Com fé e esperança no triunfo da lucidez dos governantes deste nosso país, vendidos aos interesses dos estrangeiros. É que a Língua Portuguesa não é matéria dos Ministérios da Educação ou da Cultura, como deveria ser, num país a sério.
A Língua Portuguesa, em Portugal, é matéria do Ministério dos Negócios DOS Estrangeiros.
E isto não dirá tudo?
Isabel A. Ferreira
Origem da foto:
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Relatório da audição da ANPROPORT (Associação Nacional dos Professores de Português) no Grupo de Trabalho de Avaliação do Impacto do AO90 (com a Dra. Rosário Andorinha), 15 de Março de 2017:
«De entre os aspectos referidos, destacam-se:
- Aumento dos erros ortográficos ocorrido nos últimos anos fruto da aplicação do Acordo Ortográfico, questão muito preocupante para os docentes, pais e encarregados de educação e alunos;
- Gravidade da supressão das consoantes não articuladas;
- Ocorrência de problemas na aplicação do Acordo Ortográfico em diversos países;
- Com o Acordo Ortográfico 2.691 palavras que se escreviam de forma diferente continuam a sê-lo; 569 palavras que se escreviam de forma diferente tornaram-se iguais; 1.235 palavras que eram iguais tornaram-se diferentes; e 200 palavras que foram «inventadas»;
- Como cada país envolvido no Acordo Ortográfico tem a sua própria língua, não entende esta «tentativa» de uniformização. A este respeito as representantes da Associação adiantaram que até ao presente não foi feita qualquer uniformização ou harmonização e que há países que nem sequer ratificaram o Acordo Ortográfico (e provavelmente nunca irão fazer);
- Não é a ortografia que vai unificar a língua ou dispensar a existência de dois textos diferentes;
- O princípio fonético |"rectius", "critério da pronúncia"| é um erro e tende a criar divisões; não há princípios fonéticos em linguística no que respeita à grafia, a grafia é uma coisa e a fonética é outra;
- A Associação defende que não se pode nem deve branquear este processo, inquinado desde o seu início, sobretudo porque os pareceres solicitados, 27 dos quais contrários à implementação do Acordo Ortográfico, designadamente o do Ministério da Educação, foram logo de seguida «escondidos» e ignorados;
- A desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico não criará problemas entre os diversos países;
- Com este Acordo Ortográfico o prestígio da língua portuguesa em todo o mundo não será maior, o que só pode e deve ser alcançado com outro tipo de medidas;
- O português estava estabilizado há 65 anos, o que já não acontece agora;
- A língua portuguesa, como fenómeno cultural que é, não pode estar sujeita a jogos políticos.
Fonte:
. Relatório da audição da A...