Andava eu logo pela manhã a fazer zapping (*) quando me deparei com a imagem mais abaixo referenciada. Então? Estaria sintonizada com um canal televisivo brasileiro?
Não, era mesmo a portuguesa TVI.
Contudo, pode ser portuguesa no nome, mas na escrita é brasileira. Já se vê.
É que em Portugal e nos restantes países africanos de expressão portuguesa dizemos que a Banda conta com mais de um bilião de álbuns vendidos.
Bilião, do francês BILLION.
No Brasil, e apenas no Brasil, é que se diz bilhão. E esta palavra veio referenciada no rodapé, em diversos momentos, durante o programa. Não, não foi gralha. Foi mesmo a intenção de escrever bilhão.
Não me venham dizer que estou a implicar. Porque isto não é implicar. Isto é zelar pela nossa Língua Portuguesa. Somos Portugueses, o nosso país é Portugal, e em Portugal sê português. No Brasil sê brasileiro. Jamais os Brasileiros diriam um BILIÃO. Por que haveremos nós de dizer um BILHÃO, que até soa a uma grande bilha, e, etimologicamente não tem sequer correspondência, na origem francesa da palavra: billion.
Não ficará no ar que os rodapés, nos programas televisivos, estão entregues a mão-de-obra brasileira (quiçá barata e desinformada)?
(*) Para os que não gostam de anglicismos, devo dizer que dizer e escrever zapping é muito mais descomplicado do que dizer e escrever: andava eu a mudar continuadamente de canal televisivo por meio de um comando… A palavra é inglesa, sim. Mas há palavras que traduzidas soam mal e não nos levam directamente ao cerne das questões.
Isabel A. Ferreira
. Hoje, no programa “Esta M...