Será este português amixordizado que se vê na imagem, que Montenegro pretende impingir à ONU?
DireCtas à portuguesa; proteção à brasileira?
Ou este:
Lê-se na notícia que «Luís Montenegro considera que as Nações Unidas tinham muito a ganhar em ter o português como língua oficial e diz que o Governo está empenhado em dar esse passo».
As Nações Unidas tinham muito a ganhar ao adoPtar um Idioma truncado? Tem a certeza, Dr. Luís Montenegro?
Que os governos PS e PSD e o PR estão empenhadíssimos em dar esse passo já todos nós sabemos, pois desde há muito que andam a enganar o mundo com o tal “português” que NÃO é Português, mas tão-só a Variante Brasileira do Português, embrulhada no acordo ortográfico de 1990, para disfarçar. E a trapaça que se gerou ao redor deste empenhamento é uma vergonha para Portugal.
Primeiros-ministros e presidentes da República que NÃO defendem a Língua Portuguesa, não merecem consideração alguma.
Eu, pessoalmente, não tenho consideração por governantes que desprestigiam os cargos que ocupam, com este tipo de atitude subserviente, não defendendo os interesses de Portugal e dos Portugueses.
Que obrigação tem Portugal de servir os interesses brasileiros em detrimento dos interesses portugueses?
Lê-se também na notícia: «Declarações de Luís Montenegro ao canal ONU News. O primeiro-ministro português disse estar confiante de que o presidente brasileiro acompanha Portugal nesta matéria.»
Pudera! Desde há muito que o alvo do presidente do Brasil é introduzir na ONU, por vias nada ortodoxas, a Variante Brasileira do Português, transvertida de Português, porque a ONU só aceita Línguas nacionais, e não as suas variantes. E se algum dia, esse “português” transvertido assentar arraiais na ONU, esta perde toda a sua credibilidade, porquanto para agradar aos Troianos traiu os Gregos, e isto é algo que não pertence ao foro de nações unidas, pois traição não faz parte da união de nações.
Farei minhas as palavras de João Robalo de Carvalho, que sugeriu, num comentário no Facebook, que os brasileiros se assumam como brasileiros e deixem o Português em paz, ou então adoptem a estrutura gramatical portuguesa se quiserem usar uma Língua Universal Maior.
O Brasil precisa da muleta europeia, para impor o Brasileiro, e usam dos seus milhões de falantes como trunfo, como se esses milhões falassem Português! Só os parvos aceitam tal premissa. Isto é algo que ultrapassa todos os limites da boa-fé.
As Línguas Oficiais da ONU são Línguas Universais Maiores: o Inglês, o Francês, o Castelhano, o Mandarim, o Russo e o Árabe. Todas elas são Línguas Originais. Nenhuma delas é uma Variante.
Luís Montenegro não terá a noção de que ao ceder ao Brasil, nesta questão, está a apoucar a Língua Portuguesa, a Língua Oficial de Portugal?
De que nos serve governantes que não pugnam pelos interesses de Portugal?
Pensem nisto, Portugueses!
Acordem, Portugueses!
Ajudem a salvar a NOSSA Identidade, Portugueses!
Isabel A. Ferreira
Fonte da notícia:
Há 19 anos consecutivos, em 21 de Fevereiro, a UNESCO celebra o Dia Internacional da Língua Materna.
O texto que se segue está escrito na minha Língua Materna, a Língua Oficial de Portugal: a Língua Portuguesa, acordada na Convenção Ortográfica Luso-Brasileira 1945, ainda vigente.
Vista parcial da Sala Principal de Conferências, na sede da UNESCO, em Paris
(Os trechos destacados a negrito são da responsabilidade da autora deste Blogue).
Mensagem de Audrey Azoulay, Directora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna, celebrado em 21 de Fevereiro de 2018, traduzida por Isabel A. Ferreira, do original em Francês, que pode ser consultado neste link:
http://unesdoc.unesco.org/images/0026/002614/261469f.pdf
«A UNESCO celebra hoje a 19ª edição do Dia Internacional da Língua Materna. Esta é uma oportunidade para relembrar os compromissos da nossa Organização no que respeita à defesa e promoção das Línguas.
Uma Língua é muito mais do que um meio de comunicação: é a própria condição da nossa humanidade. Nela estão integrados os nossos valores, as nossas crenças, a nossa identidade. É através da Língua que nós transmitimos as nossas experiências, as nossas tradições e os nossos conhecimentos. A diversidade das Línguas reflecte a riqueza inabalável do nosso imaginário e dos nossos modos de vida.
Com a finalidade de preservar e revitalizar este elemento essencial do Património Imaterial da Humanidade, a UNESCO, desde há muitos anos, tem vindo a envolver-se activamente na defesa da diversidade linguística e na promoção da educação multilíngue.
Este compromisso diz respeito particularmente às Línguas Maternas, que influenciam milhões de jovens mentes, que estão a desenvolver-se e são o vector indispensável para a inclusão na comunidade humana, primeiro no âmbito local, depois, no âmbito global.
A UNESCO apoia, deste modo, as políticas linguísticas, particularmente em países multilíngues, que valorizam as Línguas Maternas e as Línguas Indígenas. A Organização recomenda o uso destas línguas desde os primeiros anos de escolaridade: porque uma criança não aprende melhor senão na sua Língua Materna. A UNESCO encoraja igualmente o seu uso em espaços públicos e especialmente na Internet, onde o multilinguismo deve tornar-se norma. Todos, qualquer que seja a sua primeira língua, devem poder ter acesso aos recursos do ciberespaço e criar comunidades de intercâmbio e diálogo. Hoje, esse é um dos maiores desafios do desenvolvimento sustentável, no plano da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.
A cada duas semanas, uma língua desaparece no mundo e, com ela, uma parte da História humana e do nosso património cultural. A promoção do multilinguismo também contribui para impedir esse desaparecimento programado.
Nelson Mandela tinha este preclaro princípio: "Se falais com alguém numa língua que ele entende, falais à sua cabeça; se falais com ele na sua própria língua, falais ao coração dele ". No contexto deste Dia Internacional, a UNESCO convida os seus Estados-Membros a celebrar, através de todo o tipo de iniciativas, educacionais e culturais, a diversidade linguística e o multilinguismo que constituem a riqueza viva do nosso mundo.»
***
Esta foi a mensagem que a Senhora Audrey Azoulay, Directora-Geral da UNESCO, enviou ao mundo, para celebrar o dia Internacional das Línguas Maternas. E, nesta mensagem, podemos destacar alguns pontos essenciais que o governo português, através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, cujo Ministério acolhe e tutela a Comissão Nacional para a UNESCO, não cumpre, violando, deste modo, a Convenção de 2003 Para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (CSPCI), da qual Portugal é Estado-Membro, permitindo, com isso, que a Língua Portuguesa, de Matriz greco-latina, esteja a ser transformada numa língua completamente desvirtuada e afastada das suas raízes.
Augusto Santos Silva não defende a Língua Portuguesa, a Língua Materna dos Portugueses.
Augusto Santos Silva defende tão-só aquela que virá a ser (se já não o é) a Língua Brasileira.
Ponto 1 - A UNESCO celebra o Dia Internacional da Língua Materna para relembrar os compromissos (…) com a defesa e a promoção das Línguas… Por conseguinte, Portugal violou claramente o compromisso de defesa e promoção da Língua Portuguesa, porquanto, de um modo ilegal e inconstitucional, e até usando de alguma chantagem, obriga milhares de crianças e jovens estudantes a grafar a Língua Materna delas à moda brasileira, através de algo a que chamam Acordo Ortográfico de 1990, a maior fraude de sempre, e que não foi ratificado por quatro dos oito países ditos lusófonos/lusógrafos. O governo português, além de não defender a Língua Portuguesa, que configura Património Cultural Imaterial de Portugal, ao adoptar o AO90, anda a promover, pelos quatro cantos do mundo, a grafia brasileira, que desvirtua a Matriz da nossa Língua Românica, distanciando-a da Família Indo-Europeia, à qual pertence. A isto chama-se FRAUDE, porque nada disto tem a ver com evolução da Língua. E evocar os milhões, que no Brasil falam e escrevem à brasileira, para justificar a adulteração da nossa Língua, é de uma descomunal ignorância, além da evidente má-fé que está por detrás da imposição do AO90 aos Portugueses. E que ninguém duvide deste facto.
Ponto 2 – Se a identidade de um país está integrada na sua própria língua, como declara a senhora Azoulay, a identidade portuguesa desintegrou-se, ao adoptar-se a grafia brasileira, que identifica o Brasil, e mais nenhum outro país, a tal ponto que podemos classificar essa linguagem brasileira, no seu modo de falar e de escrever, como dialecto ou variante brasileira do Português, de acordo com as definições dos mais abalizados estudiosos, nacionais e estrangeiros, da Língua Portuguesa. Consultar este link:
Do que falamos quando falamos do dialecto brasileiro?
Ponto 3 – Se a diversidade das línguas reflecte a riqueza incontestável da nossa imaginação e dos nossos modos de vida, como refere a Senhora Azoulay, o governo português, ao adoptar a grafia brasileira, não só empobreceu e esmagou essa diversidade, como também não preservou o elemento essencial do Património Imaterial de Portugal, a Língua Portuguesa, uma das línguas mais antigas da Europa, a qual o identifica como País; e se a UNESCO se tem envolvido activamente na defesa da diversidade linguística, Portugal afastou-se da UNESCO, comprometendo desonrosamente a fecunda diversidade linguística que existia na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), antes do AO90 aparecer, ao pretender-se que os oito países, que dela fazem parte, grafem à moda brasileira. Quem está a salvar a Língua Portuguesa, neste momento, são os países africanos de expressão portuguesa (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau e Timor-Leste, que não ratificaram o AO90). O que é manifestamente bastante significativo, provoca o caos e retira a pouca credibilidade que o chamado Acordo Ortográfico de 1990 poderia eventualmente ter. Mas não tem.
Ponto 4 – Se o compromisso da UNESCO diz respeito particularmente às Línguas Maternas, que influenciam milhões de jovens, Portugal está a violar esse compromisso, pois a Língua Materna das crianças e jovens portugueses está a ser desvirtuada pela introdução da grafia brasileira, que se afastou da norma culta europeia, e a causar o maior caos ortográfico jamais visto em Portugal.
Ponto 5 – Se a UNESCO recomenda o uso da Língua Materna de cada país, desde os primeiros anos da educação escolar, porque as crianças aprendem melhor na sua Língua Materna, Portugal está a violar essa recomendação, uma vez que ludibria as crianças portuguesas, ao obrigá-las a grafar a sua Língua Materna à moda brasileira, sem que isso lhes seja explicado.
Ponto 6 – Se a UNESCO convida os seus Estados-Membros a celebrar a diversidade linguística, Portugal faz precisamente o contrário: celebra a pseudo-unificação linguística (o AO90), porque jamais poderá existir, entre os países da dita CPLP, uma unificação linguística, uma vez que o que realmente predomina, e deve continuar a predominar, é a riquíssima diversidade existente no modo de escrever e de falar do Brasil, de Portugal, de Angola (cuja Academia Angolana de Letras acaba de recomendar a não ratificação do AO90), de São Tomé e Príncipe (onde se fala mais Francês do que Português), de Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste (que não adoptam o AO90) e de Cabo Verde que, em 2017, rejeitou a Língua Portuguesa e declarou o Crioulo Cabo-Verdiano como Língua Oficial de Cabo Verde, o que, aliás, está em conformidade com o «Prontuário Ortográfico da Língua Portuguesa», de Manuel dos Santos Alves, situação que colocou esse país, ipso facto, fora dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Chegados aqui, convém lembrar que o Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP), em carta enviada a 7 de Setembro de 2018, à senhora Audrey Azoulay, Directora-Geral da UNESCO, e na sua qualidade de depositária da Convenção Para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (CSPCI) de 2003 (Artigo 37), a ela apelou para que, nos termos do Artigo 7, informe e chame à atenção o Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, para esta situação calamitosa, no sentido de que o Património Imaterial de Portugal seja preservado e que o uso da Língua Materna Portuguesa seja restaurado, nos termos do Decreto-Lei n.º 35.228, de 8 de Dezembro de 1945, em vigor desde 1 de Janeiro de 1946, uma vez que o governo português, em vez de defender a Língua Materna dos Portugueses, está a contribuir para a sua degradação, cada vez mais evidente e assustadora.
Consultar Carta à Directora-Geral da UNESCO neste link:
Movimento em Prol da Língua Portuguesa (MPLP) apresenta queixa à UNESCO contra o Estado Português
P’lo MPLP
Isabel A. Ferreira
(Coordenadora)
Tenho conhecimento de que são muitos os Portugueses (eu incluída) que, indignados com a imposição ilegal e inconstitucional do AO90 a Portugal, escrevem a Marcelo Rebelo de Sousa, a solicitarem uma explicação racional para esta fraude, que está a destruir a Língua Portuguesa, substituindo-a pela Língua Brasileira (para já Variante Brasileira do Português) na sua forma grafada.
Também tenho conhecimento de que o presidente da República Portuguesa NÃO responde aos Portugueses (eu incluída) sobre esta matéria, falhando aqui um dos princípios do Estado de Direito e da Democracia, que todos supomos que Portugal seja, para não falar da falta de delicadeza para com os cidadãos que ao presidente, que se diz de TODOS (?) os portugueses, se dirigem.
Por que será que esta atitude desrespeitosa para com os portugueses não é noticiada nas televisões?
***
OBS: O autor da carta ao PR, a seguir transcrita, faz uma referência a um referendo, contudo, um referendo sobre o AO90, que os Portugueses, que não pertencem à ala mais instruída, nem sabem o que é, seria um desastre. Ou a pergunta do referendo teria de ser directa e clara, para que todos pudessem entender: «Querem REJEITAR a escrita à portuguesa, e começar a escrever à brasileira?», ou o referendo redundaria naquilo que os actuais governantes pretendem: que Portugal escreva à brasileira. A maioria dos Portugueses não sai à rua para escolher os que querem que os governem (a abstenção équase sempre elevadíssima, de há uns anos a esta parte), muito menos sairiam à rua para se manifestarem acerca da Língua de Portugal. Se estivessem interessados nesta matéria, não seria preciso referendo, pois já tinham saído às ruas, inclusive, a prestigiada elite intelectual portuguesa, manifestaando-se ruidosamente contra esta aberração chamada AO90, que está a causar o maior caos ortográfico, jamais visto, em país algum do mundo.
Não parece que Marcelo Rebelo de Sousa está a dizer-nos: «Não vos ouço! Não ouço nada!»?
Origem da imagem:
Feito este preâmbulo, direi ao que venho.
Um cidadão português, meu amigo, que vive no estrangeiro, ex-funcionário Internacional do Sistema Intergovernamental das Nações Unidas, perguntou-me se eu não me importava de publicar, no meu Blogue, a carta que ele escreveu a Marcelo Rebelo de Sousa, no dia 08 de Maio de 2018, sobre a matéria em causa, e até agora não obteve resposta alguma. Nem sequer a acusar a sua “receção”, como sói escrever-se ali para os lados de Belém e São Bento, e nos muito servis média.
No estrangeiro (Europa) todas as cartas merecem resposta, diz-me o meu amigo.
Em Portugal, todas as cartas escritas aos governantes têm de ser publicadas, para que se saiba que os Portugueses as escreveram, mas não receberam resposta e são tratados pelos seus governantes com indiferença, falta de respeito, ou seja, abaixo de cão.
Portanto, acedi ao pedido do meu amigo, e aqui apresento aos meus leitores a carta que o presidente da República Portuguesa (sem "excelência" da minha parte) não se dignou a responder, ao cidadão Francisco João DA SILVA.
Isabel A. Ferreira
***
«NOTA INTRODUTÓRIA
Carta endereçada ao Chefe de Estado
A resolução RCM 8/2011, de 25 de Janeiro do governo de José Sócrates, usurpou na prática, poderes que não tinha e violou grosseiramente a Constituição da República Portuguesa (CRP), ao impor ilegal e inconstitucionalmente um pseudo-acordo ortográfico, ou seja um dialecto estatal praticado apenas em Portugal e pomposamente chamado “Acordo Ortográfico da Língua Oficial Portuguesa” , assinado em 15 de Novembro de 1990, e que não foi ratificado pelos sete países de Língua Oficial Portuguesa , como o exige o artigo 9, alínea 1 [ Adopção do texto ] pelo “ consentimento de todos os Estados participantes” (dita Regra da Unanimidade), da Convenção de Viena de 23 de Maio de 1969, da qual Portugal é um país signatário (resolução da Assembleia da República nº 67/2003). Esta Convenção rege o Direito Internacional dos Tratados. Por conseguinte o Acordo Ortográfico (AO1990) não está em vigor, nem na Ordem Jurídica Internacional, nem na Ordem Jurídica Nacional (de acordo com o nº 2 do artigo 8º da CRP) e consequentemente, em nenhum País de Língua Oficial Portuguesa.
À atenção pessoal do Chefe de Estado
Professor Marcelo REBELO de SOUSA
Palácio Nacional de Belém
Praça Afonso de Albuquerque
LISBOA - Portugal
8 de Maio de 2018
Ex. mo Senhor Presidente da República Portuguesa,
Venho pelo presente correio electrónico levar ao conhecimento de Vossa Excelência, a situação de caos ortográfico em Portugal, de descalabro , nacional e internacional, e da destruição da [Matriz] da Língua Portuguesa, unicamente por causa da violação da Constituição da República Portuguesa (CRP), por um ex-governante, que usurpou poderes que não tinha e que não lhe são reconhecidos por essa mesma Constituição, que compete a Vossa Excelência proteger e defender . É uma regra fundamental num Estado de Direito Europeu. Faz parte das funções do cargo que Vossa Excelência ocupa, e que o Povo Português lhe confiou, e de onde decorre igualmente a legitimidade do Presidente da República Portuguesa.
Por outro lado a Constituição actual (CRP) impõe aos governos portugueses o “dever imperativo de defender a língua e fomentá-la” . E o que fez o governo de José Sócrates ? Exactamente o oposto! Porquê?
Esse governante foi José Sócrates, de quem se fala muito actualmente, e não é pelas melhores razões, como é sabido. Muito pelo contrário.
Com efeito, José Sócrates levou o País à bancarrota, e através da Resolução em Conselho de Ministros (RCM Nº 8/2011), fê-lo igualmente no que diz respeito [à tentativa ainda em curso] de destruição do Património Imaterial de Portugal, tal como definido pela relevante Convenção da UNESCO, e do qual a Língua Portuguesa é parte essencial.
Fê-lo, como um capataz antigo de estradas, ou um senhor feudal numa roça tropical ao “mandar” aplicar , ilegal e inconstitucionalmente , uma ortografia estrangeira, que nem os brasileiros utilizam. E que eles próprios rejeitam.
Sublinho estrangeira, porque a língua oficial da República Portuguesa é o Português culto e europeu, língua na qual a própria Constituição está escrita (Cf. artigo 11º, nº 3 ; alínea i) do artigo 74º ; e artigo 9º da CRP ).
O Português culto e europeu é igualmente a língua oficial , inter alia, de Angola, Moçambique, estando ipso facto, protegido de arremetidas com teor financeiro, como sucedeu em Portugal. Cabo Verde rejeitou portanto o dialeCto estatal (AO1990), mas igualmente o português culto e europeu, visto que proclamou o crioulo Cabo-Verdiano, a sua língua oficial. Este acto soberano de Cabo Verde tem um nome, uma grande bofetada dada naqueles que traíram a Pátria e a língua [de Fernando Pessoa].
Como Professor Catedrático de Direito, e como Presidente da República Portuguesa, Vossa Excelência não me parece ter tirado, pelo menos até hoje, as conclusões jurídicas que se impõem, em termos de Direito Internacional, tal como previstas na Convenção de Viena que rege o Direito dos Tratados e da qual Portugal é um País signatário (resolução da Assembleia da República nº 67/2003).
Pelo simples facto de que Cabo Verde, não é mais País signatário (dos 3 iniciais) desse Tratado Internacional, como o é o pseudo “acordo ortográfico “ (pelas razões supra-indicadas; desconheço, no entanto, se já depositou junto do MNE o instrumento relevante), tornou esse Tratado Internacional caduco. Já antes o AO1990 não vigorava, nas ordens jurídicas internacional e nacional, e essa decisão soberana de Cabo Verde foi mais uma “machadada” que veio reforçar de sobremaneira, a sua caducidade .
A Convenção de Viena estabelece inequivocamente a Regra da Unanimidade (artigo 9, alínea 1 ) que foi violada escandalosamente , através do 2º Protocolo Modificativo em 2004. Isto depois de duas rectificações extemporâneas e portanto ilegais terem falhado, assim como o 1º Protocolo Modificativo, em 1998. Isto foi apelidado, e muito justamente, por juristas competentes “ de trapalhada jurídica ou pseudo-jurídica” . Aí temos, mais uma razão pela qual uma certa classe política ridiculizou a Nação Portuguesa. Quem escamota isto? E porque é que se escondem estes factos importantes ao conhecimento do Povo Português?
Portugal, ao não ter respeitado essa Regra da Unanimidade da Convenção de Viena, não honrou a sua palavra. A imagem internacional de Portugal ficou portanto maculada, no concerto das Nações e dos Estados de Direito Democrático. Isto é sabido ( duma já grande minoria de portugueses ) e comentado, incluindo no estrangeiro (em círculos até diplomáticos, universitários, de professores em geral, de juristas, etc.), em termos pouco lisonjeiros para a Nação Portuguesa , mas que é a consequência directa do egoísmo e da incompetência de uma determinada classe política em Portugal.
Vossa Excelência está ao corrente disto? Ou escondem-lhe estas verdades “inconvenientes”?
Dado este descalabro, uma verdadeira tragédia para a Língua Portuguesa, eu sinto-me muito envergonhado, como português, residente actualmente no estrangeiro, quando amigos, de nacionalidade estrangeira, colegas, ex-colegas, jornalistas, etc. me interrogam com ironia (alguns deles até troçando de nós portugueses, o que parece ser uma certa forma de “SCHADENFREUDE” sobre esta situação deveras muito feia e que nenhum outro país no Mundo, até à data, levou a cabo, ou seja a destruição, por razões político-financeiras (utilizo um termo deveras elegante - o que aliás até já ficou provado em Tribunal, por Paulo de Morais, como Vossa Excelência deve saber), do seu próprio Património Imaterial e da Matriz da sua Língua Oficial.
Vários países fizeram alguns “melhoramentos” ou “ reformas ortográficas”, mas sem contudo abrirem esta CAIXA de PANDORA, como o fez irresponsavelmente uma certa classe política em Portugal ( e no Brasil, que terá até maiores culpas no cartório).
Esses países levaram sempre em conta os pareceres de pessoas e de organismos competentes, e jamais impuseram autoritariamente, ou pior ainda, através dum simples despacho normativo autónomo, como o é a RCM 8/2011, do governo do altamente tóxico José Sócrates, que violou escandalosamente a Constituição da República Portuguesa (CRP).
Nem os Castelhanos, nem os Franceses, nem os Austríacos, nem os Alemães, nem os Suíços, etc., e muito menos os Ingleses que sempre souberam preservar o seu “BRITISH ENGLISH ”. Há aproximadamente 37 variantes da Matriz da Língua Inglesa, o que apenas a enriqueceu e a valorizou. Nenhum outro país pensou ou quis unificar a grafia das respectivas variantes. Apenas Portugal e o Brasil se lançaram várias vezes nesse tipo de “Missão Impossível”.
Somente Portugal e o Brasil mexem, a cada geração, de maneira linguisticamente desastrosa e politicamente calamitosa, na Matriz da Língua Portuguesa, como está claramente à vista. Porquê?
Já ouvi alguém no estrangeiro chamar-lhe uma “ Tara Luso-Brasileira” . Os políticos, que vaidosamente mexem na língua, fazem-me lembrar aquele provérbio dum célebre filósofo, salvo erro APELES que dizia: “ Não vá o sapateiro além da chinela” ao ouvir os comentários sobre uma pintura sua (que expôs propositadamente à sua porta) do Sapateiro que deu votos sobre a perna de uma figura principal da pintura, não se limitando a opinar sobre o que conhecia, ou seja a chinela!
Senhor Presidente da República, é ou não é vergonhoso, isso tudo, para nós todos?
A maioria do Povo Português foi ludibriada, mais uma vez, por políticos egoístas e que tentaram ir atabalhoadamente muito além da chinela, e que serão responsabilizados, mais tarde ou mais cedo, perante a História.
Excelência, ajude-me a compreender, como é que é possível, que uma manipulação destas dure há já 7 anos, num Estado de Direito Europeu, sem ser denunciada, desmascarada, pelas forças vivas da Nação Portuguesa?
Será que os interesses instalados são assim tão fortes e poderosos, para aparentemente conseguirem paralisar a acção dos governantes eleitos pelo Povo Português? Os governantes devem pautar os seus actos sempre em prol do interesse público e não privado, segundo o que é universalmente reconhecido. Será, ou não, aqui o caso também?
Na minha simples e humilde opinião, isto é pior do que uma “FAKE NEW”, é um descalabro total para Portugal, um pequeno País, sim, mas que “DEU NOVOS MUNDOS ao MUNDO”, e que parece agora ter sido despojado vergonhosamente (por um determinado tipo de políticos profissionais egoístas e incompetentes nesta matéria), do que esta Nação Valorosa construiu ao longo de Séculos, isto é, a sua Identidade Nacional, a sua Língua , a sua Cultura, que são atributos imprescindíveis à sua coesão, hoje, e ainda mais , no futuro.
Vive-se actualmente, em Portugal, numa ANARQUIA LINGUÍSTICA, num CAOS ORTOGRÁFICO.
Excelência, se o pseudo acordo (AO1990) não for revogado e rapidamente, este caos ortográfico pode transformar-se numa “gangrena” linguística, que já está a provocar uma fractura na Identidade Nacional, e a ser causa de crescente iliteracia, em publicações oficiais e privadas. O AO1990 é uma máquina infernal para fabricar a próxima geração de “analfabetos”! É um vírus linguístico, um autêntico Frankenstein linguístico, uma “gangrena”!
Esta “gangrena” será então transmitida às gerações futuras como uma herança, demasiado pesada para os vindouros, pois o Português culto e europeu será eliminado, a nível nacional, internacional, nas Instâncias Internacionais, nas Universidades estrangeiras , nas redes sociais, nos motores de pesquisa, etc. etc. etc. (este processo já está em curso) e subsistirá apenas o português AFRICANO (o de Angola e o de Moçambique), que será por sua vez, suplantado de maneira nada elegante pela Língua Brasileira, a qual pertence unicamente ao Brasil e jamais a Portugal !
Já vai sendo tempo de o Brasil se assumir plenamente e de escolher a sua própria língua, para a qual até já existiram Dicionários da Língua Brasileira. Relembro que foi em Portugal que se originou a MATRIZ, da Língua Portuguesa, e não no Brasil.
A Língua Oficial da República Portuguesa é, e continuará a ser, o Português culto e europeu, enquanto o Decreto-Lei Nº 35.228 de 8 de Dezembro de 1945, que aprovou o acordo assinado a 10 de Agosto de 1945, designado por Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, não tiver sido revogado e substituído por outro Decreto-Lei.
Neste caso a substituição da Língua Oficial da República Portuguesa, pela Língua Brasileira, pelo menos num Estado de Direito:
(1) terá de ser submetida por Referendo ao Povo Português, de onde deriva toda a legitimidade dos governantes; [Remeto os leitores, para a OBS: na introdução deste texto]
(2) ou então será necessária uma Revisão Institucional para mudar [eliminar] o português culto e europeu da Constituição .
Achei pertinente relembrar estes factos fundamentais em Direito Constitucional, e submetê-los ao exame aprofundado de Vossa Excelência, como Chefe de Estado e igualmente como Professor Catedrático de Direito,com o objectivo de conhecer a posição OFICIAL do Presidente da República Portuguesa.
E fazer também estas simples perguntas: vai tudo continuar na mesma e durante quanto tempo mais? Não é assunto importante para a Nação?
Lamento, sinceramente, ter de dizer a Vossa Excelência, Chefe de Estado o seguinte: eu não me identifico com este Portugal, e muito menos com esse dialecto estatal. E decerto somos milhões na mesma situação, em Portugal.
Não quero continuar a sentir-me envergonhado e a ser humilhado pela ironia de nacionais de outros países, que dizem até que este caos ortográfico (que só prejudica a imagem de Portugal internacionalmente), ilustra uma certa forma de subdesenvolvimento, onde a vitalidade sempre necessária da Sociedade Civil, dos professores, dos juristas, dos advogados, em resumo as elites do país, fracassaram estrondosamente, ao aceitarem medrosamente este tipo de manipulação e de violação da nossa Constituição.
Excepção feita, e que deve ser louvada, de muitos escritores, jornalistas, jornais, revistas e Editoras, e aos milhões de portugueses , que recusaram dignamente submeter-se a um tal “DIKTAT” apenas imaginável numa Ditadura mas jamais num Estado de Direito Europeu. Aqui fica registada a minha homenagem e a minha sincera admiração.
Será que o medo [de represálias e da chantagem que continua a ser feita actualmente aos alunos e aos pais de alunos para serem forçados a aceitar o AO1990 e a terem de aprender, por conseguinte, um dialecto estrangeiro e que vêm desabafar publicamente no Facebook] voltou a este país, como outrora durante a ditadura do Estado Novo?
Sebastião Póvoas, Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça declarou o seguinte (mas não é o único !).
Senhor Presidente da República, querer é poder !
E Vossa Excelência detém o Poder de restaurar a nossa Língua.
Contudo, devo afirmar, com todo o respeito que lhe é devido, o silêncio de Vossa Excelência, neste capítulo, é ensurdecedor. É incompreensível.
Lanço, portanto, um apelo a Vossa Excelência para que a Língua Portuguesa seja devolvida aos Portugueses.
O Povo Português ficar-lhe-ia imensamente grato, e Vossa Excelência teria um lugar na História de Portugal, invejado pelos seus predecessores, e certamente será louvado pelos seus sucessores. Será portanto um digno sucessor de Dom João I e de Dom João IV, pois dos fracos não reza a História.
Subscrevo-me muito respeitosamente, com a máxima estima e consideração.
Bem-Haja!
Francisco João DA SILVA
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 848 (Cabo Verde) de 28 de Fevereiro de 2018
https://expressodasilhas.cv/opiniao/2018/03/06/lingua-de-papel/56891
Os Crioulos de Cabo Verde mostram-se cada vez mais vigorosos, procurando o seu "espaço" - artigo de Eurídice Monteiro, no qual esta investigadora e docente universitária cabo-verdiana aborda os Crioulos de Cabo Verde, num texto escrito em Língua Portuguesa.
Recorde-se que o Crioulo Cabo-verdiano passou para "língua primeira" no sistema de ensino, relegando a Língua Portuguesa para "língua segunda", ou seja para "língua estrangeira". No que fizeram muito bem.
Enche-nos a alma ler um texto num Português escorreito.
6 Mar 2018
«Para a valorização do multilinguismo e da diversidade linguística e cultural dos povos, assistimos à comemoração, a 21 de Fevereiro, do Dia Internacional das Línguas Maternas, por expediente da UNESCO e com o apadrinhamento das Nações Unidas.
Não é segredo que, particularmente no mundo moderno ocidental, desde o longínquo século dezasseis e em especial com a intensificação dos processos de globalização cultural, política, financeira e económica em curso, as línguas do poder e do saber científico têm estado relacionadas com a expansão imperial. É por esta razão que, nas emergentes sociedades crioulas, como a nossa, fruto do colonialismo europeu no além-mar e com pouco mais de quinhentos anos de história, a situação linguística caracteriza-se, ainda nos dias da actualidade, pela coexistência hierarquizada entre uma língua europeia oficial e uma língua local (ou várias línguas locais).
É ainda mais profundo esse fosso quando se vislumbra que as línguas coloniais, consideradas – desde a revolução científica de Copérnico, Galileu e Newton – como línguas científicas e veículo do saber moderno, continuam a ser adoptadas como veículo, por excelência, de difusão da literacia. Daí o carácter subalterno que muitas línguas maternas ainda detêm, por as línguas coloniais e o sentido colonial do poder as terem relegado a um estatuto ideológico inferior. Constata-se que um dos fenómenos que tem permitido a perpetuação desta situação de subalternidade das línguas maternas é talvez a inexistência de escrita e a acentuada força da oralidade, fenómenos que são descartados do quadro de legitimação de conhecimento da modernidade ocidental.
Tomando, em parte, estas asserções podemos entender melhor o que tem acontecido com as duas línguas em Cabo Verde. Proliferam-se, hoje, estudos sociais, culturais e linguísticos em torno do crioulo cabo-verdiano ou da língua caboverdiana, destacando-se, pelo menos desde princípios do século vinte ao início do terceiro milénio, a contribuição de uma multiplicidade de renomados estudiosos nacionais e estrangeiros (Adolpho Coelho, António de Paula Brito, Baltasar Lopes da Silva, Dulce Almada Duarte, Armando Napoleão Rodrigues Fernandes, Donaldo Macedo, Deirdre Meintel, António Carreira, Dulce Fanha Pereira, Manuel Veiga, Nicolas Quint, Jürgen Lang, Marlyse Baptista, Itzel Salas Barrena, Adelaide Monteiro, Dominika Swolkien, entre outros mais ou menos conhecidos).
Admite-se que, não obstante as excepções, a língua cabo-verdiana tem sido confinada ao domínio do privado, tratada como uma língua materna, de comunicação na família, da oralidade, das situações informais de comunicação e, já agora, da comunicação instantânea nas redes sociais; ao passo que a língua portuguesa – que, contrariamente à primeira, é uma língua estandardizada de há séculos – tem sido remetida para o domínio público, sendo a língua oficial e do ensino formal, da escrita, dos meios de comunicação social, das relações internacionais e das demais situações formais de comunicação. Tornou-se uma verdade corriqueira reconhecer que a língua cabo-verdiana é, por excelência, uma língua da oralidade, enquanto a escrita se afigura quase restrita à língua portuguesa.
A distribuição do espaço destinado a cada uma revela a interiorização das dicotomias impostas pelo discurso colonial. Por outras palavras, apesar do uso informal (oral) da língua cabo-verdiana tenha sido sempre indexado, antes e depois da independência, um forte sentido de solidariedade identitária e, em certos contextos, de resistência cultural em Cabo Verde e na diáspora, este uso é menos valorizado ou inclusive indesejado nos contextos públicos, mormente na administração, na educação, na comunicação social e nas relações externas.
Kwame Appiah não ignora a persistência do estatuto oficial das línguas coloniais nos territórios africanos outrora colonizados pelos países europeus, chamando a atenção para o facto dessas línguas europeias, portanto estrangeiras, cujo domínio antes havia marcado uma elite colonial, tenham-se transformado em marcas de status nas sociedades ex-colonizadas, preciosas demais para serem abandonadas pela classe que doravante herdou o Estado colonial. Isto é tanto mais sintomático na concepção de MyersScotton, que chega a identificar o que designa por elite closure, ou seja, retrata a estratégia de demarcação do acesso a uma elite, pela via da fluência da eurofonia (língua oficial). Na mesma linha, Étienne Balibar refere que “L’héritage du colonialisme est en réalité une combinaison fluctuante d’extériorisation continuée et d’exclusion intérieure.”(***) Em boa medida, isto ajuda a compreender as disparidades no investimento e na valorização das línguas.
Em Cabo Verde, ao contrário do que aconteceu com muitas línguas em outros contextos de enfrentamento, que foram completamente assimiladas por línguas socialmente dominantes ou deixarem de ter falantes, a língua materna resistiu. Constata-se que, cada vez que uma língua se extingue, desaparece com ela a memória cultural do grupo a que pertencia, de maneira que a afirmação das línguas locais, em certa medida, constitui um instrumento fundamental para a valorização dos conhecimentos do povo que a pratica. Posto isso, e se é verdade que a afirmação da língua cabo-verdiana potencializa a revitalização dos saberes catalogados como tradicionais, não é menos verdade que tais saberes deram também grandes impulsos para que a língua cabo-verdiana, para além de ter resistido, reclame um novo estatuto, o de língua oficial, em paridade com a língua portuguesa. Ou seja, o seu reconhecimento nas situações formais de comunicação e o seu desenvolvimento na comunicação escrita, até torná-la, quem sabe talvez um dia, também uma língua de papel, o que ela ainda não é.»
(***) «O legado do colonialismo é realmente uma combinação flutuante de exteriorização contínua e de exclusão interna.»
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