O ministro dos Negócios DOS Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz que a Língua Portuguesa vale 30 milhões de Euros por ano, quase 17% do PIB.
De que língua “portuguesa” estará Santos Silva, que anda por aí a vender a verdadeira Língua Portuguesa ao desbarato, a falar? Não estará a falar, com toda a certeza, da Língua Portuguesa, a íntegra, a europeia, que continua a ser a Língua Oficial de Portugal, apesar do ilegal AO90 andar por aí a circular, como se fosse legal.
Essa tal “língua portuguesa”, que vale 30 milhões por ano (os trinta dinheiros recebidos pelo Judas Iscariotes do século XXI?) é tão-só a língua portuguesa grafada à moda brasileira, ou seja, o AO90.
Porque a Língua verdadeiramente Portuguesa não tem preço. Essa, é um Património Cultural Imaterial superior a toda e qualquer avaliação, e não é comerciável.
As palavras mutiladas (entre umas poucas mais), que se vêem na imagem, são as excePções à regra brasileira. Escaparam de ser mutiladas, no Brasil, aquando da elaboração do Formulário Ortográfico de 1943. Origem da imagem: Facebook
Nota: os excertos que se seguem, grafados a itálico são retirados da notícia do jornal Observador, que servilmente segue o AO90 (sem a tal ser obrigado); as partes a negrito são de minha autoria; e a vermelho destaco as palavras grafadas à brasileira, introduzidas à pressão, na Língua Portuguesa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que a língua portuguesa "é das pessoas, depois da cultura, especificamente da literatura, e só depois é uma língua económica".
A Língua Portuguesa é das pessoas, não é de políticos ignorantes. Portanto, devolva-se a Língua Portuguesa às pessoas. E os políticos que vão aprender a História da Língua, para que saibam o crime que estão a cometer, ao imporem ILEGALMENTE um acordo ortográfico, assente na grafia brasileira, que nada tem a ver com as raízes greco-latinas, com Portugal, com a Europa, com a Família das Línguas Indo-Europeias, da qual a Língua Portuguesa faz parte.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, destacou esta terça-feira que a língua portuguesa representa, como “matéria para a atividade económica”, quase 17% do Produto Interno Bruto de Portugal, o equivalente a 30 mil milhões de euros por ano.
Como se a Língua Portuguesa fosse a bolota da aCtividade económica, para constar no PIB.
“A língua portuguesa é também de trabalho, é um valor económico de nós todos”, disse o governante, na inauguração da exposição itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), no edifício Central Tejo, com a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira.
Não é verdade. A Língua Portuguesa não é uma Língua de trabalho, nem é um valor económico de todos nós. Essa “língua” de trabalho, de que fala Santos Silva, não é a Portuguesa, mas o AO90, uma linguagem grafada à brasileira, que poderá ter um valor económico apenas para os predadores da Língua Portuguesa, mas não para todos nós, que abominamos este novo modo de grafar. Para um Dialecto, como o do Brasil, a mutilação das palavras poderá ter um sentido. Não o tem, com toda a certeza, para uma Língua europeia.
Augusto Santos Silva lembrou que um estudo estimou “um conjunto de atividade económicas cuja matéria prima é o português, que vai desde as artes literárias performativas até à indústria do cinema, da edição didática e pedagógica até ao mundo da televisão ao audiovisual”. O ministro referiu que “a estimativa de todos estas atividades” em Portugal levam a “um número próximo de 17% do PIB, o que quer dizer que, a preços atuais, a língua, matéria para atividade económica, vale por ano pelo menos 30 mil milhões de euros”.
Veja-se como para Augusto Santos Silva a Língua não passa de um saco de batatas, comerciável, vendável, rentável. Veja-se o estrago que Augusto Santos Silva anda a fazer por aí, quando eleva a aCtividade económica o mais valioso Património Cultural Imaterial de Portugal: a Língua Portuguesa. O ministro dos negócios da língua, qual Judas Iscariotes, vende a Língua Portuguesa por 30 milhões/ano, e ainda se vem gabar do que os ignorantes políticos portugueses fazem, como se estivessem a vender gato por lebre, num leilão de velharias escaqueiradas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acentuou também que “é uma língua de afirmação internacional e de comunicação internacional e é esta flexibilidade e polivalência que faz a sua força”.
Se ao menos, o ministro do negócio da língua soubesse do que está a falar. Mas não sabe. A Língua Portuguesa até poderia ser uma Língua de afirmação e de comunicação internacional, se não andasse por aí mutilada, como se vê nestes excertos acordizados, grafados à brasileira. A força da Língua Portuguesa está na sua diversidade, não numa pseudo-unificação que faz dela uma mixórdia europeia, e apenas europeia.
A Língua Portuguesa está de rastos, em Portugal. Na África escreve-se em Bom Português. Na Europa, onde a Língua Portuguesa teve origem, é a mixórdia total. A Língua Portuguesa, aCtualmente, não vale nada. Anda por aí deturpada, mutilada, incorreCtamente escrita. Abandalhada. Vendida como um saco de batatas deterioradas.
“Se Fernando Pessoa pôde dizer que a língua portuguesa era a sua pátria e se Vergílio Ferreira pôde dizer que da língua portuguesa se via o mar, acho que nós todos – os portugueses, os brasileiros, os angolanos, os guineenses, os são-tomenses, os moçambicanos, os cabo-verdianos e os timorenses – podemos todos dizer que da língua portuguesa, que é a nossa língua comum, se vê hoje o futuro”, disse.
Augusto Santos Silva devia lavar a boca antes de citar Fernando Pessoa ou Vergílio Ferreira, portugueses que souberam honrar a Língua Portuguesa, ao contrário dele, que a vende por 30 milhões/ano.
Augusto Santos Silva devia ter vergonha de meter no mesmo saco dos Portugueses e Brasileiros acordistas, os Angolanos, os Guineenses, os São-tomenses, os Moçambicanos, os Cabo-verdianos e os Timorenses que se estão nas tintas para o AO90, que o ministro dos negócios da língua anda por aí a vender. Cabo Verde até já dispensou o Português, e tem-no como língua estrangeira. E os restantes países mantém a grafia portuguesa, para vergonha de Portugal. E quanto ao ver-se o FUTURO através da linguagem que anda por aí a vender como Língua Portuguesa, é uma grande falácia. A Língua Portuguesa ao ser grafada à brasileira, tem os dias contados como Língua Portuguesa. E só os muito cegos mentais é que vêem futuro, onde não há a mínima probabilidade de haver futuro.
O ministro dos Negócios Externos do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, declarou que a língua portuguesa tem “relevância política e diplomática” na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP. O membro do Governo de Michel Temer notou a importância do idioma na CPLP para “estreitar os laços de cooperação, de comunicação e buscando a aproximação de posições que os países têm sobre as grandes questões do mundo”.
O senhor Aloysio Nunes Ferreira pode declarar o que bem entender, porque tem de puxar a brasa para a sardinha brasileira. Quanto à importância da Língua (Original) Portuguesa, ela vale ZERO para a inútil e colonialista CPLP, que propaga a grafia brasileira, sabendo que não haverá futuro para a Língua Portuguesa dentro deste organismo falacioso e oportunista.
A exposição itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, criada pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no Brasil, exibe-se parte do acervo desta mostra apresentada na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, que percorreu países de África de língua portuguesa, como Cabo Verde, Angola e Moçambique.
A mostra faz um percurso pela presença da língua portuguesa no mundo, que representa atualmente cerca de 270 milhões de falantes nos cinco continentes, além de abordar o contacto com outros idiomas e a sua participação na formação cultural brasileira. Esta exposição no MAAT transitará, com caráter permanente, para a Cidade Literária de Óbidos.
Esta exposição itinerante nada tem a ver com a Língua Portuguesa, mas com o Dialecto Brasileiro, do qual derivaram vários outros dialectos brasileiros, espalhados de Norte a Sul do Brasil; nem tão-pouco tem a ver com 270 milhões de falantes no mundo, porque apenas no Brasil se fala brasileiro e se escreve à brasileira. Falemos antes assim, porque isto é o que se aproxima mais daquela verdade que muitos sabem, mas não dizem alto.
E se alguém tiver argumentos mais válidos e correCtos do que os meus, para rebater o que acabo de dizer, agradeço que os apresentem. Não vá eu estar errada, e não sei. Garanto que me retractarei.
Quanto ao senhor Augusto Santos Silva, tenho a dizer que tenha vergonha, porque já ninguém engole as suas patranhas.
Isabel A. Ferreira
Fonte:
. LÍNGUA PORTUGUESA VENDIDA...