De que estão á espera para dizerem ao país que o AO90 está a ter um impacto bastante pernicioso, nefando, danoso, nocivo, maléfico, mau, péssimo, no Ensino, na Cultura, na Comunicação Social, nas Escolas, nas Edições, nas Traduções, na Publicidade, nos Documentos Oficiais, transformando a escrita numa babel ortográfica jamais vista em parte alguma neste mundo e em tempo algum.
… ou seja… só os homens inferiores compreendem e aceitam a ortografia que estão a impingir aos Portugueses…
Estamos fartos de esperar…
Em Janeiro do corrente ano (2017), publiquei aqui um texto dando conta de que a comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto aprovou a criação de um NOVO (já havia sido criado um outro, em 2013) Grupo de Trabalho para avaliar o impacto da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.
Tenho algumas questões a pôr acerca disto:
1 - A que conclusões chegou o grupo criado em 2013?
2 - Por que houve necessidade de se criar um novo grupo?
3 - Os elementos que constituem este novo grupo estarão interessados em saber a verdade, ou estão só a fingir que estão interessados?
4 - Já não haverá demasiada contestação pública, dos mais abalizados intelectuais portugueses, brasileiros e africanos, ao malnascido AO90, para que os parlamentares percebam que é um erro crasso manter o erro mais crasso ainda de ter impingido aos portugueses mais subservientes uma ortografia medíocre, que nada tem a ver com a cultura linguística europeia? Isto ainda não está claro para os parlamentares?
5 – Por que andam a fazer que fazem, a empatar, a deixar passar o tempo? Têm esperança de que o tempo deslize e com ele a mixordice se entranhe e se abanque de vez, e que os contestatários se cansem? É isso? Mas estão enganados.
6 - Ainda será preciso discutir o quê????? Se tudo já foi discutido. Se tudo já foi dito. Se tantas vozes já se levantaram desde que esta aberração ortográfica foi impingida à força de uma grande mentira nas escolas, nas repartições públicas e na comunicação social mais subserviente ao poder, enganando-se os mais incautos com a falsa obrigatoriedade da sua aplicação, com base numa lei inexistente. Discutir mais o quê? A quem pretendem enganar?
7 – DE acordo com o deputado social-democrata José Carlos Barros, este novo grupo nasceu surgiu pelos alertas da Academia de Ciências de Lisboa, que referiam “a necessidade de aperfeiçoar as bases do Acordo Ortográfico de 1990, que gerou instabilidade ortográfica, que não estabelece uma ortografia única e inequívoca, que deixa várias possibilidades de interpretação, em muitos casos”. Mas que necessidade é essa de aperfeiçoar o que não é aperfeiçoável e que falhou redondamente os seus objectivos? Ainda ninguém se deu conta do óbvio?
8 - Isto é como remendar remendos. Já se demonstrou bastamente que o AO90 não tem ponta por onde se lhe pegue, de tão mau que é. Pretende-se aperfeiçoar o quê????? Um arremedo de ortografia?
9 - Os dois principais objectivos do AO90 não conseguiram manter-se, por serem completamente inviáveis, ou seja, o de ordem política e que tem a ver com a intenção (mais brasileira do que portuguesa) de reforçar o papel da Língua Portuguesa (leia-se brasileira, pois a ortografia é brasileira) como uma língua de comunicação internacional (que nem de propósito, enquanto era Portuguesa foi usada no Vaticano, quando começou a ser brasileira, depois do AO90, foi sumariamente rejeitada); e o outro objectivo de ordem técnica, assente na ideia de uma base ortográfica comum, mostrou-se algo tecnicamente impossível. Isto interessa a alguém? A quem? Quem são os felizardos? Não são com toda a certeza os Portugueses, mas tão-só uns tantos vigaristas que estão a encher os bolsos à conta da destruição de uma Língua Culta.
10 - Isto já não seria o bastante para o Parlamento atirar ao lixo, sem mas, nem meio mas, uma ortografia que envergonha Portugal?
O social-democrata José Carlos Barros, tentando justificar a criação deste grupo, afirmou que o seu partido continua a ser a favor do objectivo de ordem política. Mas a Língua não tem de ter objectivos de ordem política. Não tem.
Agora atente-se neste parágrafo:
«O que a ACL vem dizer é que este objectivo de ordem técnica não está a ser cumprido, o que nós entendemos é que devemos perceber porque é que não está a ser cumprido este objetivo técnico", disse o deputado social-democrata, realçando que "a política não se deve meter na ortografia».
(Este parágrafo foi retirado do texto original (aqui)
que me serviu de fonte. E repare-se logo aqui o que este acordo provoca: ora se escreve correctamente objeCtivo, ora se escreve objetivo, na mesma frase).
O que será preciso dizer mais?
O que está a fazer este novo Grupo de Trabalho?
Esperemos que não seja mais uma daquelas manobras de diversão a que os nossos parlamentares nos têm habituado, numa tentativa de calar as vozes que se têm levantado contra este linguicídio.
O AO90 é o instrumento dos que foram atacados por uma profunda cegueira mental, que não os deixa ver os propósitos perversos desta negociata obscura, que pretende destruir património português.
A isto chama-se crime de lesa-língua e de lesa-pátria.
Desde que abandonei o Ensino, em 1976, por incompatibilidade com as "novas regras" pós-25 de Abril preconizadas pelo Ministério da Educação, nunca mais o Ensino teve rumo, e os sucessivos Ministros da Educação, do Ensino e da Cultura mostraram e ainda mostram bastante incompetência, por isso a educação, o ensino e a cultura estão um caos.
Há quantos anos se anda a fazer experiências nas escolas e que não resultam? A importar sistemas que outros países já rejeitaram? Há quanto tempo se anda a fabricar semianalfabetos?
E com a introdução do AO90, o ensino degradou-se substancialmente, porque ninguém em nenhuma disciplina escreve correctamente, nem sequer em acordês.
O actual sistema de ensino é um falhanço total. Pobres crianças e jovens que terão de emigrar, no futuro, para poderem ser alguém na vida. Portugal é um país sem vislumbre de futuro. Ou isto muda radicalmente, ou não haverá futuro.
O presidente da República tem muita conversa, mas deixa-se levar na onda acordista, atropelando a Constituição da República Portuguesa, que jurou cumprir e não cumpre. E até agora o que fez para restituir a legalidade no que diz respeito à Língua Oficial Portuguesa? Precisamos de ACÇÃO, Senhor presidente. Não de palavras que o vento leva…
Vamos ver o que acontece. Mas seja o que for, terá forçosamente de passar pela devolução da Língua Portuguesa a Portugal, e por uma reforma PROFUNDA no sistema de ensino, para que as crianças e os jovens tenham um ensino de qualidade. A começar pelos manuais escolares, que são um autêntico atentado à inteligência das crianças. Foram elaborados a pensar que as crianças são estúpidas como portas.
Os professores deveriam recusar-se a ensinar com base em tais manuais.
Se todos reagissem, o governo teria de AGIR.
Não podemos deixar MORRER o que nos identifica como nação.
Não é argumento que baste para que o dito Grupo de Trabalho se digne pronunciar contra uma ortografia que nada tem a ver com a Língua Portuguesa, e acabar com isto urgentemente?
Para ajudar Vossas Excelências a decidirem-se uma vez por todas, aqui deixo uns links, para que se inteirem do que, sobre esta matéria, pensam os Portugueses, Brasileiros e Africanos Cultos e que é o pensar da esmagadora maioria dos Portugueses, tirando a minoria acordista, e os milhares de analfabetos que ainda temos em Portugal e que nem sequer sabem o que é isto do acordo ortográfico...
O QUE OS PORTUGUESES CULTOS PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-portugueses-cultos-pensam-33885
O QUE OS BRASILEIROS CULTOS PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-brasileiros-cultos-pensam-8246
O QUE OS AFRICANOS CULTOS DE EXPRESSÃO PORTUGUESA PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
http://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-que-os-africanos-cultos-de-expressao-37150
Isabel A. Ferreira
O (des)Acordo Ortográfico de 1990 é a maior prova da ignorância crassa entranhada na classe política portuguesa, e que está a levar Portugal por caminhos vergonhosos e a uma submissão que leva muita água no bico... e põe milhares de euros nos bolsos de uns poucos, o que torna o crime de alienação de Património Português, ainda mais grave.
Até quando os governantes portugueses pretendem levar adiante esta desavergonhada farsa?
Origem da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1475624402460126&set=gm.1569495826429118&type=3&theater
… nunca foi, e jamais será.
O Estado Português é tão-só (ou deveria ser) o Guardião da Língua e, como tal, tem o dever de a defender dos seus predadores. Contudo, o Estado Português, na pessoa do seu Chefe, Marcelo Rebelo de Sousa, está-se nas tintas para este dever.
Por outro lado, o governo português, socilaista, apoderou-se dela como se fosse sua propriedade. E pior do que isso, para a destruir, para a desbaratar, como tem desbaratado os nossos impostos.
Acontece que a Língua Portuguesa é património da Nação Portuguesa e dos Portugueses. Um património inalienável. Inegociável.
A Língua Portuguesa é o coração saudável e palpitante que dá vida e identidade a Portugal. É a alma portuguesa.
E o governo português, sem ter a mínima noção do que faz, está a extirpar esse coração, para o substituir por um coração artificial, já enferrujado e velho, e a vender a alma ao diabo.
E ninguém, na posse das suas faculdades mentais, vende o próprio coração, saudável e palpitante, para o substituir por um artificial, velho e enferrujado, ou vende a própria alma ao diabo.
E nós, como Portugueses, temos o direito e o dever de exigir ao governo português que devolva a Portugal o seu imo. O nosso imo. Nem que para isso tenhamos de fazer uma revolução.
Isabel A. Ferreira
A comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto aprovou a criação de um Grupo de Trabalho para avaliar o impacto da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. O requerimento para a constituição deste Grupo de Trabalho foi apresentado pelo PSD e aprovado com a abstenção do PS.
Com a abstenção do PS, claro. Só podia ser.
A propósito, a minha amiga Maria João Oliveira lembrou, e lembrou muito bem, que Gabriela Canavilhas (apesar de ser aficionada de touradas) foi ministra da Cultura e exerceu funções nos governos de José Sócrates, o tal que ajudou a alastrar o acordês-socratês, e aprovou a Resolução do Conselho de Ministros nº 8 / 2011, de 25 de Janeiro, que mandou aplicar o AO90.
E como se isto fosse pouco, Canavilhas fez parte de um Grupo de Trabalho intitulado "Acompanhamento da aplicação do Acordo Ortográfico", tendo até havido uma Petição que exigia a saída dela desse Grupo...
O PS está enterrado nisto até ao cocuruto da cabeça. Por isso António Costa anda tão caladinho. Por isso, o PS se abstém de votar numa matéria em que a abstenção vale (neste caso) como um sim ao AO90.
Os deputados aprovaram, também por unanimidade, a proposta do Bloco de Esquerda para uma audição do presidente da Academia de Ciências de Lisboa (ACL), Artur Anselmo, naquela comissão, o qual, como se sabe, pretende a “revisão” do AO90.
Mas já não haverá demasiada contestação pública a este malfadado AO90 para que os parlamentares percebam que é um erro crasso manter o erro mais crasso ainda de ter impingido aos portugueses mais subservientes uma ortografia medíocre, que nada tem a ver com a cultura linguística europeia?
Ainda será preciso discutir o quê????? Se tudo já foi discutido. Se tudo já foi dito. Se tantas vozes já se levantaram desde que esta aberração ortográfica foi impingida à força nas escolas, nas repartições públicas e na comunicação social, enganando os mais incautos com a falsa obrigatoriedade da sua aplicação?
O deputado social-democrata José Carlos Barros afirmou que a proposta de criação deste grupo de trabalho surgiu pelos recentes alertas da ACL, que referiram "a necessidade de aperfeiçoar as bases do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), que gerou instabilidade ortográfica, que não estabelece uma ortografia única e inequívoca, que deixa várias possibilidades de interpretação, em muitos casos".
Mas que necessidade é essa de aperfeiçoar o que não é aperfeiçoável e que falhou redondamente os seus objectivos?
Isto é como remendar remendos. O AO90 não tem ponta por onde se lhe pegue, de tão mau que é. Pretende-se aperfeiçoar o quê????? Um arremedo de ortografia?
Os dois objectivos do AO90 não conseguiram manter-se por serem completamente inviáveis, ou seja, o de ordem política e que tem a ver com a intenção (mais brasileira do que portuguesa) de reforçar o papel da Língua Portuguesa (leia-se brasileira, pois a ortografia é toda brasileira) como uma língua de comunicação internacional (que nem de propósito, enquanto era Portuguesa foi usada no Vaticano, quando começou a ser brasileira, depois do AO90, foi sumariamente rejeitada); e o outro objectivo de ordem técnica, assente na ideia de uma base ortográfica comum, mostrou-se algo tecnicamente impossível.
Isto já seria o bastante para o Parlamento atirar ao lixo uma ortografia que envergonha a História Portuguesa, sem mas, nem mas….
José Carlos Barros, deputado do PSD, afirmou ainda que o seu partido continua a ser a favor do objectivo de ordem política. Mas a Língua não tem de ter objectivos de ordem política. Não tem.
Além disso este objectivo, senhor deputado, só seria válido com a Língua Portuguesa íntegra, e não com a língua Portuguesa desintegrada e mutilada. E se neste aspecto alguém tem de ceder não é Portugal, é quem desintegrou a língua, transformando-a numa aleijadinha.
Agora atente-se neste parágrafo:
«O que a ACL vem dizer é que este objectivo de ordem técnica não está a ser cumprido, o que nós entendemos é que devemos perceber porque é que não está a ser cumprido este objetivo técnico", disse o deputado social-democrata, realçando que "a política não se deve meter na ortografia».
(Este parágrafo foi retirado do texto original que me serviu de fonte. E repare-se logo aqui o que este acordo faz: ora se escreve correctamente objeCtivo, ora se escreve objetivo, na mesma frase).
O que será preciso dizer mais?
Esperemos que a criação deste Grupo de Trabalho não seja mais uma daquelas manobras de diversão a que os nossos parlamentares nos têm habituado, numa tentativa de calar as vozes que se têm levantado contra este linguicídio.
Fonte:
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O AO90 é o instrumento dos que foram atacados por uma profunda cegueira mental, que não os deixa ver os propósitos perversos desta negociata obscura, que pretende destruir património português.
A isto chama-se crime de lesa-língua e de lesa-pátria.
Os que amam a Língua Portuguesa, por favor, assinem esta petição, lançada pelo grupo do Facebook “Cidadãos contra o “Acordo Ortográfico” de 1990”.
Não podemos deixar MORRER o que nos identifica como nação.
Petição pública:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=acordoortografico90
Isabel A. Ferreira
A aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 é ilegal em Portugal
No Brasil, se está a ser aplicado ou não, que diferença faz, se os Brasileiros continuarão a escrever contato, em vez de contaCto, fato, em vez de facto?
É preciso lutar para que haja um recuo na imposição deste absurdo “acordo”.
Portugal não pode perder a sua identidade linguística ao aplicar a grafia brasileira, que apenas ao Brasil pertence.
Portugal não pode perder a sua portugalidade.
Aos Portugueses o que é dos Portugueses.
Aos Brasileiros o que é dos Brasileiros.
Os Brasileiros escrevem e pronunciam à maneira deles a Língua Portuguesa, que dizem ser oficial, mas que não é mais do que a Variante Brasileira do nosso Português, a que caracteriza o Brasil, em qualquer parte do mundo. Quando um brasileiro abre a boca, ninguém diz que está a falar Português, mas sim, Brasileiro.
Por que não designá-la assim? E isto não tem nada de pejorativo. Por que não hão-de os Brasileiros, que não entendem o nosso Português, precisando até que os nossos livros sejam traduzidos para a língua deles (algo que os africanos lusófonos não têm necessidade) de ter uma língua que os caracteriuza melhor do que o Português? Porque Português não é.
E penso que isto não ofenderá os nossos irmãos Brasileiros. Estes deveriam até sentir-se orgulhosos de possuírem uma Língua só deles, enriquecida com vocábulos oriundos dos falares indígenas e dos antigos escravos africanos, para além de muitos termos castiços, que foram reinventados e hoje fazem parte do riquíssimo léxico brasileiro.
Para mim, e para milhares de lusógrafos, o lugar mais apropriado do AO90 é o caixote do lixo, por não servir a nenhum país da CPLP. E não há qualquer interesse em ser revisto. Para quê? Se todos os países devem manter a sua própria identidade linguística, agora que são independentes?
O AO90 é tão-só a imposição da ortografia propopsta na Base 4 do Formulário Ortográfico de 1943, para facilitar a aprendizagem da Língua Portuguesa aos milhares de analfabetos mal alimentados, logo, pouco desenvolvidos intelectualmente (não por culpa deles, claro), numa tentativa de se baixar o índice de analfabetismo que, ainda hoje, e apesar desta tentativa, é bastante elevado naquele país. Mas não só isto moveu a vontade de nos impor a ortografia brasileira (com algumas excePções). Motivos políticos esquerdinos estão por detrás desta vontade de colonizar Portugal através da Língua.
Então, por que carga de água havemos de mutilar a nossa Língua Materna para satisfazer interesses político-diplomático-jurídicos (que nada têm a ver propriamente com a Língua) e espalhar por aí uma grafia incorreCta, simplificada, sem raízes e descaracterizada, deixando Portugal de calças na mão, com uma grafia que nada tem a ver com a sua identidade linguística?
As nossas crianças não serão mais estúpidas do que nós fomos, quando éramos crianças. Não precisam de simplificações. Precisam de um ensino de qualidade.
A Língua Portuguesa, europeia e culta, é património português. Não está à venda, nem pode ser manipulada ao sabor dos interesses de ignorantes.
***
O fim do prazo de "transição" só acaba em 22 de Setembro de 2016.
Até lá muita água ainda vai correr por baixo da ponte… e ninguém tem autoridade para penalizar nenhum aluno.
Há uma ordem do ministério da desiducação para penalizar os alunos até 5 valores (escala 0-20) que não usem o AO90 nos exames. Quanto aos professores que não cumpram estas regras podem ter sanções disciplinares. Dizem-me. A isto chama-se chantagem.
Pois essa ordem é ilegal e as penalizações são ilegais. Quem recorrer à justiça, tem ganho de causa. O problema é que os governantes SABEM que nem professores, nem pais de alunos mexerão uma palhinha, que seja, para se INCOMODAREM. É mais fácil OBEDECER a uma IMPOSIÇÃO ILEGAL, do que EXIGIR JUSTIÇA.
Nas escolas portuguesas, qualquer aluno que seja prejudicado por escrever (e muito correCtamente) a Língua Materna, pode intentar uma acção judicial por violação do Dec-Lei 35228 de 08/12/1945.
O pior, é que estão a impingi-lo a inocentes crianças, que ainda não têm voz, porque discernimento já têm, pois a maioria sabe que lhe estão a "vender" gato por lebre. E é por elas que temos de continuar a lutar contra este linguicídio.
Qualquer professor pode e deve recusar os manuais escolares escritos em Português incorreCto, porque o AO90 é ILEGAL. Foi imposto ilegalmente nas escolas e nas repartições públicas.
Então, por que não o fazem? Por MEDO? Mas ninguém, em Portugal, pode PENALIZAR nem um professor, nem um estudante que se RECUSE a utilizar o AO90 e os manuais incorreCtamente escritos.
As crianças, essas, estão inocentemente nas mãos dos predadores da Língua. E o que estão a fazer com elas é criminoso.
E os paizinhos instruídos têm uma grande parcela de culpa.
Mas quem quer incomodar-se?
Por isso, os governantes apostam nessas penalizações...
Não se destrua o que levou séculos a construir. A comunicação oral e escrita é uma das poucas aquisições que nos diferencia dos outros animais. Não a reduzamos a uma mixórdia de palavras sem sentido algum, por interesses absolutamente inúteis e obscuros.
Deixem a Língua fluir naturalmente. Eficazmente. Lucidamente.
Isabel A. Ferreira
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