Ponderemos nesta coisa inacreditável e inconcebível:
As crianças portuguesas estão a aprender a escrever correCtamente as Línguas estrangeiras, e, “incurrêtamente”, a própria Língua Materna, a que está consignada na Constituição da República Portuguesa. Não existirão juristas em Portugal que olhem para esta grave violação, e façam alguma coisa?
Perante isto, a atitude do governo português e da presidência da República não é normal, não é democrática, não é racional.
Isto só acontece num país cujos (des)governantes agem de má-fé, escudam-se numa ignorância optativa, violam descaradamente a Constituição da República Portuguesa, sem que nenhum Tribunal os moleste, sem que se faça justiça; e são absolutamente incapazes de reconhecerem o erro, numa atitude completamente insana.
São milhares os Portugueses que já se manifestaram, através de várias vias, contra esta ingerência de políticos despóticos, num dos símbolos maiores da identidade portuguesa: a sua LÍNGUA OFICIAL.
A dita “democracia” portuguesa é conduzida sem se ouvir o Povo. E um governo que governa sem ouvir o Povo é um governo ditatorial.
Isabel A. Ferreira
João Esperança Barroca apresenta-nos mais uns exemplos entre centenas, e cada vez mais frequentes, de um inaceitável mixordês, na comunicação social, a maior divulgadora de disparates linguísticos, e que já estão a ultrapassar todos os limites.
E o que se vislumbra lá para as bandas de Belém e de São Bento, no sentido de acabar com esta VERGONHA NACIONAL?
NADA.
E este NADA diz bem do NENHUM INTERESSE em defender a Língua Portuguesa, e de não ter vergonha na cara de se andar por aí a fazer de conta que Portugal NÃO é um país, mas simplesmente um insignificante território de NINGUÉM, que nem um presidente da República tem para defender a alínea 3 do artigo 11º (Símbolos Nacionais e Língua Oficial) da Constituição da República Portuguesa, que diz o seguinte: «A Língua oficial é o PORTUGUÊS». Não consta que seja o MIXORDÊS, que vai nesta amostragem mais abaixo.
Isabel A. Ferreira
Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=10224189935789452&set=gm.4702832613095408
Em Defesa da Ortografia (XL)
por João Esperança Barroca
«[…] neste ponto do inútil e inutilizável Acordo Ortográfico, ninguém sabe bem como se escreve ou pronuncia a língua portuguesa que, ao contrário das línguas anglo-saxónicas, cortou as suas raízes latinas na ortografia e na fonética e aderiu ao patois africano e brasileiro, países onde ninguém sabe bem o que é e para que serve o Acordo Ortográfico.» (Clara Ferreira Alves, Jornalista e escritora)
«De facto! Como é possível a crianças de língua inglesa conseguirem aos 6-7 anos aprender a escrever “egg”, “leg”, “science”, “scene”… ou de língua francesa, “scène”, “science”, “cousin”, “cousine”… sem ficarem traumatizadas para sempre? […] O chamado Acordo Ortográfico não decapitou apenas a eito as consoantes mudas, com os resultados conhecidos e prenhes de exotismo que fizeram brotar das pedras vocábulos como espetador, interrutor, receção, conceção, aceção, perceção, percetível, espetável, espectáculo, etc. O AO inventou também confusões onde estas não existiam, quando, por exemplo, decide incongruentemente retirar o acento diferencial a pára, mas o mantém no verbo pôr (para o distinguir, argumenta-se, da preposição por. […] Daí a alfaiataria em que se viu transformado o “Diário da República”, com fatos página sim, página não, os contatos para contactos, que passaram a encher as páginas online de Portugal, incluindo as das universidades, ou a invenção de uma espécie rara só existente entre nós: os inteletuais, alguns deles cultores de fição e ténicas apuradas.» (Ana Cristina Leonardo, Crítica literária e autora)
No último “Em Defesa da Ortografia XXXIX”, publicado em Setembro, apresentámos um conjunto de personalidades que, convictos (e não convitos, como também por aí se lê) de que aplicam o AO90, utilizam na verdade uma outra ortografia, com fatias do Acordo de 1945 à mistura com vocábulos nascidos com o AO90. São, pois, exemplos das multigrafias que este acordo potenciou, à imagem de um qualquer scriptorium medieval.
Como é infindável o número de erros a que o AO90 abriu portas, continuamos hoje a divulgar mais alguns exemplos dos que foram iludidos pelas lérias da unidade essencial da língua e da língua de trabalho da ONU, isto é, à imagem do BES, verdadeiramente lesados pelo Acordo Ortográfico:
- Maria Eduarda Gonçalves, investigadora, escreve adopção, contrariando a Base IV do acordo;
- Filipa Raimundo, professora, escreve Outubro, não respeitando a Base XIX;
- Miguel de Albuquerque, Presidente do Governo Regional da Madeira escreve projecção, prospecção, objectivos e perspectiva, não aplicando a Base IV;
- A Presidência da República utiliza, na sua página, proactivamente, reactivamente e Jardim-de-Infância, desrespeitando, respectivamente, as Bases IV e XV;
- Pedro Santana Lopes, Secretário de Estado da Cultura, em Dezembro de 1990, e responsável pela assinatura portuguesa no AO90, como já vimos num escrito anterior, recorre a uma ortografia mista, com os nomes dos meses em maiúscula (Janeiro, Abril, Maio, Julho, Agosto, Setembro e Dezembro), recta, cabeça-de-lista e anti-sistema, a par de redações, diretor, atuais, atualizados, diretas e perspetivas. O autor da tristemente célebre tirada “Agora facto é igual a fato” não respeita, pois, as Bases IV, XV e XIX.
Se nos meios académicos e nos actores políticos o panorama é este, como será com o cidadão comum?
Quando, caro leitor, deparar com este tipo de situação, em que os respectivos emissores caíram no logro e afirmam, sem rebuço, usar o AO90, desengane-os, por favor.
Apetece, pois, fazer a pergunta que já foi feita: «[…] O que pode levar indivíduos de reconhecida qualidade científica a propor, e tornar a propor, medidas que um exame crítico, mais ou menos aturado, demonstra serem descabeladas, irresponsáveis, quando não idiotas?» (Fernando Venâncio, escritor e crítico literário)
Nos bastidores deste Blogue, via e-mail, há muita gente que desabafa, troca ideias, critica, porque nem só de pão vivem os Portugueses, e nem todos os Portugueses são servilistas ou indiferentes ao que se passa no nosso desgovernado País, no que a matérias extra-OE, extra-Covid, extra-Trump, extra-Bolsonaro diz respeito.
Hoje, quero partilhar convosco o desabafo de um leitor, que podia ser o meu desabafo.
O que pensa o cidadão comum sobre os seus governantes não sai nas televisões. Nas televisões só se pronunciam os lambe-botas. Mas existe uma outra realidade, para além dos ecrãs televisivos.
Eis o desabafo de um cidadão pensante, dotado de espírito crítico:
«O Senhor presidente da República deve ser o garante do cumprimento da Constituição Portuguesa, em particular de não permitir a continuação do desastroso AO90 (porque não existe Lei alguma que o obrigue a executar).
A não actuação neste assunto, de enorme importância para o país, faz dele:
Um "Chico-Esperto", vai a todas para cativar o Zé Povinho e granjear votos para mais uns anos de tacho e lazer na próxima presidência.
Desde logo, quanto a este assunto do AO90 versus Desastre Ortográfico (aborto ortográfico, mixórdia ortográfica, cocografia, etc.) os outros candidatos à Presidência, deviam assacar responsabilidades ao PR, do estado caótico a que a Língua Portuguesa chegou.
Diz o ditado: "quem cala consente".
É exactamente a este silêncio que o Sr. Presidente se propôs!
Continua mudo e surdo, apesar dos diversos apelos efectuados por pessoas de bom senso, carácter e do saber.
Resta saber o porquê (...). Melhor do que ninguém será que a candidata Ana Gomes, a mais arguta de todos os candidatos, é capaz de o interpelar sobre este assunto de máxima importância?!
Mais uma vez, vamos esperar para ver.
Haja esperança. (A. M.)
***
Caro amigo A. M.,
Estou absolutamente de acordo com tudo o que diz.
Ainda bem que tocou neste assunto, até porque já tinha intenção de abordar a candidata Ana Gomes publicamente, uma vez que lhe enviei um e-mail no passado dia 7 de Outubro, a solicitar que esclarecesse a sua posição em relação ao AO90, e aguardo resposta.
Também já lhe deixei na Página da sua candidatura, no Facebook, este apelo:
«Seria de toda a conveniência falar sobre o Acordo Ortográfico de 1990, que está a destruir a Língua Portuguesa, é ilegal, inconstitucional, é uma grande fraude e está envolto em obscuras negociatas, colocando Portugal na posição de VASSALO, e a Língua recuada a dialecto. Isto é gravíssimo, e não vejo ninguém preocupado com o facto de Portugal andar a rastejar pelo mundo, reduzido a colónia sul-americana.»
E isto porque já vi textos escritos por Ana Gomes (ou de alguém por ela) na sua página do Facebook, em acordês, dirigidos ao irritável eivado de ignorância "todas e todos", o que me levou imediatamente a retirar-lhe o apoio, que já lhe tinha dado publicamente, até que me esclareça. Porque mais do mesmo, não, obrigada! Já basta o vergonhoso brazuquês de Marcelo Rebelo de Sousa, na página oficial da Presidência da República, sem respeito algum pela Constituição da República Portuguesa.
As minhas saudações desacordistas,
Isabel A. Ferreira
Cartas ao Director – Jornal Público
Tal como José Sousa Dias (Ourém), eu também não «entendo a teimosia da classe política em não querer discutir o assunto, insistindo numa ortografia cuja prática se vem revelando desastrosa (…)
Cartas ao Director – Jornal Público
«Li uma carta ao director (do leitor António Pena), da qual discordo em absoluto, porquanto advoga o abandono duma marca que vos define, a saber, a oposição ao espúrio acordo ortográfico de 1990. Sou leitor compulsivo do PÚBLICO desde o primeiro número, apesar de ter vivido vários anos no estrangeiro. Uma das razões que me prendem ao PÚBLICO é precisamente o facto de o jornal constituir um exemplo de grande coragem e combatividade no que à resistência ao dito acordo. Aliás nem entendo a teimosia da classe política em não querer discutir o assunto, insistindo numa ortografia cuja prática se vem revelando desastrosa, semeando o caos ortográfico, desde o Diário da República aos escritos dos vários ministérios e comunicados da própria Presidência da República. A maioria dos escritores vivos rejeita esta confusa e abstrusa ortografia.
Aproveitando o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de Maio), a quarta mais falada como língua materna, é tempo de reflectir e actuar com determinação. Se outras mais faladas nunca tiveram qualquer tipo de acordo ortográfico, mau grado tantas variantes, por quê teimar num acordo cuja prática demonstrou “ad nauseam” ser impossível? E, ironia das ironias, o único país que mais ou menos o vai cumprindo é apenas Portugal.
Cientificamente constitui uma manta de retalhos, está carregado de ilogicidades e recebeu parecer negativo de 25 linguistas e académicos num total de 27 recebidos. Espalhou o caos ortográfico.
José Sousa Dias, Ourém
Fonte:
Vou reproduzir aqui, com a devida vénia, o texto notável, escrito em Bom Português, por uma PROFESSORA (assim escrito, com letras maiúsculas, porque há as que se escrevem com letras minúsculas) de História, a qual denuncia algo que vem acontecendo em Portugal, com o aval de uma “esquerda” (duvido que seja esquerda) esquizofrénica, despótica e com pouca ou nenhuma CULTURA, e não tem a mínima noção do que um POVO é feito.
Não matem a História, é o título do texto da autoria de Maria José Gonçalves, e porque a minha área é também a de História, não podia estar mais de acordo com esta PROFESSORA: «Se não querem “um povo sem memória” e “um país doente”, façam qualquer coisa. Não matem a História.» E eu acrescento: não matem nem a História, nem a Língua Portuguesa, porque a História e a Língua fazem parte da identidade de um POVO.
O que pretendem com isto? Matar Portugal?
Texto de Maria José Gonçalves
Professora do 3º Ciclo e ensino secundário na Escola Secundária de Ponte da Barca
«Estive ausente do ensino 15 meses. Regressei à escola e constatei muitas mudanças — para pior. A mais dolorosa, a mais preocupante, é a mudança ocorrida com a minha disciplina, História, que viu reduzida a sua carga horária semanal nos 8.º e 9.º anos de escolaridade.
Em 2017, a disciplina de História era leccionada em dois tempos semanais (90+ 45 minutos). Porém, partir de 2018, passou a ser leccionada em dois tempos lectivos de 45 minutos, no 8.º ano, acontecendo o mesmo, a partir deste ano lectivo, no 9.º ano. Não quero acreditar.
Vou ter que ensinar História “a correr” e História ensinada “a correr” corre o risco de morrer. A incoerência entre a acção e o discurso político neste assunto é manifesta. Senão, vejamos.
A 31 de Agosto, na página oficial da Presidência da República, para assinalar os 80 anos do início da Segunda Guerra Mundial, o Presidente da República afirmava: “(…) Devemos, pois, ensinar às gerações mais novas o que foi a Segunda Guerra Mundial, para que os milhões de mortos não tenham perecido em vão (…).”
Gostaria que o senhor Presidente da República soubesse que, a partir deste ano lectivo, os alunos do 9.º ano de escolaridade, da minha escola e da maioria das escolas portuguesas, vão ter apenas quatro ou cinco aulas de 45 minutos para estudar “Da Grande Depressão à Segunda Guerra Mundial”.
O senhor ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, numa entrevista recente, afirmava: “É fundamental que as disciplinas mais tradicionais continuem a ser adensadas”. Não será a História uma disciplina tradicional? Será adensar sinónimo de reduzir?
O senhor secretário de Estado da Educação, João Costa, no âmbito do I Encontro de Educação, em Cantanhede, afirmou: “Não cortem nas disciplinas de Ciências Humanas, nomeadamente na disciplina de História, pois um povo sem memória é um país doente”.
Senhor Presidente da República, senhor ministro da Educação, senhor secretário de Estado da Educação, factos são factos, a História está a ser assassinada.
Neste novo ano lectivo, na minha escola e na maioria das escolas portuguesas, a disciplina de História vê reduzida em um terço a sua carga horária curricular semanal. Sem tempo, a aula de História converte-se provavelmente num monólogo. Pelo que as consequências pedagógicas deste novo espartilhar da disciplina de História entra em clara contradição com o que se encontra plasmado no próprio decreto-lei da Flexibilidade Curricular, que prevê a implementação de metodologias de trabalho que permitam, entre outras, a promoção de capacidades de pesquisa, de relação e de análise, assim como o domínio de técnicas de exposição e de argumentação.
Quando assistimos aos avanços dos populismos, das fake news, do revisionismo dos factos históricos, e quando continuamos a ter baixíssimos níveis de participação cívica, não é sensato diminuir o peso de uma disciplina que tem um papel indiscutível na compreensão do mundo em que vivemos.
Se não querem “um povo sem memória” e “um país doente”, façam qualquer coisa. Não matem a História.»
Fonte:
Texto recebido via e-mail, de um cidadão indignado (tal como eu) com os últimos desenvolvimentos relacionados com a descoberta da grande FRAUDE que o AO90 constitui.
A. M. argumenta: «Vejam se isto não é um caso de polícia…» que é como quem diz, de TRIBUNAL…
«Se Portugal só ratificou o Segundo Protocolo em 2009, a 13 de Maio (data célebre, não devido à ortografia, mas a Fátima); se de São Tomé não se conhece registo de que tal protocolo tenha sido mesmo ratificado; e se Cabo Verde, em Dezembro de 2009, ainda estava a pensar notificar o MNE, “com a urgência possível”, da sua ratificação interna, como é possível afirmar (como se lê em notas, avisos e decretos) que o AO “entrou em vigor, a nível internacional, em 1 de Janeiro de 2007”? Não era altura de tais documentos serem mostrados a uma alta instituição, independente e idónea (talvez a Presidência da República ou a Provedoria de Justiça), para deslindar, seriamente, esta monumental trapalhada?» (Nuno Pacheco – in Jornal Público neste link:
Está na cara! Toda a gente sabe! Toda agente vê! É o que diz o povo. Só não vê o ministro dos Negócios Estrangeiros, o dinossauro do monstro e a sua filial governativa e os seus membros delatores (PR, parlamento, tribunais, jornais, editoras, e TV) Cavaco Silva, Santana Lopes, Sócrates e demais, da república das bananas!
E, nestes casos, não há garantias constitucionais que nos valham, porque ninguém respeita a Constituição, nem mesmo o Sr. PR que diz ser o seu garante.
A forma ardilosa com que as instituições judiciais pretendem, neste caso, dar cobertura e protecção aos transgressores, é antiga e muito utilizada em Portugal:
Consiste no arrastar dos processos, na morosidade da justiça, invocando falta de meios, quando o que existe, de facto, é manipulação e falta de “vontade” de actuar.
Outro factor importante são os testemunhos utilizados para este efeito.
Não tenho dúvidas de que indiciam ser fabricados e obtidos com promessa de protecção para o envolvimento (os crimes) dos seus autores.
Isto só é possível porque nos Tribunais, todos os dias se mente e ninguém é condenado por perjúrio.
Além disso, dentro das instituições, são tolerados todo o tipo de falhas, devidas à incompetência e/ou premeditação; isto é: só existe tolerância absoluta para a incompetência, com que se auto-desculpa a premeditação.
Contudo, torna-se ainda mais complicado confiar nos 230 deputados que compõem a AR, porque 206 são maçónicos, os outros 24 são o que são, ou melhor, são aquilo que quiserem ser!
(A. M.)
E agora que se achou o fio à meada, ou seja, que se descobriu todo o enredo obscuro em que o AO90 estava enleado, agora que se encontraram provas que esclarecem o que sempre nos pareceu anormal, o que fará o Senhor Presidente da República Portuguesa? Continuará a remeter-se ao estrondoso silêncio, no que ao AO90 diz respeito, ou tomará uma posição pública, para acabar de vez com o que nunca devia ter começado, até porque sempre se soube que a aplicação do AO90 era ilegal e inconstitucional?
Desde há muito que se sabia que os políticos portugueses escondiam algo muito obscuro sobre o Acordo Ortográfico de 1990, o qual, com base num “decreto” que, na realidade, nunca existiu, se apressaram a OBRIGAR a aplicar nas escolas, na função pública e nos organismos Estatais, entre eles, os meios de comunicação social servis, (que, pelo visto, fazem parte do aparelho de Estado, tal o servilismo!).
Intriga-me o facto de esses, que, cegamente, se apressaram a aplicar o AO90, ou por ignorância, ou porque foram alvo de chantagem, ou por uma mera vocação servil inata, nunca tivessem a curiosidade de perguntar: qual a Lei que obriga a aplicar o AO90?
Eu já perguntei. E a resposta foi ZERO, o que significa que essa lei não existe. Se existisse, teriam esclarecido a cidadã ignorante. Não teriam?
Podem consultar essa minha tentativa de obter um esclarecimento junto dos governantes, neste link:
O resultado da aplicação ilegal do AO90 foi o seguinte: desatou-se a escrever incorreCtamente a Língua Portuguesa, para agora chegar-se à conclusão, a partir de provas documentais irrefutáveis, de que o AO90, de facto, nunca esteve em vigor em país nenhum, e que os Portugueses foram alvo, e as crianças portuguesas, as grandes vítimas, da maior BURLA de todos os tempos.
E ninguém nos venha dizer que os que nos governam NÃO SABIAM!
E agora que se achou o fio à meada, ou seja, que se descobriu todo o enredo obscuro em que o AO90 estava enleado, agora que se encontraram provas que esclarecem o que sempre nos pareceu anormal, o que fará o Senhor Presidente da República Portuguesa? Continuará a remeter-se ao estrondoso silêncio, no que ao AO90 diz respeito, ou tomará uma posição pública, para acabar de vez com o que nunca devia ter começado, até porque sempre se soube que a aplicação do AO90 era ilegal e inconstitucional.
Neste meu Blogue, sempre se chamou à atenção para o facto de o AO90 ser a maior FRAUDE de todos os tempos, desde que Dom Afonso Henriques nos deixou de herança um pequeno País, que já teve grande influência no Mundo, e hoje é apenas um País pequeno, encolhido e subserviente, que se arrasta na cauda da Europa, graças a uma corrupção engravatada, instalada numa política de trazer por casa.
Uma autêntica vergonha! E não julguem os políticos portugueses que são aceites na Europa, devido à sua competência e clareza. Porque não são. Aceitam-nos apenas por mero interesse estratégico. De resto, todos sabem que Portugal se arrasta na cauda da Europa, sendo o último em quase tudo.
Quiseram-nos arrancar à força o nosso maior símbolo identitário: a Língua Portuguesa, substituindo a nossa grafia, pela grafia brasileira, que apenas ao Brasil diz respeito, perdendo Portugal, deste modo, o respeito por si próprio, apenas porque uns poucos (porque eles até são poucos) traidores da Pátria decidiram dar um golpe de mão. (*)
Só que esses poucos esqueceram-se de um pormenor: o de esconder o rabo da tramóia (como na expressão gato escondido com o rabo de fora) que, trocado em miúdos, significa que os que se envolveram nesta coisa do AO90, fizeram uma negociata entre eles, esquecendo-se de que, como em tudo o que não é legal, há sempre um ponto fraco por onde se pode descobrir o “segredo” que parecia estar no “olimpo dos deuses menores”.
Podem consultar «O Negócio do Acordo Ortográfico», publicado nos Jornal O Diabo, neste link:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-negocio-do-acordo-ortografico-172469
Os negociantes contaram com a subserviência (ressalvando todas as raras e honrosas excePções, obviamente) dos meios de comunicação social (nomeadamente dos televisivos, os mais servis), dos funcionários públicos, dos professores, de uma classe política ignorante e de uma população alienada, mais interessada em futebol, telenovelas e reality shows do que nas trafulhices da Língua, que devia identificar-nos como um POVO europeu independente, e, neste momento, identifica-nos como um povo servil e parvo, que trocou a bandeira portuguesa, pela bandeira brasileira, no que se refere à Língua; bem comotambém um povo trapaceiro, que, para tal, usou de um cambalacho, para impor a Portugal uma grafia que é pertença exclusiva do Brasil.
Para os negociantes, o segredo parecia estar bem guardado no olímpico Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas não estava, porque o AO90 configura um gato escondido com o rabo de fora. E como nem todos são servis, neste país cheio de serviçais, conseguiu-se achar o fio à meada…
Coube a Nuno Pacheco, redactor-principal do Jornal Público, descobrir a ponta da meada, e, sob o título «Querem datas giras para duvidar da validade do Acordo Ortográfico? Aqui vão algumas», publicou um artigo (que pode ser consultado no link mais abaixo), em que, apresentando provas documentais, conclui o seguinte:
«Finalizando (por agora): se Portugal só ratificou o Segundo Protocolo em 2009, a 13 de Maio (data célebre, não devido à ortografia mas a Fátima); se de São Tomé não se conhece registo de que tal protocolo tenha sido mesmo ratificado; e se Cabo Verde, em Dezembro de 2009, ainda estava a pensar notificar o MNE, “com a urgência possível”, da sua ratificação interna, como é possível afirmar (como se lê em notas, avisos e decretos) que o AO “entrou em vigor, a nível internacional, em 1 de Janeiro de 2007”? Não era altura de tais documentos serem mostrados a uma alta instituição, independente e idónea (talvez a Presidência da República ou a Provedoria de Justiça), para deslindar, seriamente, esta monumental trapalhada?»
Ver artigo completo aqui:
Com base naquele “por agora”, e tanto quanto sei, ainda há muito mais por desvendar, devidamente documentado. Aguardemos, pois.
Posto isto, do que estão à espera os órgãos de comunicação social televisivos, para abordarem este tema gravíssimo e danoso para a Nação Portuguesa? Fazem propaganda à selvajaria tauromáquica, e silenciam o que é importante para o País?
Do que estará à espera o senhor Presidente da República Portuguesa, para se pronunciar sobre esta estranha descoberta?
Isabel A. Ferreira
***
(*) “Golpe de mão”: diz-se de um acto praticado com má-fé.
Ao cuidado de todos os que estão envolvidos no sistema do (des)ensino português, incluindo governantes, pais e encarregados de educação.
A imagem que aqui reproduzo (tive o cuidado de esconder o nome do Agrupamento, por motivos óbvios) chegou-me via-email, destinada a uma querida aluna, a meu cargo, nestas férias de Páscoa.
4º ano de escolaridade.
Fotocopiei a mensagem, e dei-a a ler à aluna. Só lhe pedi para ler alto o que a professora escreveu. E aguardei o resultado, esperando que a criança (de 10 anos) tivesse a mesma reacção que eu (porque as crianças não são as estúpidas que os governantes querem que sejam), quando me vi diante deste documento timbrado, do Governo de Portugal, Ministério da Educação e Ciência.
Marquei a vermelho os trechos com os quais a aluna esbarrou e me questionou, com os olhos esbugalhados (e não estou a inventar), e reproduzo fielmente as falas da menina (em sublinhado) que se seguiram.
Primeira linha: o trabalho de féria é importe. Hã? Não é assim, pois não?
Não, não é. Então como será?
Imediatamente a menina disse: o trabalho de férias é importante.
Muito bem.
Mas a professora não sabe escrever?
Saberá, mas está baralhada. Continua.
Segunda linha: agradeço que percam um pouco do vosso de tempo. O quê? Do vosso DE tempo? É do vosso tempo, não é?
Exactamente.
Mas o que é isto? A professora não sabe escrever?
Estaria distraída.
Sim, sim, ela é muito distraída. Às vezes ela escreve mal no quadro e temos de a corrigir.
Isso acontece. Vá, continua a ler.
E fomos parar à sexta sugestão onde se fala de treinar os algoritmos e (…) a subtração (que a aluna leu subtrâção, e muito bem).
E mais adiante os números fraccionários (frácionárius), inclusive a (…) subtracção (que a aluna leu subtráção, e muito bem)…
O quê? É subtracção ou subtração?
Não havia como enganar a criança. Jamais o faria.
Expliquei: subtracção (subtráção) é grafia portuguesa, é Português. Subtração (subtrâção) é grafia brasileira, é Brasileiro, como tu dizes.
Mas nós somos portugueses!
Pois somos.
Então porque querem que se escreva à brasileira? Isto só me baralha!
Como responder a esta pergunta? Com a verdade, evidentemente. Às perguntas das crianças sempre devemos responder com a verdade, para que elas possam desenvolver o espírito crítico que falta aos governantes, a muitos pais e encarregados de educação, e aos próprios professores, que se entregam a esta missão desonrosa de enganar as crianças.
E a verdade é que os governantes portugueses, desde Cavaco Silva a Marcelo Rebelo de Sousa, todos eles, primeiros-ministros, ministros e deputados da (ex) Nação Portuguesa (agora é brasileira) e professores e jornalistas servilistas e todos os outros marias-vão-com-as-outras, dotados de coluna vertebral cartilaginosa, trocaram a grafia portuguesa pela grafia brasileira, pelos motivos mais vis: mania de grandeza e dinheiro.
A aluna bem sabe o que é a Língua Brasileira, porque tem uma colega brasileira na turma, que fala diferente e diz coisas diferentes das nossas. Não fala Português - disse-me, como quem sabe o que diz.
Não, não fala.
Esta “carta aos alunos” escrita atabalhoadamente (sem revisão) em mixordês (mistura de português com brasileiro) é inadmissível.
Não será a única.
Os maiores exemplos da mixórdia ortográfica vêm de cima, da presidência da República, do gabinete do primeiro-ministro, dos restantes ministros, de todos os grupos parlamentares. Dos próprios professores que, nas páginas do Facebook, escrevem as maiores barbaridades, incluindo palavrões.
Os manuais escolares são uma autêntica mina de disparates, desde as águias com grandes dentes, às invasões francesas para prender Dom João VI, e cheios de desenhos e desenhinhos, como se as crianças fossem muito estúpidas, não lhes dando qualquer oportunidade à imaginação.
O que pretendem os governantes com este tipo de ensino idiota? Formarem os analfabetos funcionais do futuro, para que sejam tão submissos como os analfabetos funcionais da actualidade?
E há mais: é proibido dar más notas ou chumbar os alunos, para mostrar ao mundo que o sucesso escolar em Portugal existe. Quando isto não passa de uma grande aldrabice!
Alunos que escrevem gatafunhos, que ninguém entende, têm MUITO BOM a Português, ou melhor, a Brasileiro. Intolerável.
É inadmissível o que está a passar-se em Portugal no que respeita à Educação, ao Ensino, à Cultura.
DEMITA-SE senhor ministro da Educação e Ciência. Permitir uma tal balbúrdia no Ensino é um postura terceiro-mundista.
E os pais e encarregados de educação deviam tomar uma atitude drástica e EXIGIR um ensino de qualidade para os seus filhos, como está consignado na Constituição da República Portuguesa, ao qual têm direito.
Com esta “carta” fiquei tão escandalizada e indignada quanto a aluna que, apesar dos seus dez anos, tem algo que falta aos actuais governantes: inteligência para ver as coisas tal como elas estão, ou seja, MAL. Muito MAL.
Isabel A. Ferreira
Se me contassem, não acreditaria.
Mas está lá. Eu vi. Eu li. Na página oficial do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, o acordista-mor do novo país em que o AO90 transformou Portugal: a República Luso-Brasileira.
Transcrevo aqui a nota, e sublinho a vermelho, as palavras grafadas à brasileira que, no Brasil, NÃO são erros ortográficos, porque fazem parte do léxico brasileiro, mas que em Portugal SÃO erros ortográficos de palmatória.
Senhor presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que VERGONHA!
Porque o AO90 é ilegal, inconstitucional e não está em vigor em Portugal, nem em nenhum outro país dito lusófono.
«Nota da Presidência da República sobre Pedrogão Grande
1 - No passado dia 27 de fevereiro (1), o Presidente da República, instado a pronunciar-se sobre matéria de uma reportagem televisiva, enviou a esse órgão de comunicação social a seguinte nota, que se transcreve tal como enviada:
“Em coerência com a posição assumida aquando da tragédia de 2017, o Presidente da República tem estado atento às questões da reconstrução e distribuição de ajudas, públicas e privadas, bem como às iniciativas promovidas ou solicitadas a entidades oficiais, como o Ministério Público e a Provedoria de Justiça.
É sensível às preocupações que lhe chegam por várias vias e aguarda o apuramento dos factos.
Tenciona, tal o fez como em 2018, visitar os municípios afetados (2) em junho (3) próximo, o que lhe permitirá ouvir as populações e os autarcas, sendo certo que com estes, intencionalmente, não manteve qualquer contato (4) por aguardar o aludido apuramento.
Especificamente, o Presidente da República não teve nenhum contato (5) com o Presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande sobre esta matéria no último ano.
Carece, portanto, de qualquer fundamento a afirmação de que teria tido qualquer intervenção na conduta do aludido autarca nesse período de tempo.”
2 - Perante os dados que, entretanto, continuam a ser divulgados relativamente à matéria em causa, o Presidente da República reafirma tudo quanto disse e sublinha a necessidade de todos os meios legais, administrativos e judiciais para apurar o sucedido, tendo em conta os generosos contributos dos Portugueses para o processo de reconstrução, que se deve caracterizar pelo rigor, a transparência, a responsabilidade e a celeridade, como, aliás, sempre insistiu desde a primeira hora e recordou nomeadamente na passagem do primeiro aniversário da tragédia de Pedrogão Grande.
Página da presidência:
Porque em Portugal o que vigora é a Grafia da Convenção Ortográfica de 1945:
1 e 3 - Os meses do ano, em Portugal, grafam-se com letra maiúscula, porque a maioria tem origem em nomes próprios, de imperadores, de deuses. No Brasil, grafam-se com letra minúscula, à espanhola.
2 - O termo afetados, que, obrigatoriamente, se lê âf’tádus, está grafado à brasileira, e, no Brasil, não é erro. Em Língua Portuguesa grafa-se afeCtados, particípio passado do verbo afeCtar, do Latim affectare, para que possamos ler âfétádus. E não me venham falar nos dois éfes do Latim, porque a supressão de um, não afeCta a pronúncia da palavra, condição sine qua non para que a consoante, apesar de muda, não seja suprimida.
4 e 5 – Contato está grafado à brasileira, porque, no Brasil, os Brasileiros não pronunciam o cê. Em Portugal a palavra escreve-se contaCto e lê-se contáCtu, com o cê pronunciado.
À escrita, que Marcelo Rebelo de Sousa apresenta na sua página oficial, chama-se mixórdia ortográfica, porque mistura Português com Brasileirês, que nada tem a ver com o AO90.
Nenhum país do mundo, numa página oficial da Presidência, apresenta tão vergonhosa mixórdia ortográfica, como Portugal.
Que VERGONHA! Que VERGONHA senhor presidente da República, que deixou de ser Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
Aplaudo e subscrevo, na íntegra, o texto que o cidadão pensante português, Alexandre Carvalho, deixou na página do presidente da República, que está a dar um péssimo exemplo aos portugueses.
É preciso que todos os desacordistas comecem a dar murros na mesa.
Origem da imagem : Internet
«Na página da internet da Presidência da República deixei o seguinte comentário/sugestão:
Gostaria de ver respeitado o Decreto-Lei 35228 de 08/12/1945 na página da Presidência da República. Afinal de contas fica mal apresentar uma ortografia ilegal e sem consistência técnica, fruto do interesse exclusivamente financeiro dos seus autores (cujo mentor foi o libanês Houaiss) que notoriamente revelaram não ter capacidade para tal proeza, já que também é impossível unir duas variantes linguísticas tão distintas sem mexer na pronúncia, léxico, regras gramaticais e vocabulário, havendo agora mais palavras com grafia diferente do que havia antes.
O AO90 é um negócio obscuro, de interesses duvidosos, criou o caos na ortografia e quem o aprovou fez vista grossa dos 25 pareceres técnicos negativos (onde se incluiu o do Ministério da Educação), tendo apenas recolhido 2 pareceres favoráveis, sendo que um deles foi dum dos co-autores do AO90 (o tal que agora quer fazer uma revisão para introduzir melhorias.
Nestas dezenas de anos esse co-autor não vislumbrou o caos que estava a criar? Ou é só mais um motivo para vender uns livros sobre as alterações ao AO90?). Um brasileiro está habituado a ver "Recepção" e chega cá e vê "Receção"; electricidade passou a eletricidade, mas mantém-se electroválvula e electromecânico. O AO90 é um disparate reconhecido por grandes personalidades da vida pública e intelectual portuguesa, mas parece que toda a gente tem medo de mexer nele. Só gostava de perceber porquê.
Alexandre Carvalho»
Fonte do texto:
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