Por exemplo, o que fizeram ou estão a fazer objectivamente as “conhecidíssimas personalidades” e os “parceiros oficiais” que constam da lista (mais abaixo reproduzida) do ACORDO ZERO - iniciativa independente de incentivo à rejeição do AO90, criada em 10 de Julho de 2021, no Facebook?
A Língua Portuguesa está moribunda, e a sua morte iminente deve-se não só aos governantes portugueses, que CEGAMENTE rastejam aos pés de quem a destruiu com um objectivo dos mais abjectos, como também à INACÇÃO daqueles que dizem ser contra este incompreensível, inacreditável e inútil acordo, mas NÃO passam das palavras às acções. E só com palavras não levaremos a água ao nosso moinho. E os que estão a fazer alguma coisa, precisam de fazer muito MAIS.
Por sua vez, a segunda Língua Oficial de Portugal, a Língua Mirandesa está em risco de desaparecer, e aguarda ratificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias, que enumera uma série de premissas com que os Estados-membros, entre eles Portugal, se comprometem para “a salvaguarda e defesa das várias línguas minoritárias”. Ora neste caso, Portugal, como em tudo o resto, anda apasso de caracol, e, por este andar, o Mirandês, que devia ser aprendido, tal como o Português, nas escolas portuguesas está também em vias de extinção.
E com que Língua Portugal entrará no futuro? Com a Variante Brasileira do Português? Aquela que, devido a um ensino altamente ineficaz e defeituoso, se tem degradado a olhos vistos, estando a ser disseminada pela Internet como sendo “língua portuguesa”, mas com bandeira brasileira?
O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Para tal, é necessário que as figuras públicas, mais divulgadas nos media ou com acesso a eles, como os escritores, músicos, cantores, professores ou ex-professores, actores, políticos, poetas, ensaístas, tradutores, jornalistas, cineastas, advogados, juristas, juízes-conselheiros, historiadores, linguistas, humoristas, filólogos, revisores, autores, investigadores, aprendizes d’escrita, editores, embaixadores, livreiros, agentes culturais, explicadores de português, enfim, todos os que constam da lista abaixo apresentada (e também todos os que não constam, mas são anti-AO90) da INICIATIVA ACORDO ZERO, se UNAM numa acção que aqui vou apresentar, para instar o presidente da República Portuguesa a cumprir o seu DEVER, ou seja, a ANULAR o AO90, e devolver a Portugal a grafia portuguesa.
O que PROPONHO é que se estiverem de acordo com o texto/apelo, dirigido a Marcelo Rebelo de Sousa, conforme a imagem, o subscrevam, enviando os vossos nomes e profissões, para o e-mail do Blogue isabelferreira@net.sapo.pt e quando tivermos um número considerado razoavelmente suficiente de subscritores encaminhá-lo-emos para o site da Presidência da República. Podem dar outras sugestões para o texto, ou para a acção, PORÉM, o fundamental é que FAÇAMOS alguma coisa, se quisermos SALVAR a Língua Portuguesa. Ela está a correr perigo de MORTE, mas ainda vamos a tempo de a salvar. É só QUERER e AGIR.
Atentem nesta notícia, do Jornal Observador:
«Exame de Português para acesso a universidades nos EUA tem recorde de inscritos»
O exame de “português” do National Examinations in World Languages (NEWL), que atribui créditos para acesso ao ensino superior nos Estados Unidos da América, registou um recorde de alunos inscritos e é já o idioma líder nesse segmento, segundo fontes oficiais, ultrapassando o Russo, o Coreano e o Árabe.
Esqueceram-se, porém, de dizer o principal: essa linguagem, a que chamam “português” é a Variante Brasileira do Português. Nos EUA o que mais há é brasileiros a leccionar a Variante Brasileira da nossa Língua. Desses cursos os alunos sairão a falar Bráziu e não, Brâzil, e a escrever “onipresente”, “umidade” “exporte”, “trem”, “tornozeleira eletrónica” e NÃO, omnipresente, humidade, desporto, comboio, pulseira electrónica ( = bracelete OU dispositivo usado geralmente no tornozelo, que transmite sinais em radiofrequência e permite a vigilância de determinada pessoa em local previamente definido).
Não sei qual é a vossa opinião. A minha, é que estão a USURPAR a Língua de um País livre e soberano, ALTERANDO-A e tendo o desplante de continuar a chamá-la “portuguesa”, fazendo isto parte de um objectivo abjecto, já em curso.
E isto com a cumplicidade dos governantes portugueses, acolitados pelos que os SERVEM acriticamente.
Ver notícia aqui:
https://observador.pt/2023/03/18/exame-de-portugues-para-acesso-a-universidades-nos-eua-tem-recorde-de-inscritos/
Vamos tentar SALVAR, a SÉRIO, a NOSSA Língua?
Isabel A. Ferreira

Este é o texto a subscrever
***
Lista de apoiantes do ACORDO ZERO:
| 1 | Abel Osório, vinicultor
| 2 | Afonso Reis Cabral, escritor
| 3 | Alberto Magalhães, psicólogo
| 4 | Alcides Aguiar, economista
| 5 | Alexandre Cortez, fundador Rádio Macau / músico / programador e produtor cultural
| 6 | Alexandre M. Pereira Figueiredo, professor do Ensino Superior / investigador
| 7 | Alexandre Paulo Menezes Figueiredo, militar aposentado
| 8 | Alexandre Pita, (título não mencionado)
| 9 | Alina Silva, assistente social
| 10 | Amadeu Carvalho, (título não mencionado)
| 11 | Amílcar Gomes, (título não mencionado)
| 12 | Ana Cristina Henriques Mendes da Silva, professora de Português
| 13 | Ana Maria Fernandes Escoval, professora
| 14 | Anabela Caetano, socióloga
| 15 | André de Atalaia Samouco, sociólogo
| 16 | André Marcelo, economista
| 17 | André Gago, actor
| 18 | António Aguiar, empresário
| 19 | António Alberto Gomes da Rocha, arquitecto
| 20 | António Bagão Félix, economista / político
| 21 | António Carlos Cortez, poeta / ensaísta / professor de literatura portuguesa
| 22 | António Chagas Dias, tradutor
| 23 | António Coimbra, escritor
| 24 | António Eça de Queiroz, jornalista
| 25 | António Fernando Nabais, professor Português e Latim
| 26 | António F. Martins, escritor / artista plástico
| 27 | António Garcia Pereira, advogado / político
| 28 | António Jacinto Pascoal, escritor / professor
| 29 | António Jorge Marques, musicólogo / músico
| 30 | António José Serra do Amaral, (título não mencionado)
| 31 | António Lacerda, consultor imobiliário
| 32 | António Matos Rodrigues, economista / informático
| 33 | António Mota, professor aposentado
| 34 | António-Pedro Vasconcelos, cineasta
| 35 | António Resende, fotógrafo
| 36 | Artur de Matos Serra, advogado
| 37 | Artur Manuel Duarte Ferreira, (título não mencionado)
| 38 | Bárbara Reis, jornalista
| 39 | Carlos Alberto Feliciano Mendes Godinho, (título não mencionado)
| 40 | Carlos Alberto Matias Barreto, assistente operacional de emergência
| 41 | Carlos Alberto Oliveira, (título não mencionado)
| 42 | Carlos Fiolhais, físico / professor universitário
| 43 | Carlos Manuel Gomes Vieira, músico
| 44 | Carlos Manuel Pereira Guedes, técnico de manutenção industrial
| 45 | Carlos Roque, designer de comunicação
| 46 | Carlos Ventura, historiador
| 47 | Carlos Victor, jurista
| 48 | Carmen de Frias e Gouveia, linguista
| 49 | Celso Pontes, médico neurologista
| 50 | Cláudia Ribeiro, PhD História e Filosofia das Ciências
| 51 | Daniel da Silva Teodósio de Jesus, intérprete de conferências / tradutor
| 52 | Deana Barroqueiro, escritora
| 53 | Delmar Maia Gonçalves, professor / escritor
| 54 | Edite Esteves, jornalista
| 55 | Fernando Alves, professor
| 56 | Fernando Alvim, humorista / locutor / apresentador
| 57 | Fernando Costa, funcionário público aposentado
| 58 | Fernando Castro, (título não mencionado)
| 59 | Fernando Dacosta, jornalista / escritor
| 60 | Fernando Martins Seixas, militar aposentado
| 61 | Fernando Paulo Baptista, filólogo / investigador
| 62 | Fernando Tordo, cantor / compositor
| 63 | Fernando Venâncio, linguista / escritor / crítico literário
| 64 | Francisco Farinha, (título não mencionado)
| 65 | Francisco Marques, tradutor / professor
| 66 | Francisco Miguel Valada, intérprete de conferência / linguista
| 67 | Gastão Brito e Silva, fotógrafo / blogger
| 68 | Germano da Silva Ribeiro, professor
| 69 | Gilberto Lopes de Figueiredo, engenheiro electrotécnico
| 70 | Helder Guégués, revisor / estudioso da Língua
| 71 | Helena Pinto Lampreia, professora Matemática
| 72 | Irene Noites, professora de Português/Francês
| 73 | Isabel A. Ferreira, jornalista / escritora
| 74 | Joana Quinta, escritora / poetisa
| 75 | João António Aguiar, (título não mencionado)
| 76 | João António Seixas, (título não mencionado)
| 77 | João Carlos Moreira dos Santos, professor QND - grupo 550
| 78 | João de Jesus Ferreira, engenheiro
| 79 | João Esperança Barroca, professor
| 80 | João Gamito Sobral, redactor e produtor florestal
| 81 | João J. Ribeiro, cirurgião geral
| 82 | João Luís Marques Pereira Lopes, téc. sup. admin. pública aposentado
| 83 | João Oliveira, (título não mencionado)
| 84 | João Pedro Fonseca, engenheiro aposentado
| 85 | João Reis, actor / encenador
| 86 | João Roque Dias, tradutor
| 87 | João Robalo de Carvalho, jurista
| 88 | João Salvador Fernandes, engenheiro químico / professor universitário
| 89 | João Santos, (título não mencionado)
| 90 | João Severino, jornalista
| 91 | Jorge Alexandre Barreto Ferreira, engenheiro técnico
| 92 | Jorge Buescu, matemático / professor universitário
| 93 | Jorge Esteves, investigador / autor
| 94 | Jorge Macieira, advogado
| 95 | Jorge Manuel Gomes Malhó Costa, aprendiz de escrita
| 96 | Jorge Manuel Neves Tavares, (título não mencionado)
| 97 | Jorge Pacheco de Oliveira, electrotécnico aposentado
| 98 | Jorge Torres Pereira, Embaixador de Portugal em França
| 99 | José Alberto Reis, cantor
| 100 | José António Pimenta de França, jornalista / ex-jornalista Agência Lusa
| 101 | José da Rosa Simão Durão, engenheiro de sistemas / prof. Ass. Com Agregação
| 102 | José Manuel Araújo, professor / investigador / escritor
| 103 | José Manuel Costa Pessoa, engenheiro
| 104 | José Manuel do Livramento, engenheiro electrotécnico
| 105 | José Manuel Gomes Ferreira, engenheiro electrotécnico
| 106 | José Manuel Lima, ténico Efacec aposentado
| 107 | José Manuel Moreira Tavares,
| 108 | José Manuel Nogueira Teixeira, delegado comercial
| 109 | José Maria Pimentel, economista / autor do podcast 45 Graus
| 110 | José Maria Simões dos Santos, engenheiro aposentado
| 111 | José Marques Vidal, juiz-conselheiro jubilado do Supremo Tribunal Administrativo
| 112 | José Neves Dias, arquitecto / professor universitário
| 113 | José Nobre Valadas, engenheiro electrotécnico
| 114 | José Pacheco Pereira, historiador
| 115 | José Pinto da Silva Ribeiro, (título não mencionado)
| 116 | José Rolita Correia Caniné, Coronel do Exército aposentado
| 117 | José Sousa Dias, professor aposentado
| 118 | Juva Batella, escritor / professor de literatura
| 119 | Leonor Fernández, engenheira química aposentada
| 120 | Liberdade Maria Abrantes Cardoso, assistente social
| 121 | Lino Mendes, agente cultural
| 122 | Lucília Maria Parreira Pereira, professora
| 123 | Luís Bigotte de Almeida, neurologista / professor universitário
| 124 | Luís Cabral da Silva, engenheiro
| 125 | Luís Gonçalo Dias de Calvão Borges, professor
| 126 | Luís Serpa, escritor / marinheiro
| 127 | Madalena Lima, ex-professora / ex-tradutora / advogada
| 128 | Manuel Alegre, poeta / político / romancista
| 129 | Manuel Cardoso, professor / diplomata aposentado
| 130 | Manuel da Cerveira Pinto, arquitecto / professor universitário
| 131 | Manuel da Silva, (título não mencionado)
| 132 | Manuel de Azevedo, empresário aposentado
| 133 | Manuel Henrique Figueira, professor aposentado
| 134 | Manuel José Cerqueira de Sousa Falcão, artista visual / professor
| 135 | Manuel Matos Monteiro, autor / jornalista / formador / revisor
| 136 | Manuel São Pedro Ramalhete, ex-director da Galp Energia / ex- professor associado do ISEG
| 137 | Manuel S. Fonseca, editor / fundador Guerra e Paz Editores
| 138 | Manuela Elisabeth Matos Correia da Costa, professora
| 139 | Manuela Pereira, geóloga
| 140 | Maria Alzira Seixo, professora catedrática aposentada
| 141 | Maria do Carmo Vieira, professora
| 142 | Maria do Céu Guerra, actriz
| 143 | Maria da Luz Bueno, enfermeira
| 144 | Maria da Purificação Pinto de Morais, professora
| 145 | Maria Delfina de Vasconcellos, inspectora-geral da Educação aposentada
| 146 | Maria Filomena Molder, professora catedrática / filósofa
| 147 | Maria Filomena Mónica, socióloga
| 148 | Maria Isabel Ferreira Magalhães Godinho, engenheira agrónoma aposentada
| 149 | Maria José Braga, explicadora de Português
| 150 | Maria José Gomes Homem de Gouveia, professora
| 151 | Maria José Melo de Sousa, professora aposentada
| 152 | Maria Luísa Fêo e Torres, téc. sup. de saúde aposentada
| 153 | Mário António Pires Correia, musicólogo
| 154 | Mário Guerra Cabral, livreiro em: livraria Poesia Incompleta
| 155 | Mário Melo Oliveira, engenheiro de sistemas e informática
| 156 | Margarida Alda Costa Pereira, professora ensino secundário
| 157 | Margarida Almeida, arquitecta
| 158 | Marta Tamagnini Mendes, conservadora-restauradora
| 159 | Maximina Ribeiro, professora aposentada
| 160 | Mico da Câmara Pereira, cantor
| 161 | Miguel Ângelo, cantor / compositor
| 162 | Miguel Esteves Cardoso, crítico / jornalista / escritor
| 163 | Nilton, humorista
| 164 | Nuno Furet, agente de animação turística
| 165 | Nuno Leónidas, arquitecto
| 166 | Nuno Lima Bastos, jurista
| 167 | Nuno M. Messias, economista
| 168 | Nuno Miguel Guedes, jornalista / programador cultural
| 169 | Nuno Pacheco, jornalista
| 170 | Paulo de Carvalho, cantor / compositor
| 171 | Paulo Morais-Alexandre, prof. coordenador da Escola Superior de Teatro e Cinema
| 172 | Paulo Jorge Nunes da Costa Pinto, realizador de audiovisuais
| 173 | Paulo Teixeira, gestor comercial
| 174 | Pedro Alexandre Canhoto Mendes, engenheiro electrotécnico
| 175 | Pedro Caldeira Cabral, compositor / instrumentista de cítara portuguesa
| 176 | Pedro Jacinto, profissional turismo
| 177 | Pedro Manuel Aires de Sousa, terapeuta da fala
| 178 | Pedro Pinto, (título não mencionado)
| 179 | Ricardo Batalheiro, revisor
| 180 | Rita Vasconcelos, (título não mencionado)
| 181 | Rosa Maria Castelo Lopes, (título não mencionado)
| 182 | Rubens António Marruaz Seixas, engenheiro electrotécnico aposentado
| 183 | Rui Leite, arquitecto
| 184 | Rui Oliveira, gestor comercial
| 185 | Rui Pedro Francisco Fernandes, tradutor intérprete
| 186 | Rui Veloso, cantor / compositor
| 187 | Salomé Castelo Branco, directora bancária aposentada
| 188 | Santana Castilho, professor ensino superior
| 189 | Sérgio Miguel Carneiro de Lima, arquitecto
| 190 | Silvina Pereira, actriz / encenadora / investigadora
| 191 | Soledade Martinho Costa, escritora
| 192 | Teolinda Gersão, escritora
| 193 | Teresa Maria Matos Alves, promotora financeira
| 194 | Teresa Paula Soares de Araújo, professora
| 195 | Valério A. Conceição, jurista / aduaneiro aposentado
| 196 | Vanda Maria Calais Leitão, tradutora
| 197 | Victor Manuel Correia Santos Carvalho, jurista
| 198 | Vivalda Moita, professora aposentada
| 199 | Viviana Correia Lewis, médica
***
Parceiros oficiais do ACORDO ZERO:
| 1 | Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora, https://www.facebook.com/Círculo-de-
Escritores-Moçambicanos-na-Diáspora-215878975146304
| 2 | Fundação Eça de Queiroz, https://feq.pt/
| 3 | Grupo Facebook "Pela Revogação do Acordo Ortográfico",
https://www.facebook.com/groups/contraacordoortografico
| 4 | Grupo Facebook "Professores Contra o Acordo Ortográfico ",
https://www.facebook.com/groups/178207905663865
Link desta lista:
drive.google.com/file/d/1kna1o8HEdTqZlfFB_ZZAKDdBJafJ1PDQ/view?usp=sharing
Não sei se já repararam que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa é a pessoa que mais aparece nas televisões, a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, e se houvesse um Óscar para o protagonista deste “filme” à portuguesa, Marcelo recebê-lo-ia com certeza absoluta.
Numa entrevista recente, Marcelo referiu-se ao “costismo” como uma “maioria requentada", "uma maioria cansada". Porém, esqueceu-se de olhar para si mesmo, com olhos de ver. Se olhasse, veria que a sua actuação como presidente da República, peca pelos mesmos defeitos: uma conduta egocêntrica requentada, cansada e que esgota quem o vê, todos os dias, a todas as horas, em todos os telejornais, a meter-se em tudo, EXCEPTO no que JAMAIS lhe trará algum prestígio, ainda que fuja do assunto como o diabo foge da Cruz.
O erro já foi cometido, mas ainda vamos muito a tempo de o reparar. Não o fazendo, o DESPRESTÍGIO, que tal atitude irracional trará, será inevitável.
Marcelo sabe disso, mas ainda assim, espera um milagre (?), e RECUSA-SE a responder às mensagens que, ultimamente, um grupo de cidadãos portugueses (eu incluída), preocupados com a destruição, cada vez mais evidente, da Língua Oficial de Portugal, obviamente, a NOSSA Língua Portuguesa, usando-a como moeda de troca, para a introdução da sua Variante Brasileira, em Portugal, que lá por ser falada e escrita por milhões, NÃO significa que esses milhões tenham de USURPAR a Língua que outros milhões falam e escrevem, por esse mundo fora.
Desta destruição, que está a desqualificar o ENSINO em Portugal, os governantes portugueses, inclusive o presidente da República actual, terão de prestar contas aos Portugueses, até porque o acordo ortográfico de 1990, responsável pela mixórdia ortográfica vigente, foi imposto através de uma ilegalidade e de uma inconstitucionalidade, fazendo isto parte de um pacote luso-brasileiro anti-linguístico, mais brasileiro do que luso, uma vez que o tal pacote só interessa ao Brasil.
Não sei se já repararam que o PR assenta a sua INDIFERENÇA para com os Portugueses Pensantes, que DEFENDEM o que lhe competia a ele defender - a Língua Portuguesa - na BAJULICE dos órgãos de comunicação social, que andam sempre a pô-lo num pedestal, se bem que num pedestal de barro. Ele NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que está a seguir o caminho errado, e que já não tem a noção do que faz e do que diz?
Vou dar apenas dois exemplos, a propósito da polémica gerada em torno da vinda de Lula da Silva ao Parlamento, discursar no 25 de Abril: Marcelo afirmou que «com o Brasil as relações são sempre doces», descartando que tal polémica tenha afectado as relações diplomáticas entre os dois países. Hoje, com o reacender desta polémica, ouvi-o dizer o seguinte, num dos canais das nossas muito subservientes televisões: «[a presença de Lula da Silva] é uma presença óbvia, tão natural como respirar».
Se eu não tivesse ouvido isto, não teria acreditado.
A presença de Inácio Lula da Silva - o impulsionador-mor do malfadado AO90 - nas celebrações do “25 de Abril” «é uma presença óbvia, tão natural como respirar», só porque ele é o Chefe de Estado de um País, com quem Portugal mantém relações amistosas, tão amistosas que como ex-presidente do Brasil, Lula da Silva foi fazer um discurso a Madrid, e nele culpou os colonizadores portugueses pelos atrasos [monumentais] da educação no Brasil, conforme pode ser recordado no link da imagem?
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb

A presença de amigos da onça, numa cerimónia oficial, será assim tão óbvia e natural como respirar?
Em que medida é que o “25 de Abril” foi assim tão importante para os brasileiros, como já li algures na Internet?
Então e a presença dos restantes presidentes das Repúblicas da CPLP, a cujos países o “25 de Abril” trouxe a descolonização? Não serão também óbvias e naturais como respirar?
*
Brasil e Portugal, dois países tão “irmãos” que o primeiro quer subjugar o segundo, através de um engodo, que apenas os cegos mentais não o vêem como tal: o engodo da Variante Brasileira do Português, que milhões de brasileiros falam e escrevem, e que irreversivelmente NÃO é mais a Língua Portuguesa; não é mais a “Última Flor do Lácio”, de que falava Olavo Bilac; não é mais o “o balanço doce das palavras de Vinícius de Morais”. É uma Língua feita de retalhos de outras Línguas, nomeadamente do Português, do “Americano”, do Francês, do Italiano, do Castelhano, e das Línguas Indígenas e Africanas.
Marcelo NÃO tem UM amigo, sequer, que lhe diga que ele está a ir por caminhos onde lhe estão a estender passadeiras vermelhas, para o bajular? O PR vai nu, mas ninguém se atreve a dizer-lhe isto. Os amigos NÃO existem para bajular. Os amigos existem para serem sinceros com os amigos.
O PR NÃO é só para andar por aí a falar de TUDO em todo o lado (quase) ao mesmo tempo, EXCEPTO do AO90. O PR também é para RESPONDER às questões que os Portugueses lhe põem, relativamente a esse acordo, criado pelos brasileiros, o qual está a retirar-nos a NOSSA identidade.
Um presidente da República tem Obrigações e Deveres tão óbvios e naturais como respirar, para com o País e com o Povo que diz representar, e aqui sim, o ÓBVIO e o NATURAL como RESPIRAR encaixa-se na perfeição.
E é em nome deste ÓBVIO e deste NATURAL como RESPIRAR que solicitamos a Marcelo Rebelo de Sousa que convoque todos os canais televisivos, rádios, jornais, enfim, todos os órgãos de comunicação social portugueses, para que, em direCto, possa explicar RACIONALMENTE aos Portugueses, por que motivo Portugal, que tem uma Língua com mais de 800 anos, uma das mais antigas da Europa, anda a rastejar aos pés do Brasil, com o intuito de, ilegalmente e inconstitucionalmente, fazer dela moeda de troca, para impor uma Variante, composta por um léxico, fruto de um cocktail de palavras americanizadas, italianizadas, castelhanizadas, afrancesadas, e por acentuadas diferenças fonológicas, morfológicas, sintácticas, semânticas e ortográficas.
É que isto NÃO é uma atitude normal, num País livre e soberano, como Portugal. Ou Portugal, em nome da brasilidade que nos querem impor, já não será um País livre e soberano?
Isabel A. Ferreira
****
Comentários na Página do Facebook:
PORTUGUESES E LUSÓFONOS CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO 90

Pela primeira vez, vi uma fala de António Costa, ser legendada no ecrã de uma estação televisiva, em Portugal, em Português.
Fiquei surpreendida. E então ocorreu-me questionar o porquê desta legenda, uma vez que o primeiro-ministro NÃO estava no Brasil, a falar para Brasileiros.
Bem sabemos que a dicção de António Costa não é perfeita, o que não é um defeito assim por aí além, até porque quase ninguém dos que falam nas televisões têm uma dicção perfeita, incluindo a classe jornalística (salvaguardando aqui as raras excepções). Se bem que o primeiro-ministro de um País, deva usar a sua Língua Materna com mestria, para não fazer má figura e não dar mau exemplo às crianças que têm na Televisão, no YouTube, no Tik-Tok e noutros sítios que tais, uma verdadeira escola de mal-falar, de mal-escrever e de mal-pensar.
Por outro lado, pode perguntar-se: mas que Língua Materna é essa que a Isabel mencionou? Ora essa!!!! A Língua de Portugal, obviamente.
Então, se António Costa estava em Portugal, a falar a Língua de José Saramago, porquê, as legendas?
Pelas imagens, que ilustram este texto, vemos que não foi para que os cidadãos com défice auditivo, pudessem perceber o que Costa estava a dizer, porque está lá uma senhora a acompanhá-lo em Língua Gestual.
Também não seria para os Portugueses, porque estes já estão habituados ao falar de António Costa, e percebem-no mesmo quando come as sílabas.
Uma vez que o assunto era sobre “um ano de guerra na Ucrânia”, as legendas seriam para os Ucranianos que se encontram em Portugal? Não me parece, pois os que já cá estão há mais tempo, já se entendem com a Língua Portuguesa, e até a falam muito bem, e este muito bem é um muito bem quase sem sotaque estrangeiro, melhor até do que muitos portugueses, de todos os sexos, que vêem demasiadas telenovelas brasileiras. Se as legendas se dirigiam aos refugiados ucranianos, que Portugal recebeu, estes, não sabendo Português, de nada lhes serviria as ditas cujas.
E como nunca ninguém se incomodou em legendar em Inglês, Língua que quase todos dominam, as falas dos políticos portugueses, para que os muitos imigrantes, de todas as partes do mundo, que vêm para Portugal à procura de uma vida melhor, e NÃO sabem Português, pudessem perceber o que os políticos dizem sobre as políticas que a eles lhes dizem respeito, mais estranho me pareceram aquelas legendas em Português, na fala de António Costa.
Foi então que me ocorreu o seguinte: puseram aquelas legendas para que os Brasileiros percebessem o que António Costa estava a dizer? Assim como se faz no Brasil, que se tem de legendar as falas dos Portugueses ou dobrar as falas dos actores portugueses em novelas luso-brasileiras ou em filmes portugueses, para que os Brasileiros possam entender a Língua que eles NÃO falam? Sim, porque nos tempos que correm, quem manda na Língua e exige que se imponha a Variante Brasileira do Português, nas escolas portuguesas, são os Brasileiros. Como se alguma vez, no Brasil, os Portugueses, ou qualquer outra nacionalidade, impusessem a sua Língua Materna, aos Brasileiros!
Bem, talvez não fossem os Brasileiros o motivo da loegendagem. Talvez fosse por outro motivo qualquer, que NÃO me passa pela cabeça.
Fiquei apenas surpreendida pelo inédito da situação. Gostaria de saber exactamente o porquê daquelas legendas em Português, de uma fala portuguesa.
Contudo, tudo é possível. Há pouco tempo veio para Portugal uma senhora brasileira, que me foi recomendada para que eu a ajudasse no que pudesse. Como sempre faço, com todos os que vêm para Portugal, procurar uma vida melhor, sejam brasileiros ou outra nacionalidade qualquer. Se vêem por bem, o meu DEVER é ajudar.
Só que essa senhora tem muita dificuldade em perceber o meu falar, que é um falar coimbrão, martelando todas as sílabas, e que aprendi com aprumo, para poder dar AULAS de Português e de História, e os meus alunos perceberem o que eu dizia. Nunca tive dificuldades em fazer-me entender com ninguém, nem com nenhuma outra nacionalidade. E embora essa senhora seja uma brasileira dos quatro costados, neta de uma avó indígena, instruída, frequentou uma Universidade brasileira, e fale a Língua que o Brasil chama erradamente “Português do Brasil” não me entende, quando falamos pelo WhatsApp.
Como ainda não é possível pôr legendas no WhatsApp, a nossa comunicação tem de ser feita através de mensagens escritas, grafadas por mim, à portuguesa, e grafadas por ela, à brasileira.
Eu podia comunicar-me com ela, falando à brasileira, porque a Variante Brasileira do Português é a minha segunda Língua, com a qual aprendi a ler e a escrever (repito), a seguir à Portuguesa, Inglesa e Castelhana. Mas não o faço. Se vou ao Brasil, comunico-me em Brasileiro. Se vou a Inglaterra, em Inglês. Se vou a Espanha, em Castelhano. No meu país comunico-me em Português, com quem o entende. Se os estrangeiros com quem lido não souberem Português, comunico em Inglês ou Castelhano, conforme for. Com os Brasileiros, que dizem que Portugal e Brasil falam a mesma Língua, mas não entendem o Português, e precisam de legendas ou dobragens, se calha de não me entenderem, não me ocorre falar noutra Língua a não ser em Português. Nem que se seja apenas através de mensagens escritas.
Isabel A. Ferreira


