Língua.
Escreve então esse meu Amigo:
«De todos os modos o essencial do que ali diz é certamente o que repetirá (como eu, até à exaustão) em todos os seus escritos, defendendo aquilo que é a parte crucial da nossa existência como Povo Soberano e Independente, a nossa Língua.
Sem saudosismos ou passadismos retrógrados, penso que nos falta, na actualidade, como Povo, o reconhecimento daquilo que fomos capazes de fazer, quando libertos de amarras e de constrangimentos que não os nossos. Começámos por ser os primeiros a libertar a nossa parte da Península da presença dos muçulmanos, enquanto os nossos vizinhos só o fizeram quase 250 anos depois. Partimos para o mar, e embora não tivéssemos sido os primeiros (os Vikings, segundo parece, haviam-no feito com Eric, o Vermelho, por alturas do ano 1000, mas de resto sem quaisquer consequências sociais ou económicas), fizemo-lo em todas as direcções e demos início à globalização, há quase 600 anos. Dobrámos a África, chegámos à índia, à China, à Austrália e ao Japão, descobrimos o Novo Mundo (acredito, porque bem provada, na tese de Mascarenhas Barreto sobre a naturalidade portuguesa de Cristóbal Colón) e dominámos uma boa parte da África por onde tínhamos de passar nas nossas andanças para Leste.
Deixámos, por onde andámos, uma forma de viver única, não massacrámos, nem eliminámos fisicamente nenhum povo da Terra, como fizeram americanos e espanhóis, e a forma como nos relacionámos com todo o Mundo foi, essencialmente, feita na base da diplomacia. Houve naturalmente confrontos, mas quase nunca provocados por nós, que basicamente nos defendemos ou ajudámos a defender os nossos aliados. Deixámos atrás de nós um legado de saudade e de um humanismo imenso. Ainda hoje as gentes de Goa, de Malaca ou de Timor, recordam com um enorme respeito os Portugueses, para não falar na forma como somos recebidos no interior de Angola ou Moçambique pelos mais-velhos, aqueles que tiveram a oportunidade de conviver connosco. Eu sou testemunha disso, todos os dias em Angola.
Sem nacionalismos bacocos, poderemos dizer que atrás de nós ficou um legado muito peculiar, feito com erros, com imperfeições, certamente, mas com muita entrega, muito empenho, dedicação e carinho. Creio que a palavra "paternalismo" tem inteiro cabimento na forma de nos relacionarmos com os outros povos, não tanto na parte que pode significar superioridade, mas sobretudo naquilo que exprime aproximação e mesmo afecto. E é curioso verificar que é como Pai que olham para nós.
Para um povo que tinha 1.5 milhões de almas ou pouco mais no início da arrancada, vivemos num mundo onde quase 300 milhões de pessoas falam a nossa língua. Que é deles também, sem deixar de ser a NOSSA, e só perdemos identidade, só nos deslustramos perante todos eles se deixarmos de ser quem sempre fomos e tentarmos agora, como muitos imbecis procuram, disfarçar-nos atrás das cortinas da História, procurando fazer-nos desaparecer da vida desses povos, desvanecer o nosso carácter, quase a pedir desculpa de existirmos. Essa gente, que nos ataca e pretende afinal destruir-nos por dentro, não é Portuguesa, essa gente faz-se de Portuguesa por razões de interesse, e por isso porfia em contestar o que fomos, negar os nossos sucessos, tentando com isso apagar-nos da História. E a Língua, essa forma NOSSA de comunicarmos e de veicularmos o que somos, disseminar-se-ia de algum modo numa multidão de gentes, vindo a perder-se assim o rasto das suas origens.
Nos tempos que correm, em que vemos todos os dias soçobrar um pouco mais tudo aquilo que tem sido ao longo destes 875 anos de história colectiva, a razão que nos aproxima e justifica entre os demais povos da Terra, é com esperança redobrada que percebemos que não estamos sós e que aqui e ali se levantam cada vez mais vozes indignadas que protestam. E por isso me apraz muito participar neste seu blogue, onde encontro a primeira linha de defesa dos valores que são nossos, daquilo que nos pertence.
E diz mais à frente:
Foi esse querer que nos levou para longe, e que dá força ao pensamento de Gilberto Freire, o ilustre sociólogo brasileiro que definia o português "como alguém que nasce em Portugal e vai morrer não se sabe aonde". Talvez seja essa uma parte do nosso drama, o nosso verdadeiro estigma, saímos e não voltamos, acreditando que a retaguarda estivesse sempre protegida. Hoje, regressados ao quinhão natal vindos das 7 partidas do Mundo, espantamo-nos com a recepção fria quando não agreste com que nos acolhem e mal entendemos a vontade que impera no desfazer de tudo o que fomos e ainda somos. A Língua é o espaço vital, o traço de união que liga todo o Mundo onde já vivemos soberanamente e onde ainda sobrevivemos por força da nossa razão e de modo algum pela razão da força, que já não temos, ou quase nunca tivemos. Neste aspecto eu não posso deixar de me maravilhar com a capacidade extraordinária de um Paiva Couceiro, que acompanhado de meia dúzia de auxiliares (os chamados sipaios), desceu o Rio Cubango em Angola e trouxe para Portugal os povos de um território imenso (maior do que o território que nos sobra hoje), designado como Cuando-Cubango, construindo os fortes de Cuangar, Calai, Dirico e Mucusso, com duas ou três praças europeias em cada um. Ou o extraordinário Henrique de Carvalho que "abraçou" as Lundas (também maiores do que Portugal), sozinho, em conversações com os muatas quiôcos, e as ligou à nossa bandeira.
Onde está essa gente? Onde vive o espírito desses homens que olhavam para longe e impunham aos demais, sem usar necessariamente da força, a sua maneira de pensar? Fizemos um Brasil imenso, o maior país da América do Sul, com uma decisão e um querer impressionantes, resistindo ao "esfrangalhamento" em que caíram os territórios espanhóis (vale a pena ver o site Brasil Paralelo onde jovens historiadores brasileiros se fascinam a perceber o que lhes foi escondido por tantos anos). São eles as nossas melhores testemunhas.
Há uns anos a esta parte foi descoberto nas florestas da Amazónia uma fortaleza feita em cantaria de granito, onde se destacava uma placa que tinha os seguintes dizeres: - “Sua Majestade D. Pedro II, Rei de Portugal e dos Algarves (segue-se toda a panóplia de títulos que bem conhecemos)… queria que aqui se fizesse um forte. E fez-se.”
E hoje parece que nos envergonhamos de olhar para trás. Parece ser incorrecto tomar como exemplo os exemplos do passado, ou referir a grandeza única do nosso querer e do nosso pundonor. Não se trata de nacionalismos exacerbados ou fora do tempo, trata-se tão-somente de percebermos quem somos e porque estamos aqui. E olhando à nossa volta, percebemos que a estrénua resistência e enorme vontade que se lê e entende por detrás da evidente pobreza cultural da nossa gente, apenas demonstra que faltam os líderes, os guias que apontam os caminhos e a quem ninguém ousa desobedecer. Como dizia Pessoa ao terminar a Mensagem: - «mais que o mostrengo que a minha alma teme, manda a vontade que me ata ao leme, d’El-Rei D. João II». Ou lembrando o épico, no mais conhecido: - "um fraco rei faz fraca a forte gente"...
Será que nem a Língua, nem aquilo que falamos e que traduz quem somos, resiste ao ímpeto destruidor da “canalha”(*)?
«Floresça, fale, cante e ouça-se e Viva a Portuguesa Língua. E já, aonde for, Senhora vá de si, Soberba e Altiva…» (Lembro António Ferreira, no já distante século XVI, na carta que então escrevia a Pêro de Andrade Caminha, e pergunto-me: - o que nos aconteceu, que maldição é esta? Como pudemos chegar a este ponto, a esta encruzilhada que parece fatal, e onde o Futuro se decide em todos os momentos?).
Não faço do Passado uma forma de viver. Mas tenho certo que o Presente e o Futuro só existem para quem tem Passado.
Será talvez esta a explicação do nosso descontentamento, não sei...»
Um Amigo
(*) Como melancolicamente se queixava D. Pedro V aos seus amigos, dos ataques, já nesse tempo incisivos, dos predadores de serviço.
***
Pois é. Também não sei, meu caro Amigo.
Mas uma coisa eu sei, nós dois sabemos: «Por detrás da evidente pobreza cultural da nossa gente, está realmente a falta de verdadeiros líderes, os guias que apontam os caminhos e a quem ninguém ousa desobedecer».
Sabemos que os «fracos governantes, que actualmente nos (des)governam fazem fraca a forte gente que ainda somos».
Sabemos também que destes fracos governantes não rezará a nossa gloriosa História, pois nela serão perpetuados como os que tentaram destruir uma das primeiras línguas cultas da Europa medieval – a Língua Portuguesa, que continuaremos a defender até que a Irracionalidade dê lugar à Razão.
Isabel A. Ferreira
. NÃO existe Português de P...
. Hoje celebra-se o Dia da ...
. O que arrastam, são ou co...
. «Defender a Língua Portug...