Manuel (Matos) Monteiro dixit...
... bem como todos os Portugueses, que têm a capacidade de PENSAR, o gritam, em alta voz, há demasiado tempo.
Aliás, nesta questão do AO90, os acordistas, que se acham progressistas, e consideram os não-acordistas uns pobres diabos reaccionários, demonstram uma ignorância descomunal, porque ser progressista, não significa ir de cavalo para burro, que é o caso deles, pois ao aplicarem o AO90 recuaram ao ano de 1943, quando o Brasil elaborou o seu Formulário Ortográfico, no qual o AO90 assenta, 99%, na aplicação da Base IV, referente às consoantes mudas: extinção completa de quaisquer consoantes que não se proferissem, ressalvadas as palavras que tivessem variantes com letras pronunciadas ou não. Desta devastação salvaram-se, contudo, uns poucos vocábulos, que os acordistas portugueses se apressaram a deformar, seguindo a regra mais parva que já alguma vez se criou - o que não se lê, não se escreve - transformando essas palavras em monos ortográficos: exceto, receção, aspeto, infeto, etc. … E isto é que é ser reaccionário = retrógrado = aquele que anda para trás. E nesta questão, recuou-se de uma Língua para um Dialecto.
Mas a questão não é esta. A questão é entre a inteligência e a estupidez, como bem referiu Manuel Monteiro.
A nossa grafia, a grafia portuguesa é a de 1945, a que está verdadeiramente em vigor. Quem é que andou para trás? Quem recuou até 1943, para ir atrás dos milhões?
Sabemos que a estupidez é algo infinito na dimensão, mas não no tempo. Podemos acabar com ela a qualquer momento.
Isabel A. Ferreira
. «A oposição ao Acordo Ort...