Aguardo uma resposta.
Sei que ela jamais virá, porque também sei que só responde quem tem algo para dizer.
Sei, igualmente, que nem todos os professores aceitaram subjugar-se a uma ordem ilegal.
Esses estão fora do campo de acção desta carta.
Por que a escrevi?
Porque talvez esses professores não saibam o que muitos outros sabem, por isso, não se vergaram: sabendo-se como se sabe que a aplicação do AO90 é comprovadamente ilegal e inconstitucional, ninguém em Portugal tem a obrigação de obedecer a uma ordem para o aplicar, ainda mais não existindo LEI alguma que a tal obrigue.
Caros Professores
[não é preciso dizer caros e caras, professores e professoras, porque professores – plural colectivo – significa um grupo de docentes, onde estão incluídos eles e elas].
Realmente gostaria de ter uma resposta objectiva da vossa parte.
Esta matéria é demasiado séria e nociva ao ENSINO, em Portugal, para que possa ser silenciada, do modo como está a ser, por parte de quem deve defender um ENSINO DE QUALIDADE, que passa, todo ele, pela Língua Materna dos alunos. A Língua Materna, NÃO a Língua MADRASTA que lhes estão a impor.
Os professores são um dos grandes culpados do CAOS no Ensino [a juntar ao presidente da República, ao primeiro-ministro, ao presidente da Assembleia da República – a este principalmente – aos deputados da Nação, aos partido políticos, com excepção do PCP, aos editores acordistas, aos órgãos de comunicação social acordistas, aos escritores acordistas, e aos outros, aos marias-vão-com-as-outras].
É com este estigma que a vossa geração de docentes quer ficar para a História?
Por favor, pensem ELEVADO, e tomem uma posição. Não serão penalizados, porque mais penalizados do que já estão a ser não é possível, até porque, juridicamente, não são obrigados a aplicar uma coisa que não está em vigor e é ilegal, porque NÃO há lei alguma que obrigue os professores a desensinarem os alunos, no que respeita à Língua Materna deles. Além disso, teriam o apoio massivo de milhares de portugueses. Podem crer.
Pensem nisto! E cresçam na consideração dos Portugueses Pensantes, que, neste momento, não vos apoiam, porque só pensam nos vossos direitos. E onde ficam os direitos dos alunos? Os direitos de uns acabam quando os direitos dos outros começam, e os professores só teriam a lucrar se pugnassem também pelo RESPEITO que os vossos alunos merecem, e que não está a ser levado em conta, por vós, que estais a formar uma geração de analfabetos funcionais. E essa NÃO é a vossa missão. E também lucrariam se pugnassem pelos DIREITOS dos alunos ao ensino da Língua Materna, aquela que nos deixou Dom Diniz, e que nenhuma raiz tem na América do Sul.
Uma luta só se ganha quando se tem razão. E a vós falta uma fatia importante dessa razão. Estamos convosco no que diz respeito aos 6-6-23. Mas é só.
Procurem a LEI (não resoluções de conselho de ministros, ou circulares, ou coisas similares). Procurem a LEI que vos obriga a aplicar uma grafia que NÃO pertence a Portugal, nem faz parte da Língua Materna dos alunos portugueses.
E se ma apresentarem, garanto-vos que venho a público admitir a minha grande ignorância. É que só uma LEI obriga a fazermos aquilo que NÃO queremos fazer.
Com as minhas saudações desacordistas,
Isabel A. Ferreira
Para:
anproport@gmail.com,aprofport@app.pt,geral@anvpc.org,geral@anprofessores.pt,
cf.jsalvadosampaio@fenprof.pt, fenprof@fenprof.pt
. Carta enviada aos profess...