Isto é, se concordarem. Obviamente.
Querem destruir a NOSSA Língua. A Língua de Camões, o Poeta maior de Portugal, autor do Poema épico «Os Lusíadas”, que o catapultou para o rol dos maiores poetas épicos do mundo: Homero (Ilíada e Odisseia); Virgílio (Eneida); Dante Alighieri (A Divina Comédia); Ovídio (Metamorfoses); John Milton (Paraíso Perdido); Chaucer (Os Contos de Canterbury), entre outros.
Querem destronar a celebração do Dia da Língua Portuguesa, no dia 10 de Junho, dia da morte do Poeta, e inventaram o dia 05 de Maio para celebrar, NÃO a Língua Portuguesa, como pretendem os acordistas, mas o linguajar gerado pelo acordo ortográfico de 1990, que veio desvirtuar a Língua Portuguesa, desviando-a da Língua de Camões, da NOSSA Língua.
Mas os Portugueses, aqueles que se prezam de o ser, e DESPREZAM, com legitimidade, o cacográfico AO90, não devem ceder aos políticos ignorantes que jogaram sujo, para sujarem a nossa Língua.
O que proponho que façam TODOS os que se dizem contra o AO90, e que no Facebook são aos milhares, é que no dia 10 de Junho, ponham no vosso "banner" de perfil do Facebook, nos Blogues, ou noutra parte qualquer, a imagem que sugiro [esta, da autoria do Paulo Teixeira] ou outra idealizada por cada um de vós, onde fique bem claro que no Dia 10 de Junho se celebra o Dia da Língua Portuguesa – a Língua de Camões.
E para enfatizar esta iniciativa, escolham um poema de Camões e o transcrevam na vossa página ou Blogue.
E por sugestão do Armando Cristóvão Oliveira Ribeiro visitem o túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa- Portugal) e depositem lá, em sua HONRA a mais linda e perfumada FLOR. Vamos mudar os hábitos. Talvez um ramo de flores ao lado da entrada do Mosteiro sempre com uma frase ou POEMA EM SUA HONRA. Isto é algo que quem vive em Lisboa e arredores pode fazer.
Vamos mostrar ao mundo que a Língua Portuguesa é a Língua Portuguesa. Não é a Língua adulterada, vilipendiada, maltratada, a enjeitadinha que fizeram dela, ao deixarem que, em Portugal, se disseminasse a mixórdia ortográfica que o AO90 gerou.
Vamos trabalhar nisto a sério? Isto é, se concordarem. Obviamente.
É uma oportunidade para demonstrarem que realmente estão contra o AO90, e passar das palavras aos actos. E sugiro que partilhem muito. Se quiserem partilhar sem a (minha) fonte não me importo nada.
O que é importante é que, no próximo dia 10 de Junho, estejamos, TODOS, a celebrar a Língua Portuguesa.
(Aceitam-se outras sugestões)
Isabel A. Ferreira
O "10 de Junho" de 2020 vai ser recordado (não celebrado) no Mosteiro dos Jerónimos, apenas com oito presenças: presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro; presidentes do Tribunal Constitucional, do STJ, do STA e do Tribunal de Contas; e o Cardeal Tolentino de Mendonça.
E Marcelo Rebelo de Sousa explica: «O 10 de Junho será como achei que deveria ser o 25 de Abril e o 1.º de Maio”.
Será? Eu faço outra leitura desta “celebração” minguada.
Vejamos.
No 10 de Junho (data da morte de Luís Vaz de Camões, em 1580) celebra-se (ou devo dizer celebrava-se?) o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, mas também o Dia da Língua Portuguesa, da nossa Língua Mãe, da original, da europeia – a Língua de Camões - que transferiram para 5 de Maio, para ser o Dia (Mundial) da Língua Portuguesa, começando logo aqui o desvirtuamento desta lembrança.
O que os Portugueses celebravam (não celebram mais) no 10 de Junho era um Portugal que está a perder (se é que já não perdeu) a sua identidade linguística e cultural, ao alienar o seu mais precioso Património Cultural Imaterial - a sua Língua Portuguesa - porque uma Língua também é a sua ortografia, e esta anda por aí mutilada, esfarrapada, depauperada, afastada das suas origens indo-europeias, transformada no dialecto (=variante) de uma ex-colónia (Brasil). O que anda por aí mal escrita e mal falada já não é a nobre e celebrada “Língua de Camões”, mas tão-só uma mixórdia ortográfica e verbal, de que milhares de Portugueses, dentro e fora de Portugal (nas tais Comunidades Portuguesas), se envergonham.
Ó Tágides minhas, que me inspirais estas palavras, dizei-me o que há para celebrar neste dia 10 de Junho, no Mosteiro dos Jerónimos, onde descansam os imortais poetas Luís Vaz de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa, que souberam honrar Portugal, espalhando a glória dos seus feitos e da sua Poesia, por esse mundo onde os Portugueses se abancaram?
Ó Tágides minhas, dizei-me que espécie de homens são estes, que entrarão no Templo e, diante dos túmulos destes imortais, soltarão ao vento vãs palavras, eivadas de vil hipocrisia, quando dos seus actos fazem atos, sem qualquer sentido, desonrando, desta forma, a memória de quem dignificou Portugal, com feitos valorosos.
O 10 de Junho já não é o Dia de Portugal, mas de um País cujos governantes o venderam por trinta dinheiros.
O 10 de Junho já não é o Dia de Camões, pois para o ser, os que vão aos Jerónimos não deviam fazer-de-conta que o celebram, pois se só o desonram, ao desonrarem a Língua que ele representa, e sabemos como o presidente da República de Portugal, a desonra, na sua página oficial!
O 10 de Junho já não é o Dia das Comunidades Portuguesas, porque a identidade portuguesa está a desmoronar-se como um castelo de areia, construído junto à língua das ondas, na orla das águas, das praias do Oceano Atlântico…
O 10 de Junho já não é o Dia da Língua de Camões, porque essa está a aguardar que a libertem dos calabouços do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, onde a mantêm impiedosamente cativa.
E é essa Língua Cativa, que me mantém activa, por isso, celebro-a, todos os dias, neste Lugar, onde a Língua Portuguesa chora e clama para que a libertem, e o 10 de Junho possa ser celebrado com a dignidade que merece.
Belíssimo poema de Camões, eternizado por um outro imortal português, Zeca Afonso, nesta belíssima balada.
Esta é a NOSSA CULTURA, a que devia ser celebrada, no 10 de Junho. Não a queiram esmagar.
Isabel A. Ferreira
Este foi o título de um pequeno texto que escrevi em 2015, na véspera das comemorações do dia 10 de Junho, era presidente da República Aníbal Cavaco Silva.
E hoje torno a repetir (assim mesmo: torno a repetir, porque é preciso repetir muitas vezes para que os emperrados das ideias possam ter uma oportunidade de entender):
«Amanhã, o governo português pretende celebrar o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades, com cerimónias hipócritas, que em nada dignificam um país que foi vendido (seja lá a quem for) e perdeu um dos seus maiores símbolos identitários: a Língua Pátria.
Esta estátua jacente de Luís Vaz de Camões encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos. Os seus restos mortais estarão ali ou não, mas o que importa é o Homem de Letras que ele foi, e amanhã será celebrado numa língua que não é a Língua de Camões, aquela Língua que ele usou para tornar grande um Portugal pequeno.
Se pudesse falar, lá do limbo, onde com certeza se encontra, diria, desgostoso:
«Parai, ó (h)omens sem honra! Arrancasteis as raízes da Língua, com a qual celebrei os feitos dos Portugueses, e agora só restam palavras alteradas, afastadas das suas origens, para contar as proezas imperfeitas dos que venderam, por baixo preço, o meu País!»
***
Eu, como cidadã portuguesa, não serei cúmplice desta traição à minha Pátria.
Que acordo permitiu unificar que língua?
A Língua Portuguesa não foi, com toda a certeza.
A Língua Portuguesa não é aquela mixórdia de palavras mal escritas e mal ditas que o governo português pretende impingir-nos.
Com isto, as editoras perderam uma boa cliente: eu gastava fortunas em livros, e agora não gasto.
Espero que quem ama verdadeiramente a sua Pátria e os seus valores culturais identitários, digam um rotundo NÃO a esta deslealdade para com os Homens (com H maiúsculo) que nos deixaram uma Língua, e omens (sem H nenhum – se não se lê, não se escreve, não é esta a nova regra?) a mataram por trinta dinheiros.
Amanhã, em vez de flores, depositarei as minhas lágrimas no túmulo de Luís Vaz de Camões.
Os governantes portugueses depositarão flores no túmulo de Luís Vás de Camões.
E isto não é a mesma coisa.»
***
Um ano é passado, e temos um novo presidente da República: Marcelo Rebelo de Sousa que decidiu ir comemorar o Dia de Camões e de Portugal para Paris.
É chique comemorar o Dia de Camões e de Portugal em Paris.
Os emigrantes portugueses, que vivem naquela cidade, agradecerão, com toda a certeza.
O presidente aproveita a viagem e vai ver a selecção portuguesa de futebol.
Mas não seria muito mais digno de Camões, comemorar o Dia de Camões com a exterminação do AO90 - o acordo do descontentamento de milhares de escreventes e falantes, precisamente da Língua de Camões?
Porque a língua que estão a impor ilegalmente às inocentes crianças portuguesas, que não têm como dizer NÃO (os adultos têm o dever cívico de se opor a esta ilegalidade, mas e as crianças?...) não é a Língua Portuguesa na sua forma grafada.
Trata-se, como todos sabemos, de uma mixórdia ortográfica sem precedentes, na História da Língua.
Vamos gritar bem alto: exigimos a exterminação do AO90, para comemorar o Dia de Camões.
Isabel A. Ferreira
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