Porquê?
Porque o que pretendem impingir aos estrangeiros é o MIXORDÊS, que está bem patente no texto de propaganda desta iniciativa, transcrito mais abaixo.
Todos sabem, excePto alguns, que em Português, com ou sem AO90, escreve-se contaCto, porque em Portugal pronuncia-se o CÊ, mas a RTP, descaradamente, usa a grafia brasileira contato.
Por alma de quem?
Depois escreve, também à brasileira, objeto (que se lê, por via das regras gramaticais usadas em Portugal, mas NÃO no Brasil, ôbjêtu), quando no Português, que está em vigor, em Portugal, se escreve objeCto.
E se me vierem dizer que objeto (léxico brasileiro) é o modo como se grafa esta palavra de acordo com o ilegal AO90, que NÃO está em vigor em Portugal, temos que a RTP mistura Português com Brasileiro, o que dá uma nova linguagem a que se dá o nome de MIXORDÊS.
E é esse MIXORDÊS que a RTP quer “ensinar” aos estrangeiros, como sendo PORTUGUÊS, fazendo deles uns analfabetozinhos funcionais?
A isto, na minha terra, chama-se VIGARIZAR.
E há mais: o Espanhol, como Língua, NÃO existe. O que existe é a Língua Castelhana (Castelhano) a Língua Oficial de Espanha, juntamente com o Galego, o Catalão e o Basco.
Nesta página
a RTP diz o seguinte:
«Esta nova área temática do RTP Ensina está vocacionada para ajudar os estudantes com línguas maternas diferentes do português. Simultaneamente, possibilita aos alunos portugueses conviver com palavras de outras línguas.
A área de PLNM disponibiliza um conjunto de palavras em português, com tradução em diversas línguas, para promover a compreensão e o vocabulário básicos em um contato inicial com a língua. De forma semelhante ao projeto ‘Português para Ucranianos’, que também aqui se encontra, o Português Língua Não Materna está em desenvolvimento e passa por um processo de crescimento para incluir outros idiomas e mais conteúdos.
Para já, podem ser visionadas e ouvidas cerca de 200 palavras traduzidas de português para espanhol, francês, inglês, romeno e ucraniano
Aproveitamos para nos despedir:
Obrigado, gracias, merci, thank you, multumesc e Дякую.
***
Eis um texto em Mixordês, e é isto que a RTP pretende impingir aos estrangeiros?
Que miséria!
Que vergonha!
Isabel A. Ferreira
Ontem, João Costa, Secretário de Estado Adjunto e da Educação do XXII Governo da República Portuguesa, publicou, na sua página do Facebook no ilegal acordês, o Despacho nº 2044/2022 que estabelece normas destinadas a garantir o apoio aos alunos cuja língua materna não é o Português, que pode ser consultado neste link:
https://dre.pt/dre/detalhe/despacho/2044-2022-179188085
O despacho até pode ter boas intenções, porém, quando se trata de ensinar aos imigrantes o que os governantes chamam Português Língua Não Materna, não estão propriamente a falar da Língua Portuguesa, mas sim da Variante brasileira da Língua Portuguesa, modificada aqui e ali pelas apalermadas acentuação e hifenização, apenas para disfarçar, e para disfarçar ainda mais, os acordistas portugueses ainda nos atiram com abortos ortográficos como “aspeto”, exceto”, exceção” entre outros que tais abortos… De resto, toda a grafia do AO90, no que à supressão das consoantes não-pronunciadas diz respeito, é a grafia da VARIANTE brasileira do Português. Não é a Língua Portuguesa dos Portugueses.
E isto não se faz. Isto é enganar os estrangeiros. Eles não merecem. Aliás, ninguém merece este abuso. Este insulto. Esta deslealdade.
Já não basta enganar as crianças portuguesas (ainda sem voz, para protestar), e os servilistas e seguidistas portugueses que aceitam tudo acriticamente?
Tenham, ao menos, a HOMBRIDADE de informar os imigrantes que o que vão aprender é a VARIANTE brasileira do Português. A Língua à qual chamam “portuguesa”, que anda por aí a ser (des)ensinada, não é a Língua Portuguesa. Não é.
E para cúmulo, hoje, no Jornal da SIC, quem estava de serviço à legendagem, ou era um brasileiro mal informado da pronúncia portuguesa da palavra contaCto, ou era um português rendido à Variante brasileira da Língua Portuguesa, com a pronúncia contato.
E não me venham dizer que o “brasileiro” não está a implantar-se sub-repticiamente, em Portugal, com a conivência dos media e dos políticos que mantém em cativeiro a Língua Portuguesa!
Isabel A. Ferreira
Pelo menos, o Bento Rodrigues procunciou, à portuguesa, a palavra contaCto.
Isabel A. Ferreira
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